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Prof.ª Simone Dias S. Doscher da Fonseca Aula 6 - Bloco 1/2 Você já fez a PA desta semana? Cronograma de aulas 1º Bimestre Os fenômenos Jurídico e social e o comportamento humano Referências Pinheiro, Carla. Manual de Psicologia Jurídica. 5ª ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019. Cap 4.2.3 Júnior, Hélio Cardoso de Miranda. Psicologia e Justiça: a Psicologia e as Práticas Judiciárias na Construção do Ideal de Justiça. Psicologia, Ciência e profissão.1998, 18. O fenômeno jurídico - controle do comportamento social que atua como instrumento de integração que se dá pela consciência de cada membro do grupo ou da imposição de um ou de vários membros desse mesmo grupo. A consciência do grupo e/ou a imposição justificam-se, para o grupo, pela eficácia do comportamento ou pela crença de que a maneira escolhida é a que melhor se adapta às condições reais do conjunto e ao interesse das partes. Uma manifestação da ordem social que é maior do que o Estado. O elemento “cultura” torna possível a difusão intragrupal dessa eficácia ou dessa crença, condicionando a persistência das expressões do controle. Por meio dela é possível a construção do paradigma segundo o qual o conhecimento do bem apto a satisfazer a necessidade cristaliza-se como consenso, institucionaliza-se. O controle se impõe ao comportamento humano e é aceito como instrumento capaz de garantir aos indivíduos a sobrevivência biossocial. Há formas de controle aceitas como naturais e certas. Há outras consideradas sagradas. Há outras exigidas como necessárias e sentidas como eficazes. Direito é simultaneamente causa e efeito das relações sociais, porque se configura em si um fenômeno social. Não é difícil perceber que causa e efeito estão perfeitamente entrelaçados e o resultado de uma causa, num processo de mudança por exemplo, torna-se, por sua vez, a origem em mudança posterior. Direito - não é determinado por si próprio ou a partir de normas ou princípios superiores abstratos, mas por sua referência à sociedade como fenômeno social que produz. O controle pode se apresentar na sociedade na condição formal ou informal. Formal - normas jurídicas. Informal - usos, costumes e opinião pública. … as necessidades geram perspectivas. Nietzsche À medida que se desenvolve o processo civilizatório, o homem encontra condições mais complexas e mais sutis para satisfazer as suas necessidades. A psicologia também explica esse fenômeno… Hierarquia das necessidades humanas Marcel Prélot - dificilmente alguém confundiria uma casa com o conjunto de materiais que deram origem a ela. A instituição é também uma construção, um conjunto arquitetural onde os indivíduos desempenham o seu papel, mas adquirem um valor novo de acordo com sua situação no todo. Socialização Primária é a que dá aos indivíduos os padrões de comportamento básicos necessários a uma vida normal na sociedade. Secundária é a que se refere à aprendizagem de padrões de comportamento especiais para determinadas posições e situações sociais. Toda cultura é inevitavelmente normativa. Engloba ideias sobre como é correto de satisfazê-las, ou seja, quais são as normas para satisfazê-las. Cultura É um fato tipicamente humano que a satisfação das necessidades seja culturalmente regulamentada. É uma preocupação não apenas com a satisfação das suas necessidades, mas também com as formas preestabelecidas como "corretas e acertadas" na cultura da sua sociedade. Os homens constroem a cultura, mas a base da vida cultural é a norma. Claude Lévi-Strauss Claude Lévi-Strauss - o que distingue grupos humanos dos não humanos é a lei. Por mais “primitivos” que sejam os grupos sociais, estabelecem pelo menos uma lei: a “lei do incesto”. O poder das normas está no significado que elas emitem. É ele que faz com que os indivíduos as obedeçam sem que seja necessária alguma ameaça externa, aceitando-as como se fizessem parte da própria natureza das coisas. Transgressão às normas Morais Sociais Jurídicas Sanção ou pena que podem ser: Interna Externa Ex. Jurídica Controle social é qualquer meio de levar as pessoas a se comportarem de forma "socialmente aprovada". Os indivíduos não baseiam apenas seus comportamentos mensurando o valor das recompensas e punições socialmente arbitradas para o cumprir ou infringir as normas sociais, mas também aceitam a legitimidade das regras socialmente impostas por antes terem sido interiorizadas seus valores e crenças que as fundamentam. Punições e recompensas atuam sobre o comportamento do indivíduo na medida em que são dotadas de um significado subjetivo para ele. Somente possuem um sentido para os indivíduos quando partem de grupos com os quais eles se identificam e dos quais dependem para satisfazer a necessidade de aceitação social. Essa necessidade, universalmente verificável entre os homens, é a fonte psíquica do desejo de gratificações e do temor de ser punido (Castro, 2009). A força coercitiva de uma norma deriva não do fato de ela estar registrada no Código Penal e de possuir garantias policiais para o seu cumprimento, mas do fato de esse princípio estar presente na nossa cultura. Antes de ser ratificada formalmente em um código legal, ele já estava cristalizado na tradição cultural da sociedade. O comportamento humano, o fenômeno social e o fenômeno social têm vínculos indissociáveis. Se constituem, se moldam e se modificam numa trama dialética, que na contemporaneidade, se processa com a passagem da sociedade com as referências concretas de tempo e espaço para a sociedades atuais nas quais as referências se tornam muito mais dinâmicas e instantâneas. Normas implícitas transmitidas transgeracionalmente por meio de comportamentos padronizados. Crianças observam adultos e desenvolvem a ideia e o sentimento correspondente de que é daquele modo que as pessoas, em situações análogas, devem agir. As mudanças ocorridas transformaram as relações dos sujeitos consigo mesmos e com o seu entorno próximo ou remoto. Com as pessoas que eles de fato conhecem ou com quem têm contato físico e com aquelas muitas com quem têm apenas contato virtual. Para ir além... Espaço, tempo e mundo virtual - Marilena Chauí https://youtu.be/4Qj_M6bnE-Y https://youtu.be/4Qj_M6bnE-Y Prof.ª Simone Dias S. Doscher da Fonseca Aula 6 - Bloco 2/2 Simone Doscher simone.dias@institutoprocessus.com Dúvidas ao professor SEI Fórum SEI Neste bloco não há slides. O conteúdo está disponível na videoaula e no artigo, ambos postados esta semana no SEI: - Júnior, Hélio Cardoso de Miranda. Psicologia e Justiça: a Psicologia e as Práticas Judiciárias na Construção do Ideal de Justiça. Psicologia Ciência e profissão. 1998, 18.
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