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D ec or A ris to - Pe di at ria 2 DecorAristo - Pediatria 1. Cirurgia pediátrica 5 1.1 Condições cirúrgicas comuns na infância 5 1.2 Tratamento das hérnias pediátricas 7 2. Oncologia pediátrica 8 2.1 Principal neoplasia pediátrica 8 2.2 Principais tumores de órgãos sólidos na infância e os seus quadros clínicos 8 3. Neonatologia 9 3.1 Classificação do recém-nascido 9 3.2 Síndromes respiratórias neonatais 10 4. Icterícia neonatal 12 4.1 Zonas de Kramer 12 4.2 Doença hemolítica do recém-nascido 12 5. Triagem neonatal 13 5.1 Resumo das triagens neonatais 13 5.2 Patologias triadas no teste do pezinho 14 6. Infecções congênitas 15 6.1 Hot topics das infecções congênitas 15 7. Doenças exantemáticas 18 7.1 Hot topics das doenças exantemáticas 18 8. Infecção do trato urinário 21 8.1 Diagnóstico e tratamento 21 9. Manejo da diarreia aguda 22 9.1 Avaliação do estado de hidratação 22 9.2 Planos de reidratação segundo o Ministério da Saúde 23 3 DecorAristo - Pediatria 10. Síndromes respiratórias 24 10.1 Vias aéreas superiores 24 10.2 Vias aéreas inferiores 27 11. Febre reumática 28 11.1 Diagnóstico de febre reumática 28 11.2 Profilaxia secundária de febre reumática 29 12. Reanimação neonatal 30 12.1 Fluxograma de reanimação neonatal para RN de 34 semanas ou mais 30 13. Crescimento na infância 31 13.1 Estimativa de crescimento durante a infância 31 13.2 Análise de gráficos de crescimento 32 14. Desenvolvimento na infância 33 14.1 Principais marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com o Ministério da Saúde 33 15. Puberdade 36 15.1 Desenvolvimento puberal normal 36 16. Suplementação na infância 37 16.1 Suplementação de ferro elementar 37 16.2 Suplementação de vitamina D 40 17. Parasitoses intestinais 40 17.1 Principais parasitoses intestinais 40 18. Aleitamento materno 41 18.1 Contraindicações 41 18.2 Diferenças entre leite humano e leite de vaca 42 19. Imunizações 43 4 DecorAristo - Pediatria 19.1 Hot topics das vacinas 43 19.2 Particularidades das vacinas 44 20. Calendário vacinal 46 20.1 Covid-19 46 20.2 Programa Nacional de Imunização 2022 46 21. Hipertensão arterial 47 21.1 Diagnóstico 47 22. Emergências pediátricas 48 22.1 Sequência de drogas na crise convulsiva 48 22.2 Anafilaxia 48 23. Parada cardiorrespiratória 49 23.1 Causas 49 23.2 Ritmos cardíacos em emergência 50 ↺5 DecorAristo - Pediatria 1. Cirurgia pediátrica 1.1 Condições cirúrgicas comuns na infância Condições cirúrgicas comuns na infância Patologia Clínica Imagem Atresia de esôfago Tipo C é o mais comum Contraste acumulado em coto esofágico proximal (fundo cego) História de polidrâmnio Sialorreia e não progressão de sonda gástrica Diagnóstico por radiografia contrastada Estenose hipertrófica do piloro Entre 2 a 6 semanas de vida Vômitos não biliosos em jato após alimentação Pode causar alcalose metabólica hipocalêmica e hipoclorêmica Sinal da oliva Atresia duodenal História de polidrâmnio Vômitos biliosos e distensão abdominal Associação com síndrome de Down Raio-x de atresia de esôfago Fonte: disponível em https://urx1.com/4PTEL. USG da estenose hipertrófica do piloro - espessamento pilórico Fonte: disponível em https://l1nq.com/JrPxg. Sinal da dupla bolha Fonte: FIGUEIREDO, S. S; et.al. Atresia do trato gastrointestinal: avaliação por métodos de imagem. 2005. ↺6 DecorAristo - Pediatria Gastrosquise Evisceração. Fora da linha média. Não há proteção. Não relacionada a doenças genéticas ou outras malformações. Onfalocele Herniação. Linha média. Está envolvida por peritônio parietal. Apresenta uma alta correlação com doenças genéticas e outras malformações, como as cardiopatias. Macete: lembre que a letra O é fechada (onfalocele é com “saco”) e a letra G é aberta (gastrosquise é sem “saco”) Intussuscepção intestinal Pico de incidência de 5 a 9 meses Correlação com vacina contra rotavírus Local mais comum: íleocólica Tríade de dor abdominal + massa abdominal palpável + fezes em geleia de morango Diagnóstico com ultrassonografia de abdome Sinal do alvo Fonte: CUNHA, F. M. Intussuscepção em crianças: avaliação por métodos de imagem e abordagem terapêutica. 2005. Gastrosquise Fonte: Aristo. Onfalocele Fonte: Aristo. ↺7 DecorAristo - Pediatria Enterocolite necrotizante Relacionada à prematuridade Tríade de distensão abdominal + dificuldade de progredir dieta + resíduo gástrico Diagnóstico com radiografia de abdome Megacólon congênito (Hirschsprung) Acometimento dos plexos de Meissner e Auerbach Dilatação do segmento não acometido Obstrução intestinal Toque retal com saída de gases e fezes explosivas Investigação com enema baritado Diagnóstico definitivo com biópsia retal Pneumatose intestinal Fonte: disponível em https://urx1.com/Y3VDx. Megacólon congênito: cone de transição (enema baritado) Fonte: disponível em https://urx1.com/pNrLw.l 1.2 Tratamento das hérnias pediátricas Tratamento das hérnias pediátricas Hérnia inguinal sem sinais de encarceramento/ estrangulamento Correção cirúrgica eletiva, o mais breve possível. Hérnia inguinal encarcerada Indicada pela presença de irritabilidade e dor local. Tentativa de redução com analgesia e correção cirúrgica dentro de 24-48 horas. Se for irredutível, a inguinotomia deve ser realizada imediatamente. Hérnia inguinal estrangulada (isquemia de alça) Sintomas como edema, hiperemia, dor abdominal e sinais de toxemia. Cirurgia imediata, com ressecção e anastomose primária da alça. ↺8 DecorAristo - Pediatria Indicações para tratamento cirúrgico de hérnia umbilical Diâmetro maior que 2 cm. Presença de derivação ventrículo-peritoneal (DVP). Ascite volumosa. Falha no fechamento até os 4 a 6 anos de idade. Ocorrência de estrangulamento/encarceramento. Realização de procedimento cirúrgico para hérnia inguinal (correção concomitante). Fonte: Aristo. 2. Oncologia pediátrica 2.1 Principal neoplasia pediátrica Neoplasia hematológica - leucemia linfoide aguda (LLA). 2.2 Principais tumores de órgãos sólidos na infância e os seus quadros clínicos • Sistema nervoso central: principalmente em fossa posterior. Clínica de cefaleia + déficit neurológico focal + sinais de hipertensão intracraniana. • Neuroblastoma: massa abdominal palpável que ultrapassa a linha média, associada a dor e distensão abdominal. Pode gerar metástase com rapidez. As questões geralmente apresentam um paciente com comprometimento do estado geral. • Nefroblastoma (tumor de Wilms): massa abdominal que NÃO ultrapassa a linha média. Pode estar associado a hipertensão arterial sistêmica, hematúria, constipação e dor abdominal. Geralmente o paciente está em bom estado geral. • Retinoblastoma: leucocoria ao teste do olhinho, ou seja, reflexo pupilar branco. Teste do olhinho alterado - O olho esquerdo do paciente apresenta reflexo vermelho normal, enquanto o olho direito apresenta leucocoria (teste alterado) Fonte: disponível em https://www.sbteim.org.br/teste-do-olhinho.aspx. ↺9 DecorAristo - Pediatria 3. Neonatologia 3.1 Classificação do recém-nascido • Quanto ao peso de nascimento: Classificação quanto ao peso de nascimento Extremo baixo peso ao nascer: < 1.000 g Muito baixo peso ao nascer: < 1.500 g Baixo peso ao nascer: < 2.500 g Peso normal: entre 2,5 kg e 4 kg Fonte: Aristo. • Do peso quanto à idade gestacional: Peso para a idade gestacional Pequeno para a idade gestacional (PIG): abaixo do percentil 10 Adequado para a idade gestacional (AIG): entre os percentis 10 e 90 Grande para a idade gestacional (GIG): acima do percentil 90 Fonte: Aristo ↺10 DecorAristo - Pediatria 3.2 Síndromes respiratórias neonatais Síndromes respiratórias neonatais Síndrome Principais características Imagem típica Taquipneia transitória do recém-nascido Deficit de absorção do líquido pulmonar após o nascimento Radiografia de tórax com hiperinsuflação e cisurite Principalfator de risco: cesárea eletiva sem trabalho de parto Mais comuns em termos precoces (abaixo de 39 semanas) Inicia nas primeiras horas de vida e dura por 3 - 5 dias Tratamento com suporte ventilatório Síndrome do desconforto respiratório (antiga doença da membrana hialina) Deficiência primária do surfactante pulmonar Infiltrado em “vidro moído” e broncograma aéreo Quanto mais prematuro, maior a prevalência Sintomas ao nascimento com piora progressiva em 72 horas Alteração importante em gasometria Tratamento com surfactante exógeno Prevenção: corticoesteroide em gestante com risco de trabalho de parto prematuro (reduz incidência e