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Psicologia Jurídica

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Prof.ª Simone Dias S. Doscher da Fonseca
Aula 2 - Bloco 1/2 
Simone Doscher 
simone.dias@institutoprocessus.com
Dúvidas ao professor SEI
Fórum SEI
Cronograma 
de aulas
1º Bimestre
Nossa Agenda
■ Senso comum X Conhecimento científico
■ Psicologia jurídica - Conceitos 
■ Histórico da Psicologia Jurídica no mundo
■ Como surgiu e se desenvolveu a Psicologia Jurídica no Brasil
Referências da aula
Textos disponíveis no SEI
BOCK, A. M. et al. Capítulo 1 - A psicologia ou as psicologias 
in Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: 
Saraiva, 2012. (pp 15-30).
ROVINSKI, Sonia Liane Reichert et al. Um breve histórico da psicologia 
jurídica no Brasil e seus campos de atuação in Estudos de Psicologia. 
Campinas, 26(4) (pp 483-491) outubro - dezembro 2009.
Você tem um 
compromisso 
com a disciplina 
de Psicologia 
jurídica!!!!
Não se esqueça 
de fazer as 
Pesquisas 
Acadêmicas!!!!
Senso comum é a maneira como cada pessoa pensa 
sobre as coisas a sua volta. 
É desenvolvido a partir da experiência individual ou dos 
saberes transmitidos pelas pessoas pertencentes ao 
mesmo âmbito social e cultural. 
O senso comum proporciona um saber que é eficaz para 
o indivíduo na maioria das situações do dia a dia.  
Ciência
é um conjunto de conhecimentos sistematicamente 
obtidos de um elemento específico da realidade 
utilizando uma linguagem precisa, buscando verificar sua 
validade para que possa ser reproduzido nas mesmas 
condições em outros momentos.
https://www.diferenca.com/conhecimento-empirico-cientifico-filosofico-e-teologico/
Nos vemos 
no próximo 
bloco!
Prof.ª Simone Dias S. Doscher da Fonseca
Aula 2 - Bloco 2/2 
Mas afinal, o que é a 
Psicologia Jurídica?
Estudo do comportamento juridicamente relevante de pessoas e 
grupos em um ambiente regulado pelo Direito. 
Estudo do nascimento, da evolução e da modificação da regulação 
jurídica, de acordo com os interesses dessas pessoas e grupos sociais. 
Essas definições, mesmo que aparentemente abrangentes de todas 
as possibilidades no âmbito da interseção entre direito e psicologia, 
são incompletas se pensarmos na psicologia jurídica em três 
dimensões: a psicologia do direito, a psicologia no direito e a 
psicologia para o direito.
A Psicologia DO direito tem por objetivo explicar a essência do 
fenômeno jurídico, ou seja, a fundamentação psicológica do direito, 
uma vez que este está repleto de conteúdos psicológicos. 
Freud (1930) no texto  "Mal-estar na civilização" preconiza que para 
viver em sociedade, os seres humanos necessitam limitar os seus 
desejos infinitos, daí a necessidade de surgimento do Estado e do 
Direito. 
Muñoz Sabaté, 1980 in Trindade 2012.
A Psicologia NO direito estuda a estrutura das normas jurídicas como 
estímulos vetores das condutas humanas. A presença da Psicologia antes do 
surgimento da norma, durante a vigência da norma e por ocasião de sua 
modificação ou exclusão do ordenamento jurídico. 
O Estatuto da Pessoa com Deficiência nasceu em decorrência de uma 
Convenção internacional que modificou a própria concepção de deficiência que 
antes concebida pelo viés médico: o problema estava na pessoa. Com o 
Estatuto, a deficiência passou a ser vista pelo viés social, no sentido de que é o 
Estado que deve adequar o ambiente para que a pessoa com deficiência possa 
ser incluída e ter uma vida digna como todos os cidadãos. 
Muñoz Sabaté, 1980 in Trindade 2012.
A Psicologia PARA o direito configura o papel da psicologia como 
ciência auxiliar ao direito, ao lado da medicina legal, da 
antropologia, da sociologia da economia (Trindade, 2007), dentre 
outras que são criadas e que a estas se acrescentam no contexto da 
complexa sociedade contemporânea. Aqui temos a perícia que 
fornece parecer psicológico sobre o estado mental de uma pessoa 
que tenha cometido algum ilícito penal, por exemplo.
