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Desenvolvimento fetal e pré-natal Em torno da 9ª semana da gestação, já tendo o embrião aparência humana, inicia-se o período fetal A organogênese está quase completa, e o desenvolvimento fundamen- talmente voltado para o crescimento e a maturação de tecidos e órgãos formados Desenvolvimento fetal 9ª a 12ª semana ➜ Há relativa diminuição do crescimento da cabeça em relação ao corpo ➜ A genitália externa de fetos dos sexos mascul ino e feminino ainda aparece indiferenciada até o fim da 9ª semana e sua forma madura se estabelece apenas na 12ª semana ↳ 12ª semana pode dar margem a erro pelo ultrassom, preferindo-se fazer 17ª a 18ª semana 13ª a 16ª semana ➜ Crescimento muito rápido, especialmente do corpo ➜ Aparecimento dos centros de ossificação ↳ Importante na conduta de abortamento, pois a não faz-se curetagem na paciente, pois esses ossos podem perfurar o útero e a paciente pode chocar. Assim, deve-se induzir com medicação para eliminar o feto e depois fazer a curetagem 16ª a 20ª semana ➜ Percepção dos movimento fetais ➜ Na 20ª semana surgem lanugem e cabelos e a pele está coberta de verniz caseoso, que tem por fim proteger a delicada epiderme fetal 22ª a 24ª semana ➜ Embora todos os órgãos estejam desenvolvidos, o feto é incapaz de existência extra-uterina, principalmente pela imaturidade do sistema respiratório 28ª semana ➜ Feto tem aproximadamente 1.000g, os pulmões estão suficientemente desenvolvidos de modo a tornar possível a sobrevida do recém-nascido pré-termo ➜ O tec ido ad iposo se desenvo lve rapidamente durante as 6 a 8 últimas semanas, fase dedicada, principalmente, ao crescimento de tecidos e à preparação dos sistemas envolvidos na transição da vida intrauterina para a extra-uterina Consultas e cuidados no pré-natal A assistência ao pré-natal consiste no conjunto de medidas e protocolos de condu ta que tem por ob je t i vo assegurar no fim da gestação, o nascimento de uma criança saudável e garantia do bem-estar materno e neonatal Idealmente, o início do processo se daria na consulta pré-concepcional, e se estenderia por todo o período antepasto Orientações nutricionais, hábitos de vida, medicações regulares (ácido fólico*). Atentar para pacientes com d e f i c i ê n c i a d a e n z i m a Metiltetrahidrofolatordutase (MTHFR)** *O ácido fólico é convertido em L-metilfolato no organismo, tem algumas pacientes que não fazem essa conversão e com isso, o bebê não fecha o tubo neural, devendo-se passar o L- metilfolato, mas no SUS, tem-se apenas ácido fólico. **“Deficiência dessa enzima é descrita como um distúrbio autossômico recessivo que r e s u l t a e m a u m e n t o d o s n í v e i s d e homocisteína no organismo, conhecido como deficiência de meti lenotetrahidrofolato redutase (MTHFR). A mutação do gene MTHFR tem capacidade limitada de usar o folato nutritivo” (SANTOS, GRAYSON - 2019) Ações preventivas quanto a infecções, como no caso da rubéola, hepatite B, t é tano , t oxop lasmose , IST ’s - EXTREMAMENTE COMUM A consulta pré-natal, é composta de anamnese, exame físico e avaliação dos exames complementares As consultas são divididas em primeira consulta e de seguimento Primeira consulta ➜ Definir a condição de saúde da mãe e do conceito ➜ Estimar idade gestacional ➜ Iniciar o planejamento do acompanhamento pré-natal ➜ Número e frequência das consultas pré- natais ➜ A rotina da consulta pré-natal (aferição do peso materno e da pressão arterial, medida da altura uterina, ausculta dos batimentos cardíacos fetais, número de ultrassonografia e necessidade de exames vaginais) ➜ Orientação sobre como localizar o médico fora do horário comercial ➜ Orientação sobre quando procurar ➜ Cálculo da data provável do parto