mortalidade) Pacientes podem apresentar displasia broncopulmonar como complicação Taquipneia transitória do recém-nascido Raio-x doença da membrana hialina ↺11 DecorAristo - Pediatria Síndrome da aspiração meconial Fatores de risco: RN termo ou pós- termo, asfixia, RCIU, pélvicos e macrossômicos Infiltrado grosseiro, hipotransparência e hiperinsuflação Indica sofrimento fetal ou parto prolongado Sintomas nas primeiras horas de vida Segundo o protocolo de reanimação da SBP de 2022: em RNs com líquido amniótico meconial e com respiração irregular, apneia ou FC < 100 bpm, está indicada VPP Se não apresentar melhora e for necessária a intubação, realizar aspiração da traqueia através da cânula traqueal uma única vez Possível complicação: hipertensão pulmonar persistente Pneumonia neonatal Patógeno mais comum: GBS (S. agalactiae) Fatores de risco: bolsa rota prolongada (> 18 horas), corioamnionite, infecção materna intraparto, prematuridade, RCIU e asfixia perinatal Sintomas nas primeiras horas de vida Tratamento com antibiótico Raio-x síndrome aspiração meconial Raio-x pneumonia neonatal Fonte: Aristo. ↺12 DecorAristo - Pediatria 4. Icterícia neonatal 4.1 Zonas de Kramer Zonas de Kramer com correspondência da bilirrubina total Fonte: Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria - 5.ª ed. 2021. 4.2 Doença hemolítica do recém-nascido Fonte: Aristo. Doença hemolítica do recém-nascido Incompatibilidade Rh Incompatibilidade ABO Mãe Rh negativo e RN Rh positivo Mãe O e RN A ou B Segunda gestação (após sensibilização) Primeira gestação (sem necessidade de sensibilização prévia) Coombs direto sempre positivo! Coombs direto PODE ser positivo Icterícia, hemólise fetal, hepatoesplenomegalia e hidropsia fetal Icterícia Mais grave, menos comum Menos grave, mais comum A profilaxia com imunoglobulina anti-D envolve as seguintes situações: • Mãe Rh negativa com 28 a 34 semanas de gestação. • Após o parto. • Em casos de quebra de barreira placentária (mola, abortamento, procedimento intraútero, gravidez ectópica). Sem profilaxia ↺13 DecorAristo - Pediatria 5. Triagem neonatal 5.1 Resumo das triagens neonatais Triagem neonatal Teste Objetivo Quando Como Alteração Conduta se alterado Coraçãozinho Descartar cardiopatias congênitas críticas 24 - 48 horas de vida, antes da alta hospitalar em RN > 35 semanas e assintomático Oximetria de pulso em membro superior direito (MSD) e qualquer membro inferior Atualização SBP em agosto de 2022! Teste positivo: Solicitar ecocardiograma e consultar especialista. RN não pode receber alta hospitalar antes de esclarecer o diagnóstico. Teste positivo: SpO2 ≤ 89% no MSD ou membro inferior Teste duvidoso: SpO2 entre 90 e 94% ou diferença entre as medidas do MSD e membro inferior ≥ 4% Teste duvidoso: Repetir após 1 hora até duas vezes. Se na terceira avaliação o teste continuar alterado, o teste deve ser considerado positivo Olhinho Avalia a presença de possíveis afecções que acometem a região ocular posterior. Pode detectar retinoblastoma e catarata Período neonatal, preferencialmente antes da alta da maternidade. Repetir aos 4, 6, 12 e 24 meses Incidir luz sobre a pupila, com oftalmoscópio, com distância de 1 braço da criança. O reflexo vermelho é o normal Reflexo branco (leucocoria) Encaminhamento ao oftalmologista Orelhinha Descartar alterações no conduto auditivo Com 48 horas de vida, preferencialmente antes da alta da maternidade. Realizado em RNs sem fatores de risco. Emissões otoacústicas evocadas (EOA) pelo fonoaudiólogo Ausência de emissões. Pode ocorrer no caso de obstrução do conduto. Repetir e/ou encaminhar ao BERA. Obs: o BERA é a primeira opção no caso de RNs com fator de risco para perda auditiva Linguinha Descartar anquiloglossia que prejudique amamentação e fala Mais precoce possível Exame físico Língua em coração Frenotomia lingual Pezinho Teste de triagem neonatal para algumas doenças congênitas graves* Entre 3 - 5 dias de vida Gota de sangue em papel filtro Laboratorial A depender da alteração, devemos considerar repetir o teste do pezinho ou realizar testes diagnósticos específicos para confirmação da doença Fonte: Aristo. ↺14 DecorAristo - Pediatria 5.2 Patologias triadas no teste do pezinho As patologias triadas no teste do pezinho são: hemoglobinopatias (incluindo anemia falciforme); fibrose cística; fenilcetonúria; hiperplasia adrenal congênita; hipotireoidismo congênito e deficiência de biotinidase. Lembre-se de que a triagem neonatal está em ampliação. Segundo a Lei n.º 14.154 de 2021, o teste do pezinho será ampliado, chegando ao total de 50 doenças rastreadas. ↺15 DecorAristo - Pediatria 6. Infecções congênitas 6.1 Hot topics das infecções congênitas Hot topics das infecções congênitas TO XO PL AS M O SE Tétrade de Sabin: coriorretinite + calcificações intracranianas difusas + micro/hidrocefalia + deficiência intelectual. TOxoplasmose = calcificações em TOdo cérebro. Exames no RN: hemograma, bioquímica, ultrassonografia transfontanela, punção lombar, fundo de olho, sorologia para toxoplasmose (IgM e IgG), PEATE. Tratamento: para os casos confirmados de toxoplasmose congênita e/ou se a toxoplasmose gestacional for comprovada/provável. Uso do esquema SPAF (sulfadiazina + pirimetamina + ácido folínico) por 1 ano. Se a proteinorraquia for maior que 1000 mg/dL ou se houver coriorretinite ativa, devemos associar corticoterapia. Criança tratada: IgG negativo ou queda de titulação após 6 meses do fim do tratamento. Notificação semanal (gestante e RN) RU BÉ O LA Manifestações mais comuns: perda auditiva neurossensorial + catarata + cardiopatia congênita (persistência do canal arterial). Sem tratamento específico Prevenção: vacinação de crianças e mulheres em idade fértil com tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Contraindicada durante a gestação. Notificação compulsória imediata (municipal, estadual e federal) C M V Causa mais frequente de surdez neurossensorial não hereditária na infância. CMV = calcificações cerebrais periVentriculares Tratamento: indicado para casos com comprometimento sistêmico ou do sistema nervoso central. H IV É contraindicado aleitamento materno. TARV para gestante: tenofovir + lamivudina + dolutegravir. ↺16 DecorAristo - Pediatria H IV Cuidados intraparto: Indicações para uso de AZT Gestante com CV desconhecida ou detectável na 34ª semana Parto cesário, eletivo, empelicado, a partir da 38ª semana AZT injetável IV no parto Gestante com CV detectável porém menor que 1.000 cópias/ml na 34ª semana Parto segundo indicação obstétrica; pode ser vaginal AZT injetável IV no parto Gestante com CV Indetectável na 34ª semana Parto segundo indicação obstétrica, preferencialmente vaginal Manter TARV habitual via oral Situações para administração de AZT endovenoso profilático para gestante durante o parto Profilaxia do RN com TARV: Classificação do risco de exposição ao HIV para criança nascida de mãe vivendo com HIV A lto ri sc o Mães sem pré-natal OU Mães sem TARV durante a gestação OU Mães com indicação para profilaxia no momento do parto e que não a receberam OU Mãescom início de TARV após a 2ª metade da gestação OU Mães com infecção aguda pelo HIV durante a gestação, OU Mães com CV-HIV detectável no 3º trimestre, recebendo ou não TARV, OU Mães sem CV-HIV conhecida OU Mães com Teste Rápido (TR) positivo para o HIV no momento do parto (sem diagnóstico e/ou seguimento prévio). Ba ix o ris co Uso de TARV desde a primeira metade de gestação E com carga viral (CV) do HIV indetectável a partir da 28ª semana (3° trimestre) E sem falha na adesão à TARV Recém-nascido de baixo risco: Zidovudina (AZT) por 28 dias. Recém-nascido de alto risco: Em maiores de 37 semanas, zidovudina (AZT), lamivudina (3TC) e raltegravir (RAL) por 28 dias. O raltegravir não pode ser utilizado em menores de 37 semanas, devendo ser substituído pela nevirapina por 14 dias. ↺17 DecorAristo - Pediatria H IV Se a idade gestacional for menor que 34 semanas, deve-se realizar profilaxia apenas com zidovudina por 28 dias, independentemente do risco de exposição ao HIV. Acompanhamento: coletar a carga viral (CV) ao nascimento, 2, 6 e 12 semanas de vida. Não coletar sorologia para HIV antes dos 18 meses. Diagnóstico: Infecção descartada: criança assintomática + 2 CV indetectáveis após fim da profilaxia + anti-HIV negativo após 18 meses de vida. Infecção confirmada: 2 CV > 5.000 cópias/mL. Profilaxia para pneumocistose: todas as crianças expostas ao HIV a partir de 4 semanas de vida. A profilaxia deve ser suspensa apenas quando duas cargas virais vierem negativas após esse período. Caso contrário, deve-se manter até 12 meses de vida, se houver infecção confirmada ou incerta. Notificação compulsória semanal (gestante e RN exposto) SÍ FI LI S Mãe considerada adequadamente tratada: Administração de penicilina benzatina. Início do tratamento até 30 dias antes do parto. Esquema terapêutico conforme o estágio clínico. Respeito ao intervalo recomendado de doses. Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de sífilis congênita se dá: Em RNs filhos de mãe adequadamente tratada: VDRL do RN com dois títulos maiores que o VDRL da mãe (exemplo: RN 1:16 e mãe 1:4) OU se o RN com teste treponêmico reagente apresentar alterações sugestivas no exame físico. Em RNs filhos de mãe inadequadamente tratada: VDRL reagente e/ou alterações no hemograma, radiografia de ossos longos e liquor. Diagnóstico de neurossífilis: VDRL positivo no liquor, celularidade do liquor > 25 cél/mm³ e/ou proteinorraquia > 150 mg/dL. Tratamento: Recém-nascidos de mães inadequadamente tratadas, com todos os exames normais: aplicar penicilina benzatina dose única. Recém-nascidos de mães adequadamente tratadas com alteração do VDRL (2x maior que o materno) e outros exames, OU recém-nascidos de mães inadequadamente tratadas com alteração de exames, porém, em ambos os casos, liquor normal: tratar com penicilina cristalina OU penicilina procaína, por 10 dias. Recém-nascidos com neurossífilis: tratar com penicilina cristalina, por 10 dias. A única situação em que o tratamento não é necessário é a da criança exposta à sífilis (aquela nascida assintomática, cuja mãe foi adequadamente tratada e cujo teste não treponêmico é não reagente ou reagente com titulação menor, igual ou até uma diluição maior que o materno). Notificação compulsória semanal (gestante e RN) Fonte: Aristo. ↺18 DecorAristo - Pediatria 7. Doenças exantemáticas 7.1 Hot topics das doenças exantemáticas Quadro comparativo das doenças exantemáticas Doença/agente Clínica Informações importantes Rubéola Rubivirus Linfonodomegalia cervical posterior, occipital e retroauricular + exantema maculopapular róseo com progressão céfalo-caudal + manchas de Forchheimer Manchas de Forchheimer Fonte: disponível em https://l1nq.com/ejyjT. Notificação obrigatória e imediata. Profilaxia pós-exposição em pacientes com esquema vacinal incompleto em até 72 horas. Lembrando que a rubéola é atualmente considerada uma doença erradicada no Brasil; o Ministério da Saúde (MS) brasileiro recebeu, em 2015, o Certificado de Eliminação da doença da Organização Mundial da Saúde (OMS) Sarampo Morbillivirus Febre e exantema maculopapular + tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite. Lembrar que o exantema é morbiliforme com progressão céfalo-caudal com descamação furfurácea. São sinais patognomônicos as manchas de Koplik Manchas de Koplik Fonte: disponível em https://ury1.com/oInsB. Notificação obrigatória e imediata. Alta transmissibilidade (aerossol). Tratamento: sintomáticos + vitamina A. Complicação bacteriana mais comum: otite média aguda. Principal causa de mortalidade: pneumonia. Profilaxia pós-exposição: vacina de bloqueio em até 72 horas OU imunoglobulina em até 6 dias para crianças < 6 meses, gestantes e imunocomprometidos ↺19 DecorAristo - Pediatria Varicela Vírus varicela-zóster Lesões vesiculares pruriginosas em diferentes estágios de evolução (polimorfismo) + evolução centrífuga Varicela clássica ou catapora Fonte: disponível em https://l1nq.com/h13bc. Notificação compulsória apenas em casos graves internados ou óbito. Transmissão por aerossol. Quando todas as lesões estiverem em crostas, não há mais transmissibilidade. Tratamento sintomático. Aciclovir em casos selecionados. NÃO usar AAS (risco de síndrome de Reye) Principal complicação: infecção secundária das lesões. Profilaxia pós-exposição: vacinação de bloqueio em até 5 dias (apenas em ambiente hospitalar) e imunoglobulina em até 96 horas em casos selecionados Eritema infeccioso Parvovírus B19 Eritema malar (face esbofeteada) + exantema rendilhado Eritema malar Fonte: disponível em https://ury1.com/ZFykJ. O exantema pode recidivar se houver sol, calor, estresse ou atividade física. Complicação: crise aplástica transitória. Tratamento sintomático. Síndrome mão-pé-boca Coxsackie Enterovírus Lesões vesiculares em cavidade oral, mãos e pés (podendo ocorrer em nádegas). Doença mão-pé-boca Fonte: disponível em https://l1nk.dev/8NmvL. A principal complicação é a baixa ingestão devido às lesões orais. Pode acontecer onicomadese e miocardite. Exantema súbito Herpes virus 6 ou 7 Febre alta que desaparece e é seguida subitamente por exantema céfalo-caudal. Principal faixa etária: lactentes. Complicação: crise convulsiva febril. ↺20 DecorAristo - Pediatria Mononucleose infecciosa EBV Adolescente com febre + faringoamigdalite + linfonodomegalia + fadiga. Pode ocorrer hepatoesplenomegalia, e, no hemograma, presença de linfócitos atípicos. Se o paciente usar amoxicilina ou ampicilina, a chance de exantema maculopapular é maior, devido à vasculite imunomediada. Complicação: ruptura esplênica. NÃO usar AAS (risco de síndrome de Reye). Escarlatina S. pyogenes Dor de garganta + febre + exantema em aspecto de lixa + sinal de Filatov + sinal de Pastia + língua em morango. Lingua de morango Fonte: disponível em https://ury1.com/M37Ap. Tratamento em até 9 dias para prevenir febre reumática: penicilina benzatina. Complicações: • Supurativas: otite, mastoidite, sinusite, abscesso faríngeo e meningite. • Não supurativas: febre reumática e glomerulonefrite pós-estreptocócica. Doença de Kawasaki Vasculite Febre por 5 dias ou mais + 4 dos seguintes: exantema + conjuntivite + alterações orais + alterações de extremidades + linfonodomegalia. Tratamento com AAS e imunoglobulina. Principal complicação: aneurisma coronariano. Diagnóstico diferencial com síndrome da resposta inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) – se atentar para covid-19 Síndrome da resposta inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) SARS-CoV-2 Febre por 3 dias ou mais + 2 dos seguintes: exantema/ conjuntivite/alterações orais e extremidades + hipotensão/choque + alterações cardíacas + coagulopatia + sintomas gastrointestinais E Elevação de provas inflamatórias E Ausência de infecção bacteriana E Evidência de covid-19 Tratamento com imunoglobulina e/ou corticoterapia em casos selecionados. Fonte: Aristo. ↺21 DecorAristo- Pediatria 8. Infecção do trato urinário 8.1 Diagnóstico e tratamento Infecção do trato urinário Exame padrão-ouro Urocultura Suspeita de ITU Parcial de urina com leucocitúria, esterase leucocitária, nitrito positivo, hematúria, bacterioscopia positiva. Métodos de coleta Jato médio: método de escolha para crianças com controle de esfíncter. A urocultura é considerada positiva se houver 100.000 UFC/ml ou mais. Saco coletor: não deve ser utilizado para urocultura devido a muitos falso-positivos. Grande valor preditivo negativo. Punção suprapúbica: considerada positiva se identificar qualquer número de bactérias Gram-negativas. Cateterismo vesical: considerada positiva se detectar 50.000 UFC/ml ou mais. Antibioticoterapia EV: ceftriaxona ou gentamicina ou amicacina VO: Sulfametoxazol-trimetoprim ou cefalexina ou amoxicilina-clavulanato Tempo: 10-14 dias Exames complementares para trato urinário Ultrassonografia de rins e vias urinárias: avalia rim, bexiga e ureteres. Detecta hidronefrose, litíase e abscesso renal. Uretrocistografia miccional: avalia presença de refluxo vesicoureteral. Cintilografia DMSA: detecta cicatrizes renais e pielonefrites agudas. Exame estático. Cintilografia DTPA: avalia filtração e excreção renal. Exame dinâmico. Investigação Pela SBP, é indicada a ultrassonografia de vias urinárias para ITU febril em todas as faixas etárias Fonte: Aristo. ↺22 DecorAristo - Pediatria 9. Manejo da diarreia aguda 9.1 Avaliação do estado de hidratação Avaliação do estado de hidratação 2023 Etapas A (sem desidratação) B (com desidratação) C (com desidratação grave) Observe Estado geral¹ Ativo, alerta Irritado, intranquilo Comatoso, hipotônico, letárgico ou inconsciente* Olhos¹ Sem alteração Fundos Fundos Sede¹ Sem sede Sedento, bebe rápido e avidamente Não é capaz de beber* Lágrimas Presentes Ausentes Ausentes Boca/língua Úmidas Secas ou levemente secas Muito secas Explore Sinal da prega abdominal¹ Desaparece imediatamente Desaparece lentamente Desaparece muito lentamente (mais de 2 segundos) Pulso Cheio Cheio Fraco ou ausente* Perda de peso² Sem perda Até 10% Acima de 10% Decida Sem sinais de desidratação Se apresentar dois ou mais sinais: com desidratação Se apresentar dois ou mais sinais, sendo, ao menos um, destacado com asterisco (*): desidratação grave Trate PLANO A PLANO B PLANO C ↺23 DecorAristo - Pediatria 1: variáveis para avaliação do estado de hidratação do paciente que têm maior relação de sensibilidade e especificidade, segundo a Organização Mundial da Saúde. 