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Desenvolvimento fetal e pré-natal

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Desenvolvimento fetal e pré-natal 
Em torno da 9ª semana da gestação, já 
tendo o embrião aparência humana, 
inicia-se o período fetal 
A organogênese está quase completa, 
e o desenvolvimento fundamen-
talmente voltado para o crescimento e 
a maturação de tecidos e órgãos 
formados 
Desenvolvimento fetal 
9ª a 12ª semana 
➜ Há relativa diminuição do crescimento da 
cabeça em relação ao corpo 
➜ A genitália externa de fetos dos sexos 
mascul ino e feminino ainda aparece 
indiferenciada até o fim da 9ª semana e sua 
forma madura se estabelece apenas na 12ª 
semana 
↳ 12ª semana pode dar margem a erro pelo 
ultrassom, preferindo-se fazer 17ª a 18ª 
semana 
13ª a 16ª semana 
➜ Crescimento muito rápido, especialmente 
do corpo 
➜ Aparecimento dos centros de ossificação 
↳ Importante na conduta de abortamento, 
pois a não faz-se curetagem na paciente, pois 
esses ossos podem perfurar o útero e a 
paciente pode chocar. Assim, deve-se induzir 
com medicação para eliminar o feto e depois 
fazer a curetagem 
16ª a 20ª semana 
➜ Percepção dos movimento fetais 
➜ Na 20ª semana surgem lanugem e cabelos 
e a pele está coberta de verniz caseoso, que 
tem por fim proteger a delicada epiderme fetal 
22ª a 24ª semana 
➜ Embora todos os órgãos estejam 
desenvolvidos, o feto é incapaz de existência 
extra-uterina, principalmente pela imaturidade 
do sistema respiratório 
28ª semana 
➜ Feto tem aproximadamente 1.000g, os 
pulmões estão suficientemente desenvolvidos 
de modo a tornar possível a sobrevida do 
recém-nascido pré-termo 
➜ O tec ido ad iposo se desenvo lve 
rapidamente durante as 6 a 8 últimas 
semanas, fase dedicada, principalmente, ao 
crescimento de tecidos e à preparação dos 
sistemas envolvidos na transição da vida 
intrauterina para a extra-uterina 
Consultas e cuidados no pré-natal 
A assistência ao pré-natal consiste no 
conjunto de medidas e protocolos de 
condu ta que tem por ob je t i vo 
assegurar no fim da gestação, o 
nascimento de uma criança saudável e 
garantia do bem-estar materno e 
neonatal 
Idealmente, o início do processo se 
daria na consulta pré-concepcional, 
e se estenderia por todo o período 
antepasto 
Orientações nutricionais, hábitos de 
vida, medicações regulares (ácido 
fólico*). Atentar para pacientes com 
d e f i c i ê n c i a d a e n z i m a 
Metiltetrahidrofolatordutase (MTHFR)** 
*O ácido fólico é convertido em L-metilfolato 
no organismo, tem algumas pacientes que não 
fazem essa conversão e com isso, o bebê não 
fecha o tubo neural, devendo-se passar o L-
metilfolato, mas no SUS, tem-se apenas ácido 
fólico. 
**“Deficiência dessa enzima é descrita como 
um distúrbio autossômico recessivo que 
r e s u l t a e m a u m e n t o d o s n í v e i s d e 
homocisteína no organismo, conhecido como 
deficiência de meti lenotetrahidrofolato 
redutase (MTHFR). A mutação do gene 
MTHFR tem capacidade limitada de usar o 
folato nutritivo” (SANTOS, GRAYSON - 2019) 
Ações preventivas quanto a infecções, 
como no caso da rubéola, hepatite B, 
t é tano , t oxop lasmose , IST ’s - 
EXTREMAMENTE COMUM 
A consulta pré-natal, é composta de 
anamnese, exame físico e avaliação 
dos exames complementares 
As consultas são divididas em primeira 
consulta e de seguimento 
Primeira consulta 
➜ Definir a condição de saúde da mãe e do 
conceito 
➜ Estimar idade gestacional 
➜ Iniciar o planejamento do acompanhamento 
pré-natal 
➜ Número e frequência das consultas pré-
natais 
➜ A rotina da consulta pré-natal (aferição do 
peso materno e da pressão arterial, medida da 
altura uterina, ausculta dos batimentos 
cardíacos fetais, número de ultrassonografia e 
necessidade de exames vaginais) 
➜ Orientação sobre como localizar o médico 
fora do horário comercial 
➜ Orientação sobre quando procurar 
➜ Cálculo da data provável do parto é feito 
com base no conhecimento da data da última 
menstruação (DUM). Adicionam-se 7 dias ao 
primeiro dia da última menstruação e 
subtraem-se 3 meses do mês, segundo a 
Regra de Näegele*. 