é feito com base no conhecimento da data da última menstruação (DUM). Adicionam-se 7 dias ao primeiro dia da última menstruação e subtraem-se 3 meses do mês, segundo a Regra de Näegele*. ➜ Cálculo da idade gestacional, somam-se os dias desde a DUM, divide por 7. Se houver resto, corresponde aos dias Consultas de seguimento ➜ Após a realização da primeira consulta, o retorno é agendado para 15 dias depois, para a avaliação dos exames complementares solicitados ↳ Mensais até 32 semanas ↳ Quinzenais até 36 semanas ↳ Semanais até o parto Anamnese ➜ Identificação (idade, profissão, estado civil, domincílio)* ➜ Antecedentes pessoais e familiares ↳ Deficiências alimentares ↳ Antecedentes pessoas patológicos (poliomielite, doenças ósseas, cardiopatias, nefropatias e pneumopatias) ↳ Cirurgias (principalmente as realizadas sobre o sistema genital: miomectomias, f’situlas genitais, perineoplastias) ↳ Medicações de uso regular ↳ Alergias medicamentosas ↳ Atividade física (devendo-se quantificar sua frequência e a intensidade) ↳ Tabagismo, etilismo ou uso de outras substâncias ➜ Antecedentes obstétricos ↳ Menarca e características dos ciclos menstruais (DUM e a DPP*) ↳ N ú m e r o d e p a r c e i r o s , m é t o d o s contraceptivos ↳ Número de gestações e desfechos, via de parto ↳ Intervalos entre as gestações ↳ Desejo de engravidar ↳ Evolução os ciclos gravídico-puerperais anteriores Exemplos Data provável do parto DUM: 05/10/2022 → DPP: 12/07/2023 DUM: 10/01/2023 → DPP: 17/10/2023 Cálculo da idade gestacional DUM: 04/10/2022 Outubro: 27 dias Novembro: 30 Dezembro: 31 dias Janeiro: 31 dias Fevereiro: 15 dias Total: 134 dias, dividido por 7 = 19 semanas + 1 dia Exame físico ➜ Pesar e medir a paciente ➜ Aferição da pressão arterial ↳ A observação de níveis tensionais iguais ou maiores que 140/90 mmHg, mantidos em duas ocasiões e resguardando intervalo de quatro horas entre as medidas ➜ Cabeça ↳ Cloasma. Ou máscara gravídica: pigmentação difusa ou circunstcrita, mais nítida ➜ Pescoço ↳ Em função da hipertrofia da tireóide, a circunferência do pescoço apresenta-se aumentada, o que fica mais evidente por volta do 5º ou 6º mês. ➜ Glândula mamária ↳ A inspeção mostra mamas com volume aumentado ↳ A partir da 16ª semana aparece secreção de colostro ↳ Sinal de Hunter: A auréola primitiva ➜ Abdome ↳ Linea nigra ↳ Estrias ou víbices, produzidas pela sobredistensão do retículo de fibras elásticas (recentes, da gravidez atual, de cor violácea, com fundo azulado; e antigas, brancas ou nacaradas, de aspecto peroláceo). ↳ Palpação abdominal ↪ Consistência uterina: Elástico-pastoso- cística, característica do amolecimento da parede uterina da gestante, e, em função da quantidade de líquido amniótico. Percebem- se, durante a gestação, as contrações de Braxton-Hicks. ↪ Regularidade da superfície uterina: superfície lisa e regular. ↪ A palpação abdominal é recomendada a partir do 2º trimestre, através dos quatro tempos das Manobras de Leopold-Zweifel ➤ 1º Tempo: Situação fetal ➔ Deve-se palpar a barriga com as duas mãos ➔ Delimitar o fundo uterino e observar qual pólo fetal que o ocupa.* ⇢ Longitudinal ⇢ Transversa ⇢ Oblíquo ➤ 2º tempo: Posição fetal (delimitar dorso fetal e membros) ➔ Direita ➔ Esquerda ➤ 3º tempo: Apresentação fetal ➔ Visa a exploração da mobilidade do polo que se apresenta em relação com o estreito superior (Manobra do rechaço) ⇢ Cefálico (De cabeça para baixo) ⇢ Pélvico (De cabeça para cima) ➤ 4º tempo: Altura da apresentação ➔ Permite sentir o grau de penetração (insinuação) da apresentação na pelve e confirmar apresentação ➔ Reservado para quando a paciente está em trabalho de parto ➔ Examinador de costas para a paciente ➜ Medida da altura uterina ➔ Saber se o feto é macrossômico ou