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Cognição e Envelhecimento

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IMUNOLOGIA 
Graziela Gonzaga Santana 
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COGNIÇÃO 
 A cognição humana é a capacidade de análise de 
informações e de obtenção de conhecimento por 
meio da utilização de alguns processos mentais 
como, por exemplo, a percepção, memória, 
associação, raciocínio e a linguagem. 
 Os estudos dessas capacidades mentais são feitos 
pela ciência cognitiva, uma área de pesquisas 
interdisciplinares que faz relação com psicologia 
cognitiva, neurociência, linguísticas, sistemas de 
informação, entre outras. 
 Por meio dessas relações entre diferentes áreas, 
essa ciência busca entender mais sobre o modo 
que as pessoas pensam, interpretam e percebem 
o mundo. 
COGNIÇÃO E ENVELHECIMENTO 
 A cognição, apesar de ser o processo mental para 
o entendimento do mundo, não depende 
somente de fatores biológicos. 
 Ela pode sofrer uma influência do meio e pode ser 
melhorada por meio de estímulos e atividades 
específicas, como leitura, jogos e exercícios que 
estimulem o pensamento e a memória, sendo que 
essas estratégias se mostram importantes 
especialmente para os idosos. 
 O envelhecimento é marcado por modificações 
morfológicas, funcionais e psicológica. Levando 
em conta isso, é comum que haja uma perda 
natural e significativa de funções cognitivas, como 
a memória e o entendimento, sem que exista 
algum tipo de enfermidade específica. 
 Nesse momento, a qualidade de vida e o grau de 
atividade do idoso tem um importante papel. 
Idosos que se mantém mental ou fisicamente 
ativos apresentam uma melhora significativa de 
capacidades mentais. 
FUNÇÕES CORTICAIS 
 A capacidade dos seres humanos de realizar 
tarefas, fazer raciocínios, formar pensamentos e 
emoções extremamente complexas, faz com que, 
as estruturas responsáveis por esses processos 
sejam igualmente bem desenvolvidas. 
 Devido a isso, estudos e pesquisas feitas a 
respeito dessas regiões encontram diversas 
dificuldades, tanto por causa de compreensão 
quanto por dificuldade de exames não invasivos e 
seguros que as avaliem precisamente. 
 Pela habilidade afetada e pela perda de função, é 
possível descobrir e mapear a regiões do encéfalo 
responsável pela função antes exercida 
normalmente. 
 Essa obtenção de informações vem se tornando 
cada vez mais fácil com o desenvolvimento da 
tecnologia em exames não invasivos que 
permitem imagens de alta qualidade e 
complexidade. 
CÓRTEX ASSOCIATIVO 
 As áreas corticais associativas são responsáveis 
pelas características conhecidas popularmente 
como cognição, as etapas do processamento 
desde a chegada dos estímulos nas áreas 
sensórias primárias - tendo a função de receber e 
integrar essas informações - até a elaboração de 
uma resposta adequada. 
 Mais precisamente, essas áreas têm a função de 
receber as informações vindas do meio externo, 
avaliá-las - subjetivamente ou não - e decidir qual 
será a estratégia de comportamento adquirida 
pelo indivíduo. 
 Os córtices associativos responsáveis pela 
cognição se encontram nos lobos frontal, parietal 
e temporal. Além da utilização de áreas límbicas 
para a interpretação e a formação das emoções 
em processos cognitivos. 
 Por serem encarregadas da função de 
interpretação mental, essas áreas necessitam 
receber muitos estímulos vindos de diferentes 
áreas encefálicas, assim como também serão 
responsáveis por encaminhar uma grande 
quantidade de informações para outras regiões. 
 Portanto, existem projeções originadas das áreas 
corticais sensitivas e motoras primarias e 
secundarias que alcançam os córtices, e projeções 
 
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que saem deles e chegam no hipocampo, nos 
núcleos da base, no cerebelo, no tálamo e em 
outras áreas. 
CÓRTEX ASSOCIATIVO PARIETAL 
 Nas áreas de associação do lobo parietal são 
"trabalhadas" as informações somatossensoriais, 
resultantes de estímulos vindos da pele, 
músculos, tendões e articulações, bem como 
aqueles referentes à postura corporal e aos 
movimentos. 
