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AD - DecorAristo - Pediatria

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2
DecorAristo - Pediatria
1. Cirurgia pediátrica 5
1.1 Condições cirúrgicas comuns na infância 5
1.2 Tratamento das hérnias pediátricas 7
2. Oncologia pediátrica 8
2.1 Principal neoplasia pediátrica 8
2.2 Principais tumores de órgãos sólidos na infância e os seus quadros clínicos 8
3. Neonatologia 9
3.1 Classificação do recém-nascido 9
3.2 Síndromes respiratórias neonatais 10
4. Icterícia neonatal 12
4.1 Zonas de Kramer 12
4.2 Doença hemolítica do recém-nascido 12
5. Triagem neonatal 13
5.1 Resumo das triagens neonatais 13
5.2 Patologias triadas no teste do pezinho 14
6. Infecções congênitas 15
6.1 Hot topics das infecções congênitas 15
7. Doenças exantemáticas 18
7.1 Hot topics das doenças exantemáticas 18
8. Infecção do trato urinário 21
8.1 Diagnóstico e tratamento 21
9. Manejo da diarreia aguda 22
9.1 Avaliação do estado de hidratação 22
9.2 Planos de reidratação segundo o Ministério da Saúde 23
3
DecorAristo - Pediatria
10. Síndromes respiratórias 24
10.1 Vias aéreas superiores 24
10.2 Vias aéreas inferiores 27
11. Febre reumática 28
11.1 Diagnóstico de febre reumática 28
11.2 Profilaxia secundária de febre reumática 29
12. Reanimação neonatal 30
12.1 Fluxograma de reanimação neonatal para RN de 34 semanas ou mais 30
13. Crescimento na infância 31
13.1 Estimativa de crescimento durante a infância 31
13.2 Análise de gráficos de crescimento 32
14. Desenvolvimento na infância 33
14.1 Principais marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com 
o Ministério da Saúde 33
15. Puberdade 36
15.1 Desenvolvimento puberal normal 36
16. Suplementação na infância 37
16.1 Suplementação de ferro elementar 37
16.2 Suplementação de vitamina D 40
17. Parasitoses intestinais 40
17.1 Principais parasitoses intestinais 40
18. Aleitamento materno 41
18.1 Contraindicações 41
18.2 Diferenças entre leite humano e leite de vaca 42
19. Imunizações 43
4
DecorAristo - Pediatria
19.1 Hot topics das vacinas 43
19.2 Particularidades das vacinas 44
20. Calendário vacinal 46
20.1 Covid-19 46
20.2 Programa Nacional de Imunização 2022 46
21. Hipertensão arterial 47
21.1 Diagnóstico 47
22. Emergências pediátricas 48
22.1 Sequência de drogas na crise convulsiva 48
22.2 Anafilaxia 48
23. Parada cardiorrespiratória 49
23.1 Causas 49
23.2 Ritmos cardíacos em emergência 50
↺5
DecorAristo - Pediatria
1. Cirurgia pediátrica
1.1 Condições cirúrgicas comuns na infância
Condições cirúrgicas comuns na infância
Patologia Clínica Imagem
Atresia 
de esôfago
Tipo C é o mais comum
Contraste acumulado em 
coto esofágico proximal 
(fundo cego)
História de polidrâmnio
Sialorreia e não progressão 
de sonda gástrica
Diagnóstico por radiografia 
contrastada
Estenose 
hipertrófica do 
piloro
Entre 2 a 6 semanas de vida
Vômitos não biliosos em jato 
após alimentação
Pode causar alcalose metabólica 
hipocalêmica e hipoclorêmica
Sinal da oliva
Atresia duodenal
História de polidrâmnio
Vômitos biliosos e distensão 
abdominal
 Associação com síndrome de Down
Raio-x de atresia de esôfago
Fonte: disponível em https://urx1.com/4PTEL.
USG da estenose hipertrófica 
do piloro - espessamento pilórico
Fonte: disponível em https://l1nq.com/JrPxg.
Sinal da dupla bolha
Fonte: FIGUEIREDO, S. S; et.al. 
Atresia do trato gastrointestinal: 
avaliação por métodos de imagem. 2005.
↺6
DecorAristo - Pediatria
Gastrosquise
Evisceração.
Fora da linha média.
Não há proteção.
 Não relacionada a doenças 
genéticas ou outras malformações.
Onfalocele
Herniação.
Linha média.
Está envolvida por peritônio parietal.
Apresenta uma alta correlação 
com doenças genéticas e outras 
malformações, como as cardiopatias.
Macete: lembre que a letra O é 
fechada (onfalocele é com “saco”) 
e a letra G é aberta (gastrosquise 
é sem “saco”)
Intussuscepção 
intestinal
Pico de incidência de 5 a 9 meses
Correlação com vacina contra 
rotavírus
Local mais comum: íleocólica
Tríade de dor abdominal + massa 
abdominal palpável + fezes 
em geleia de morango
Diagnóstico com ultrassonografia 
de abdome
Sinal do alvo
Fonte: CUNHA, F. M. Intussuscepção em 
crianças: avaliação por métodos de imagem 
e abordagem terapêutica. 2005.
Gastrosquise
Fonte: Aristo.
Onfalocele
Fonte: Aristo.
↺7
DecorAristo - Pediatria
Enterocolite 
necrotizante
Relacionada à prematuridade
Tríade de distensão abdominal 
+ dificuldade de progredir dieta 
+ resíduo gástrico
Diagnóstico com radiografia 
de abdome
Megacólon 
congênito 
(Hirschsprung)
Acometimento dos plexos 
de Meissner e Auerbach
Dilatação do segmento não 
acometido
Obstrução intestinal
Toque retal com saída de gases 
e fezes explosivas
Investigação com enema baritado
Diagnóstico definitivo com 
biópsia retal
Pneumatose intestinal
Fonte: disponível em https://urx1.com/Y3VDx.
Megacólon congênito: 
cone de transição (enema baritado)
Fonte: disponível em https://urx1.com/pNrLw.l
1.2 Tratamento das hérnias pediátricas
Tratamento das hérnias pediátricas
Hérnia inguinal 
sem sinais de 
encarceramento/
estrangulamento
Correção cirúrgica eletiva, o mais breve possível.
Hérnia inguinal 
encarcerada
Indicada pela presença de irritabilidade e dor local.
Tentativa de redução com analgesia e correção cirúrgica dentro 
de 24-48 horas.
Se for irredutível, a inguinotomia deve ser realizada 
imediatamente.
Hérnia inguinal 
estrangulada 
(isquemia 
de alça)
Sintomas como edema, hiperemia, dor abdominal 
e sinais de toxemia.
Cirurgia imediata, com ressecção e anastomose primária da alça.
↺8
DecorAristo - Pediatria
Indicações para 
tratamento 
cirúrgico 
de hérnia 
umbilical
Diâmetro maior que 2 cm.
Presença de derivação ventrículo-peritoneal (DVP).
Ascite volumosa.
Falha no fechamento até os 4 a 6 anos de idade.
Ocorrência de estrangulamento/encarceramento.
Realização de procedimento cirúrgico para hérnia inguinal 
(correção concomitante).
Fonte: Aristo.
2. Oncologia pediátrica
2.1 Principal neoplasia pediátrica 
Neoplasia hematológica - leucemia linfoide aguda (LLA).
2.2 Principais tumores de órgãos sólidos na infância e os seus quadros clínicos
• Sistema nervoso central: principalmente em fossa posterior. Clínica de cefaleia + déficit 
neurológico focal + sinais de hipertensão intracraniana.
• Neuroblastoma: massa abdominal palpável que ultrapassa a linha média, associada 
a dor e distensão abdominal. Pode gerar metástase com rapidez. As questões geralmente 
apresentam um paciente com comprometimento do estado geral.
• Nefroblastoma (tumor de Wilms): massa abdominal que NÃO ultrapassa a linha média. 
Pode estar associado a hipertensão arterial sistêmica, hematúria, constipação e dor abdominal. 
Geralmente o paciente está em bom estado geral.
• Retinoblastoma: leucocoria ao teste do olhinho, ou seja, reflexo pupilar branco.
Teste do olhinho alterado - O olho esquerdo do paciente apresenta reflexo vermelho normal, enquanto o olho direito 
apresenta leucocoria (teste alterado)
Fonte: disponível em https://www.sbteim.org.br/teste-do-olhinho.aspx.
↺9
DecorAristo - Pediatria
3. Neonatologia
3.1 Classificação do recém-nascido
• Quanto ao peso de nascimento:
Classificação quanto ao peso de nascimento
Extremo baixo peso ao nascer: < 1.000 g
Muito baixo peso ao nascer: < 1.500 g
Baixo peso ao nascer: < 2.500 g
Peso normal: entre 2,5 kg e 4 kg
Fonte: Aristo.