➜ Cálculo da idade gestacional, somam-se os 
dias desde a DUM, divide por 7. Se houver 
resto, corresponde aos dias 
Consultas de seguimento 
➜ Após a realização da primeira consulta, o 
retorno é agendado para 15 dias depois, para 
a avaliação dos exames complementares 
solicitados 
↳ Mensais até 32 semanas 
↳ Quinzenais até 36 semanas 
↳ Semanais até o parto 
Anamnese 
➜ Identificação (idade, profissão, estado civil, 
domincílio)* 
➜ Antecedentes pessoais e familiares 
↳ Deficiências alimentares 
↳ Antecedentes pessoas patológicos 
(poliomielite, doenças ósseas, cardiopatias, 
nefropatias e pneumopatias) 
↳ Cirurgias (principalmente as realizadas 
sobre o sistema genital: miomectomias, 
f’situlas genitais, perineoplastias) 
↳ Medicações de uso regular 
↳ Alergias medicamentosas 
↳ Atividade física (devendo-se quantificar sua 
frequência e a intensidade) 
↳ Tabagismo, etilismo ou uso de outras 
substâncias 
➜ Antecedentes obstétricos 
↳ Menarca e características dos ciclos 
menstruais (DUM e a DPP*) 
↳ N ú m e r o d e p a r c e i r o s , m é t o d o s 
contraceptivos 
↳ Número de gestações e desfechos, via 
de parto 
↳ Intervalos entre as gestações 
↳ Desejo de engravidar 
↳ Evolução os ciclos gravídico-puerperais 
anteriores 
Exemplos 
Data provável do parto 
DUM: 05/10/2022 → DPP: 12/07/2023 
DUM: 10/01/2023 → DPP: 17/10/2023 
Cálculo da idade gestacional 
DUM: 04/10/2022 
Outubro: 27 dias 
Novembro: 30 
Dezembro: 31 dias 
Janeiro: 31 dias 
Fevereiro: 15 dias 
Total: 134 dias, dividido por 7 = 19 
semanas + 1 dia
Exame físico 
➜ Pesar e medir a paciente 
➜ Aferição da pressão arterial 
↳ A observação de níveis tensionais iguais ou 
maiores que 140/90 mmHg, mantidos em duas 
ocasiões e resguardando intervalo de quatro 
horas entre as medidas 
➜ Cabeça 
↳ Cloasma. Ou máscara gravídica: 
pigmentação difusa ou circunstcrita, mais 
nítida 
➜ Pescoço 
↳ Em função da hipertrofia da tireóide, a 
circunferência do pescoço apresenta-se 
aumentada, o que fica mais evidente por volta 
do 5º ou 6º mês. 
➜ Glândula mamária 
↳ A inspeção mostra mamas com volume 
aumentado 
↳ A partir da 16ª semana aparece secreção 
de colostro 
↳ Sinal de Hunter: A auréola primitiva 
➜ Abdome 
↳ Linea nigra 
↳ Estrias ou víbices, produzidas pela 
sobredistensão do retículo de fibras elásticas 
(recentes, da gravidez atual, de cor violácea, 
com fundo azulado; e antigas, brancas ou 
nacaradas, de aspecto peroláceo). 
↳ Palpação abdominal 
↪ Consistência uterina: Elástico-pastoso-
cística, característica do amolecimento da 
parede uterina da gestante, e, em função da 
quantidade de líquido amniótico. Percebem-
se, durante a gestação, as contrações de 
Braxton-Hicks. 