apresenta restrição de crescimento ➔ Altura do fundo uterino aumentada ⇢ Macrossomia ⇢ Polidromnia ⇢ Gemelar ➔ Altura do fundo uterino diminuída ⇢ Tabagista ⇢ Restrição de crescimento ⇢ HAS- Insuficiência placentária, fazendo restrição de crescimento ⇢ Oligodramnia ↳ 10 - 12 semanas = o útero começa a ser palpado acima da sínfise púbica ↳ 16 semanas - entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical ↳ 20 semanas - cicatriz umbilical *A partir de 20 semanas até 32 semanas, a medida do fundo uterino se correlaciona bem à idade gestacional ➜ Ausculta dos batimentos cardíacos fetais ↳ É considerada normal a frequência cardíaca fetal entre 110 - 160 batimentos por minuto * ↳ Sonar - A partir de 12 semanas ↳ Pinard - A partir de 20 semanas ➜ Toque vaginal ↳ Deve ser reduzido ao mínimo de vezes necessário e realizado com os cuidados indispensáveis ↳ Pode ser unidigital, bidigital (mais comum) ou manual (excepcional), sendo este último realizado quando a apresentação estiver muito alta e já na mesa operatória, com a paciente anestesiada. ↳ Realização do toque vaginal: paciente com a bexiga e o reto esvaziados, com as mãos do examinador r igorosamente lavadas e revestidas de luvas esterilizadas, estando a p a c i e n t e e m p o s i ç ã o l i t o t ô m i c a o u ginecológica, entreabrindo-se a vulva com os dedos de uma das mãos, respeitando-se os preceitos de assepsia e de antissepsia. ➜ Membros inferiores ↳ É comum que apresentem dilatação circunscrita de vasos sanguíneos, ou mesmo varizes aumentadas no final da gravidez é possível se observar edema Exames complementares ➜ Solicita-se na primeira consulta o perfil pré-natal, que inclui: ↳ Tipo sanguíneo ABO e fator Rh ↳ Pesquisa de anticorpos irregulares (Coombs Indireto) ↳ Hemograma ↳ Sorologia para rubéola* *Erradicada desde 2015, mas caso a paciente tenha viajado para algum país com muita incidência de rubéola é preciso testar por ter uma grande transferência para o feto e deve- se acompanhar, já que não há tratamento ↳ Sorologia para toxoplasmose ↳ Sorologia para hepatites B e C ↳ Sorologia para síflis VDRL ↳ Sorologia para vírus da imunodeficiência humana (HIV) ↳ Glicemia em jejum ↳ TSH + T4 Livre ↳ 25-Hidroxivitamina D ↪ Déficit cognitivo ↪ Desenvolvimento ósseo comprometido ↳ Urina tipo 1 ↳ Urocultura ↳ Colpocitologia oncótica (Papanicolau) ➜ O Ministério da Saúde preconiza como rotina mínima: ↳ Tipagem Sanguínea + Fator Rh ↳ Hemoglobina e Hematócrito ↳ Glicemia de jejum ↳ EAS ↳ HbsAg ↳ HIV ↳ VDRL ↳ Toxoplasmose ➜ Tipagem sanguínea e pesquisa de anticorpos irregulares ↳ A determinação do grupo sanguíneo e do fator Rh é obrigatório para a seleção das pacientes de risco para aloimunização Rh. ↪ Mulheres Rh- a partir do 2º feto Rh+, podem levá-lo à eritroblastose fetal que consiste em uma doença que há destruição das hemácias do feto ou recém-nascido por ação dos ant icorpos da própr ia mãe devido à haloimunização. ↳ Confirmada a incompatibilidade o Coombs Indireto deverá ser solicitado nos três trimestres. ↳ Os Protocolos internacionais recomendam a administração da IgG anti-D para as mulheres Rh-negativo não sensibilizadas com 28 semanas de gestação. Não é feito no Brasil devido ao preço ➜ Hemograma completo ↳ A análise o quadro hematológico da gestante deve levar em consideração as alterações fisiológicas impostas pela gravidez. ↳ Hemoglobina > 11: ausência de anemia Em situações especiais: EPF, Colpocitologia oncótica, Rubéola, Citomegalovírus, Urinocultura. ↪ Manter a suplementação de 60mg/dia de Ferro elementar a partir da 20ª semana de gestação ↳ Hemoglobina < 11 e > 8: Anemia leve a moderada ↪ Deve-se pesquisar o motivo da anemia ↪ Solicitar exames parasitológico de fezes ↪ Prescrever Sulfato Ferroso em dose de