• Do peso quanto à idade gestacional:
Peso para a idade gestacional
Pequeno para a idade gestacional (PIG): abaixo do percentil 10
Adequado para a idade gestacional (AIG): entre os percentis 10 e 90
Grande para a idade gestacional (GIG): acima do percentil 90
Fonte: Aristo
↺10
DecorAristo - Pediatria
3.2 Síndromes respiratórias neonatais 
Síndromes respiratórias neonatais
Síndrome Principais características Imagem típica
Taquipneia 
transitória do 
recém-nascido
Deficit de absorção do líquido 
pulmonar após o nascimento
Radiografia de tórax com 
hiperinsuflação e cisurite
Principalfator de risco: 
cesárea eletiva sem trabalho de parto
Mais comuns em termos precoces 
(abaixo de 39 semanas)
 Inicia nas primeiras horas de vida 
e dura por 3 - 5 dias
Tratamento com suporte ventilatório
Síndrome do 
desconforto 
respiratório 
(antiga doença 
da membrana 
hialina)
Deficiência primária 
do surfactante pulmonar
Infiltrado em “vidro moído” 
e broncograma aéreo
Quanto mais prematuro, 
maior a prevalência
Sintomas ao nascimento com 
piora progressiva em 72 horas
Alteração importante em gasometria
Tratamento com surfactante exógeno
Prevenção: corticoesteroide em 
gestante com risco de trabalho de 
parto prematuro (reduz incidência e 
mortalidade)
Pacientes podem apresentar displasia 
broncopulmonar como complicação
Taquipneia transitória 
do recém-nascido
Raio-x doença da membrana hialina
↺11
DecorAristo - Pediatria
Síndrome da 
aspiração 
meconial
Fatores de risco: RN termo ou pós-
termo, asfixia, RCIU, pélvicos e 
macrossômicos
Infiltrado grosseiro, 
hipotransparência 
e hiperinsuflação
Indica sofrimento fetal 
ou parto prolongado
Sintomas nas primeiras horas de vida
Segundo o protocolo de reanimação 
da SBP de 2022: em RNs com líquido 
amniótico meconial e com respiração 
irregular, apneia ou FC < 100 bpm, 
está indicada VPP
Se não apresentar melhora e for 
necessária a intubação, realizar 
aspiração da traqueia através 
da cânula traqueal uma única vez
Possível complicação: 
hipertensão pulmonar persistente
Pneumonia 
neonatal
Patógeno mais comum: 
GBS (S. agalactiae)
Fatores de risco: bolsa rota prolongada 
(> 18 horas), corioamnionite, infecção 
materna intraparto, prematuridade, 
RCIU e asfixia perinatal
Sintomas nas primeiras horas de vida
Tratamento com antibiótico
Raio-x síndrome aspiração meconial
Raio-x pneumonia neonatal
Fonte: Aristo.
↺12
DecorAristo - Pediatria
4. Icterícia neonatal
4.1 Zonas de Kramer 
Zonas de Kramer com correspondência da bilirrubina total
Fonte: Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria - 5.ª ed. 2021.
4.2 Doença hemolítica do recém-nascido
Fonte: Aristo.
Doença hemolítica do recém-nascido
Incompatibilidade Rh Incompatibilidade ABO
Mãe Rh negativo e RN Rh positivo Mãe O e RN A ou B 
Segunda gestação (após sensibilização) Primeira gestação 
(sem necessidade de sensibilização prévia)
Coombs direto sempre positivo! Coombs direto PODE ser positivo
Icterícia, hemólise fetal, 
hepatoesplenomegalia e hidropsia fetal Icterícia 
Mais grave, menos comum Menos grave, mais comum
A profilaxia com imunoglobulina anti-D 
envolve as seguintes situações:
• Mãe Rh negativa com 28 a 34 semanas 
de gestação.
• Após o parto.
• Em casos de quebra de barreira 
placentária (mola, abortamento, 
procedimento intraútero, gravidez 
ectópica).
Sem profilaxia
↺13
DecorAristo - Pediatria
5. Triagem neonatal 
5.1 Resumo das triagens neonatais 
Triagem neonatal
Teste Objetivo Quando Como Alteração Conduta se alterado
Coraçãozinho
Descartar 
cardiopatias 
congênitas 
críticas
24 - 48 horas 
de vida, antes 
da alta 
hospitalar 
em RN > 35 
semanas 
e assintomático
Oximetria 
de pulso 
em membro 
superior 
direito (MSD) 
e qualquer 
membro inferior
Atualização 
SBP em agosto 
de 2022!
Teste positivo: 
Solicitar 
ecocardiograma e 
consultar especialista. 
RN não pode receber 
alta hospitalar antes 
de esclarecer 
o diagnóstico.
Teste positivo: 
SpO2 ≤ 89% no 
MSD ou membro 
inferior
Teste duvidoso: 
SpO2 entre 
90 e 94% ou 
diferença entre 
as medidas do 
MSD e membro 
inferior ≥ 4%
Teste duvidoso: 
Repetir após 1 hora 
até duas vezes. 
Se na terceira 
avaliação o teste 
continuar alterado, 
o teste deve ser 
considerado positivo
Olhinho
Avalia a presença 
de possíveis 
afecções que 
acometem a região 
ocular posterior. 
Pode detectar 
retinoblastoma 
e catarata
Período neonatal, 
preferencialmente 
antes da alta da 
maternidade. 
Repetir aos 4, 6, 
12 e 24 meses
Incidir luz sobre 
a pupila, com 
oftalmoscópio, 
com distância 
de 1 braço 
da criança. 
O reflexo 
vermelho 
é o normal
Reflexo branco 
(leucocoria)
Encaminhamento 
ao oftalmologista
Orelhinha
Descartar 
alterações no 
conduto auditivo
Com 48 horas 
de vida, 
preferencialmente 
antes da alta 
da maternidade. 
Realizado em 
RNs sem fatores 
de risco.
Emissões 
otoacústicas 
evocadas 
(EOA) pelo 
fonoaudiólogo
Ausência de 
emissões.
Pode ocorrer 
no caso de 
obstrução 
do conduto.
Repetir e/ou 
encaminhar 
ao BERA.
Obs: o BERA é a 
primeira opção no 
caso de RNs com 
fator de risco para 
perda auditiva
Linguinha Descartar 
anquiloglossia 
que prejudique 
amamentação 
e fala
Mais precoce 
possível Exame físico Língua em 
coração Frenotomia lingual
Pezinho
Teste de triagem 
neonatal para 
algumas doenças 
congênitas graves*
Entre 3 - 5 dias 
de vida
Gota de sangue 
em papel filtro Laboratorial
A depender da 
alteração, devemos 
considerar repetir 
o teste do pezinho 
ou realizar testes 
diagnósticos 
específicos para 
confirmação da 
doença
Fonte: Aristo.
↺14
DecorAristo - Pediatria
5.2 Patologias triadas no teste do pezinho
As patologias triadas no teste do pezinho são: hemoglobinopatias (incluindo anemia 
falciforme); fibrose cística; fenilcetonúria; hiperplasia adrenal congênita; hipotireoidismo 
congênito e deficiência de biotinidase. 
Lembre-se de que a triagem neonatal está em ampliação. Segundo a Lei n.º 14.154 de 2021, 
o teste do pezinho será ampliado, chegando ao total de 50 doenças rastreadas.
↺15
DecorAristo - Pediatria
6. Infecções congênitas
6.1 Hot topics das infecções congênitas 
Hot topics das infecções congênitas
TO
XO
PL
AS
M
O
SE
Tétrade de Sabin: coriorretinite + calcificações intracranianas difusas + micro/hidrocefalia 
+ deficiência intelectual.
TOxoplasmose = calcificações em TOdo cérebro.
Exames no RN: hemograma, bioquímica, ultrassonografia transfontanela, punção lombar, 
fundo de olho, sorologia para toxoplasmose (IgM e IgG), PEATE. 
Tratamento: para os casos confirmados de toxoplasmose congênita e/ou se a toxoplasmose 
gestacional for comprovada/provável.
Uso do esquema SPAF (sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico) por 1 ano. Se a 
proteinorraquia for maior que 1000 mg/dL ou se houver coriorretinite ativa, devemos associar 
corticoterapia. 
Criança tratada: IgG negativo ou queda de titulação após 6 meses do fim do tratamento.
Notificação semanal (gestante e RN)
RU
BÉ
O
LA
Manifestações mais comuns: perda auditiva neurossensorial + catarata + cardiopatia 
congênita (persistência do canal arterial).
Sem tratamento específico
Prevenção: vacinação de crianças e mulheres em idade fértil com tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola). Contraindicada durante a gestação.
Notificação compulsória imediata (municipal, estadual e federal)
C
M
V
Causa mais frequente de surdez neurossensorial não hereditária na infância.
CMV = calcificações cerebrais periVentriculares
Tratamento: indicado para casos com comprometimento sistêmico ou do sistema nervoso 
central. 
H
IV
É contraindicado aleitamento materno.
TARV para gestante: tenofovir + lamivudina + dolutegravir.
↺16
DecorAristo - Pediatria
H
IV
Cuidados intraparto: Indicações para uso de AZT
Gestante com CV desconhecida 
ou detectável na 34ª semana
Parto cesário, eletivo, empelicado, 
a partir da 38ª semana AZT injetável IV no parto
Gestante com CV detectável 
porém menor que 1.000 
cópias/ml na 34ª semana
Parto segundo indicação 
obstétrica; pode ser vaginal AZT injetável IV no parto
Gestante com CV 
Indetectável na 34ª semana
Parto segundo indicação 
obstétrica, preferencialmente 
vaginal
Manter TARV 
habitual via oral
Situações para administração de AZT endovenoso profilático para gestante durante o parto
Profilaxia do RN com TARV:
Classificação do risco de exposição ao HIV para criança nascida de mãe vivendo 
com HIV
A
lto
 ri
sc
o
Mães sem pré-natal OU
Mães sem TARV durante a gestação OU
Mães com indicação para profilaxia no momento do parto e que não a receberam 
OU
Mãescom início de TARV após a 2ª metade da gestação OU
Mães com infecção aguda pelo HIV durante a gestação, OU
Mães com CV-HIV detectável no 3º trimestre, recebendo ou não TARV, OU
Mães sem CV-HIV conhecida OU
Mães com Teste Rápido (TR) positivo para o HIV no momento do parto 
(sem diagnóstico e/ou seguimento prévio).
Ba
ix
o 
ris
co Uso de TARV desde a primeira metade de gestação E com carga viral (CV) 
do HIV indetectável a partir da 28ª semana (3° trimestre) E sem falha na 
adesão à TARV
Recém-nascido de baixo risco: Zidovudina (AZT) por 28 dias.
Recém-nascido de alto risco: Em maiores de 37 semanas, zidovudina (AZT), lamivudina 
(3TC) e raltegravir (RAL) por 28 dias.
O raltegravir não pode ser utilizado em menores de 37 semanas, devendo ser substituído 
pela nevirapina por 14 dias.
↺17
DecorAristo - Pediatria
H
IV
Se a idade gestacional for menor que 34 semanas, deve-se realizar profilaxia apenas com 
zidovudina por 28 dias, independentemente do risco de exposição ao HIV.
