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1 1 Embriologia do Sistema Nervoso - Resumo

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Embriologia do Sistema Nervoso
Neurulação
Chamamos de neurulação o processo em que a placa neural e as pregas neurais são formadas, e o fechamento que forma o tubo neural. A placa neural desenvolve-se a partir do ectoderma embrionário e quem induz este processo é a notocorda. O sistema nervoso então é derivado de ectoderma da placa neural. 
1° Espessamento do Ectoderme, formando a PLACA NEURAL;
2° A placa neural cresce, tornando-se mais espessa e adquire um sulco longitudinal denominado SULCO NEURAL;
3° O sulco neural se aprofunda formando a GOTEIRA NEURAL;
4° Os lábios da goteira neural se fundem para formar o TUBO NEURAL.
O ectoderme não diferenciado se fecha sobre o tubo neural. No ponto em que o ectoderme encontra os lábios da goteira neural, desenvolvem-se células que formam de cada lado, uma lâmina longitudinal, denominada CRISTA NEURAL. 
Tubo neural = origem de elementos do Sistema Nervoso Central.
Crista neural = origem ao Sistema Nervoso Periférico.
Crista Neural
As cristas neurais são contínuas no sentido craniocaudal. Elas se dividem dando origem a diversos fragmentos que vão formar os gânglios espinhais. Várias células da crista neural migram e vão dar origem a células em tecidos situados longe do sistema nervoso central.
- Elementos derivados da crista neural:
· Gânglios sensitivos
· Gânglios do Sistema Nervoso Autônomo (viscerais) 
· Medula da glândula Suprarrenal 
· Paragânglios 
· Melanócitos 
· Células de Schwann 
Tubo neural
O fechamento da goteira neural e concomitantemente a fusão do ectoderme é um processo que se inicia no meio da goteira e é mais lento nas extremidades. Assim permanece nas extremidades cranial e caudal do embrião, dois orifícios que são as ultimas partes do sistema nervoso a se fecharem. 
Paredes do tubo neural
O crescimento das paredes do tubo neural não é uniforme, dando origem as seguintes formações:
- Duas lâminas alares;
- Duas lâminas basais;
- Uma lâmina de assoalho; 
- Uma lâmina de tecto.
Os derivados destas formações, obedecem a uma disposição topográfica e funcional no adulto:
· Lâminas alares: derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados à sensibilidade.
· Lâminas basais: derivam neurônios e grupos de neurônios (núcleos) ligados à motricidade.
· Sulco limitante: separa as formações motoras das formações sensitivas. As áreas próximas a este sulco relacionam-se com a inervação das vísceras; as mais afastadas inervam territórios somáticos (músculos esqueléticos e formações cutâneas).
· Lâmina do tecto: em algumas áreas do sistema nervoso permanece muito fina e dá origem ao epêndima da tela corióide e dos plexos corióides.
· Lâmina do assoalho: a lâmina em algumas áreas permanece no adulto, formando um sulco, como o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo. 
Dilatação do tubo neural
Desde o inicio da sua formação o calibre do tubo neural não é uniforme.
- A parte cranial que dá origem ao encéfalo do adulto torna-se dilatada e constitui o encéfalo primitivo ou arquencéfalo.
- A parte caudal que dá origem à medula espinhal do adulto permanece de calibre uniforme e constitui a medula primitiva do embrião. 
No arquencéfalo distinguem-se inicialmente três dilatações, que são as vesículas encefálicas primordiais denominadas: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. Com o subsequente desenvolvimento do embrião, o prosencéfalo dá origem a duas vesículas, telencéfalo e diencéfalo. O mesencéfalo não se modifica, e o rombencéfalo origina o metencéfalo e o mielencéfalo.
Cavidades do tubo neural 
A luz do tubo neural permanece no sistema nervoso do adulto, sofrendo, em algumas partes, várias modificações. A luz da medula primitiva forma, no adulto, o canal central da medula. A cavidade dilatada do rombencéfalo forma o IV ventrículo. A cavidade do diencéfalo e a da parte mediana do telencéfalo forma o III ventrículo. A luz do mesencéfalo permanece estreita e constitui o aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículo. A luz das vesículas telencéfalicas laterais forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos dois forames interventriculares. Todas as cavidades são revestidas por um epitélio denominado epêndima e, com exceção do canal central da medula, contêm o líquido cefalorraquidiano (LCR), ou líquor.
Flexuras
Durante o desenvolvimento das diversas partes do arquencéfalo aparecem flexuras ou curvaturas no seu teto ou assoalho, devidas principalmente a ritmos de crescimento diferentes. A primeira flexura a aparecer é a flexura cefálica, que surge na região entre o mesencéfalo e o prosencéfalo. Logo surge, entre a medula primitiva e o arquencéfalo, uma segunda flexura, denomina flexura cervical. Ela é determinada por uma flexão ventral de toda a cabeça do embrião na região do futuro pescoço. Finalmente aparece uma terceira flexura, de direção contraria as duas primeiras, no ponto de união entre o meta e o mielencéfalo: a flexura pontina. Com o desenvolvimento, as duas flexuras caudais se desfazem e praticamente desaparecem. Entretanto, a flexura cefálica permanece, determinado, no encéfalo do homem adulto, um ângulo entre o cérebro, derivando do prosencéfalo, e o resto do neuro-eixo.