 A integração dessas informações com outras, 
provenientes de centros visuais e auditivos, 
permite formular um pensamento consciente 
sobre a exata posição de nosso corpo, quer 
estejamos parados ou em movimento. 
 Lesões nessa área: indivíduos com essas lesões no 
lobo parietal negligenciavam o lado esquerdo do 
corpo, não reconheciam a existência dele. 
 Essa condição é chamada de “Síndrome da 
negligência contralateral”, na qual os pacientes 
apresentam uma perda de percepção no lado 
oposto à lesão cerebral. Mesmo com as outras 
funções completamente intactas- parte motora e 
visual- as pessoas afetadas por essa síndrome não 
conseguem responder a estímulos vindos do lado 
negligenciado, não percebendo objetos ou 
toques, por exemplo. 
CÓRTEX ASSOCIATIVO TEMPORAL 
 A linguagem, por exemplo, envolve vastas áreas 
de associação frontais e temporais que se 
estendem até o lobo occipital. 
 A córtex temporal também participa da decisão 
do que deve ser ou não guardado na memória de 
longa duração. 
 Pacientes com qualquer um dos lobos temporais, 
esquerdo ou direito, lesionado apresentam 
agnosias, distúrbios que causam a incapacidade 
ou a dificuldade de identificar e reconhecer 
objetos ou pessoas conhecidas. 
 Com isso, é possível então chegar à conclusão de 
que as áreas corticais do lobo temporal estão 
relacionadas diretamente com a identificação e o 
reconhecimento dos estímulos recebidos pela 
pessoa, sejam eles estímulos visuais, táteis, 
auditivos ou olfatórios. 
 É importante destacar que, assim como foi 
descoberto por exames de imagens em pessoas 
saudáveis, lesões no córtex temporal direito são 
as lesões que causam as agnosias de faces ou de 
objetos. Enquanto isso, uma lesão no lobo 
temporal esquerdo está mais relacionada com 
distúrbios de linguagem. 
CÓRTEX ASSOCIATIVO FRONTAL 
 Os lobos frontais são os maiores lobos do encéfalo 
humano, abrangendo uma quantidade grande de 
funções. 
 Esse lobo, pelo alto grau de complexidade, 
contém informações e partes importantes que 
estão relacionadas com a nossa personalidade, 
com o nosso “eu”. 
 É por meio deste que nós relacionamos o meio 
externo com valores próprios e internos. Além de 
apresentar papel na tomada de decisão de 
diferentes situações, como por exemplo, ser parte 
do comportamento social, da motivação ou por 
ter funções inibitórias. 
 Consequentemente, uma lesão nessa região pode 
ser particularmente devastadora e muito 
significativa, modificando o modo como agimos. 
As pessoas apresentam uma mudança drástica em 
seus comportamentos, perdem a inibição ou 
podem se tornar apáticos e sem planos para o 
futuro. 
 
 
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TESTES PARA LESÕES NOS LOBOS FRONTAIS 
 Um teste utilizado para a avaliação de função 
normal do lobo frontal é o “Teste Wisconsin de 
Classificação de Cartas” (WCST). 
 O WCST é um teste neuropsicológico que exige 
uma resolução de um problema e, portanto, 
avalia o desempenho em tarefas que necessitam a 
utilização das funções executivas. 
 Resultados mostram que pacientes com lesões no 
lobo frontal tem um desempenho bem inferior ao 
das outras pessoas, saudáveis ou com lesões em 
outras áreas encefálicas. 
 A explicação desse fato é que, por prejudicar a 
parte de “planejamento” do lobo frontal, a lesão 
causa uma perda da capacidade de utilização de 
dados adquiridos nas tentativas anteriores para 
planejamentos das seguintes. 
LINGUAGEM 
 Estudos de pacientes com lesões em regiões 
corticais específicas e de indivíduos normais, 
indicam que a capacidade linguística do encéfalo 
humano depende da integridade de diversas áreas 
especializadas dos córtices de associação nos 
lobos temporal e frontal. 