Muñoz Sabaté, 1980 in Trindade 2012.
A presença do psicólogo se faz fundamental no ato da justiça, 
ainda que não presente por completo em todo âmbito 
jurídico.
A psicologia tem como meta a compreensão do 
comportamento humano. Já o direito é o conjunto de regras 
que buscam regular esse comportamento, prescrevendo 
condutas e formas de soluções de conflitos, de acordo com os 
quais deve sustentar-se o contrato social em que se estabelece 
a vida em sociedade.
Interdependência - finalidade última: justiça.
Uma breve 
viagem pela 
história da  
psicologia 
jurídica
História da  psicologia jurídica
Os primórdios da psicologia jurídica se alicerçam na Idade Antiga, tal como ocorre com a 
psicologia geral.
Foi Hipócrates, considerado o Pai da Medicina – 460 a 370 a.C. – que estabeleceu a 
primeira classificação nosológica (classificação de doenças na medicina) das chamadas 
doenças mentais. 
Ele detalhou o quadro clínico que definiu como melancolia,  afirmando que a 
responsável pelo transtorno era a bílis negra. 
Descreveu, ainda, quadros como o de delírio, as psicoses puerperais, as fobias e a histeria, 
entre outras.  
Os transtornos mentais são reconhecidos pela psiquiatria e pela psicologia jurídica, e 
podem ser utilizados como diagnóstico para aferir a inimputabilidade de uma pessoa 
que comete um crime.
Na Idade Média, com a ascensão do cristianismo, 
as doenças mentais passam a ser atreladas a 
fatores sobrenaturais: decorriam de uma espécie 
de ordem divina, quando “loucos mansos” ou no 
caso das bruxas e dos loucos incontroláveis 
(frutos das artimanhas do demônio).
A “contenção” dessa segunda espécie de 
“loucos” era feita ora pela igreja – com 
justificativa na “santa inquisição”, ora pela ordem 
aristocrática, sob o fundamento da manutenção 
da ordem pública e da justiça real. 
Tal fundamento legitimava o encarceramento 
em prisões, juntamente com os chamados 
“presos comuns”. 
Na Idade Moderna, a ciência se instalou e, com ela, as 
influências biológicas na determinação dos modelos de 
comportamento humano. 
Surge a relação entre psicologia jurídica e psiquiatria, sendo 
assim, a fonte da fundamentação biológica da psicologia 
para o direito.
A psiquiatria surgiu em 1793, com o médico francês Philippe 
Pinel, e inspirou, principalmente, a psicologia clínica e a 
psicopatologia, pelo fato de lidarem com o mesmo objeto: as 
doenças mentais. 
Muitas teorias psicológicas interessadas em explicar as 
doenças mentais basearam-se em conceitos próprios da 
psiquiatria, sobretudo porque a psiquiatria, como disciplina 
da medicina, surgiu muito antes da psicologia. 
Também a antropologia criminal, do médico italiano Cesare 
Lombroso defendia que a criminalidade era um fenômeno 
hereditário: seria possível identificar um indivíduo criminoso 
pelas suas características físicas. 
Teorizou uma verdadeira "estética do mal", sustentando que a 
fisionomia do sujeito poderia indicar a sua "tendência delitiva".
1814 - publicada a primeira matéria sobre medicina legal.
1835 - promulgada a Lei de 4 de julho, segundo a qual os menores de 14 
anos e os alienados – nomenclatura utilizada para se referir aos doentes 
mentais graves na época – tornavam-se inimputáveis. 
Manicômios judiciários - para o tratamento de “doentes mentais criminosos”, 
surgiram no início do século XX - tratamento médico-psiquiátrico e não 
psicológico. 
1945 - surgiu a primeira obra relacionando psicologia e justiça. 
Século XX - Primeiro Manual de Psicologia Jurídica, de Myra y Lopes, foi 
lançado, servindo de fonte de estudo da psicologia até os dias de hoje. 
A Psicologia no Brasil, como ciência e profissão, é muito recente, 
teve seu nascimento no século XX, mais precisamente, com a promulgação da Lei 
no 4.119 em 27 de agosto de 1962. Segundo esta mesma Lei: “Art. 13 § 2o- é da 
competência do Psicólogo a colaboração em assuntos psicológicos ligados a outras 
ciências” (BRASIL, 1999, p.16).