2: a avaliação da perda de peso é necessária quando o paciente está internado e evolui com diarreia e vômito. OBSERVAÇÃO: caso haja dúvida quanto à classificação (variáveis de desidratação ou de desidratação grave), deve-se estabelecer o plano de tratamento considerado no pior cenário. Fonte: Ministério da Saúde, 2023. 9.2 Planos de reidratação segundo o Ministério da Saúde Plano de reidratação segundo o Ministério da Saúde (atualização de 2023) Plano A Aumentar a ingesta hídrica. A cada evacuação/vômito deve-se oferecer: • < 1 ano: 50-100 ml de líquido. • 1 - 10 anos: 100-200 ml de líquido. • 10 anos: o que aceitar. Zinco: 10 mg/dia até 6 meses e 20 mg/dia > 6 meses por 10-14 dias. Sinais de alarme: vômitos repetidos, recusa dos alimentos, muita sede, piora da diarreia, sangue nas fezes, redução da diurese e irritabilidade/sonolência ou se não houver melhora do quadro em 2 dias Plano B Soro de reidratação oral no serviço de saúde: 50-100 ml/kg em 4 - 6 horas. Não oferecer alimentos. Manter o aleitamento materno Plano C Fase de hidratação rápida ou de expansão (a mais cobrada!) – soro fisiológico ou Ringer lactato. Menores de 1 ano: • 30 ml/kg em 1 hora + 70 ml/kg em 5 horas. Maiores de 1 ano: • 30 mL/kg em 30 minutos + 70 ml/kg em 2h30. Fase de manutenção e reposição em 24 horas. ↺24 DecorAristo - Pediatria Plano C É feita com solução na proporção de 1 parte de SF 0,9% para 4 partes de soro glicosado a 5% (para manutenção), considerando o cálculo de oferta hídrica de acordo com o peso calórico a seguir: • Até 10 kg: 100 ml/kg. • 10 a 20 kg: 1.000 ml + 50 ml para cada kg entre 10 e 20 kg. • > 20 kg: 1.500 ml + 20 ml para cada kg acima de 20 kg. Para cada 100 ml de soro de manutenção, são adicionados 2 ml de KCl 10%. O soro de reposição é calculado como 50 ml/kg/dia e preparado com 1 parte de soro fisiológico para 1 parte de soro glicosado a 5% Fonte: adaptado de Ministério da Saúde, 2023. 10. Síndromes respiratórias 10.1 Vias aéreas superiores Teste seus conhecimentos 1) Quais são as duas principais complicações do resfriado comum? R.: 2) Quais são os principais agentes etiológicos da OMA e da rinossinusite bacteriana? R.: 3) Qual é o sinal mais específico para OMA na otoscopia? R.: Respostas: 1. Otite média aguda e a rinossinusite bacteriana aguda; 2. São o Streptococcus pneumoniae, o Haemophilus influenzae (não tipável, diferente do da vacina, que é o tipo B) e o Moraxella catarrhalis; 3. É o abaulamento da membrana timpânica. ↺25 DecorAristo - Pediatria Avaliação da otoscopia Fonte: The diagnosis and management of acute otitis media. Pediatrics, 2013. Conduta na otite média aguda Idade Otorreia Sinais/sintomas graves* OMA bilateral OMA unilateral 6 meses a 2 anos ATB ATB ATB ATB ou observação ≥ 2 anos ATB ATB ATB ou observação ATB ou observação *Toxemia, otalgia persistente por mais de 48 horas, temperatura ≥ 39 °C nas últimas 48 horas, ou se houver seguimento incerto Legenda: OMA = otite média aguda; ATB = antibioticoterapia. Quais são as indicações de tratamento com antibióticos na otite média aguda? Fonte: Aristo. ↺26 DecorAristo - Pediatria Teste seus conhecimentos 1) Qual é o antibiótico de primeira escolha para OMA e rinossinusite bacteriana? R.: 2) Qual é a principal complicação da OMA? Como conduzir? R.: 3) Qual é a tríade característica do crupe viral (laringite aguda)? Como devemos tratar? R.: Respostas: 1. É a amoxicilina; 2. É uma mastoidite aguda. A conduta é internar, solicitar tomografia de crânio/ mastoide, iniciar antibioticoterapia endovenosa e avaliar a necessidade de timpanocentese; 3. Tosse ladrante + estridor + rouquidão. Mastoidite com abaulamento Fonte: adaptado de B. Welleschik, Wikimedia Commons, 2023. ↺27 DecorAristo - Pediatria Tratamento do crupe viral Classificação Tratamento Modalidade do tratamento LEVE Dexametasona 0,15 a 0,3 mg/kg via oral ou parenteral (dose única) OU prednisona 1 mg/kg OU budesonida inalatório 2 mg Alta hospitalar Tratamento domiciliar MODERADO Nebulização com l-epinefrina 3 mL E Dexametasona 0,3 a 0,6 mg/kg (dose única) OU prednisona OU budesonida inalatório 2 mg Observação por 3 a 4 horas e alta para casa ou admissão hospitalar GRAVE Nebulização com epinefrina 3 mL E Dexametasona 0,6 mg/kg intramuscular ou endovenoso (dose única) Internação em unidade de terapia intensiva Fonte: Aristo. 10.2 Vias aéreas inferiores Taquipneia de acordo com a faixa etária (SBP) Até 2 meses: frequência respiratória (FR) ≥ 60 ipm De 2 a 11 meses: FR ≥ 50 ipm De 1 a 4 anos: FR ≥ 40 ipm Qual é a definição de taquipneia? Fonte: Aristo. ↺28 DecorAristo - Pediatria Teste seus conhecimentos 1) Qual é o principal agente etiológico da bronquiolite viral aguda e qual é o principal fator de risco? R.: 2) Qual é o tratamento da bronquiolite viral aguda? R.: 3) Qual é o principal agente bacteriano da pneumonia adquirida na comunidade no Brasil? R.: 4) Quais são os principais antibióticos indicados na pneumonia bacteriana? R.: Respostas: 1. O principal agente etiológico é o vírus sincicial respiratório (VSR) e o principal fator de risco é a prematuridade; 2. Apenas suporte; 3. É o Streptococcus pneumoniae (pneumococo); 4. • Ambulatorial: amoxicilina VO. Se houver suspeita de pneumonia atípica, administrar azitromicina VO. • Hospitalar: em menores de 2 meses,usamos a penicilina cristalina/ampicilina + cefotaxima/ gentamicina e em maiores de 2 meses, usamos a penicilina cristalina ou ampicilina. 11. Febre reumática 11.1 Diagnóstico de febre reumática O diagnóstico de febre reumática é definido pelos critérios de Jones – lembrando que o Brasil apresenta população de risco moderado a alto para esta doença. O diagnóstico inicial de FR é estabelecido quando o paciente apresenta 2 critérios maiores OU 1 maior e 2 menores, associados à evidência de infecção estreptocócica anterior. ↺29 DecorAristo - Pediatria Critérios de Jones para populações com médio/alto risco de FR Critérios maiores Critérios menores Mono ou poliartrite, ou poliartralgia Febre ≥ 38 °C Cardite clínica/subclínica Monoartralgia Coreia ↑ Intervalo PR Eritema marginado VHS ≥ 30 mm/1ª hora Nódulos subcutâneos PCR ≥ 3 mg/dL Evidência de estreptococcia Cultura, ASLO, outro anticorpo estreptocócico (anti-DNAse B, anti-hialuronidase), teste rápido e/ou história de escarlatina Fonte: Aristo. 11.2 Profilaxia secundária de febre reumática Profilaxia secundária FR FR sem cardite 5 anos após o último episódio ou até os 21 anos FR com cardite sem sequelas 10 anos após o último episódio ou até os 21/25 anos (depende literatura) FR com cardite e sequelas Até os 40 anos ou toda a vida FR com cardite e substituição valvar Po toda a vida Fonte: Adaptado de Tratado de Pediatria, 5.ª edição, 2022. ↺30 DecorAristo - Pediatria 12. Reanimação neonatal 12.1 Fluxograma de reanimação neonatal para RN de 34 semanas ou mais Fluxograma da reanimação neonatal do RN ≥ 34 semanas Anamnese materna Verificar material Briefing da equipe Rever técnica e assegurar ventilação adequada Considerar máscara laríngea ou intubação traqueal Ventilação com cânula traqueal Massagem cardíaca coordenada com ventilação (3:1) e O2 a 100% Considerar cateterismo venoso Ventilação com cânula traqueal Massagem cardíaca coordenada com ventilação (3:1) e O2 a 100% Adrenalina endovenosa Considerar hipovolemia Gestação ≥ 34 semanas? Respirando ou chorando? Tônus em flexão? Clampeamento do cordão > 60 seg. Pele a pele junto à parturiente: manter normotermia Manter vias aéreas pérvias Avaliar vitalidade de modo contínuo Desconforto respiratório ou SatO2 < alvo Monitorar SatO2 pré-ductal Considerar CPAP FC < 100 bpm, apneia ou respiração irregular? FC < 100 bpm? FC < 60 bpm? Até 5 5 - 10 > 10 70 - 80% 80 - 90% 85 - 95% FC < 60 bpm? Fonte de calor radiante Secar corpo e fontanela Posicionar cabeça Aspirar vias aéreas se obstruídas Ventilação com pressão positiva com ar ambiente Iniciar monitorização com oxímetro de pulso e monitor cardíaco MANTER NORMOTERMIA Nascimento 60 segundos (minuto de ouro) SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO Minutos de vida SatO2 alvo pré-ducal Fonte: Reanimação do recém-nascido ≥ 34 semanas em sala de parto. Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. ↺31 DecorAristo - Pediatria 13. Crescimento na infância 13.1 Estimativa de crescimento durante a infância Teste seus conhecimentos 1) Qual é o ganho de peso esperado para o primeiro ano de vida? R.: 2) Qual é o ganho de perímetro cefálico esperado para o primeiro ano de vida? R.: 3) Qual o ganho de estatura esperado para o primeiro ano de vida? R.: Respostas: 1. • 700g/mês no 1.º trimestre. • 600g/mês no 2.º trimestre. • 500g/mês no 3.º trimestre. • 400g/mês no 4.º trimestre. Observação: com 4 - 5 meses, o peso de nascimento dobra. Com 12 meses, o peso de nascimento triplica. 2. • Ao nascimento: média de 35 cm. • 1.° trimestre: aumento de 2 cm/mês. • 2.° trimestre: aumento de 1 cm/mês. • 3.° e 4.° trimestres: aumento de 0,5 cm/mês. 3. • Ao nascimento: média de 50 cm. • No primeiro ano: ganho de 25 cm/ano. • No segundo ano: ganho de 12,5 cm/ano. • Pré-escolar e escolar: 5-7 cm/ano. • Puberdade: • Meninas: 8-10 cm/ano. • Meninos: 10-12 cm/ano. ↺32 DecorAristo - Pediatria 13.2 Análise de gráficos de crescimento Índices antropométricos e sua classificação nas curvas da OMS para crianças (0 a 10 anos) Valores críticos Índices antropométricos Crianças de 0 a 5 anos incompletos Crianças de 5 a 10 anos incompletos Peso para idade Peso para estatura IMC para idade Estatura para idade Peso para idade IMC para idade Estatura para idade < percentil 0,1 < escore Z -3 Muito baixo peso para a idade Magreza acentuada Magreza acentuada Muito baixa estatura para a idade Muito baixo peso para a idade Magreza acentuada Muito baixa estatura para a idade ≥ percentil 0,1 e < percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore Z -2 Baixo peso para a idade Magreza Magreza Baixa estatura para a idade Baixo peso para a idade Magreza Baixa estatura para a idade ≥ percentil 3 e < percentil 15 ≥ escore Z -2 e < escore Z -1 Peso adequado para a idade Eutrofia Eutrofia Estatura adequada para a idade Peso adequado para a idade Eutrofia Estatura adequada para a idade ≥ percentil 15 e ≤ percentil 85 > escore Z -1 e ≤ escore Z +1 > percentil 85 e ≤ percentil 97 > escore Z +1 e ≤ escore Z +2 Risco de sobrepeso Risco de sobrepeso Sobrepeso > percentil 97 e ≤ percentil 99,9 > escore Z +2 e ≤ escore Z +3 Peso elevado para a idade Sobrepeso Sobrepeso Peso elevado para a idade Obesidade > percentil 99,9 > escore Z +3 Obesidade Obesidade Obesidade grave Fonte: Aristo. ↺33 DecorAristo - Pediatria Índices antropométricos e sua classificação nas curvas da OMS para adolescentes (10 a 19 anos) Valores críticos Índices antropométricos IMC para idade Estatura para idade < percentil 0,1 < escore z -3 Magreza acentuada Muito baixa estatura para a idade ≥ percentil 0,1 e < percentil 3 ≥ escore z -3 e < escore z -2 Magreza Baixa estatura para a idade ≥ percentil 3 e < percentil 15 ≥ escore z -2 e < escore z -1 Eutrofia Estatura adequada para a idade ≥ percentil 15 e ≤ percentil 85 > escore z -1 e ≤ escore z +1 > percentil 85 e ≤ percentil 97 > escore z +1 e ≤ escore z +2 Sobrepeso > percentil 97 e ≤ percentil 99,9 > escore z +2 e ≤ escore z +3 Obesidade > percentil 99,9 > escore z +3 Obesidade grave Fonte: Aristo. 14. Desenvolvimento na infância 14.1 Principais marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com o Ministério da Saúde Faixas etárias de marcos do desenvolvimento até 6 meses Marcos Como pesquisar Idade em meses 0 1 2 3 4 5 6 Postura: pernas e braços fletidos, cabeça lateralizada Deite a criança em superfície plana, de costas com a barriga para cima; observe se seus braços e pernas ficam flexionados e sua cabeça lateralizada. Observa um rosto Posicione seu rosto a aproximadamente 30 cm acima do rosto da criança. Observe se a criança olha para você, de forma evidente. Reage ao som Fique atrás da criança e bata palmas ou balance um chocalho a cerca de 30 cm de cada orelha da criança e observe se ela reage ao estímulo sonoro com movimentos nos olhos ou mudança da expressão facial Eleva a cabeça Coloque a criança de bruços (barriga para baixo) e observe se ela levanta a cabeça, desencosta o queixo da superfície, sem virar para um dos lados. ↺34 DecorAristo - Pediatria Sorri quando estimulada Sorria e converse com a criança; não lhe faça cócegas ou toque sua face. Observe se ela responde com um sorriso Abre as mãos Observe se em alguns momentos a criança abre as mãos espontaneamente. Emite sons Observe se a criança emite algum som, que não seja choro. Caso não seja observado pergunte ao acompanhante se faz em casa. Movimenta os membros Observe se a criança movimenta ativamente os membros superiores e inferiores. Responde ativamente ao contato social Fique à frente do bebê e converse com ele. Observe se ele responde com sorriso e emissão de sons como se estivesse “conversando” com você. Pode pedir que a mãe o faça. Segura objetos Ofereça um objeto tocandono dorso da mão ou dedos da criança. Esta deverá abrir as mãos e segurar o objeto pelo menos por alguns segundos. Emite sons, ri alto Fique à frente da criança e converse com ela. Observe se ela emite sons (gugu, eeee, etc), veja se ela ri emitindo sons (gargalhada). Levanta a cabeça e apoia-se nos antebraços, de bruços Coloque a criança de bruços, numa superfície firme. Chame sua atenção a frente com objetos ou seu rosto e observe se ela levanta a cabeça apoiando-se nos antebraços. Busca ativa de objetos Coloque um objeto ao alcance da criança (sobre a mesa ou na palma de sua mão) chamando sua atenção para o mesmo. Observe se ela tenta alcançá-lo. Leva objetos a boca Ofereça um objeto na mão da criança e observe se ela o leva a boca Localiza o som Faça um barulho suave (sino, chocalho, etc.) próximo à orelha da criança e observe se ela vira a cabeça em direção ao objeto que produziu o som. Repita no lado oposto. Muda de posição (rola) Coloque a criança em superfície plana de barriga para cima. Incentive-a a virar para a posição de bruços. Fonte: Ministério da Saúde, 2021. ↺35 DecorAristo - Pediatria Faixas etárias de marcos do desenvolvimento de 6 meses até 18 meses Marcos Como pesquisar Idade em meses 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Brinca de esconde-achou Coloque-se à frente da criança e brinque de aparecer e desaparecer, atrás de um pano ou de outra pessoa. Observe se a criança faz movimentos para procurá-lo quando desaparece, como tentar puxar o pano ou olhar atrás da outra pessoa. Transfere objetos de uma mão para outra Ofereça um objeto para que a criança segure. Observe se ela o transfere de uma mão para outra. Se não fizer, ofereça outro objeto e observe se ela transfere o primeiro para outra mão. Duplica sílabas Observe se a criança fala “papá”, “dadá”,”mamã”. Se não o fizer, pergunte à mãe se o faz em casa. Senta-se sem apoio Coloque a criança numa superfície firme, ofereça-lhe um objeto para que ela segure e observe se ela fica sentada sem o apoio das mãos para equilibrar-se. Imita gestos Faça algum gesto conhecido pela criança, como bater palmas ou dar tchau, e observe se ela o imita. Caso ela não o faça, peça a mãe para estimulá-la. Faz pinça Coloque próximo à criança um objeto pequeno ou uma bolinha de papel. Chame atenção da criança para que ela o pegue. Observe se ao pegá-lo ela usa o movimento de pinça, com qualquer parte do polegar associado ao indicador. Produz “jargão” Observe se a criança produz uma conversação incompreensível consigo mesma, com você ou com a mãe (jargão). Caso não seja possível observar, pergunte se ela o faz em casa. Anda com apoio Observe se a criança consegue dar alguns passos com apoio. Mostra o que quer A criança indica o que quer sem que seja por meio do choro, podendo ser através de palavras ou sons, apontando ou estendendo a mão para alcançar. Considerar a informação do acompanhante. Coloca blocos na caneca Coloque três blocos e a caneca sobre a mesa, em frente à criança. Estimule-a a colocar os blocos dentro da caneca, através de demonstração e fala. Observe se a criança consegue colocar pelo menos um bloco dentro da caneca e soltá-lo. Diz uma palavra Observe se durante o atendimento a criança diz pelo menos uma palavra que não seja nome de membros da família ou de animais de estimação. Considere