Acompanhamento: coletar a carga viral (CV) ao nascimento, 2, 6 e 12 semanas de vida. 
Não coletar sorologia para HIV antes dos 18 meses.
Diagnóstico: 
Infecção descartada: criança assintomática + 2 CV indetectáveis após fim da profilaxia + 
anti-HIV negativo após 18 meses de vida.
Infecção confirmada: 2 CV > 5.000 cópias/mL. 
Profilaxia para pneumocistose: todas as crianças expostas ao HIV a partir de 4 semanas 
de vida. A profilaxia deve ser suspensa apenas quando duas cargas virais vierem 
negativas após esse período. Caso contrário, deve-se manter até 12 meses de vida, 
se houver infecção confirmada ou incerta. 
Notificação compulsória semanal (gestante e RN exposto)
SÍ
FI
LI
S
Mãe considerada adequadamente tratada:
Administração de penicilina benzatina. 
Início do tratamento até 30 dias antes do parto.
Esquema terapêutico conforme o estágio clínico. 
Respeito ao intervalo recomendado de doses.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de sífilis congênita se dá:
Em RNs filhos de mãe adequadamente tratada: VDRL do RN com dois títulos maiores que 
o VDRL da mãe (exemplo: RN 1:16 e mãe 1:4) OU se o RN com teste treponêmico reagente 
apresentar alterações sugestivas no exame físico.
Em RNs filhos de mãe inadequadamente tratada: VDRL reagente e/ou alterações 
no hemograma, radiografia de ossos longos e liquor.
Diagnóstico de neurossífilis: VDRL positivo no liquor, celularidade do liquor > 25 cél/mm³ 
e/ou proteinorraquia > 150 mg/dL. 
Tratamento:
Recém-nascidos de mães inadequadamente tratadas, com todos os exames normais: 
aplicar penicilina benzatina dose única.
Recém-nascidos de mães adequadamente tratadas com alteração do VDRL 
(2x maior que o materno) e outros exames, OU recém-nascidos de mães inadequadamente 
tratadas com alteração de exames, porém, em ambos os casos, liquor normal: 
tratar com penicilina cristalina OU penicilina procaína, por 10 dias.
Recém-nascidos com neurossífilis: tratar com penicilina cristalina, por 10 dias.
A única situação em que o tratamento não é necessário é a da criança exposta à sífilis 
(aquela nascida assintomática, cuja mãe foi adequadamente tratada e cujo teste não 
treponêmico é não reagente ou reagente com titulação menor, igual ou até uma diluição 
maior que o materno).
Notificação compulsória semanal (gestante e RN)
Fonte: Aristo.
↺18
DecorAristo - Pediatria
7. Doenças exantemáticas
7.1 Hot topics das doenças exantemáticas 
Quadro comparativo das doenças exantemáticas
Doença/agente Clínica Informações importantes
Rubéola
Rubivirus 
Linfonodomegalia cervical posterior, 
occipital e retroauricular 
+ exantema maculopapular róseo com 
progressão céfalo-caudal 
+ manchas de Forchheimer
Manchas de Forchheimer
Fonte: disponível em https://l1nq.com/ejyjT.
Notificação obrigatória e imediata.
Profilaxia pós-exposição em pacientes com 
esquema vacinal incompleto em até 72 horas.
Lembrando que a rubéola é atualmente 
considerada uma doença erradicada 
no Brasil; o Ministério da Saúde (MS) 
brasileiro recebeu, em 2015, o Certificado 
de Eliminação da doença da Organização 
Mundial da Saúde (OMS)
Sarampo
Morbillivirus
Febre e exantema maculopapular 
+ tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. 
Lembrar que o exantema 
é morbiliforme com progressão 
céfalo-caudal 
com descamação furfurácea. 
São sinais patognomônicos 
as manchas de Koplik
Manchas de Koplik
Fonte: disponível em https://ury1.com/oInsB.
Notificação obrigatória e imediata.
Alta transmissibilidade (aerossol).
Tratamento: sintomáticos + vitamina A.
Complicação bacteriana mais comum: 
otite média aguda.
Principal causa de mortalidade: pneumonia.
Profilaxia pós-exposição: vacina de bloqueio 
em até 72 horas OU imunoglobulina em até 
6 dias para crianças < 6 meses, 
gestantes e imunocomprometidos
↺19
DecorAristo - Pediatria
Varicela
Vírus 
varicela-zóster
Lesões vesiculares pruriginosas 
em diferentes estágios de evolução 
(polimorfismo) + evolução centrífuga
Varicela clássica ou catapora
Fonte: disponível em https://l1nq.com/h13bc.
Notificação compulsória apenas em casos 
graves internados ou óbito.
Transmissão por aerossol. Quando todas 
as lesões estiverem em crostas, não há mais 
transmissibilidade.
Tratamento sintomático. Aciclovir em casos 
selecionados.
NÃO usar AAS (risco de síndrome de Reye)
Principal complicação: infecção secundária 
das lesões.
Profilaxia pós-exposição: 
vacinação de bloqueio em até 5 dias (apenas 
em ambiente hospitalar) e imunoglobulina 
em até 96 horas em casos selecionados
Eritema infeccioso
Parvovírus B19
Eritema malar (face esbofeteada) 
+ exantema rendilhado
Eritema malar
Fonte: disponível em https://ury1.com/ZFykJ.
O exantema pode recidivar se houver sol, 
calor, estresse ou atividade física.
Complicação: crise aplástica transitória.
Tratamento sintomático.
Síndrome 
mão-pé-boca
Coxsackie
Enterovírus
Lesões vesiculares em cavidade oral, 
mãos e pés 
(podendo ocorrer em nádegas).
Doença mão-pé-boca
Fonte: disponível em https://l1nk.dev/8NmvL.
A principal complicação é a baixa ingestão 
devido às lesões orais. Pode acontecer 
onicomadese e miocardite.
Exantema súbito
Herpes virus 6 ou 7
Febre alta que desaparece 
e é seguida subitamente 
por exantema céfalo-caudal.
Principal faixa etária: lactentes.
Complicação: crise convulsiva febril.
↺20
DecorAristo - Pediatria
Mononucleose 
infecciosa
EBV
Adolescente com febre 
+ faringoamigdalite 
+ linfonodomegalia + fadiga. 
Pode ocorrer hepatoesplenomegalia, 
e, no hemograma, presença de 
linfócitos atípicos.
Se o paciente usar amoxicilina ou ampicilina, 
a chance de exantema maculopapular 
é maior, devido à vasculite imunomediada.
Complicação: ruptura esplênica.
NÃO usar AAS (risco de síndrome de Reye).
Escarlatina
S. pyogenes
Dor de garganta + febre + exantema 
em aspecto de lixa + sinal de Filatov + 
sinal de Pastia + língua em morango.
Lingua de morango
Fonte: disponível em https://ury1.com/M37Ap.
Tratamento em até 9 dias para prevenir febre 
reumática: penicilina benzatina.
Complicações: 
• Supurativas: otite, mastoidite, sinusite, 
abscesso faríngeo e meningite.
• Não supurativas: febre reumática 
e glomerulonefrite pós-estreptocócica.
Doença 
de Kawasaki
Vasculite
Febre por 5 dias ou mais + 4 dos 
seguintes: exantema + conjuntivite 
+ alterações orais + alterações 
de extremidades + linfonodomegalia.
Tratamento com AAS e imunoglobulina.
Principal complicação: aneurisma 
coronariano.
Diagnóstico diferencial com síndrome 
da resposta inflamatória multissistêmica 
pediátrica (SIM-P) – se atentar para covid-19 
Síndrome 
da resposta 
inflamatória 
multissistêmica 
pediátrica (SIM-P)
SARS-CoV-2
Febre por 3 dias ou mais 
+ 2 dos seguintes: exantema/
conjuntivite/alterações orais 
e extremidades + hipotensão/choque 
+ alterações cardíacas + coagulopatia 
+ sintomas gastrointestinais 
E
Elevação de provas inflamatórias
E
Ausência de infecção bacteriana 
E
Evidência de covid-19
Tratamento com imunoglobulina 
e/ou corticoterapia em casos selecionados.
Fonte: Aristo.
↺21
DecorAristo- Pediatria
8. Infecção do trato urinário
8.1 Diagnóstico e tratamento 
Infecção do trato urinário
Exame 
padrão-ouro Urocultura
Suspeita de ITU Parcial de urina com leucocitúria, esterase leucocitária, 
nitrito positivo, hematúria, bacterioscopia positiva.
Métodos de coleta
Jato médio: método de escolha para crianças com controle 
de esfíncter. A urocultura é considerada positiva se houver 
100.000 UFC/ml ou mais.
Saco coletor: não deve ser utilizado para urocultura devido 
a muitos falso-positivos. Grande valor preditivo negativo.
Punção suprapúbica: considerada positiva se identificar qualquer 
número 
de bactérias Gram-negativas.
Cateterismo vesical: considerada positiva se detectar 
50.000 UFC/ml ou mais.
Antibioticoterapia
EV: ceftriaxona ou gentamicina ou amicacina 
VO: Sulfametoxazol-trimetoprim ou cefalexina 
ou amoxicilina-clavulanato
Tempo: 10-14 dias
Exames 
complementares 
para trato urinário
Ultrassonografia de rins e vias urinárias: avalia rim, bexiga 
e ureteres. Detecta hidronefrose, litíase e abscesso renal.
Uretrocistografia miccional: avalia presença de refluxo 
vesicoureteral. 
Cintilografia DMSA: detecta cicatrizes renais e pielonefrites 
agudas. Exame estático.
Cintilografia DTPA: avalia filtração e excreção renal. Exame dinâmico.
Investigação Pela SBP, é indicada a ultrassonografia de vias urinárias para ITU 
febril em todas as faixas etárias
Fonte: Aristo.