 Sabe-se que na grande maioria das pessoas, essas 
funções primárias da linguagem para o 
processamento explicitamente semântico estão 
localizadas no hemisfério esquerdo: os elos entre 
os sons do discurso e seus significados estão 
representados principalmente no córtex temporal 
esquerdo, e os circuitos para os comandos 
motores que organizama produção do discurso 
com significado são encontrados principalmente 
no córtex frontal esquerdo. 
 Apesar dessa predominância do lado esquerdo 
para os aspectos lexicais, gramaticais e sintáticos 
da linguagem, o conteúdo emocional (afetivo) da 
linguagem é governado principalmente pelo 
hemisfério direito. 
 Os centros principais da fala estão na região basal 
do lobo frontal esquerdo (área de Broca) e na 
parte posterior do lobo temporal em sua junção 
com o lobo parietal (área de Wernicke). Essas 
áreas são espacialmente separadas das áreas 
corticais sensitivas e motoras primárias 
responsáveis pela percepção unicamente auditiva, 
unicamente visual e execução motora do ato de 
falar. 
 A área de Broca é ativada quando um indivíduo 
fala e, mesmo durante a “fala silenciosa” quando 
palavras e sentenças são formuladas, ainda que 
não estejam sendo faladas. 
 Por outro lado, a repetição simples de palavras 
está associada a ativação da insula, isso sugere 
que existem duas vias disponíveis para a formação 
da linguagem: linguagem automática (estimulo> 
córtex visual ou auditivo> córtex insular> córtex 
motor primário) e linguagem não automática 
(ativação de Broca). 
APRAXIAS 
 Apraxias são caracterizadas por uma 
impossibilidade de realizar movimentos motores 
voluntários e aprendidos, geralmente 
consequência de uma lesão encefálica, nos lobos 
parietais. 
 Existe vários tipos de apraxias, dependendo da 
função afetada. 
TESTES PARA APRAXIA 
 Cada teste deve ser específico para a 
determinação de uma apraxia. Dessa forma, o 
teste deve focar nas dificuldades causas pelos 
distúrbios e testar a capacidade do paciente 
executar tal função. 
AGNOSNIA 
 É um distúrbio que faz com que os pacientes não 
sejam capazes de reconhecer objetos ou pessoas. 
Essa condição afeta normalmente somente um 
dos sentidos enquanto os outros estão 
funcionando normalmente. 
 Os três tipos de agnosias mais comum são: 
 Agnosia visual: pacientes com dificuldades 
em reconhecer objetos sem apresentar 
problemas de visão. Esse é o tipo mais 
comum e estudado da agnosia. 
 Agnosia auditiva: paciente não reconhece 
sons (ex.: reconhece pessoas conhecidas pelo 
rosto, mas não pela voz). 
 Agnosia tátil: paciente não reconhece objeto 
por meio de características sentidas pelo 
tato, como textura ou formato. 
 
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TESTES DE AGNOSIAS 
 Assim como as apraxias, as agnosias apresentam 
diversos testes dependendo do tipo de agnosia 
que se quer testar. 
 É por meio de uma avalição no desempenho de 
tarefas como reconhecimento de 4 objetos pelo 
uso das mãos, reconhecimento de vozes ou 
nomear objetos e pessoas conhecidas. 
EMOÇÕES 
 Apesar de aparentarem ser somente mentais, a 
parte fisiológica se mostra extremamente 
relacionada com as emoções, sendo por meio de 
manifestações mais físicas que elas são expressas. 
 Muitos sentimentos como a ansiedade e o medo, 
apresentam manifestações fisiológicas, como 
tremor, dor de barriga ou sudorese, indicando a 
relação das áreas encefálicas ligadas ao sistema 
emocional e o sistema nervoso autônomo. 
 O sistema límbico é formado por diferentes áreas 
do cérebro que são responsáveis por causar 
diferentes respostas emocionais. 
 Lesões e alterações significativas dessas áreas 
mostraram distúrbios emocionais e de 
comportamento. 
HIPOTÁLAMO 
 O hipotálamo faz parte do diencéfalo e está 
localizado na parede do III ventrículo, logo abaixo 
do sulco hipotalâmico. 