tratamento de anemia ferropriva (120 - 140mg de ferro elementar) ↪ Na gestação, é esperada leucocitose à custa do aumento dos neutrófilos, com a contagem total de leucócitos não excedendo 14.000, sendo fisiológico da gravidez ↪ O número absoluto de plaquetas é utilizado pa ra o ras t reamen to de a l t e rações plaquetárias subclínicas ou que ainda não tiveram diagnóstico ↪ Plaquetopenia é algo que DEVE-SE investigar, para que não haja possibilidade de que seja uma possível leucemia ➜ Glicemia ➜ EAS e urinocultura ↳ A bacteriúria assintomática deve ser tratada está associada a desenvolvimento de Pielonefrite havendo risco de sepse em grande número de casos, além de aumentar o risco de trabalho de parto prematuro, amniorreia prematura (rompimento da bolsa) e restrição do crescimento ↳ EAS + Urocultura ↳ Nova urocultura deve ser solicitada em 3 a 7 dias após o tratamento ➜ VDRL ↳ É solicitado na primeira consulta, e se negativo, é repetido no terceiro trimestre ↳ VDRL Posit ivo - So l ic i tar tes te confirmatório (FTA-abs que é um teste treponêmico), sempre que possível, pois pode haver reação cruzada com a gravidez ↳ FTA-Abs não Reagente - Considerar reação cruzada pela gravidez e/ou outras doenças ↳ FTA-Abs Reagente - Confirmado o diagnóstico de Sífilis *Necessária confirmação com glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL **PTOG anormal quando pelo menos um dos valores é atingido ↳ Se não tiver FTA-abs e sem documentação de tratamento considerar resultado positivo em qualquer titulação! ➜ Pesquisa de hepatite B (HbsAg) ↳ A pesquisa do antígeno deve ser feita no primeiro trimestre da gravidez, visando à profilaxia da transmissão vertical ↳ A portadora crônica pode transmitir a doença para o seu filho, principalmente durante o parto * Solicitar Anti-Hbs na primeira consulta para avaliar imunidade prévia a doença, ou seja, se a paciente é imune à Hepatite B, se não for deve vacinar ➜ Pesquisa de hepatite C (Anti-HCV) ↳ Para o diagnóstico de hepatite C, pode ser realizado teste para detecção dos anticorpos totais antivírus da hepatite C (VHC) ou dois testes por Elisa (de diferentes kits) para o VHC ➜ Pesquisa de anticorpos Anti-HIV (ELISA) ↳ O rastreamento do HIV detecta anticorpos para HIV 1 e 2. ↳ Oferecida sistematicamente a todas as gestantes durante a assistência ao pré-natal na primeira consulta e repetida no terceiro trimestre ↳ A realização do exame exige a autorização expressa da paciente, após aconselhamento pré-teste (Ministério da saúde, 2006) ➜ Pesquisa de toxoplasmose ↳ A investigação laboratorial deve começar pela detecção dos anticorpos IgG e IgM por meio do método Elisa ↳ IgG E IgM Negativos → Gestante Susceptível ↪ Repetimos o teste a cada 2 meses e orientamos a profilaxia. Pedir para a paciente tomar cuidado em que, caso a paciente possua gato, ela não pode fazer a higiene do gato, cuidar de horta, também cuidar do alimento e não alimentar-se em restaurantes que ela não sabe se há higiene correta dos alimentos ↳ IgG positivo e IgM Negativo → Infecção Imune ou Infecção anterior ↪ É o que espera-se da paciente, apresentando apenas anticorpos de memória ↪ N o v a i n v e s t i g a ç ã o a p e n a s e m imunodeprimidas ↳ IgG Negativo e IgM Positivo → Infecção aguda OU IgM falso ↪ Colher nova amostra após 2 semanas ou PCR ↪ IgG Positivo e IgM Positivo → Infecção recente ou falso positivo = Teste de Avidez ↪ Teste avidez baixo (< 30%) → Infecção há menos de 4 meses ↪ Teste de avidez alto (> 60%) → Infecção há mais de 4 meses ↪ Resultado intermediário (30 a 60%) → inconclusivo ➜ Pesquisa de rubéola (Doença erradicada no país desde 2015) ↳ O rastreamento da rubéola é realizado pela pesquisa de IgG e IgM específicas por meio do método Elisa. ↳ IgM