↺22
DecorAristo - Pediatria
9. Manejo da diarreia aguda
9.1 Avaliação do estado de hidratação
Avaliação do estado de hidratação 2023
Etapas A 
(sem desidratação)
B 
(com desidratação)
C 
(com desidratação 
grave)
Observe
Estado geral¹ Ativo, alerta Irritado, intranquilo
Comatoso, 
hipotônico, letárgico 
ou inconsciente*
Olhos¹ Sem alteração Fundos Fundos
Sede¹ Sem sede Sedento, bebe rápido 
e avidamente
Não é capaz 
de beber*
Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes
Boca/língua Úmidas Secas ou levemente 
secas Muito secas
Explore
Sinal 
da prega 
abdominal¹
Desaparece 
imediatamente
Desaparece 
lentamente
Desaparece muito 
lentamente (mais de 
2 segundos)
Pulso Cheio Cheio Fraco ou ausente*
Perda 
de peso² Sem perda Até 10% Acima de 10%
Decida Sem sinais 
de desidratação
Se apresentar 
dois ou mais sinais: 
com desidratação 
Se apresentar dois 
ou mais sinais, 
sendo, ao menos 
um, destacado com 
asterisco (*): 
desidratação grave
Trate PLANO A PLANO B PLANO C
↺23
DecorAristo - Pediatria
1: variáveis para avaliação do estado de hidratação do paciente que têm maior relação 
de sensibilidade e especificidade, segundo a Organização Mundial da Saúde.
2: a avaliação da perda de peso é necessária quando o paciente está internado e evolui com diarreia 
e vômito.
OBSERVAÇÃO: caso haja dúvida quanto à classificação (variáveis de desidratação ou de desidratação 
grave), deve-se estabelecer o plano de tratamento considerado no pior cenário.
Fonte: Ministério da Saúde, 2023.
9.2 Planos de reidratação segundo o Ministério da Saúde
Plano de reidratação segundo o Ministério da Saúde (atualização de 2023)
Plano A
Aumentar a ingesta hídrica. A cada evacuação/vômito deve-se oferecer:
• < 1 ano: 50-100 ml de líquido. 
• 1 - 10 anos: 100-200 ml de líquido.
• 10 anos: o que aceitar.
Zinco: 10 mg/dia até 6 meses e 20 mg/dia > 6 meses por 10-14 dias.
Sinais de alarme: vômitos repetidos, recusa dos alimentos, muita sede, 
piora da diarreia, sangue nas fezes, redução da diurese e irritabilidade/sonolência 
ou se não houver melhora do quadro em 2 dias
Plano B
Soro de reidratação oral no serviço de saúde: 50-100 ml/kg em 4 - 6 horas. 
Não oferecer alimentos.
Manter o aleitamento materno
Plano C 
Fase de hidratação rápida ou de expansão (a mais cobrada!) – soro fisiológico 
ou Ringer lactato.
Menores de 1 ano:
• 30 ml/kg em 1 hora + 70 ml/kg em 5 horas.
Maiores de 1 ano:
• 30 mL/kg em 30 minutos + 70 ml/kg em 2h30.
Fase de manutenção e reposição em 24 horas.
↺24
DecorAristo - Pediatria
Plano C
É feita com solução na proporção de 1 parte de SF 0,9% para 4 partes 
de soro glicosado a 5% (para manutenção), considerando o cálculo de oferta 
hídrica de acordo com o peso calórico a seguir:
• Até 10 kg: 100 ml/kg.
• 10 a 20 kg: 1.000 ml + 50 ml para cada kg entre 10 e 20 kg.
• > 20 kg: 1.500 ml + 20 ml para cada kg acima de 20 kg.
Para cada 100 ml de soro de manutenção, são adicionados 2 ml de KCl 10%. 
O soro de reposição é calculado como 50 ml/kg/dia e preparado com 1 parte 
de soro fisiológico para 1 parte de soro glicosado a 5%
Fonte: adaptado de Ministério da Saúde, 2023.
10. Síndromes respiratórias
10.1 Vias aéreas superiores 
Teste seus conhecimentos
1) Quais são as duas principais complicações do resfriado comum? 
R.:
2) Quais são os principais agentes etiológicos da OMA e da rinossinusite bacteriana?
R.:
3) Qual é o sinal mais específico para OMA na otoscopia?
R.:
Respostas: 1. Otite média aguda e a rinossinusite bacteriana aguda; 2. São o Streptococcus pneumoniae, o 
Haemophilus influenzae (não tipável, diferente do da vacina, que é o tipo B) e o Moraxella catarrhalis; 3. É o 
abaulamento da membrana timpânica.
↺25
DecorAristo - Pediatria
Avaliação da otoscopia
Fonte: The diagnosis and management of acute otitis media. Pediatrics, 2013.
Conduta na otite média aguda
Idade Otorreia Sinais/sintomas 
graves* OMA bilateral OMA unilateral
6 meses a 
2 anos ATB ATB ATB ATB ou 
observação
≥ 2 anos ATB ATB ATB ou 
observação
ATB ou 
observação
*Toxemia, otalgia persistente por mais de 48 horas, temperatura ≥ 39 °C nas últimas 
48 horas, ou se houver seguimento incerto
Legenda: OMA = otite média aguda; ATB = antibioticoterapia.
Quais são as indicações de tratamento com antibióticos na otite média aguda?
Fonte: Aristo.
↺26
DecorAristo - Pediatria
Teste seus conhecimentos
1) Qual é o antibiótico de primeira escolha para OMA e rinossinusite bacteriana?
R.:
2) Qual é a principal complicação da OMA? Como conduzir?
R.:
3) Qual é a tríade característica do crupe viral (laringite aguda)? Como devemos tratar?
R.:
Respostas: 1. É a amoxicilina; 2. É uma mastoidite aguda. A conduta é internar, solicitar tomografia de crânio/
mastoide, iniciar antibioticoterapia endovenosa e avaliar a necessidade de timpanocentese; 3. Tosse ladrante 
+ estridor + rouquidão.
Mastoidite com abaulamento
Fonte: adaptado de B. Welleschik, Wikimedia Commons, 2023.
↺27
DecorAristo - Pediatria
Tratamento do crupe viral 
Classificação Tratamento Modalidade do tratamento
LEVE 
Dexametasona 0,15 a 0,3 mg/kg via 
oral ou parenteral (dose única) OU 
prednisona 1 mg/kg OU budesonida 
inalatório 2 mg
Alta hospitalar
Tratamento domiciliar
MODERADO
Nebulização com l-epinefrina 3 mL E 
Dexametasona 0,3 a 0,6 mg/kg (dose 
única) OU prednisona OU budesonida 
inalatório 2 mg
Observação por 3 a 4 horas 
e alta para casa ou admissão 
hospitalar
GRAVE
Nebulização com epinefrina 3 mL E 
Dexametasona 0,6 mg/kg intramuscular 
ou endovenoso (dose única)
Internação em unidade 
de terapia intensiva
Fonte: Aristo.
10.2 Vias aéreas inferiores
Taquipneia de acordo com a faixa etária (SBP)
Até 2 meses: frequência respiratória (FR) ≥ 60 ipm
De 2 a 11 meses: FR ≥ 50 ipm
De 1 a 4 anos: FR ≥ 40 ipm
Qual é a definição de taquipneia?
Fonte: Aristo.
↺28
DecorAristo - Pediatria
Teste seus conhecimentos
1) Qual é o principal agente etiológico da bronquiolite viral aguda e qual é o principal fator 
de risco?
R.:
2) Qual é o tratamento da bronquiolite viral aguda? 
R.:
3) Qual é o principal agente bacteriano da pneumonia adquirida na comunidade no Brasil?
R.:
4) Quais são os principais antibióticos indicados na pneumonia bacteriana?
R.:
Respostas: 1. O principal agente etiológico é o vírus sincicial respiratório (VSR) e o principal fator de risco é a 
prematuridade; 2. Apenas suporte; 3. É o Streptococcus pneumoniae (pneumococo); 
4.
• Ambulatorial: amoxicilina VO. Se houver suspeita de pneumonia atípica, administrar azitromicina VO.
• Hospitalar: em menores de 2 meses,usamos a penicilina cristalina/ampicilina + cefotaxima/
gentamicina e em maiores de 2 meses, usamos a penicilina cristalina ou ampicilina.
11. Febre reumática
11.1 Diagnóstico de febre reumática
O diagnóstico de febre reumática é definido pelos critérios de Jones – lembrando que 
o Brasil apresenta população de risco moderado a alto para esta doença. O diagnóstico 
inicial de FR é estabelecido quando o paciente apresenta 2 critérios maiores OU 1 maior 
e 2 menores, associados à evidência de infecção estreptocócica anterior.
↺29
DecorAristo - Pediatria
Critérios de Jones para populações com médio/alto risco de FR
Critérios maiores Critérios menores
 Mono ou poliartrite, 
ou poliartralgia Febre ≥ 38 °C
Cardite clínica/subclínica Monoartralgia
 Coreia ↑ Intervalo PR
Eritema marginado VHS ≥ 30 mm/1ª hora
 Nódulos subcutâneos PCR ≥ 3 mg/dL
Evidência de estreptococcia
Cultura, ASLO, outro anticorpo estreptocócico (anti-DNAse B, anti-hialuronidase), 
teste rápido e/ou história de escarlatina
Fonte: Aristo.
11.2 Profilaxia secundária de febre reumática
Profilaxia secundária FR
FR sem cardite 5 anos após o último episódio ou até os 21 anos
FR com cardite sem sequelas 10 anos após o último episódio ou até os 21/25 anos 
(depende literatura)
FR com cardite e sequelas Até os 40 anos ou toda a vida
FR com cardite e substituição valvar Po toda a vida
Fonte: Adaptado de Tratado de Pediatria, 5.ª edição, 2022.