↪ Regularidade da superfície uterina: 
superfície lisa e regular. 
↪ A palpação abdominal é recomendada a 
partir do 2º trimestre, através dos quatro 
tempos das Manobras de Leopold-Zweifel 
➤ 1º Tempo: Situação fetal 
➔ Deve-se palpar a barriga com as duas 
mãos 
➔ Delimitar o fundo uterino e observar qual 
pólo fetal que o ocupa.* 
⇢ Longitudinal 
⇢ Transversa 
⇢ Oblíquo 
➤ 2º tempo: Posição fetal (delimitar dorso 
fetal e membros) 
➔ Direita 
➔ Esquerda 
➤ 3º tempo: Apresentação fetal 
➔ Visa a exploração da mobilidade do polo 
que se apresenta em relação com o estreito 
superior (Manobra do rechaço) 
⇢ Cefálico (De cabeça para baixo) 
⇢ Pélvico (De cabeça para cima) 
➤ 4º tempo: Altura da apresentação 
➔ Permite sentir o grau de penetração 
(insinuação) da apresentação na pelve e 
confirmar apresentação 
➔ Reservado para quando a paciente está em 
trabalho de parto 
➔ Examinador de costas para a paciente 
➜ Medida da altura uterina 
➔ Saber se o feto é macrossômico ou 
apresenta restrição de crescimento 
➔ Altura do fundo uterino aumentada 
⇢ Macrossomia 
⇢ Polidromnia 
⇢ Gemelar 
➔ Altura do fundo uterino diminuída 
⇢ Tabagista 
⇢ Restrição de crescimento 
⇢ HAS- Insuficiência placentária, fazendo 
restrição de crescimento 
⇢ Oligodramnia 
↳ 10 - 12 semanas = o útero começa a ser 
palpado acima da sínfise púbica 
↳ 16 semanas - entre a sínfise púbica e a 
cicatriz umbilical 
↳ 20 semanas - cicatriz umbilical 
*A partir de 20 semanas até 32 semanas, a 
medida do fundo uterino se correlaciona bem 
à idade gestacional 
➜ Ausculta dos batimentos cardíacos 
fetais 
↳ É considerada normal a frequência 
cardíaca fetal entre 110 - 160 batimentos por 
minuto * 
↳ Sonar - A partir de 12 semanas 
↳ Pinard - A partir de 20 semanas 
➜ Toque vaginal 
↳ Deve ser reduzido ao mínimo de vezes 
necessário e realizado com os cuidados 
indispensáveis 
↳ Pode ser unidigital, bidigital (mais comum) 
ou manual (excepcional), sendo este último 
realizado quando a apresentação estiver muito 
alta e já na mesa operatória, com a paciente 
anestesiada. 
↳ Realização do toque vaginal: paciente com 
a bexiga e o reto esvaziados, com as mãos do 
examinador r igorosamente lavadas e 
revestidas de luvas esterilizadas, estando a 
p a c i e n t e e m p o s i ç ã o l i t o t ô m i c a o u 
ginecológica, entreabrindo-se a vulva com os 
dedos de uma das mãos, respeitando-se os 
preceitos de assepsia e de antissepsia. 
➜ Membros inferiores 
↳ É comum que apresentem dilatação 
circunscrita de vasos sanguíneos, ou mesmo 
varizes aumentadas no final da gravidez é 
possível se observar edema 
Exames complementares 
 
➜ Solicita-se na primeira consulta o perfil 
pré-natal, que inclui: 
↳ Tipo sanguíneo ABO e fator Rh 
↳ Pesquisa de anticorpos irregulares 
(Coombs Indireto) 
↳ Hemograma 
↳ Sorologia para rubéola* 
*Erradicada desde 2015, mas caso a paciente 
tenha viajado para algum país com muita 
incidência de rubéola é preciso testar por ter 
uma grande transferência para o feto e deve-
se acompanhar, já que não há tratamento 
↳ Sorologia para toxoplasmose 
↳ Sorologia para hepatites B e C 
↳ Sorologia para síflis VDRL 
↳ Sorologia para vírus da imunodeficiência 
humana (HIV) 
↳ Glicemia em jejum 
↳ TSH + T4 Livre 
↳ 25-Hidroxivitamina D 
↪ Déficit cognitivo 
↪ Desenvolvimento ósseo comprometido 
↳ Urina tipo 1 
↳ Urocultura 
↳ Colpocitologia oncótica (Papanicolau) 
➜ O Ministério da Saúde preconiza como 
rotina mínima: 
↳ Tipagem Sanguínea + Fator Rh 
↳ Hemoglobina e Hematócrito 
↳ Glicemia de jejum 
↳ EAS 
↳ HbsAg 
↳ HIV 
↳ VDRL 
↳ Toxoplasmose 
➜ Tipagem sanguínea e pesquisa de 
anticorpos irregulares 
↳ A determinação do grupo sanguíneo e do 
fator Rh é obrigatório para a seleção das 
pacientes de risco para aloimunização Rh. 