 O hipotálamo é uma pequena parte do diencéfalo 
constituída por substância cinzenta que se agrupa 
em núcleos, às vezes com difícil visualização. É um 
local de integração e processamento de 
comandos, com muitas aferências sensoriais e 
eferências. 
 É composto principalmente por substância 
cinzenta, que se agrupa e forma núcleos, e 
apresenta fibras que o percorrem. 
 O fórnix, um feixe de fibra, divide o hipotálamo 
em medial e lateral. 
 A sua parte medial, entre o fórnix e a parede do III 
ventrículo, engloba os principais núcleos do 
hipotálamo, enquanto sua área lateral apresenta 
fibras longitudinais. 
 
 Apesar de ser pequeno, o hipotálamo apresenta 
variadas funções e é crucial para o sistema 
nervoso. Devido a isso, tem diversas projeções 
que o ligam a outras regiões do sistema nervoso 
central. 
 No sistema límbico, ele faz um papel essencial na 
regulação dos processos emocionais. 
 Lesões ou estímulos elétricos no hipotálamo de 
animais causam reações complexas, como raiva e 
medo. Além disso, por conter várias ligações com 
o sistema nervoso autônomo, comanda as 
manifestações periféricas das emoções. 
FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 
 Regulação da temperatura corporal (sistema de 
controle central). 
 Regulação do comportamento emocional (relação 
com o Sistema Límbico). 
 Regulação do equilíbrio salino e da pressão 
arterial. 
 Regulação da ingestão de alimentos. 
 Regulação do sistema endócrino. 
 Regulação de ritmos circadianos. 
 Regulação de sono e vigília. 
 Controle do Sistema Nervoso Autônomo. 
 Integração do comportamento sexual. 
 Controle do Sistema Neurovegetativo. 
CONEXÕES VISCERAIS 
 Para controlar as ações viscerais, o hipotálamo 
apresenta ligações eferentes e aferentes com a 
medula espinhal e o tronco encefálico. 
 As ligações eferentes afetam direta ou 
indiretamente os neurônios préganglionares do 
sistema autônomo simpático e parassimpático. 
 A conexão indireta é feita por formações 
reticulares e tratos reticuloespinhais. O núcleo do 
trato solitário recebe todas as informações 
sensoriais vindas dos órgãos viscerais. 
 
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 Esse núcleo apresenta ligações aferentes com o 
hipotálamo. 
CONEXÕES COM A HIPÓFISE 
 O hipotálamo apresenta um controle na parte 
endócrina do copo em geral. 
 Além de agir de forma indireta em algumas 
glândulas, como adrenal e a tireoide, ele 
influencia diretamente e, principalmente, a 
hipófise. 
 Essa relação importante com a parte endócrina 
faz com que o hipotálamo exerça papel 
fundamental em diversas reações fisiológicas. 
 Somente conexões aferentes ligam o hipotálamo 
a hipófise que são feitas por meio de dois tratos: 
 Trato hipotálamo-hipofisário: fibras que se 
originam nos neurônios grandes dos núcleos 
supraóticos, e terminam na neuro-hipófise. 
Essas fibras participam bastante da 
neurossecreção, transportando a 
vasopressina e a ocitocina. 
 Trato túbero-hipofisário (trato túbero-
infundibular): surgem dos neurônios 
pequenos e em áreas vizinhas do hipotálamo 
tuberal, e terminam na eminência mediana e 
na haste infundibular. Produzem hormônios 
que ativam ou inibem a adeno-hipófise. 
CONEXÕES COM O SISTEMA LÍMBICO 
 Hipocampo: liga-se pelo fórnix nos núcleos 
mamilares do hipotálamo. Dos núcleos mamilares, 
os impulsos seguem para o núcleo anterior do 
tálamo através do fascículo mamilotalâmico. 
 Corpo amigdalóide: fibras chegam no hipotálamo 
por meio da estria terminal. 
 Área septal: chega ao hipotálamo por meio do 
feixe prosencefálico medial, ligação com os 
núcleos septais. 
CONEXÕES SENSORIAIS 
 Além das conexões viscerais, o hipotálamo 
também recebe informações de algumas partes 
do corpo por meio de vias indiretas. 