↺30
DecorAristo - Pediatria
12. Reanimação neonatal 
12.1 Fluxograma de reanimação neonatal para RN de 34 semanas ou mais
Fluxograma da reanimação neonatal do RN ≥ 34 semanas
Anamnese materna
Verificar material
Briefing da equipe
Rever técnica e assegurar
ventilação adequada
Considerar máscara laríngea
ou intubação traqueal
Ventilação com cânula traqueal
Massagem cardíaca coordenada
com ventilação (3:1) e O2 a 100%
Considerar cateterismo venoso
Ventilação com cânula traqueal
Massagem cardíaca coordenada
com ventilação (3:1) e O2 a 100%
Adrenalina endovenosa
Considerar hipovolemia
Gestação ≥ 34 semanas?
Respirando ou chorando?
Tônus em flexão?
Clampeamento do 
cordão > 60 seg.
Pele a pele junto 
à parturiente: 
manter normotermia
Manter vias
aéreas pérvias
Avaliar vitalidade
de modo contínuo
Desconforto 
respiratório
ou SatO2 < alvo
Monitorar SatO2 
pré-ductal
Considerar CPAP
FC < 100 bpm, apneia ou
respiração irregular?
FC < 100 bpm?
FC < 60 bpm?
Até 5
5 - 10
> 10
70 - 80%
80 - 90%
85 - 95%
FC < 60 bpm?
Fonte de calor radiante
Secar corpo e fontanela
Posicionar cabeça
Aspirar vias aéreas se obstruídas
Ventilação com pressão positiva
com ar ambiente
Iniciar monitorização com oxímetro
de pulso e monitor cardíaco
MANTER 
NORMOTERMIA
Nascimento
60 segundos
(minuto de ouro)
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
SIM
NÃO
NÃO
NÃO
Minutos
de vida
SatO2 alvo 
pré-ducal
Fonte: Reanimação do recém-nascido ≥ 34 semanas em sala de parto. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022.
↺31
DecorAristo - Pediatria
13. Crescimento na infância
13.1 Estimativa de crescimento durante a infância 
Teste seus conhecimentos
1) Qual é o ganho de peso esperado para o primeiro ano de vida?
R.:
2) Qual é o ganho de perímetro cefálico esperado para o primeiro ano de vida?
R.:
3) Qual o ganho de estatura esperado para o primeiro ano de vida?
R.:
Respostas: 
1.
• 700g/mês no 1.º trimestre.
• 600g/mês no 2.º trimestre.
• 500g/mês no 3.º trimestre. 
• 400g/mês no 4.º trimestre.
Observação: com 4 - 5 meses, o peso de nascimento dobra. Com 12 meses, o peso de nascimento 
triplica.
2.
• Ao nascimento: média de 35 cm. 
• 1.° trimestre: aumento de 2 cm/mês.
• 2.° trimestre: aumento de 1 cm/mês.
• 3.° e 4.° trimestres: aumento de 0,5 cm/mês.
3.
• Ao nascimento: média de 50 cm.
• No primeiro ano: ganho de 25 cm/ano. 
• No segundo ano: ganho de 12,5 cm/ano.
• Pré-escolar e escolar: 5-7 cm/ano.
• Puberdade:
• Meninas: 8-10 cm/ano.
• Meninos: 10-12 cm/ano.
↺32
DecorAristo - Pediatria
13.2 Análise de gráficos de crescimento
Índices antropométricos e sua classificação nas curvas da OMS para crianças (0 a 10 anos)
Valores 
críticos
Índices antropométricos
Crianças de 0 a 5 anos 
incompletos
Crianças de 5 a 10 anos 
incompletos
Peso para 
idade
Peso para 
estatura
IMC para 
idade
Estatura 
para 
idade
Peso para 
idade
IMC para 
idade
Estatura 
para 
idade
< percentil 
0,1
< escore 
Z -3
Muito 
baixo 
peso para 
a idade
Magreza 
acentuada
Magreza 
acentuada
Muito 
baixa 
estatura 
para a 
idade
Muito 
baixo 
peso para 
a idade
Magreza 
acentuada
Muito 
baixa 
estatura 
para a 
idade
≥ percentil 
0,1 e 
< percentil 
3
≥ escore 
z -3 e 
< escore 
Z -2
Baixo 
peso para 
a idade
Magreza Magreza
Baixa 
estatura 
para a 
idade
Baixo 
peso para 
a idade
Magreza
Baixa 
estatura 
para a 
idade
≥ percentil 
3 e 
< percentil 
15
≥ escore 
Z -2 e 
< escore 
Z -1
Peso 
adequado 
para a 
idade
Eutrofia Eutrofia
Estatura 
adequada 
para a 
idade
Peso 
adequado 
para a 
idade
Eutrofia
Estatura 
adequada 
para a 
idade
≥ percentil 
15 e 
≤ percentil 
85
> escore 
Z -1 e 
≤ escore 
Z +1
> percentil 
85 e 
≤ percentil 
97
> escore 
Z +1 e 
≤ escore 
Z +2
Risco de 
sobrepeso
Risco de 
sobrepeso Sobrepeso
> percentil 
97 e 
≤ percentil 
99,9
> escore 
Z +2 e 
≤ escore 
Z +3
Peso 
elevado 
para a 
idade
Sobrepeso Sobrepeso Peso 
elevado 
para a 
idade
Obesidade
> percentil 
99,9
> escore 
Z +3 Obesidade Obesidade Obesidade 
grave
Fonte: Aristo.
↺33
DecorAristo - Pediatria
Índices antropométricos e sua classificação nas curvas da OMS para adolescentes (10 a 19 anos)
Valores críticos
Índices antropométricos
IMC para idade Estatura para idade
< percentil 0,1 < escore z -3 Magreza acentuada Muito baixa estatura 
para a idade
≥ percentil 0,1 
e < percentil 3
≥ escore z -3 
e < escore z -2 Magreza Baixa estatura 
para a idade
≥ percentil 3 
e < percentil 15
≥ escore z -2 
e < escore z -1
Eutrofia
Estatura adequada 
para a idade
≥ percentil 15 
e ≤ percentil 85
> escore z -1 
e ≤ escore z +1
> percentil 85 
e ≤ percentil 97
> escore z +1 
e ≤ escore z +2 Sobrepeso
> percentil 97 
e ≤ percentil 99,9
> escore z +2 
e ≤ escore z +3 Obesidade
> percentil 99,9 > escore z +3 Obesidade grave
Fonte: Aristo.
14. Desenvolvimento na infância
14.1 Principais marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com 
o Ministério da Saúde
Faixas etárias de marcos do desenvolvimento até 6 meses
Marcos Como pesquisar
Idade em meses
 0 1 2 3 4 5 6
Postura: pernas 
e braços fletidos, 
cabeça lateralizada
Deite a criança em superfície plana, de costas com a barriga para 
cima; observe se seus braços e pernas ficam flexionados e sua 
cabeça lateralizada. 
Observa um rosto Posicione seu rosto a aproximadamente 30 cm acima do rosto da 
criança. Observe se a criança olha para você, de forma evidente.
Reage ao som
Fique atrás da criança e bata palmas ou balance um chocalho 
a cerca de 30 cm de cada orelha da criança e observe se ela 
reage ao estímulo sonoro com movimentos nos olhos 
ou mudança da expressão facial
Eleva a cabeça
Coloque a criança de bruços (barriga para baixo) e observe se ela 
levanta a cabeça, desencosta o queixo da superfície, sem virar 
para um dos lados.
↺34
DecorAristo - Pediatria
Sorri quando 
estimulada
Sorria e converse com a criança; não lhe faça cócegas ou toque 
sua face. Observe se ela responde com um sorriso
Abre as mãos Observe se em alguns momentos a criança abre as mãos 
espontaneamente.
Emite sons Observe se a criança emite algum som, que não seja choro. Caso não 
seja observado pergunte ao acompanhante se faz em casa.
Movimenta 
os membros
Observe se a criança movimenta ativamente os membros superiores e 
inferiores.
Responde ativamente 
ao contato social 
Fique à frente do bebê e converse com ele. Observe se ele responde 
com sorriso e emissão de sons como se estivesse “conversando” com 
você. Pode pedir que a mãe o faça.
Segura objetos
Ofereça um objeto tocandono dorso da mão ou dedos da criança. 
Esta deverá abrir as mãos e segurar o objeto pelo menos por alguns 
segundos.
Emite sons, ri alto Fique à frente da criança e converse com ela. Observe se ela emite 
sons (gugu, eeee, etc), veja se ela ri emitindo sons (gargalhada).
Levanta a cabeça 
e apoia-se nos 
antebraços, de bruços
Coloque a criança de bruços, numa superfície firme. Chame sua 
atenção a frente com objetos ou seu rosto e observe se ela 
levanta a cabeça apoiando-se nos antebraços.
Busca ativa de objetos
Coloque um objeto ao alcance da criança (sobre a mesa ou na palma de 
sua mão) chamando sua atenção para o mesmo. Observe se ela tenta 
alcançá-lo.
Leva objetos a boca Ofereça um objeto na mão da criança e observe se ela o leva a boca
Localiza o som
Faça um barulho suave (sino, chocalho, etc.) próximo à orelha da 
criança e observe se ela vira a cabeça em direção ao objeto que 
produziu o som. Repita no lado oposto.
Muda de posição 
(rola)
Coloque a criança em superfície plana de barriga para cima. 
Incentive-a a virar para a posição de bruços.
Fonte: Ministério da Saúde, 2021.
↺35
DecorAristo - Pediatria
Faixas etárias de marcos do desenvolvimento de 6 meses até 18 meses
Marcos Como pesquisar
Idade em meses
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Brinca de 
esconde-achou
Coloque-se à frente da criança e brinque de aparecer e 
desaparecer, atrás de um pano ou de outra pessoa. Observe se 
a criança faz movimentos para procurá-lo quando desaparece, 
como tentar puxar o pano ou olhar atrás da outra pessoa.
Transfere 
objetos de uma 
mão para outra
Ofereça um objeto para que a criança segure. Observe se ela o 
transfere de uma mão para outra. Se não fizer, ofereça outro objeto 
e observe se ela transfere o primeiro para outra mão.
Duplica sílabas Observe se a criança fala “papá”, “dadá”,”mamã”. Se não o fizer, 
pergunte à mãe se o faz em casa.