Portanto, explica-se a ligação da Psicologia com o Direito, que foi designada através 
da Res n° 014/ 00 do Conselho Federal de  Psicologia (CFP) ao instituiro título 
profissional de especialista em Psicologia Jurídica e a delimitação das atividades 
descritas como relativas a essa especialidade.
A primeira demanda que a Justiça fez à 
Psicologia ocorreu no campo da Psicopatologia. 
O diagnóstico psicológico servia para melhor classificar e controlar os 
indivíduos. 
Os psicólogos eram chamados a fornecer um parecer técnico, em que, através 
do uso de instrumentos e técnicas de avaliação psicológica, emitiam um laudo 
informando à instituição judiciária, um parecer do sujeito diagnosticado.
A contribuição do psicólogo se restringia à coleta de dados objetivos sobre o 
periciado, com os testes de QI – psicometria do coeficiente de inteligência, 
acerca da averiguação da idade mental e o exame de personalidade. 
✔ Com inserção de forma gradual e lenta, os primeiros trabalhos ocorreram na 
área criminal, sobretudo com estudos acerca de adultos criminosos e 
adolescentes infratores da lei.
✔ No sistema penitenciário, ainda que não oficialmente, em alguns estados 
brasileiros o trabalho da psicologia tem pelo menos 70 anos. A partir da 
promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal nº 7.210/84) que 
efetivamente foi legalmente reconhecido pela instituição penitenciária. 
(Fernandes, 1998). 
✔ Após esse período, os psicólogos clínicos começaram a colaborar com os 
psiquiatras nos exames psicológicos legais e em sistemas de justiça juvenil.
✔ A Psicanálise firmou posição numa abordagem diferente frente à 
doença mental e passou a valorizar o sujeito de forma mais 
compreensiva e com um enfoque dinâmico. 
O psicodiagnóstico ganha força, prevalecendo os aspectos psicológicos 
em detrimento dos médicos.
✔ Os pacientes passaram a ser classificados em duas grandes categorias: de 
maior ou de menor severidade. Os de menor severidade eram submetidos ao 
psicodiagnóstico.
✔ Psicodiagnóstico foi percebido como um conjunto de instrumentos que 
fornecia dados matematicamente comprováveis para a orientação dos 
operadores do Direito. 
✔ A Psicologia era vista como uma prática voltada para a realização de exames e 
avaliações, buscando identificações por meio de diagnósticos.
Nos Tribunais de Justiça - trabalhos voluntários com famílias carentes em 1979. 
A entrada oficial se deu 6 anos mais tarde, pelo primeiro concurso público para 
admissão de psicólogos dentro de seus quadros.  
A partir de 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) passa a vigorar 
e o Juizado de Menores passou a ser denominado Juizado da Infância e 
Juventude. 
Aqui percebe-se o redimensionamento do trabalho do psicológico abarcando a 
área pericial, acompanhamentos e aplicação das medidas de proteção ou 
medidas socioeducativas. Antes disso, a extinta Fundação Estadual do 
Bem-Estar do Menor (FEBEM) agrupava, na mesma instituição, crianças e 
adolescentes vítimas de violência, maus tratos, negligência, abuso sexual e 
abandono com jovens em conflito com a lei.
Academia
UFRJ - pioneira em criar na década de 1980, uma área de concentração dentro do 
curso de especialização em Psicologia Clínica, denominada “Psicodiagnóstico para 
Fins Jurídicos”. Seis anos mais tarde, passou por uma reformulação e tornou-se um 
curso independente do Departamento de Clínica, fazendo parte do Departamento 
de Psicologia Social.
Nos dias de hoje ainda encontram-se poucos cursos de Psicologia que oferecem a 
disciplina de Psicologia Jurídica. Em geral  a oferta é como matéria optativa e com 
uma carga horária reduzida. Já nos cursos de Direito, ainda que a carga horária 
também seja reduzida, a disciplina já se tornou praticamente obrigatória. 
Além da responsabilidade pela 
avaliação psicológica, 
psicodiagnóstico forense, compete 
ao psicólogo o 
acompanhamento das vítimas e 
agressores, dentre outras funções.
Na atualidade, o papel do psicólogo vem 
crescendo, alcançando 
maior importância e reconhecimento, 
no contexto jurídico brasileiro.  
Finalizamos a aula 2!
E então? Psicologia está 
ficando um pouco mais 
clara para você? 
Simone Doscher 
simone.dias@institutoprocessus.com
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