a informação do acompanhante. Anda sem apoio Observe se a criança já anda bem, com bom equilíbrio, sem se apoiar. Usa colher ou garfo A criança usa colher ou garfo, derramando pouco fora da boca. Considere a informação do acompanhante. Constrói torre de 2 cubos Observe se a criança consegue colocar um cubo sobre o outro sem que ele caia ao retirar sua mão. Fala 3 palavras Observe se durante o atendimento a criança diz três palavras que não sejam nome de membros da família ou de animais de estimação. Considere a informação do acompanhante. Anda para trás Peça à criança para abrir uma porta ou gaveta e observe se ela dá dois passos para trás sem cair. Fonte: Ministério da Saúde, 2021. ↺36 DecorAristo - Pediatria 15. Puberdade 15.1 Desenvolvimento puberal normal Puberdade Meninas Meninos Início 8-13 anos com telarca (M2) Início 9-14 anos com volume testicular 4 mm³ ou mais (mm³ = ml) G2 Velocidade máxima de crescimento no M3 Velocidade máxima de crescimento em G3 - G4 Menarca 2,5 anos após telarca (M3 - M4) Primeira ejaculação G3 quando testículos > 12 mm³ Após a menarca, desacelera o crescimento Fonte: Aristo. ↺37 DecorAristo - Pediatria 15.2 Estadiamento de Tanner Escala de Tanner feminina e escala de Tanner masculina Fonte: adaptado de Desenvolvimento Puberal de Tanner, Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. 16. Suplementação na infância 16.1 Suplementação de ferro elementar • Segundo o Ministério da Saúde Em 2022, o Ministério da Saúde publicou o Caderno dos Programas Nacionais de Suplementação de Micronutrientes, que contém o Programa Nacional de Suplementação de Ferro. É recomendada a suplementação profilática para todas as crianças de 6 a 24 meses. Propõe-se 2 ciclos de suplementação com duração de 3 meses cada, com intervalo de 3 meses entre eles. Em relação às doses, o documento cita que crianças de 6 a 24 meses devem receber de 10 a 12,5 mg de ferro elementar (não explicita se essa seria a dose diária). ↺38 DecorAristo - Pediatria Suplementação de ferro elementar segundo o Ministério da Saúde Fonte: Ministério da Saúde, 2022. Idade da criança: 6 meses Idade da criança: 12 meses 3 meses de sulfato ferroso diariamente 3 meses de sulfato ferroso diariamente Pausa na administração 3 meses Idade da criança: 9 meses Ciclo de suplementação I Ciclo de suplementação II Fim do ciclo de suplementação Crianças em aleitamento materno e/ou uso de fórmula infantil devem receber a suplementação a partir do 6º mês de vida. Crianças que não recebem aleitamento materno exclusivo e recebem leite de vaca devem receber a suplementação a partir do 4.º mês de vida, com o início da alimentação complementar. Crianças pré-termo que nasceram com menos de 2.500 g devem seguir o esquema da Sociedade Brasileira de Pediatria. • Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria • Lactente sem fator de risco: RN a termo, peso adequado para a idade gestacional, em aleitamento materno exclusivo até o 6.º mês de vida = 1 mg/kg/dia de ferro elementar iniciando aos 6 meses de vida até os 24 meses. • Se houver fatores de risco, siga a tabela abaixo. Os fatores de risco são: • Baixa reserva materna: inclui gestações múltiplas com intervalos reduzidos entre elas, dieta materna deficiente em ferro, perdas sanguíneas, falta de suplementação de ferro durante a gravidez e lactação. • Aumento da demanda metabólica: abrange prematuridade e baixo peso ao nascer (< 2.500 g), lactentes em crescimento acelerado (taxa de crescimento > p90), meninas com perdas menstruais significativas e atletas competitivos. • Diminuição do fornecimento: envolve clampeamento do cordão umbilical antes de um minuto após o nascimento; aleitamento materno exclusivo prolongado (mais de seis meses); introdução de alimentos complementares com baixo teor de ferro ou de biodisponibilidade reduzida; consumo de leite de vaca antes de um ano; uso de fórmula infantil com ferro de baixa absorção; dietas vegetarianas sem orientação médica/nutricional; falta de adesão ou ausência da suplementação profilática com ferro medicamentoso, quando recomendada. ↺39 DecorAristo - Pediatria • Perda sanguínea: traumática ou cirúrgica, hemorragia gastrointestinal, hemorragia ginecológica, hemorragia urológica, hemorragia pulmonar, distúrbios sanguíneos, malária. • Má absorção do ferro: abrange síndromes de má-absorção (como doença celíaca e doença inflamatória intestinal), gastrite atrófica, cirurgia gástrica (como bariátrica ou ressecção gástrica) e diminuição da acidez gástrica (causada por antiácidos, bloqueadores H2 e inibidores da bombade prótons). Recomendações para lactentes com fatores de risco Situação Recomendação Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, em aleitamento materno exclusivo até o 6.º mês 1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando aos 90 dias de vida até o 24.º mês de vida Recém-nascidos a termo, peso adequado para a idade gestacional, independentemente do tipo de alimentação 1 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando aos 90 dias de vida até o 24.º mês de vida Recém-nascidos a termo com peso inferior a 2.500 g 2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano Recém-nascidos prematuros com peso superior a 1.500 g 2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano Recém-nascidos prematuros com peso entre 1.500 e 1.000 g 3 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano Recém-nascidos prematuros com peso inferior a 1.000 g 4 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando com 30 dias de vida, durante um ano. Após este prazo, 1 mg/kg/dia mais um ano Recém-nascidos prematuros que receberam mais de 100 mL de concentrado de hemácias durante a internação Devem ser avaliados individualmente, pois podem não necessitar de suplementação de ferro com 30 dias de vida, mas sim posteriormente Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. ↺40 DecorAristo - Pediatria 16.2 Suplementação de vitamina D Atualmente, está indicada universalmente, iniciando na primeira semana de vida na dose de 400 UI/dia até 1 ano, e depois na dose de 600 UI/dia até 2 anos. 17. Parasitoses intestinais 17.1 Principais parasitoses intestinais Parasitoses intestinais Agente Transmissão Particularidades Tratamento Entamoeba histolytica (protozoário) Ingestão de cistos Disenteria e megacólon tóxico. Sintoma extraintestinal mais comum: abscesso hepático Metronidazol ou tinidazol ou secnidazol Giardia duodenalis/ lamblia/intestinalis (protozoário) Ingestão de cistos Pode acontecer em surtos ou como diarreia dos viajantes. Pode produzir síndrome disabsortiva e intolerância secundária à lactose Albendazol por 5 dias ou metronidazol ou tinidazol ou secnidazol Ascaris lumbricoides Ingestão de ovos Causa comum de obstrução intestinal abaixo dos 5 anos Albendazol dose única. Mebendazol dose única Ivermectina Ancylostoma duodenale e Necator americanus Penetração de larvas pela pele (solo) Prurido e traçado no local da penetração. Conhecida como “amarelão”, pela palidez causada pela anemia crônica Albendazol dose única. Mebendazol por 3 dias Strongyloides stercoralis Penetração de larvas na pele Endêmico em área rural. Em imunossuprimidos pode fazer hiperinfecção e translocação bacteriana Ivermectina. Albendazol Enterobius vermicularis Ingestão de ovos Prurido anal. Alta transmissibilidade. Diagnóstico com fita gomada Albendazol Mebendazol Pamoato de pirvínio Ivermectina ↺41 DecorAristo - Pediatria Trichuris Trichiura Ingestão de ovos A complicação mais comum é o prolapso retal Mebendazol Albendazol Ivermectina Toxocara canis Ingestão de ovos ou carne com larvas. Crianças em contato com areia com fezes de cães e gatos Larva migrans visceral e ocular. Eosinofilia intensa Albendazol Mebendazol Teníase Ingestão de carne com larvas Sintomas GI Mebendazol, albendazol ou praziquantel Cisticercose (Taenia solium) Ingestão de ovos Neurocisticercose: lesões múltiplas com calcificação causando epilepsia Albendazol ou praziquantel + corticoide + anticonvulsivantes, se necessário Esquistossomose Penetração de larvas na pele (água) Hipertensão portal + esplenomegalia Praziquantel Antiparasitários de amplo espectro: nitazoxanida abrange ascaridíase, ancilostomíase, estrongiloidíase, enterobíase, tricuríase, teníase, giardíase e amebíase. O albendazol por 5 dias possui a mesma eficácia que a nitazoxanida, exceto no tratamento da amebíase. Fonte: Aristo. 