↪ Mulheres Rh- a partir do 2º feto Rh+, podem 
levá-lo à eritroblastose fetal que consiste em 
uma doença que há destruição das hemácias 
do feto ou recém-nascido por ação dos 
ant icorpos da própr ia mãe devido à 
haloimunização. 
↳ Confirmada a incompatibilidade o Coombs 
Indireto deverá ser solicitado nos três 
trimestres. 
↳ Os Protocolos internacionais recomendam 
a administração da IgG anti-D para as 
mulheres Rh-negativo não sensibilizadas com 
28 semanas de gestação. Não é feito no Brasil 
devido ao preço 
➜ Hemograma completo 
↳ A análise o quadro hematológico da 
gestante deve levar em consideração as 
alterações fisiológicas impostas pela gravidez. 
↳ Hemoglobina > 11: ausência de anemia 
Em situações especiais: EPF, 
Colpocitologia oncótica, Rubéola, 
Citomegalovírus, Urinocultura. 
↪ Manter a suplementação de 60mg/dia de 
Ferro elementar a partir da 20ª semana de 
gestação 
↳ Hemoglobina < 11 e > 8: Anemia leve a 
moderada 
↪ Deve-se pesquisar o motivo da anemia 
↪ Solicitar exames parasitológico de fezes 
↪ Prescrever Sulfato Ferroso em dose de 
tratamento de anemia ferropriva (120 - 140mg 
de ferro elementar) 
↪ Na gestação, é esperada leucocitose à 
custa do aumento dos neutrófilos, com a 
contagem total de leucócitos não excedendo 
14.000, sendo fisiológico da gravidez 
↪ O número absoluto de plaquetas é utilizado 
pa ra o ras t reamen to de a l t e rações 
plaquetárias subclínicas ou que ainda não 
tiveram diagnóstico 
↪ Plaquetopenia é algo que DEVE-SE 
investigar, para que não haja possibilidade de 
que seja uma possível leucemia 
➜ Glicemia 
➜ EAS e urinocultura 
↳ A bacteriúria assintomática deve ser tratada 
está associada a desenvolvimento de 
Pielonefrite havendo risco de sepse em 
grande número de casos, além de aumentar o 
risco de trabalho de parto prematuro, 
amniorreia prematura (rompimento da bolsa) e 
restrição do crescimento 
↳ EAS + Urocultura 
↳ Nova urocultura deve ser solicitada em 3 a 
7 dias após o tratamento 
➜ VDRL 
↳ É solicitado na primeira consulta, e se 
negativo, é repetido no terceiro trimestre 
↳ VDRL Posit ivo - So l ic i tar tes te 
confirmatório (FTA-abs que é um teste 
treponêmico), sempre que possível, pois pode 
haver reação cruzada com a gravidez 
↳ FTA-Abs não Reagente - Considerar 
reação cruzada pela gravidez e/ou outras 
doenças 
↳ FTA-Abs Reagente - Confirmado o 
diagnóstico de Sífilis 
*Necessária confirmação com glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL
**PTOG anormal quando pelo menos um dos valores é atingido
↳ Se não tiver FTA-abs e sem documentação 
de tratamento considerar resultado positivo 
em qualquer titulação! 