 Por exemplo, ele recebe informações de zonas 
erógenas do corpo, como os mamilos e órgãos 
genitais. Recebe informações do sistema olfatório 
e da retina por meio do trato retinohipotalâmico. 
HIPOCAMPO 
 Hipocampo é uma estrutura complexa que está 
localizado na porção medial do assoalho do corno 
temporal, formando um arco ao redor do 
mesencéfalo. 
 É dividido em cabeça, corpo e cauda, e limita-se 
com a cisterna ambiens, seguindo pelo úncus 
medialmente. 
 Os núcleos basais e laterais da amigdala são 
ligados a cabeça do hipocampo. 
 Apresenta importantes funções relacionadas a 
memória, localização espacial, aprendizagem, 
motivação e, junto com as amigdalas, compõem 
uma das regiões principais do sistema límbico. 
 Assim como a amigdala, está relacionadocom 
controle hormonal, tendo manifestações como 
agressividade e raiva. 
 Suas vias eferentes estendem-se até a área septal 
(fórnix pré-comissural), hipocampo contralateral, 
núcleo talâmico anterior e corpos mamilares 
hipotalâmicos. 
PENSAMENTO 
 Teoria holística do pensamento: essa teoria afirma 
que um pensamento resulta de um padrão de 
estimulação de diversas partes do sistema 
nervoso ao mesmo tempo, envolvendo, 
provavelmente, de modo mais importante o 
córtex cerebral, o tálamo, o sistema límbico e a 
formação reticular. 
 O sistema límbico, o tálamo e a formação reticular 
determinariam a natureza do pensamento dando 
suas qualidades e características gerais e o córtex 
cerebral determinaria suas características 
discretas. 
MEMÓRIA 
 Memória é a capacidade de adquirir, armazenar e 
evocar informações/aprendizados. 
 
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 Fisiologicamente, memórias são armazenadas no 
cérebro pela mudança da sensibilidade básica da 
transmissão sináptica entre neurônios, como 
resultado da atividade neural prévia. 
 As vias novas ou facilitadas são chamadas de 
traços de memória. Eles são importantes porque 
uma vez que os traços são estabelecidos, eles 
podem ser seletivamente ativados pelos 
processos mentais para reproduzir as memórias. 
MEMÓRIA POSITIVA E NEGATIVA 
 A memória positiva resulta da facilitação das vias 
sinápticas para informações que entram no 
cérebro e que causam consequências 
importantes, ou seja, sensibilizam a memória. 
 Já a memória negativa ocorre em função da 
inibição de vias sinápticas para informações que 
não acarretam em consequências importantes, o 
efeito resultante disso é denominado habituação 
da memória. 
MEMÓRIAS QUALITATIVAS 
 Dividida em: 
 Memória declarativa: armazenamento (e a 
evocação) do material que está disponível 
para a consciência e pode, em princípio, ser 
expresso mediante a linguagem. 
 Memória não declarativa (memória de 
procedimentos): não está disponível à 
percepção consciente, pelo menos não de 
forma detalhada. Essas memórias envolvem 
habilidades e associações que são, em geral, 
adquiridas e evocadas em um nível 
inconsciente. 
MEMÓRIAS TEMPORAIS 
DOENÇA DE ALZHEIMER 
 A doença de Alzheimer caracteriza-se, 
histopatologicamente, pela maciça perda 
sináptica e pela morte neuronal observada nas 
regiões cerebrais responsáveis pelas funções 
cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o 
hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado 
ventral. 
 Provavelmente, ao decorrer da doença as placas 
que se formam em regiões envolvidas na 
aprendizagem, memória e pensamento se 
espalham para outras áreas envolvidas com a fala, 
compreensão e percepção de onde o corpo está 
em relação aos objetos. 
 O hipocampo é uma região amplamente afetada, 
o seu portão de entrada, o córtex entorrinal, é 
uma das primeiras áreas a serem afetadas. 
 A doença de Alzheimer é acompanhada por 
disfunção precoce e perda de sinapses, afetando 
principalmente a transmissão excitatória no 
hipocampo e no córtex cerebral. Essas alterações 
podem contribuir com a perda da memória.

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