positiva, a paciente deve ser encaminhada para avaliação de medicina fetal para correta orientação e seguimento, fazendo-se apenas acompanhamento. Não há tratamento ↳ Sorologia negativa → Suscetível e deve ser orientada para que, mediante qualquer exposição suspeita, repita a sorologia quantitativa o mais precoce possível* ↳ IgG positiva e de IgM negativa são consideradas imunes ➜ Pesquisa citomegalovíruse rubéola ↳ O rastreio de infecção por Rubéola e Citomegalovírus não é rotina de pré- natal ,uma vez que não há tratamento disponível para evitar transmissão vertical ou redução da morbidade fetal. ➜ Parasitológico de fezes ↳ O parasitológico de fezes identificará os protozoários e parasitas para que se proceda ao tratamento adequado ↳ É importante lembrar que muitos diagnósticos clínicos e/ou laboratoriais de anemias na gestação podem ter como única causa parasitoses intestinais que provocam microssangramentos ↳ Não é comum solicitar, ao menos que resida em zona rural ou haja investigação de anemia com possibilidade de que seja causada por algum verme ➜ Cultura para estreptococos grupo B ↳ Coleta com swab vaginal e anal entre 35 - 37 semanas de gestação em todas as gestantes, exceto nos casos de infecção urinária por estreptococos do grupo B durante a gestação. ↳ Faz-se tratamento com antibiótico ➜ Citologia cervicovaginal (Colpocitologia Oncótica) ↳ Realiza-se a coleta se possível na primeira visita, encaminhando a gestante para ambulatório especializado, se necessário. Evitando-se colher no 1º trimestre por respaldo, porque muitas pacientes que ao abortarem e tiver colhido preventivo, ela acusa de ter sido o preventivo, gerando-se um incômodo Ultrassonografia ➜ Primeiro trimestre (11-14 semanas) ↳ Transvaginal para diagnóstico de gravidez com 6 a 8 semanas ↳ Morfológico de primeiro trimestre para confirmar idade gestacional, translucência nucal, presença de osso nasal, aferição do comprimento do colo do útero, diagnosticar malformações ↪ Avaliar medida da translucência nucal com valor de referência abaixo de 2,5. Quanto mais espesso maior a chance de síndrome, principalmente Síndrome de Down ↪ Comprimento pode dar de parâmetro quando muito curto a chance de parto prematuro, sendo um prognóstico para essa situação de parto prematuro ↳ Até 13 + 6 semanas, a idade da gravidez avaliada pela medida do comprimento cabeça- nádega (CCN) tem uma acurácia de ± 5 - 7 dias ↳ Com 17 a 18 semanas pode ser feito ultrassom para sexo do bebê, mas hoje com a secagem fetal, não costuma-se fazer utlrassom ➜ Segundo trimestre (20 semanas) ↳ Ultrassom morfológico de segundo trimestre para avaliar as estruturas do concepto, avaliar se há má formação. A idade da gravidez pela US de 2º trimestre é fornecida pelo diâmetro biparietal (DBP) ou pelo comprimento do fêmur (CF). A acurácia é de ± 10 a 14 dias. ➜ Terceiro trimestre* ↳ Reavaliar inserção placentária, estimar peso fetal, a apresentação e quantidade de líquido amniótico, doppler (fluxo de sangue do útero para a placenta e da placenta para o feto, fazendo-se diagnóstico de acretismo placentário e sofrimento fetal - Vitalidade fetal e insuficiência placentária) Exames ultrassonográficos e época de realização em gestações de baixo risco Tipo de exame Época de realização USG obstétrica transvaginal Até 10 semanas USG morfológica do 1º trimestre (medida da translucência nucal) De 11 semanas e 3 dias a 13 semanas e 6 dias USG morfológica do 2º trimestre De 20 a 24 semanas USG obstétrica Após 34 semanas Redefinição do “termo” da gravidez: Considerando o atual conceito do termo da gravidez – 37 semanas + 0 dia a 41 semanas + 6 dias – adotado pela WHO (1970, 2013), seguem as novas definições sobre o tema (NICHD, ACOG, AAP, SMFM, MOD, WHO, 2013) : Termo-precoce: 