➜ Pesquisa de hepatite B (HbsAg) 
↳ A pesquisa do antígeno deve ser feita no 
primeiro trimestre da gravidez, visando à 
profilaxia da transmissão vertical 
↳ A portadora crônica pode transmitir a 
doença para o seu filho, principalmente 
durante o parto 
* Solicitar Anti-Hbs na primeira consulta para 
avaliar imunidade prévia a doença, ou seja, 
se a paciente é imune à Hepatite B, se não 
for deve vacinar 
➜ Pesquisa de hepatite C (Anti-HCV) 
↳ Para o diagnóstico de hepatite C, pode ser 
realizado teste para detecção dos anticorpos 
totais antivírus da hepatite C (VHC) ou dois 
testes por Elisa (de diferentes kits) para o 
VHC 
➜ Pesquisa de anticorpos Anti-HIV (ELISA) 
↳ O rastreamento do HIV detecta anticorpos 
para HIV 1 e 2. 
↳ Oferecida sistematicamente a todas as 
gestantes durante a assistência ao pré-natal 
na primeira consulta e repetida no terceiro 
trimestre 
↳ A realização do exame exige a autorização 
expressa da paciente, após aconselhamento 
pré-teste (Ministério da saúde, 2006) 
➜ Pesquisa de toxoplasmose 
↳ A investigação laboratorial deve começar 
pela detecção dos anticorpos IgG e IgM por 
meio do método Elisa 
↳ IgG E IgM Negativos → Gestante 
Susceptível 
↪ Repetimos o teste a cada 2 meses e 
orientamos a profilaxia. Pedir para a paciente 
tomar cuidado em que, caso a paciente 
possua gato, ela não pode fazer a higiene do 
gato, cuidar de horta, também cuidar do 
alimento e não alimentar-se em restaurantes 
que ela não sabe se há higiene correta dos 
alimentos 
↳ IgG positivo e IgM Negativo → Infecção 
Imune ou Infecção anterior 
↪ É o que espera-se da paciente, 
apresentando apenas anticorpos de memória 
↪ N o v a i n v e s t i g a ç ã o a p e n a s e m 
imunodeprimidas 
↳ IgG Negativo e IgM Positivo → Infecção 
aguda OU IgM falso 
↪ Colher nova amostra após 2 semanas ou 
PCR 
↪ IgG Positivo e IgM Positivo → Infecção 
recente ou falso positivo = Teste de Avidez 
↪ Teste avidez baixo (< 30%) → Infecção há 
menos de 4 meses 
↪ Teste de avidez alto (> 60%) → Infecção há 
mais de 4 meses 
↪ Resultado intermediário (30 a 60%) → 
inconclusivo 
➜ Pesquisa de rubéola (Doença erradicada 
no país desde 2015) 
↳ O rastreamento da rubéola é realizado pela 
pesquisa de IgG e IgM específicas por meio 
do método Elisa. 
↳ IgM positiva, a paciente deve ser 
encaminhada para avaliação de medicina fetal 
para correta orientação e seguimento, 
fazendo-se apenas acompanhamento. Não há 
tratamento 
↳ Sorologia negativa → Suscetível e deve ser 
orientada para que, mediante qualquer 
exposição suspeita, repita a sorologia 
quantitativa o mais precoce possível* 
↳ IgG positiva e de IgM negativa são 
consideradas imunes 
➜ Pesquisa citomegalovíruse rubéola 
↳ O rastreio de infecção por Rubéola e 
Citomegalovírus não é rotina de pré-
natal ,uma vez que não há tratamento 
disponível para evitar transmissão vertical ou 
redução da morbidade fetal. 
➜ Parasitológico de fezes 
↳ O parasitológico de fezes identificará os 
protozoários e parasitas para que se proceda 
ao tratamento adequado 
↳ É importante lembrar que muitos 
diagnósticos clínicos e/ou laboratoriais de 
anemias na gestação podem ter como única 
causa parasitoses intestinais que provocam 
microssangramentos 
↳ Não é comum solicitar, ao menos que 
resida em zona rural ou haja investigação de 
anemia com possibilidade de que seja 
causada por algum verme 
➜ Cultura para estreptococos grupo B 
↳ Coleta com swab vaginal e anal entre 35 - 
37 semanas de gestação em todas as 
gestantes, exceto nos casos de infecção 
urinária por estreptococos do grupo B durante 
a gestação. 