18. Aleitamento materno 18.1 Contraindicações • A infecção materna pelo HIV, HTLV-1 ou HTLV-2 é contraindicação absoluta. • Doença de Chagas aguda ou com lesão mamilar sangrante, presença de vesículas herpéticas (somente na mama acometida) e câncer de mama tratado ou em tratamento também são contraindicações. • A psicose puerperal grave também é considerada uma contraindicação absoluta ao aleitamento, porém, alguns autores consideram a possibilidade da amamentação “vigiada”. • Lactentes com galactosemia não devem receber leite materno. Essa é a principal doença do recém-nascido que contraindica o aleitamento materno. ↺42 DecorAristo - Pediatria • Medicações incompatíveis com o aleitamento: amiodarona, quimioterápicos de forma geral, ciclofosfamida, tamoxifeno, linezolida, ganciclovir e TODAS as drogas de vício e abuso de uso crônico. • A amamentação deve ser interrompida por 10 dias em caso de lactantes imunizadas contra febre amarela. 18.2 Diferenças entre leite humano e leite de vaca Diferença entre leite humano e leite de vaca Componentes Leite de vaca Leite humano Proteínas Mais proteínas (caseína e betalactoglobulina) Menos proteínas (alfa-lactoalbumina) = menos alergênico, menor sobrecarga renal e melhor digestão Gorduras Mesma quantidade de gordura. Tem ácidos graxos essenciais Carboidratos Mais carboidrato (lactose) Eletrólitos Sobrecarga de eletrólitos. Contém menos eletrólitos, porém o cálcio é melhor absorvido Vitaminas e minerais Menos vitamina A, D, E e C Apresenta a mesma quantidade de ferro, porém com maior biodisponibilidade Fatores protetores IgA secretória, fator bífido e lactoferrina Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. Colostro x leite maduro O colostro é liberado entre o 3-6.º dia do aleitamento e tem mais proteínas (imunoglobulinas) e vitamina A. O leite maduro é rico em calorias, carboidratos e gorduras. O leite anterior é semelhante ao colostro e o leite posterior é semelhante ao leite maduro. Leite de mães de prematuros Contém mais gordura e proteínas, sendo mais calórico, além de conter maiores quantidades de IgA e lactoferrina, vitaminas A e E, eletrólitos (com exceção do potássio), mas menos lactose. ↺43 DecorAristo - Pediatria Armazenamento Pode ser ordenhado de forma manual ou mecânica e deve ser armazenado em frasco de vidro com tampa plástica com a data da ordenha. Ele pode ser guardado por até 12 horas refrigerado (geladeira) e até 15 dias congelado. Para descongelar, o leite deve ser colocado em banho-maria, com o fogo desligado, evitando que o leite entre em fervura. 19. Imunizações 19.1 Hot topics das vacinas Vacinas vivas (atenuadas): BCG, rotavírus (VORH), poliomielite oral (VOP), febre amarela, tríplice viral, tetra viral, varicela e dengue. Vacinar Faz Bem SemPRe Varicela Febre amarela BCG Sarampo, caxumba e rubéola Pólio (VOP) Rotavírus Vacinas vivas são contraindicadas em: imunossuprimidos, portadores de neoplasias malignas, gestantes (sendo a febre amarela uma contraindicação relativa), até 30 dias antes da concepção em mulheres em menacme, e em casos de uso de corticoide por pelo menos 14 dias, equivalente a 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia. Contraindicação absoluta de vacinação: anafilaxia imediata a qualquer componente da fórmula. Regras: • Não aplicar a vacina da febre amarela no mesmo dia que a tríplice viral ou tetra viral. • Se houver atraso nas doses de reforço não precisa recomeçar o esquema. ↺44 DecorAristo - Pediatria 19.2 Particularidades das vacinas Vacinas e suas particularidades Vacina Particularidades BCG Evolução natural da cicatriz: 3-4 semanas: nódulo local. 4-5 semanas: pústula. Úlcera 4-10 m de diâmetro. 6-12 semanas: crosta. Observação: se não ficar cicatriz, não é necessário revacinar. Reação comum: linfonodomegalia regional, com tamanho menor que 3 cm, móvel, indolor, sem sinais flogísticose sem sintomas sistêmicos. Geralmente se resolve espontaneamente. Se o tamanho for maior que 3 cm e não houver supuração, é recomendado notificar como evento adverso e acompanhar. Eventos adversos (notificação obrigatória e indicação de isoniazida): Linfonodo > 3 cm não supurado. Abscesso frio. Úlcera > 1 cm por 12 semanas. Linfonodomegalia supurada. Abscesso quente: é tratado da mesma forma que a infecção de pele. RNs de mães bacilíferas: inicialmente, a vacinação com BCG não é recomendada. É indicado administrar isoniazida ou rifampicina por 3 meses e realizar o teste do PPD. Se o resultado for 5 mm ou mais, a vacinação com BCG não deve ser realizada, e a administração de isoniazida por 3 meses ou rifampicina por 1 mês deve ser mantida. Se o resultado for menor que 5 mm, a medicação deve ser suspensa e a vacina pode ser administrada. VOP Pode causar poliomielite vacinal em imunossuprimidos. Se ocorrer cuspe, regurgitação ou vômito da gota da vacina, não é necessário realizar uma revacinação. Está contraindicada em imunossuprimidos, em pessoas em contato com imunossuprimidos e em hospitalizados. Novidade para 2024: o PNI só utilizará a VIP em 4 doses (2, 4, 6 e 15 meses). A VOP não será mais utilizada. ↺45 DecorAristo - Pediatria VORH (rotavírus) Primeira dose até 3 meses e 15 dias de vida e segunda dose até 7 meses e 29 dias de vida. Após esse período, não devemos aplicar, uma vez que aumenta o risco de intussuscepção intestinal. Se ocorrer cuspe, regurgitação ou vômito da gota da vacina, não é necessário realizar uma revacinação. Pneumo-23 Disponível no SUS para crianças com mais de 2 anos que possuam comorbidades. São administradas duas doses, com um intervalo de 5 anos entre elas. Disponível em dose única pelo PNI para crianças indígenas com idade inferior a 5 anos que não tenham recebido doses prévias da vacina pneumocócica 10-valente. Difteria, tétano e pertussis DTP: até 7 anos incompletos. DTPa: tríplice acelular infantil. DT: dupla infantil. dT: dupla adulto. dTpa: para gestantes (tríplice acelular do adulto). Episódio hipotônico-hiporresponsivo ou convulsão: aplicar DTPa nas doses subsequentes. Encefalite: aplicar DT nas doses seguintes. HPV Quadrivalente. Para imunossuprimidos entre 9-45 anos são 3 doses (0, 2 e 6 meses). Influenza Crianças com idade inferior a 9 anos, que estejam sendo vacinadas pela primeira vez, devem receber duas doses, com um intervalo de 30 dias entre elas Fonte: Aristo. ↺46 DecorAristo - Pediatria 20. Calendário vacinal 20.1 Covid-19 Vacinas contra o coronavírus aprovadas para uso no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) Fabricante Mecanismo Faixa etária Fiocruz/Oxford/ AstraZeneca Vetor viral que expressa a proteína S A partir de 18 anos Butantan/Sinovac Vírus inteiro inativado A partir de 3 anos Pfizer/BioNTech (Comirnaty) RNAm que codifica a proteína S A partir de 6 meses Pfizer Comirnaty Bivalente RNAm que codifica a proteína S A partir de 12 anos Janssen/Johnson & Johnson vetor viral que expressa a proteína S A partir de 18 anos Fonte: Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), 2023. 20.2 Programa Nacional de Imunização 2022 Programa Nacional de Imunizações 2022 Idade Vacinas recomendadas pelo PNI Ao nascer Hepatite B + BCG 2 meses Penta + rotavírus + VIP + pneumo 3 meses Meningo C 4 meses Penta + rotavírus + VIP + pneumo 5 meses Meningo C 6 meses Penta + VIP ↺47 DecorAristo - Pediatria 9 meses Febre amarela 12 meses Tríplice viral + pneumo + meningo C 15 meses Tetra viral + hepatite A + DTP + VOP 4 anos DTP + VOP + varicela + febre amarela 9-14 anos HPV (2 doses) 11-12 anos Meningo ACWY Fonte: Aristo. 21. Hipertensão arterial 21.1 Diagnóstico Classificação da PA de acordo com o percentil Crianças de 1 a 13 anos Crianças com idade ≥ 13 anos Normotensão: PA < p90 para sexo, idade e altura Normotensão: PA < 120/< 80 mmHg Pressão arterial elevada: PA ≥ p90 e < p95 para sexo, idade e altura ou PA 120/80 mmHg, mas < p95 (o que for menor) Pressão arterial elevada: PA 120/< 80 mmHg a PA 129/< 80 mmHg Hipertensão estágio 1: PA ≥ p95 para sexo, idade e altura até < p95 + 12 mmHg ou PA entre 130/80, ou até 139/89 (o que for menor) Hipertensão estágio 1: PA 130/80 ou até 139/89 Hipertensão estágio 2: PA ≥ p95 + 12 mmHg para sexo, idade ou altura, ou PA ≥ entre 140/90 (o que for menor) Hipertensão estágio 2: PA ≥ entre 140/90 Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. ↺48 DecorAristo - Pediatria 22. Emergências pediátricas 22.1 Sequência de drogas na crise convulsiva 1. Estabilização + acesso venoso + monitorização. 2. Benzodiazepínicos: a. Diazepam 0,2-0,5 mg/kg/dose EV ou via retal (nunca IM). b. Midazolam 0,2 mg/kg/dose IM ou nasal. 