Estágios do desenvolvimento do Sistema Nervoso Central
1. Neurulação primária é a formação do tubo neural da região lombar até a região craniana. No início da gestação (24 a 28 dias após a concepção), a placa neural se fecha, formando o tubo neural. A estrutura final abrange a coluna vertebral e o cérebro. O fechamento precoce incompleto resulta em espinha bífida, e o fechamento tardio, em anencefalia. 
2. Neurulação secundária é formação do tubo neural da região lombar e sacral e se completa por volta da sétima semana de gestação.
Alterações no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central
- Espinha bífida
Este defeito do tubo neural pode se dividir em:
Um dos vários defeitos congênitos conhecido como “defeitos do tubo neural” -DTNs. Geralmente, afeta a coluna vertebral e, em alguns casos mais graves, a medula espinhal e as meninges.
· Espinha bífida oculta:
A espinha bífida oculta resulta de uma falha no crescimento e fusão das metades do arco vertebral. Ocorre entre as vértebras L5 e S1. Geralmente não apresenta sintomas clínicos e nos casos menores sua única evidência é uma depressão com um tufo de pelos
· Espinha bífida - Cística do tipo Meningocele:
Quando o “saco” formado contém as meninges e o fluido cerebroespinhal. A Medula Espinhal e as raízes espinhais estão em sua posição, mas pode haver anormalidade dessas estruturas.
· Espinha bífida - Cística do tipo Mielomeningocele ou Meningomielocele*:
É mais grave que a anterior. O “saco” contém as raízes nervosas e/ou a medula espinhal. Entre os sinais clínicos estão paraplegia, perda da sensação na parte inferior do corpo e incontinência.
· Espinha bífida – cística do tipo mielosquise:
É o tipo mais grave de espinha bífida. Neste caso a medula espinhal na área afetada está aberta. Isso faz com que a medula espinhal seja representada por uma massa achatada de tecido nervoso.
- Anencefalia: É um outro "defeito do tubo neural". Quando a porção superior do tubo neural não se fecha, o resultado é a anencefalia. Além disso, os baixos níveis de ácido fólico no plasma parecem contribuir para os defeitos do tubo neural.
Divisões do Sistema Nervoso (critério morfológico)
· Sistema Nervoso Central (SNC): derivado do tubo neural; consiste em encéfalo e medula espinhal.
· Sistema Nervoso Periférico (SNP): derivado da crista neural; consiste em neurônios fora do SNC e nervos cranianos e espinhais, que unem o encéfalo e a medula espinhal às estruturas periféricas.
OBS: O sistema nervoso central é aquele localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); o sistema nervoso periférico é aquele que se localiza fora deste esqueleto.
Divisões do Sistema Nervoso (critério funcional)
· Sistema Nervoso Somático (SNS): Relacionado com as variações do meio externo.
· Sistema Nervoso Visceral (SNV): Relacionado com as variações do meio interno.
Divisões doSistema Nervoso (critério metamérica)
· SN segmentar:  são as estruturas do SN, em que há uma correspondência anatômica entre os seus segmentos e os segmentos do corpo. São todo o sistema nervoso periférico, a medula espinhal e o tronco encefálico.
· SN supra-segmentar: composto pelo cérebro e o cerebelo. Estas estruturas não podem ser divididas em segmentos, cada qual para uma região do corpo.
Substância Branca e Cinzenta
Substância Branca = áreas contendo as fibras nervosas envolvidas por bainha de mielina.
Substância Cinzenta = áreas contendo os corpos celulares (neurônios).
Arco reflexo
O arco reflexo é a resposta imediata à excitação de um nervo, sem a vontade ou consciência do animal, ou seja, é um estímulo que não chega até o encéfalo, ele recebe resposta na medula.
Ligação do Sistema Nervoso segmentar com supra segmentar
· Vias ascendentes (sensorial): como o nome indica, são responsáveis por enviar a informação coletada pelos sentidos externos (informação exteroceptiva) ou estímulos internos (proprioceptiva) até o córtex cerebral, onde será feito o processamento mais profundo. A maioria das vias ascendentes fazem relevo no tálamo, com exceção dos estímulos olfativos que vão direto para o bulbo olfativo.
· Vias descendentes (motor): As vias piramidais são aquelas vias nervosas descendentes (motoras) que passam pelas pirâmides. Elas são responsáveis pelo movimento voluntário rápido, ágil, fino e preciso.
Organização morfofuncional do SNC
1. Vias aferentes: trazem informações ao sistema nervoso central.
2. Vias eferentes: levam a resposta elaborada ao órgão efetuador da resposta .
3. Vias de associação: analisam as informações, armazenam-nas sob forma de memória, elaboram padrões de resposta ou geram respostas espontâneas. Quanto mais neurônios de associação, mais refinada será a resposta. 
Questões de conteúdo de aula:
1. Comente a respeito do desenvolvimento embrionário do SN. 
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2. O tubo neural e a crista neural dão origem a quais estruturas? 
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3. O tubo neural é formado por quais estruturas? 
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4. Comente sobre a divisão do SN sobre o critério anatômico. 
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5. Comente sobre a divisão do SNC sobre o aspecto funcional.
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