↳ Faz-se tratamento com antibiótico 
➜ Citologia cervicovaginal (Colpocitologia 
Oncótica) 
↳ Realiza-se a coleta se possível na primeira 
visita, encaminhando a gestante para 
ambulatório especializado, se necessário. 
Evitando-se colher no 1º trimestre por 
respaldo, porque muitas pacientes que ao 
abortarem e tiver colhido preventivo, ela acusa 
de ter sido o preventivo, gerando-se um 
incômodo 
Ultrassonografia 
➜ Primeiro trimestre (11-14 semanas) 
↳ Transvaginal para diagnóstico de gravidez 
com 6 a 8 semanas 
↳ Morfológico de primeiro trimestre para 
confirmar idade gestacional, translucência 
nucal, presença de osso nasal, aferição do 
comprimento do colo do útero, diagnosticar 
malformações 
↪ Avaliar medida da translucência nucal com 
valor de referência abaixo de 2,5. Quanto mais 
espesso maior a chance de síndrome, 
principalmente Síndrome de Down 
↪ Comprimento pode dar de parâmetro 
quando muito curto a chance de parto 
prematuro, sendo um prognóstico para essa 
situação de parto prematuro 
↳ Até 13 + 6 semanas, a idade da gravidez 
avaliada pela medida do comprimento cabeça-
nádega (CCN) tem uma acurácia de ± 5 - 7 
dias 
↳ Com 17 a 18 semanas pode ser feito 
ultrassom para sexo do bebê, mas hoje com a 
secagem fetal, não costuma-se fazer 
utlrassom 
➜ Segundo trimestre (20 semanas) 
↳ Ultrassom morfológico de segundo 
trimestre para avaliar as estruturas do 
concepto, avaliar se há má formação. A idade 
da gravidez pela US de 2º trimestre é 
fornecida pelo diâmetro biparietal (DBP) ou 
pelo comprimento do fêmur (CF). A acurácia é 
de ± 10 a 14 dias. 
➜ Terceiro trimestre* 
↳ Reavaliar inserção placentária, estimar 
peso fetal, a apresentação e quantidade de 
líquido amniótico, doppler (fluxo de sangue do 
útero para a placenta e da placenta para o 
feto, fazendo-se diagnóstico de acretismo 
placentário e sofrimento fetal - Vitalidade fetal 
e insuficiência placentária) 
Exames ultrassonográficos e época de 
realização em gestações de baixo risco 
Tipo de exame Época de realização
USG obstétrica 
transvaginal
Até 10 semanas
USG morfológica do 1º 
trimestre (medida da 
translucência nucal)
De 11 semanas e 3 
dias a 13 semanas e 6 
dias
USG morfológica do 2º 
trimestre
De 20 a 24 semanas
USG obstétrica Após 34 semanas
Redefinição do “termo” da gravidez: 
Considerando o atual conceito do termo da gravidez – 37 
semanas + 0 dia a 41 semanas + 6 dias – adotado pela WHO 
(1970, 2013), seguem as novas definições sobre o tema 
(NICHD, ACOG, AAP, SMFM, MOD, WHO, 2013) : 
Termo-precoce: 37 semanas + 0 dia a 38 semanas + 6 dias 
Termo-completo: 39 semanas + 0 dia a 40 semanas + 6 dias 
Termo-tardio: 41 semanas + 0 dia a 41 semanas + 6 dias 
Pós-termo: ≥42 semanas.
Imunização 
➜ Influenza 
↳ Recomendada em todas as gestantes 
(Campanha) 
➜ Hepatite B 
↳ Recomendada em todas as gestantes 
susceptíveis após 1º trimestre (0 - 1 e 6 
meses) 
➜ DTPA e DT 
↳ Tétano após 20ª semanas para imunidade 
do feto 
➜ Vacina dupla, tipo adulto (DT) 
↳ Após 20ª semana de gestação. 