Senta-se 
sem apoio
Coloque a criança numa superfície firme, ofereça-lhe um objeto 
para que ela segure e observe se ela fica sentada sem o apoio 
das mãos para equilibrar-se.
Imita gestos
Faça algum gesto conhecido pela criança, como bater palmas 
ou dar tchau, e observe se ela o imita. Caso ela não o faça, peça 
a mãe para estimulá-la.
Faz pinça
Coloque próximo à criança um objeto pequeno ou uma bolinha de 
papel. Chame atenção da criança para que ela o pegue. Observe 
se ao pegá-lo ela usa o movimento de pinça, com qualquer parte 
do polegar associado ao indicador.
Produz “jargão”
Observe se a criança produz uma conversação incompreensível 
consigo mesma, com você ou com a mãe (jargão). Caso não seja 
possível observar, pergunte se ela o faz em casa.
Anda com apoio Observe se a criança consegue dar alguns passos com apoio.
Mostra 
o que quer
A criança indica o que quer sem que seja por meio do choro, 
podendo ser através de palavras ou sons, apontando ou 
estendendo a mão para alcançar. Considerar a informação do 
acompanhante.
Coloca blocos 
na caneca
Coloque três blocos e a caneca sobre a mesa, em frente à criança. 
Estimule-a a colocar os blocos dentro da caneca, através de 
demonstração e fala. Observe se a criança consegue colocar pelo 
menos um bloco dentro da caneca e soltá-lo.
Diz uma palavra
Observe se durante o atendimento a criança diz pelo menos uma 
palavra que não seja nome de membros da família ou de animais de 
estimação. Considere a informação do acompanhante.
Anda sem 
apoio Observe se a criança já anda bem, com bom equilíbrio, sem se apoiar.
Usa colher 
ou garfo
A criança usa colher ou garfo, derramando pouco fora da boca. 
Considere a informação do acompanhante.
Constrói torre 
de 2 cubos
Observe se a criança consegue colocar um cubo sobre o outro 
sem que ele caia ao retirar sua mão.
Fala 3 palavras
Observe se durante o atendimento a criança diz três palavras 
que não sejam nome de membros da família ou de animais de 
estimação. Considere a informação do acompanhante.
Anda para trás Peça à criança para abrir uma porta ou gaveta e observe se ela 
dá dois passos para trás sem cair.
Fonte: Ministério da Saúde, 2021.
↺36
DecorAristo - Pediatria
15. Puberdade
15.1 Desenvolvimento puberal normal
Puberdade
Meninas Meninos
Início 8-13 anos com telarca (M2) Início 9-14 anos com volume testicular 
4 mm³ ou mais (mm³ = ml) G2
Velocidade máxima de crescimento no M3 Velocidade máxima de crescimento 
em G3 - G4
Menarca 2,5 anos após telarca (M3 - M4) Primeira ejaculação G3 quando testículos 
> 12 mm³
Após a menarca, 
desacelera o crescimento
Fonte: Aristo.
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DecorAristo - Pediatria
15.2 Estadiamento de Tanner
Escala de Tanner feminina e escala de Tanner masculina
Fonte: adaptado de Desenvolvimento Puberal de Tanner, Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022.
16. Suplementação na infância
16.1 Suplementação de ferro elementar
• Segundo o Ministério da Saúde
Em 2022, o Ministério da Saúde publicou o Caderno dos Programas Nacionais de Suplementação 
de Micronutrientes, que contém o Programa Nacional de Suplementação de Ferro. É recomendada 
a suplementação profilática para todas as crianças de 6 a 24 meses. Propõe-se 2 ciclos 
de suplementação com duração de 3 meses cada, com intervalo de 3 meses entre eles. 
Em relação às doses, o documento cita que crianças de 6 a 24 meses devem receber 
de 10 a 12,5 mg de ferro elementar (não explicita se essa seria a dose diária).
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DecorAristo - Pediatria
Suplementação de ferro elementar segundo o Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde, 2022.
Idade da 
criança: 
6 meses
Idade da 
criança: 
12 meses
3 meses de sulfato 
ferroso diariamente
3 meses de sulfato 
ferroso diariamente
Pausa na 
administração
3 meses 
Idade da criança:
9 meses
Ciclo de 
suplementação I
Ciclo de 
suplementação II
Fim do ciclo de 
suplementação
Crianças em aleitamento materno e/ou uso de fórmula infantil devem receber a suplementação 
a partir do 6º mês de vida.
Crianças que não recebem aleitamento materno exclusivo e recebem leite de vaca devem 
receber a suplementação a partir do 4.º mês de vida, com o início da alimentação complementar.
Crianças pré-termo que nasceram com menos de 2.500 g devem seguir o esquema da Sociedade 
Brasileira de Pediatria.
• Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria
• Lactente sem fator de risco: RN a termo, peso adequado para a idade gestacional, em 
aleitamento materno exclusivo até o 6.º mês de vida = 1 mg/kg/dia de ferro elementar 
iniciando aos 6 meses de vida até os 24 meses.
• Se houver fatores de risco, siga a tabela abaixo. Os fatores de risco são:
• Baixa reserva materna: inclui gestações múltiplas com intervalos reduzidos entre elas, 
dieta materna deficiente em ferro, perdas sanguíneas, falta de suplementação de ferro 
durante a gravidez e lactação.
• Aumento da demanda metabólica: abrange prematuridade e baixo peso ao nascer (< 
2.500 g), lactentes em crescimento acelerado (taxa de crescimento > p90), meninas 
com perdas menstruais significativas e atletas competitivos.
• Diminuição do fornecimento: envolve clampeamento do cordão umbilical antes 
de um minuto após o nascimento; aleitamento materno exclusivo prolongado (mais 
de seis meses); introdução de alimentos complementares com baixo teor de ferro 
ou de biodisponibilidade reduzida; consumo de leite de vaca antes de um ano; uso 
de fórmula infantil com ferro de baixa absorção; dietas vegetarianas sem orientação 
médica/nutricional; falta de adesão ou ausência da suplementação profilática com 
ferro medicamentoso, quando recomendada.
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DecorAristo - Pediatria
• Perda sanguínea: traumática ou cirúrgica, hemorragia gastrointestinal, hemorragia 
ginecológica, hemorragia urológica, hemorragia pulmonar, distúrbios sanguíneos, 
malária.
• Má absorção do ferro: abrange síndromes de má-absorção (como doença celíaca 
e doença inflamatória intestinal), gastrite atrófica, cirurgia gástrica (como bariátrica 
ou ressecção gástrica) e diminuição da acidez gástrica (causada por antiácidos, 
bloqueadores H2 e inibidores da bombade prótons).
Recomendações para lactentes com fatores de risco
Situação Recomendação
Recém-nascidos a termo, peso adequado 
para a idade gestacional, em aleitamento 
materno exclusivo até o 6.º mês
1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
aos 90 dias de vida até o 24.º mês de vida
Recém-nascidos a termo, peso 
adequado para a idade gestacional, 
independentemente do tipo de alimentação
1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
aos 90 dias de vida até o 24.º mês de vida
Recém-nascidos a termo com peso 
inferior a 2.500 g
2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. 
Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
Recém-nascidos prematuros com peso 
superior a 1.500 g
2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. 
Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
Recém-nascidos prematuros com peso 
entre 1.500 e 1.000 g
3 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. 
Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
Recém-nascidos prematuros com peso 
inferior a 1.000 g
4 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando 
com 30 dias de vida, durante um ano. 
Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano
Recém-nascidos prematuros que 
receberam mais de 100 mL de 
concentrado de hemácias durante a 
internação
Devem ser avaliados individualmente, pois 
podem não necessitar de suplementação 
de ferro com 30 dias de vida, mas sim 
posteriormente
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. 
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DecorAristo - Pediatria
16.2 Suplementação de vitamina D
Atualmente, está indicada universalmente, iniciando na primeira semana de vida na dose de 
400 UI/dia até 1 ano, e depois na dose de 600 UI/dia até 2 anos. 
17. Parasitoses intestinais
17.1 Principais parasitoses intestinais
Parasitoses intestinais
Agente Transmissão Particularidades Tratamento
Entamoeba 
histolytica 
(protozoário)
Ingestão 
de cistos
Disenteria e megacólon tóxico. 
Sintoma extraintestinal mais 
comum: abscesso hepático
Metronidazol 
ou tinidazol 
ou secnidazol
Giardia 
duodenalis/
lamblia/intestinalis 
(protozoário)
Ingestão 
de cistos 
Pode acontecer em surtos 
ou como diarreia dos viajantes. 
Pode produzir síndrome 
disabsortiva e intolerância 
secundária à lactose
Albendazol 
por 5 dias 
ou metronidazol 
ou tinidazol 
ou secnidazol
Ascaris 
lumbricoides
Ingestão 
de ovos
Causa comum de obstrução 
intestinal abaixo dos 5 anos
Albendazol 
dose única.
Mebendazol 
dose única
Ivermectina
Ancylostoma 
duodenale 
e Necator 
americanus
Penetração 
de larvas pela 
pele (solo)
Prurido e traçado no local 
da penetração. 
Conhecida como “amarelão”, 
pela palidez causada 
pela anemia crônica
Albendazol 
dose única.
Mebendazol 
por 3 dias
Strongyloides 
stercoralis
Penetração 
de larvas 
na pele
Endêmico em área rural. 
Em imunossuprimidos pode fazer 
hiperinfecção e translocação 
bacteriana
Ivermectina. 
Albendazol
Enterobius 
vermicularis
Ingestão 
de ovos
Prurido anal. 
Alta transmissibilidade. 
Diagnóstico com fita gomada
Albendazol
Mebendazol
Pamoato de pirvínio
Ivermectina
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DecorAristo - Pediatria
Trichuris Trichiura Ingestão 
de ovos
A complicação mais comum 
é o prolapso retal
Mebendazol
Albendazol
Ivermectina
Toxocara canis
Ingestão de 
ovos ou carne 
com larvas. 