37 semanas + 0 dia a 38 semanas + 6 dias Termo-completo: 39 semanas + 0 dia a 40 semanas + 6 dias Termo-tardio: 41 semanas + 0 dia a 41 semanas + 6 dias Pós-termo: ≥42 semanas. Imunização ➜ Influenza ↳ Recomendada em todas as gestantes (Campanha) ➜ Hepatite B ↳ Recomendada em todas as gestantes susceptíveis após 1º trimestre (0 - 1 e 6 meses) ➜ DTPA e DT ↳ Tétano após 20ª semanas para imunidade do feto ➜ Vacina dupla, tipo adulto (DT) ↳ Após 20ª semana de gestação. ➜ Vacinas Contra-Indicadas: ↳ Rubéola ↳ Febre amarela (apenas em área endêmica avaliar risco) ↳ Sarampo ↳ Caxumba, Varicela ↳ HPV ➜ Vacina contra COVID-19: ↳ A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nestes grupos, no entanto, estudos em animais não demonstraram risco de malformações. ↳ De preferência faz-se a Pfizer por ser de RNAm ↳ Gestantes e puérperas (em até 45 dias após o parto) estão predispostas a um risco maior de desenvolver as formas graves de Covid-19. ↳ A Lei Nº 14.190, de 29 de julho de 2021, no seu § 4o, estabelece que as gestantes, as puérperas e as lactantes, com ou sem comorbidade, independentemente da idade dos lactantes, serão incluídas como grupo p r i o r i t á r i o n o P l a n o N a c i o n a l d e Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 ↳ As gestantes e puérperas que já tenham recebido a pr imeira dose da vacina AstraZeneca/Fiocruz deverão completar o esquema primário com a vacina da Pfizer ↳ A vacina da Pfizer / BioNTech contra a COVID-19 é baseada no RNA mensageiro, ou mRNA, que ajuda o organismo a gerar a imunidade contra o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19. O mRNA sintético dá as instruções ao organismo para a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. Uma vez produzidas no organismo, essas proteínas (ou antígenos) estimulam a resposta do sistema imune resultando, assim, potencialmente em proteção para o indivíduo que recebeu a vacina. Avaliação nutricional ➜ As necess idades ca ló r i cas es tão aumentadas em cerca de 10% (2500 kcal/dia durante a gestação e 2600 kcal/dia durante a amamentação). ➜ O ganho ponderal médio ideal da grávida é de aproximadamente 12,5 kg (IMC normal) e o ganho ponderal máximo recomendado para as obesas é de até 9,1 kg (IMC acima do peso). ➜ Alguns alimentos devem ser evitados por causa de seu potencial tóxico. Entre eles, estão cafeína, carnes cruas, frutas e vegetais não lavados e produtos não pasteurizados. ➜ A deficiência de ferro é a principal causa de anemia. ↳ Os sais de ferro, provenientes apenas da dieta, passam a ser insuficientes após 20 semanas para a maioria das gestantes. ↳ Recomenda-se sua suplementação desde 16 semanas de gestação até 8 semanas após o parto (suplementação de 60 mg/dia de ferro elementar, que corresponde a 300 mg de sulfato ferroso ou do ferro quelato glicinato). ➜ Para prevenção dos defeitos abertos do tubo neural, em pacientes sem antecedentes, recomenda-se suplementação de 400 µg/dia de ácido fólico e, para pacientes com antecedentes, 4mg/dia. Para esse fim, a suplementação deve ser iniciada 3 meses antes da gestação e continuar nos 2 primeiros meses. ➜ A ingesta de vitamina A em doses superiores a 10.000 UI/dia é teratogênica Queixas comuns ➜ Náusea e Vômitos - 75% ➜ Lombalgia – 70% ➜ Fraqueza e desmaios ➜ Pirose ➜ Sensação de plenitude ➜ Constipação e Flatulências ➜ Hemorróidas ➜ Edema ➜ Cefaléia ➜ Varizes Orientações gerais ➜ Exercícios Físicos ↳ Baixo risco (caminhada, natação, ioga, hidroginástica) ↳ Médio risco (musculação) ↳ Alto risco (esportes de alto impacto) ➜ Trabalho ➜ Atividade Sexual ↳ Não há restrições, desde que não haja histórias de dor, sangramento, intercorrências que necessitem de repouso.
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