3. Fenitoína 20 mg/kg, em seguida 10 mg/kg. Também podem ser utilizados o fenobarbital, o ácido valproico ou o levetiracetam. 4. Fenobarbital 20 mg/kg, em seguida 5-10 mg/kg. 5. UTI: midazolam contínuo, propofol, quetamina e tiopental. 22.2 Anafilaxia Fonte: Aristo. A anafilaxia é considerada altamente provável quando qualquer um dos dois critérios a seguir é preenchido: 1 - Início agudo de uma doença (minutos a horas) com envolvimento de pele, mucosas, ou ambos (por exemplo, urticária generalizada, prurido ou rubor, edema de lábios, língua e úvula) E PELO MENOS UM DOS SEGUINTES: Comprometimento respiratório (por exemplo, dispneia, sibilos, broncoespasmo, estridor, PFE (pico de fluxo expiratório) reduzido, hipoxemia) Pressão arterial reduzida ou sintomas associados de disfunção de órgãos-alvo (por exemplo, hipotonia, síncope, incontinência) Sintomas gastrointestinais graves (por exemplo, dor abdominal em cólica intensa, vômitos repetitivos), especialmente após exposição a alérgenos não alimentares A B C OU OU 2 - Início agudo de hipotensão, broncoespasmo ou envolvimento laríngeo após exposição a um alérgeno conhecido, ou altamente provável, para esse paciente (minutos a várias horas), mesmo na ausência de envolvimento da pele. Crianças: hipotensão sistólica para a idade ou decréscimo de 30% da pressão sistólica Adultos: pressão sistólica (PAS) < 90 mmHg ou decréscimo de 30% da pressão sistólica Broncoespasmo Envolvimento laríngeo A hipotensão é definida como redução de 3% em relação à pressão sistólica basal do indivíduo OU: Crianças menores de 10 anos: 70 + 2 x idade em anos Adultos PAS < 90 mmHg ↺49 DecorAristo - Pediatria Tratamento: 1. Adrenalina intramuscular na face anterolateral da coxa: 0,01 mg/kg (dose máxima: 0,3 mg até 12 anos e 0,5 mg no adulto). Repetir em 5-15 minutos, se necessário. 2. Decúbito dorsal com membros inferiores elevados. 3. Manter euvolemia, oxigenioterapia e monitorização. 4. Segunda linha: beta-agonistas (caso haja sibilância), corticoides e anti-histamínicos. 5. Observação clínica. 23. Parada cardiorrespiratória 23.1 Causas Causas reversíveis de PCR em Pediatria Hs Ts Hipovolemia Tensão do tórax por pneumotórax Hipóxia Tamponamento (cardíaco) Hidrogênio (acidemia) Toxinas Hipoglicemia Trombose pulmonar Hipo/hipercalemia Trombose coronária Hipotermia Fonte: Aristo. ↺50 DecorAristo - Pediatria 23.2 Ritmos cardíacos em emergência Ritmos cardíacos de emergência Assistolia Taquicardia ventricular monomórfica (SEM PULSO = CHOCÁVEL) Fibrilação ventricular (CHOCÁVEL) Torsades de pointes Taquicardia supraventricular Fonte: Aristo. ↺51 DecorAristo - Pediatria Referências: 1. ALMEIDA, M. F. B.; GUINSBURG, R.; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP; Conselho Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥ 34 semanas em sala de parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2022. Disponível em: <https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2>. 2. AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS; AMERICAN HEART ASSOCIATION. Suporte Avançado de Vida em Pediatria.2021. 3. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. 2019. ↺52 DecorAristo - Pediatria 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo do paciente com diarreia. 2023. Disponível em: <www.gov.br>. 5. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para Prevenção da Transmissão Vertical de HIV, Sífilis e Hepatites Virais. Brasília, 2022. 6. BRASIL. Ministério da Saúde. Triagem neonatal biológica - manual técnico. 2016. 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno dos Programas Nacionais de Suplementação de Micronutrientes. 2022. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_programas_nacionais_ suplementacao_micronutrientes.pdf>. 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Caderneta da Criança. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/caderneta_crianca_menino_2ed.pdf>. Acesso em: fevereiro de 2023. 9. KLIEGMAN; et al. Nelson Textbook of Pediatrics. 21.ª edição, 2020. 10. MARCDANTE; et al. Nelson Essentials of Pediatrics. 9.ª edição, 2023. 11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Hiperbilirrubinemia indireta no período neonatal. Setembro de 2021. 12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Toxoplasmose congênita. Julho de 2020. 13. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Tratado de pediatria. 5ª edição, 2021. 14. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Neonatologia. Uso de medicamentos e outras substâncias pela mulher durante a amamentação. 2017. 15. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento Científico de Pneumologia. Abordagem Diagnóstica e Terapêutica das Pneumonias Adquiridas na Comunidade Não Complicadas. 2022. 16. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamentos Científicos de Nutrologia e Hematologia. Consenso sobre Anemia Ferropriva - Atualização: Destaques 2021. 2021. 17. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Doenças Maternas Infecciosas e Amamentação - Atualização. 2022. 18. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Guia prático de aleitamento materno. 2020. 19. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Sistematização do atendimento ao recém-nascido com suspeita ou diagnóstico de cardiopatia congênita. 2022. 20. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Uso de medicamentos e outras substâncias pela mulher durante a amamentação. 2017. 21. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA - Departamento Científico de Neonatologia. Síndrome inflamatória multissistêmica em crianças e adolescentes provavelmente associada à COVID-19: uma apresentação aguda, grave e potencialmente fatal. 2020. 22. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Anafilaxia: atualização de 2021. Guia Prático de Atualização. 2021. 23. THE INTERNATIONAL LEAGUE AGAINST EPILEPSY (ILAE). Summary of recommendations for the management of infantile seizures: Task Force Report for the ILAE Commission of Pediatrics. 2015. 24. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Child Growth Standards. Disponível em: < https://www.who.int/ tools/child-growth-standards/standards. Acesso em: fevereiro de 2023>. http://www.gov.br Sumário 1. Cirurgia pediátrica 1.1 Condições cirúrgicas comuns na infância 1.2 Tratamento das hérnias pediátricas 2. Oncologia pediátrica 2.1 Principal neoplasia pediátrica 2.2 Principais tumores de órgãos sólidos na infância e os seus quadros clínicos 3. Neonatologia 3.1 Classificação do recém-nascido 3.2 Síndromes respiratórias neonatais 4. Icterícia neonatal 4.1 Zonas de Kramer 4.2 Doença hemolítica do recém-nascido 5. Triagem neonatal 5.1 Resumo das triagens neonatais 5.2 Patologias triadas no teste do pezinho 6. Infecções congênitas 6.1 Hot topics das infecções congênitas 7. Doenças exantemáticas 7.1 Hot topics das doenças exantemáticas 8. Infecção do trato urinário 8.1 Diagnóstico e tratamento 9. Manejo da diarreia aguda 9.1 Avaliação do estado de hidratação 9.2 Planos de reidratação segundo o Ministério da Saúde 10. Síndromes respiratórias 10.1 Vias aéreas superiores 10.2 Vias aéreas inferiores 11. Febre reumática 11.1 Diagnóstico de febre reumática 11.2 Profilaxia secundária de febre reumática 12. Reanimação neonatal 12.1 Fluxograma de reanimação neonatal para RN de 34 semanas ou mais 13. Crescimento na infância 13.1 Estimativa de crescimento durante a infância 13.2 Análise de gráficos de crescimento 14. Desenvolvimento na infância 14.1 Principais marcos de desenvolvimento neuropsicomotor de acordo com o Ministério da Saúde 15. Puberdade 15.1 Desenvolvimento puberal normal 16. Suplementação na infância 16.1 Suplementação de ferro elementar 16.2 Suplementação de vitamina D 17. Parasitoses intestinais 17.1 Principais parasitoses intestinais 18. Aleitamento materno 18.1 Contraindicações 18.2 Diferenças entre leite humano e leite de vaca 19. Imunizações 19.1 Hot topics das vacinas 19.2 Particularidades das vacinas 20. Calendário vacinal 20.1 Covid-19 20.2 Programa Nacional de Imunização 2022 21. Hipertensão arterial 21.1 Diagnóstico 22. Emergências pediátricas 22.1 Sequência de drogas na crise convulsiva 22.2 Anafilaxia 23. Parada cardiorrespiratória 23.1 Causas 23.2 Ritmos cardíacos em emergência Campo de texto 97: Campo de texto 99: Campo de texto 98: Campo de texto 96: Campo de texto 101:
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