Crianças em 
contato com 
areia com 
fezes de cães 
e gatos
Larva migrans visceral e ocular. 
Eosinofilia intensa
Albendazol
Mebendazol
Teníase 
Ingestão 
de carne 
com larvas
Sintomas GI 
Mebendazol, 
albendazol 
ou praziquantel
Cisticercose 
(Taenia solium)
Ingestão 
de ovos
Neurocisticercose: lesões 
múltiplas com calcificação 
causando epilepsia
Albendazol 
ou praziquantel 
+ corticoide + 
anticonvulsivantes, 
se necessário
Esquistossomose
Penetração 
de larvas na 
pele (água)
Hipertensão portal 
+ esplenomegalia Praziquantel 
Antiparasitários de amplo espectro: nitazoxanida abrange ascaridíase, ancilostomíase, 
estrongiloidíase, enterobíase, tricuríase, teníase, giardíase e amebíase.
O albendazol por 5 dias possui a mesma eficácia que a nitazoxanida, exceto no tratamento 
da amebíase.
Fonte: Aristo.
18. Aleitamento materno
18.1 Contraindicações
• A infecção materna pelo HIV, HTLV-1 ou HTLV-2 é contraindicação absoluta.
• Doença de Chagas aguda ou com lesão mamilar sangrante, presença de vesículas herpéticas 
(somente na mama acometida) e câncer de mama tratado ou em tratamento também são 
contraindicações.
• A psicose puerperal grave também é considerada uma contraindicação absoluta 
ao aleitamento, porém, alguns autores consideram a possibilidade da amamentação “vigiada”.
• Lactentes com galactosemia não devem receber leite materno. Essa é a principal doença 
do recém-nascido que contraindica o aleitamento materno. 
↺42
DecorAristo - Pediatria
• Medicações incompatíveis com o aleitamento: amiodarona, quimioterápicos de forma geral, 
ciclofosfamida, tamoxifeno, linezolida, ganciclovir e TODAS as drogas de vício e abuso 
de uso crônico.
• A amamentação deve ser interrompida por 10 dias em caso de lactantes imunizadas contra 
febre amarela.
18.2 Diferenças entre leite humano e leite de vaca
Diferença entre leite humano e leite de vaca
Componentes Leite de vaca Leite humano
Proteínas Mais proteínas 
(caseína e betalactoglobulina)
Menos proteínas 
(alfa-lactoalbumina) = menos 
alergênico, menor sobrecarga 
renal e melhor digestão
Gorduras Mesma quantidade de gordura. Tem ácidos graxos essenciais
Carboidratos Mais carboidrato (lactose)
Eletrólitos Sobrecarga de eletrólitos. Contém menos eletrólitos, 
porém o cálcio é melhor absorvido
Vitaminas e minerais Menos vitamina A, D, E e C
Apresenta a mesma quantidade 
de ferro, porém com maior 
biodisponibilidade
Fatores protetores IgA secretória, fator bífido 
e lactoferrina
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. 
Colostro x leite maduro
O colostro é liberado entre o 3-6.º dia do aleitamento e tem mais proteínas (imunoglobulinas) 
e vitamina A. O leite maduro é rico em calorias, carboidratos e gorduras. O leite anterior 
é semelhante ao colostro e o leite posterior é semelhante ao leite maduro.
Leite de mães de prematuros
Contém mais gordura e proteínas, sendo mais calórico, além de conter maiores quantidades 
de IgA e lactoferrina, vitaminas A e E, eletrólitos (com exceção do potássio), mas menos lactose.
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DecorAristo - Pediatria
Armazenamento
Pode ser ordenhado de forma manual ou mecânica e deve ser armazenado em frasco 
de vidro com tampa plástica com a data da ordenha. Ele pode ser guardado por até 12 horas 
refrigerado (geladeira) e até 15 dias congelado. Para descongelar, o leite deve ser colocado 
em banho-maria, com o fogo desligado, evitando que o leite entre em fervura.
19. Imunizações
19.1 Hot topics das vacinas
Vacinas vivas (atenuadas): BCG, rotavírus (VORH), poliomielite oral (VOP), febre amarela, 
tríplice viral, tetra viral, varicela e dengue.
Vacinar Faz Bem SemPRe 
Varicela
Febre amarela
BCG
Sarampo, caxumba e rubéola
Pólio (VOP)
Rotavírus
Vacinas vivas são contraindicadas em: imunossuprimidos, portadores de neoplasias malignas, 
gestantes (sendo a febre amarela uma contraindicação relativa), até 30 dias antes 
da concepção em mulheres em menacme, e em casos de uso de corticoide por pelo menos 
14 dias, equivalente a 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia.
Contraindicação absoluta de vacinação: anafilaxia imediata a qualquer componente da fórmula.
Regras:
• Não aplicar a vacina da febre amarela no mesmo dia que a tríplice viral ou tetra viral.
• Se houver atraso nas doses de reforço não precisa recomeçar o esquema. 
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DecorAristo - Pediatria
19.2 Particularidades das vacinas
Vacinas e suas particularidades
Vacina Particularidades
BCG
Evolução natural da cicatriz:
3-4 semanas: nódulo local.
4-5 semanas: pústula.
Úlcera 4-10 m de diâmetro.
6-12 semanas: crosta.
Observação: se não ficar cicatriz, não é necessário revacinar.
Reação comum: linfonodomegalia regional, com tamanho menor que 3 cm, móvel, 
indolor, sem sinais flogísticose sem sintomas sistêmicos. Geralmente se resolve 
espontaneamente. 
Se o tamanho for maior que 3 cm e não houver supuração, é recomendado 
notificar como evento adverso e acompanhar.
Eventos adversos (notificação obrigatória e indicação de isoniazida):
Linfonodo > 3 cm não supurado.
Abscesso frio.
Úlcera > 1 cm por 12 semanas.
Linfonodomegalia supurada.
Abscesso quente: é tratado da mesma forma que a infecção de pele.
RNs de mães bacilíferas: inicialmente, a vacinação com BCG não é recomendada. 
É indicado administrar isoniazida ou rifampicina por 3 meses e realizar o teste 
do PPD. Se o resultado for 5 mm ou mais, a vacinação com BCG não deve ser 
realizada, e a administração de isoniazida por 3 meses ou rifampicina por 
1 mês deve ser mantida. Se o resultado for menor que 5 mm, a medicação deve ser 
suspensa e a vacina pode ser administrada.
VOP
Pode causar poliomielite vacinal em imunossuprimidos.
Se ocorrer cuspe, regurgitação ou vômito da gota da vacina, não é necessário 
realizar uma revacinação.
Está contraindicada em imunossuprimidos, em pessoas em contato com 
imunossuprimidos e em hospitalizados.
Novidade para 2024: o PNI só utilizará a VIP em 4 doses (2, 4, 6 e 15 meses). 
A VOP não será mais utilizada.
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DecorAristo - Pediatria
VORH 
(rotavírus)
Primeira dose até 3 meses e 15 dias de vida e segunda dose até 7 meses e 29 dias 
de vida. Após esse período, não devemos aplicar, uma vez que aumenta o risco 
de intussuscepção intestinal.
Se ocorrer cuspe, regurgitação ou vômito da gota da vacina, não é necessário 
realizar uma revacinação.
Pneumo-23
Disponível no SUS para crianças com mais de 2 anos que possuam comorbidades. 
São administradas duas doses, com um intervalo de 5 anos entre elas.
Disponível em dose única pelo PNI para crianças indígenas com idade inferior 
a 5 anos que não tenham recebido doses prévias da vacina pneumocócica 
10-valente.
Difteria, 
tétano 
e pertussis
DTP: até 7 anos incompletos.
DTPa: tríplice acelular infantil.
DT: dupla infantil.
dT: dupla adulto.
dTpa: para gestantes (tríplice acelular do adulto).
Episódio hipotônico-hiporresponsivo ou convulsão: aplicar DTPa nas doses 
subsequentes. 
Encefalite: aplicar DT nas doses seguintes.
HPV
Quadrivalente.
Para imunossuprimidos entre 9-45 anos são 3 doses (0, 2 e 6 meses).
Influenza Crianças com idade inferior a 9 anos, que estejam sendo vacinadas pela primeira 
vez, devem receber duas doses, com um intervalo de 30 dias entre elas
Fonte: Aristo.
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DecorAristo - Pediatria
20. Calendário vacinal 
20.1 Covid-19
Vacinas contra o coronavírus aprovadas para uso no Brasil, segundo a Sociedade 
Brasileira de Imunizações (SBIM)
Fabricante Mecanismo Faixa etária
Fiocruz/Oxford/ 
AstraZeneca
Vetor viral que expressa 
a proteína S A partir de 18 anos
Butantan/Sinovac Vírus inteiro inativado A partir de 3 anos
Pfizer/BioNTech 
(Comirnaty)
RNAm que codifica 
a proteína S A partir de 6 meses
Pfizer Comirnaty Bivalente RNAm que codifica 
a proteína S A partir de 12 anos
Janssen/Johnson 
& Johnson
vetor viral que expressa 
a proteína S A partir de 18 anos
Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), 2023.
20.2 Programa Nacional de Imunização 2022
Programa Nacional de Imunizações 2022
Idade Vacinas recomendadas pelo PNI 
Ao nascer Hepatite B + BCG
2 meses Penta + rotavírus + VIP + pneumo 
3 meses Meningo C
4 meses Penta + rotavírus + VIP + pneumo 
5 meses Meningo C
6 meses Penta + VIP
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DecorAristo - Pediatria
9 meses Febre amarela 
12 meses Tríplice viral + pneumo + meningo C
15 meses Tetra viral + hepatite A + DTP + VOP
4 anos DTP + VOP + varicela + febre amarela
9-14 anos HPV (2 doses)
11-12 anos Meningo ACWY 
Fonte: Aristo.