➜ Vacinas Contra-Indicadas: 
↳ Rubéola 
↳ Febre amarela (apenas em área endêmica 
avaliar risco) 
↳ Sarampo 
↳ Caxumba, Varicela 
↳ HPV 
➜ Vacina contra COVID-19: 
↳ A segurança e eficácia das vacinas não 
foram avaliadas nestes grupos, no entanto, 
estudos em animais não demonstraram risco 
de malformações. 
↳ De preferência faz-se a Pfizer por ser de 
RNAm 
↳ Gestantes e puérperas (em até 45 dias 
após o parto) estão predispostas a um risco 
maior de desenvolver as formas graves de 
Covid-19. 
↳ A Lei Nº 14.190, de 29 de julho de 2021, no 
seu § 4o, estabelece que as gestantes, as 
puérperas e as lactantes, com ou sem 
comorbidade, independentemente da idade 
dos lactantes, serão incluídas como grupo 
p r i o r i t á r i o n o P l a n o N a c i o n a l d e 
Operacionalização da Vacinação contra a 
Covid-19 
↳ As gestantes e puérperas que já tenham 
recebido a pr imeira dose da vacina 
AstraZeneca/Fiocruz deverão completar o 
esquema primário com a vacina da Pfizer 
↳ A vacina da Pfizer / BioNTech contra a 
COVID-19 é baseada no RNA mensageiro, ou 
mRNA, que ajuda o organismo a gerar a 
imunidade contra o vírus SARS-CoV-2, 
causador da covid-19. O mRNA sintético dá as 
instruções ao organismo para a produção de 
proteínas encontradas na superfície do vírus. 
Uma vez produzidas no organismo, essas 
proteínas (ou antígenos) estimulam a resposta 
do sistema imune resultando, assim, 
potencialmente em proteção para o indivíduo 
que recebeu a vacina. 
Avaliação nutricional 
➜ As necess idades ca ló r i cas es tão 
aumentadas em cerca de 10% (2500 kcal/dia 
durante a gestação e 2600 kcal/dia durante a 
amamentação). 
➜ O ganho ponderal médio ideal da grávida é 
de aproximadamente 12,5 kg (IMC normal) e o 
ganho ponderal máximo recomendado para as 
obesas é de até 9,1 kg (IMC acima do peso). 
➜ Alguns alimentos devem ser evitados por 
causa de seu potencial tóxico. Entre eles, 
estão cafeína, carnes cruas, frutas e vegetais 
não lavados e produtos não pasteurizados. 
➜ A deficiência de ferro é a principal causa de 
anemia. 
↳ Os sais de ferro, provenientes apenas da 
dieta, passam a ser insuficientes após 20 
semanas para a maioria das gestantes. 
↳ Recomenda-se sua suplementação desde 
16 semanas de gestação até 8 semanas após 
o parto (suplementação de 60 mg/dia de ferro 
elementar, que corresponde a 300 mg de 
sulfato ferroso ou do ferro quelato glicinato). 
➜ Para prevenção dos defeitos abertos do 
tubo neural, em pacientes sem antecedentes, 
recomenda-se suplementação de 400 µg/dia 
de ácido fólico e, para pacientes com 
antecedentes, 4mg/dia. Para esse fim, a 
suplementação deve ser iniciada 3 meses 
antes da gestação e continuar nos 2 primeiros 
meses. 
➜ A ingesta de vitamina A em doses 
superiores a 10.000 UI/dia é teratogênica 
Queixas comuns 
➜ Náusea e Vômitos - 75% 
➜ Lombalgia – 70% 
➜ Fraqueza e desmaios 
➜ Pirose 
➜ Sensação de plenitude 
➜ Constipação e Flatulências 
➜ Hemorróidas 
➜ Edema 
➜ Cefaléia 
➜ Varizes 
Orientações gerais 
➜ Exercícios Físicos 
↳ Baixo risco (caminhada, natação, ioga, 
hidroginástica) 
↳ Médio risco (musculação) 
↳ Alto risco (esportes de alto impacto) 
➜ Trabalho 
➜ Atividade Sexual 
↳ Não há restrições, desde que não haja 
histórias de dor, sangramento, intercorrências 
que necessitem de repouso.

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