21. Hipertensão arterial
21.1 Diagnóstico 
Classificação da PA de acordo com o percentil
Crianças de 1 a 13 anos Crianças com idade ≥ 13 anos
Normotensão:
PA < p90 para sexo, idade e altura
Normotensão:
PA < 120/< 80 mmHg
Pressão arterial elevada:
PA ≥ p90 e < p95 para sexo, idade 
e altura ou PA 120/80 mmHg, 
mas < p95 (o que for menor)
Pressão arterial elevada:
PA 120/< 80 mmHg a PA 129/< 80 mmHg
Hipertensão estágio 1:
PA ≥ p95 para sexo, idade e altura até 
< p95 + 12 mmHg ou PA entre 130/80, 
ou até 139/89 (o que for menor)
Hipertensão estágio 1:
PA 130/80 ou até 139/89
Hipertensão estágio 2:
PA ≥ p95 + 12 mmHg para sexo, idade 
ou altura, ou PA ≥ entre 140/90 
(o que for menor)
Hipertensão estágio 2:
PA ≥ entre 140/90
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. 
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DecorAristo - Pediatria
22. Emergências pediátricas
22.1 Sequência de drogas na crise convulsiva
1. Estabilização + acesso venoso + monitorização. 
2. Benzodiazepínicos: 
a. Diazepam 0,2-0,5 mg/kg/dose EV ou via retal (nunca IM).
b. Midazolam 0,2 mg/kg/dose IM ou nasal.
3. Fenitoína 20 mg/kg, em seguida 10 mg/kg. Também podem ser utilizados o fenobarbital, 
o ácido valproico ou o levetiracetam. 
4. Fenobarbital 20 mg/kg, em seguida 5-10 mg/kg. 
5. UTI: midazolam contínuo, propofol, quetamina e tiopental.
22.2 Anafilaxia
Fonte: Aristo.
A anafilaxia é considerada altamente provável quando qualquer um dos 
dois critérios a seguir é preenchido: 
1 - Início agudo de uma doença (minutos a horas) com envolvimento de 
pele, mucosas, ou ambos (por exemplo, urticária generalizada, prurido 
ou rubor, edema de lábios, língua e úvula) 
E PELO MENOS UM DOS SEGUINTES:
Comprometimento respiratório 
(por exemplo, dispneia, sibilos, broncoespasmo,
 estridor, PFE (pico de fluxo expiratório) 
reduzido, hipoxemia) 
Pressão arterial reduzida ou sintomas associados 
de disfunção de órgãos-alvo 
(por exemplo, hipotonia, síncope, incontinência) 
Sintomas gastrointestinais graves 
(por exemplo, dor abdominal em cólica intensa, 
vômitos repetitivos), especialmente após 
exposição a alérgenos não alimentares 
A 
B 
C 
OU
OU
2 - Início agudo de hipotensão, broncoespasmo ou envolvimento laríngeo 
após exposição a um alérgeno conhecido, ou altamente provável, 
para esse paciente (minutos a várias horas), mesmo 
na ausência de envolvimento da pele.
Crianças: hipotensão sistólica para a idade ou decréscimo 
de 30% da pressão sistólica
Adultos: pressão sistólica (PAS) < 90 mmHg ou decréscimo 
de 30% da pressão sistólica
 
Broncoespasmo Envolvimento laríngeo 
A hipotensão é definida como redução de 3% 
em relação à pressão sistólica basal do indivíduo 
OU:
Crianças menores de 10 anos: 70 + 2 x idade em anos
Adultos PAS < 90 mmHg
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DecorAristo - Pediatria
Tratamento:
1. Adrenalina intramuscular na face anterolateral da coxa: 0,01 mg/kg (dose máxima: 0,3 mg 
até 12 anos e 0,5 mg no adulto). Repetir em 5-15 minutos, se necessário.
2. Decúbito dorsal com membros inferiores elevados.
3. Manter euvolemia, oxigenioterapia e monitorização.
4. Segunda linha: beta-agonistas (caso haja sibilância), corticoides e anti-histamínicos. 
5. Observação clínica. 
23. Parada cardiorrespiratória
23.1 Causas 
Causas reversíveis de PCR em Pediatria
Hs Ts
Hipovolemia Tensão do tórax por pneumotórax
Hipóxia Tamponamento (cardíaco)
Hidrogênio (acidemia) Toxinas
Hipoglicemia Trombose pulmonar
Hipo/hipercalemia Trombose coronária
Hipotermia
Fonte: Aristo.
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DecorAristo - Pediatria
23.2 Ritmos cardíacos em emergência
Ritmos cardíacos de emergência
Assistolia 
Taquicardia 
ventricular monomórfica
(SEM PULSO = CHOCÁVEL)
Fibrilação ventricular 
(CHOCÁVEL)
Torsades de pointes
Taquicardia 
supraventricular
Fonte: Aristo.
↺51
DecorAristo - Pediatria
Referências: 
1. ALMEIDA, M. F. B.; GUINSBURG, R.; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP; Conselho 
Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥ 34 semanas em sala de 
parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria, 
2022. Disponível em: <https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2>.
2. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS; AMERICAN HEART ASSOCIATION. Suporte Avançado de Vida em 
Pediatria.2021.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 2019.
↺52
DecorAristo - Pediatria
4. BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo do paciente com diarreia. 2023. Disponível em: <www.gov.br>.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Prevenção da 
Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília, 2022.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal biológica - manual técnico. 2016.
7. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno dos Programas Nacionais de Suplementação de Micronutrientes. 
2022. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_programas_nacionais_
suplementacao_micronutrientes.pdf>.
8. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da Criança. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/caderneta_crianca_menino_2ed.pdf>. Acesso em: fevereiro de 2023.
9. KLIEGMAN; et al. Nelson Textbook of Pediatrics. 21.ª edição, 2020.
10. MARCDANTE; et al. Nelson Essentials of Pediatrics. 9.ª edição, 2023.
11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Hiperbilirrubinemia 
indireta no período neonatal. Setembro de 2021.
12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Toxoplasmose 
congênita. Julho de 2020.
13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Tratado de pediatria. 5ª 
edição, 2021.
14. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Uso de medicamentos 
e outras substâncias pela mulher durante a amamentação. 2017.
15. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Pneumologia. Abordagem Diagnóstica 
e Terapêutica das Pneumonias Adquiridas na Comunidade Não Complicadas. 2022.
16. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamentos Científicos de Nutrologia e Hematologia. Consenso 
sobre Anemia Ferropriva - Atualização: Destaques 2021. 2021.
17. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Doenças Maternas Infecciosas e Amamentação - Atualização. 
2022.
18. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Guia prático de aleitamento materno. 2020.
19. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Sistematização do atendimento ao recém-nascido com suspeita 
ou diagnóstico de cardiopatia congênita. 2022.
20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Uso de medicamentos e outras substâncias pela mulher 
durante a amamentação. 2017.
21. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA - Departamento Científico de Neonatologia. Síndrome inflamatória 
multissistêmica em crianças e adolescentes provavelmente associada à COVID-19: uma apresentação 
aguda, grave e potencialmente fatal. 2020.
22. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Anafilaxia: atualização de 2021. Guia Prático de Atualização. 
2021.
23. THE INTERNATIONAL LEAGUE AGAINST EPILEPSY (ILAE). Summary of recommendations for the 
management of infantile seizures: Task Force Report for the ILAE Commission of Pediatrics. 2015.
24. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Child Growth Standards. Disponível em: < https://www.who.int/
tools/child-growth-standards/standards. Acesso em: fevereiro de 2023>.
http://www.gov.br
	Sumário
	1. Cirurgia pediátrica
	1.1 Condições cirúrgicas comuns na infância
	1.2 Tratamento das hérnias pediátricas
	2. Oncologia pediátrica
	2.1 Principal neoplasia pediátrica 
	2.2 Principais tumores de órgãos sólidos na infância e os seus quadros clínicos
	3. Neonatologia
	3.1 Classificação do recém-nascido
	3.2 Síndromes respiratórias neonatais 
	4. Icterícia neonatal
	4.1 Zonas de Kramer 
	4.2 Doença hemolítica do recém-nascido
	5. Triagem neonatal 
	5.1 Resumo das triagens neonatais 
	5.2 Patologias triadas no teste do pezinho
	6. Infecções congênitas
	6.1 Hot topics das infecções congênitas 
	7. Doenças exantemáticas
	7.1 Hot topics das doenças exantemáticas 
	8. Infecção do trato urinário
	8.1 Diagnóstico e tratamento 
	9. Manejo da diarreia aguda
	9.1 Avaliação do estado de hidratação
	9.2 Planos de reidratação segundo o Ministério da Saúde
	10. Síndromes respiratórias
	10.1 Vias aéreas superiores 
	10.2 Vias aéreas inferiores
	11. Febre reumática
	11.1 Diagnóstico de febre reumática
	11.2 Profilaxia secundária de febre reumática
	12. Reanimação neonatal 
	12.1 Fluxograma de reanimação neonatal para RN de 34 semanas ou mais
	13. Crescimento na infância
	13.1 Estimativa de crescimento durante a infância 
	13.2 Análise de gráficos de crescimento
	14. Desenvolvimento na infância
	14.1 Principais marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com o Ministério da Saúde
	15. Puberdade
	15.1 Desenvolvimento puberal normal
	16. Suplementação na infância
	16.1 Suplementação de ferro elementar
	16.2 Suplementação de vitamina D
	17. Parasitoses intestinais
	17.1 Principais parasitoses intestinais
	18. Aleitamento materno
	18.1 Contraindicações
	18.2 Diferenças entre leite humano e leite de vaca
	19. Imunizações
	19.1 Hot topics das vacinas
	19.2 Particularidades das vacinas
	20. Calendário vacinal 
	20.1 Covid-19
	20.2 Programa Nacional de Imunização 2022
	21. Hipertensão arterial
	21.1 Diagnóstico 
	22. Emergências pediátricas
	22.1 Sequência de drogas na crise convulsiva
	22.2 Anafilaxia
	23. Parada cardiorrespiratória
	23.1 Causas 
	23.2 Ritmos cardíacos em emergência
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