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AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria NUTRIÇÃO EM GERIATRIA Aula 06: Enfermidades comuns no grupo geriátrico- parte 1 AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Temas/objetivos desta aula 1. Diferenciar os aspectos fisiopatológicos das enfermidades neurológicas e suas implicações clínicas no grupo geriátrico; 2. Reconhecer o valor da integração com a equipe multiprofissional. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doenças neurológicas As alterações causadas pelo envelhecimento estão relacionadas aos aspectos funcionais e psíquicos. (MEIRELLES et al., 2008) Segundo Meirelles et al. (2008), as células responsáveis pelas funções de motricidade, sensibilidade e cognição estão em uma região complexa chamada de CÓRTEX CEREBRAL e consiste em uma região importante do SNC. Acredita-se que o envelhecimento passe a apresentar falhas nas atividades dessas células tornando difícil a neurogênese, a plasticidade e a transmissão dos impulsos nervosos. Dessa forma, os déficits do equilíbrio estático e cognitivo são apresentados. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doenças neurológicas Segundo Meirelles et al. (2008), os eventos neurológicos que marcam o envelhecimento são: • Diminuição do peso total do encéfalo; • Formação de placas amiloides nos vasos e células; e • Redução do número de neurônios. De acordo com Montaro & Ramos (2011), com a idade avançada vão surgindo problemas de cognição com comprometimento da memória, o que pode ser confundido com problemas demenciais. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Alzheimer O nome oficial da doença de Alzheimer (DA) se deve ao médico Alois Alzheimer, que foi o primeiro a descrever a doença em 1906. Trata-se de uma enfermidade neurodegenerativa progressiva que resulta no: • Comprometimento da memória com dificuldade inicialmente de apreender informações novas e depois as antigas; • Comprometimento das atividades de vida diária e alterações comportamentais. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Alzheimer Segundo a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer), é uma doença insidiosa, desenvolve de forma lenta, contínua e se agrava ao longo do tempo. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Alzheimer De acordo com a ABRAZ (2016): • 54% dos idosos com demências têm Alzheimer; • 9% possuem demências vasculares; e • 14% demências mistas. Os casos são crescentes. Em 2010, 1 milhão de idosos tinham Alzheimer e em 2020 serão 1,6 milhão. NINCDS-ADRDA - critérios utilizados para diagnóstico de Alzheimer. Diagnóstico provável, diagnóstico possível e diagnóstico definitivo. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Alzheimer O DIAGNÓSTICO PROVÁVEL é estabelecido por: Exame clínico e documentado por MMSE ou escala de demência de Blessed que avalia o grau de dependência do paciente em relação às suas atividades diárias. (MONTANO & RAMOS, 2011) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Alzheimer O DIAGNÓSTICO POSSÍVEL é estabelecido por: Presença de demência na ausência de outras anormalidades neurológicas para causar demência. (MONTANO & RAMOS, 2011) O DIAGNÓSTICO DEFINITIVO é estabelecido por: Critério clínico de DA com evidências histopatológicas obtidas por biópsia ou autópsia. (MONTANO & RAMOS, 2011) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria MMSE AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria MMSE AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Parkinson Segundo Costa et al. (2016), a doença de Parkinson é caracterizada como uma patologia crônica, neurodegenerativa e progressiva. Está relacionada a disfunções monoaminérgicas múltiplas, incluindo déficits dos sistemas dopaminérgicos, colinérgicos, serotoninérgicos e noradrenérgicos. Uma patologia que acomete o indivíduo, às vezes, na idade de sua fase produtiva, em torno de 40 a 50 anos, comprometendo sua qualidade de vida e seu envelhecimento. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Parkinson Os principais sintomas motores: rigidez muscular, bradicinesia, tremor de repouso e instabilidade postural. Outros sintomas que podem estar presentes: cognitivos, do sono e depressão. (COSTA et al., 2016) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Parkinson A redução de dopamina, que é um neurotransmissor, está envolvida com os controles dos movimentos, aprendizado, memória emoções e cognição. (COSTA et al., 2016) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Doença de Parkinson O diagnóstico da DP baseia-se em critérios clínicos, em uma história cuidadosa e exame físico minucioso. Não há testes laboratoriais, marcadores biológicos ou estudos de imagem que inequivocamente confirmem o diagnóstico. (MOREIRA et al., 2007) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose lateral amiotrófica A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é um distúrbio neurodegenerativo de origem desconhecida, progressivo e associado à morte do paciente em um tempo médio de 3 a 4 anos. (ZANINI, 2015) Na ELA há comprometimento dos neurônios motores, que, consequentemente, gera uma incapacidade na realização de atividades de vida diária do paciente, podendo apresentar distúrbios psicológicos (emocionais e cognitivos). (ZANINI, 2015) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose lateral amiotrófica Por ser uma doença degenerativa muscular progressiva, é de grande importância a intervenção de uma equipe interdisciplinar que contemple Fisioterapia, Psicologia, Medicina, Nutrição, entre outras áreas, em benefício do paciente e de sua família. (ZANINI,2015) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose lateral amiotrófica Os PRINCIPAIS SINTOMAS para identificação do diagnóstico de ELA são: • Fraqueza muscular; • Contrações musculares espontâneas no corpo; • Enrijecimento dos membros; • Comprometimento da fala; • Dificuldade para engolir; e • Dificuldade para respirar. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Epilepsia A EPILEPSIA é considerada uma doença cerebral crônica que tem como causa diversas patologias e é caracterizada pela recorrência de crises epilépticas. Essa condição interfere diretamente na qualidade de vida do indivíduo afetado por apresentar consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e sociais. (BRASIL,2013) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Epilepsia Para a realização do diagnóstico de uma crise epiléptica, pode ser feito exame clínico por meio de uma história detalhada e de um exame físico geral, com ênfase nas áreas neurológica e psiquiátrica. Devem ser registradas a existência de aura, as condições que possam ter precipitado a crise, a idade de início, a frequência de ocorrência e os intervalos entre as crises. (Adaptado de: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/cop0023_10_05_2010.html) http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/cop0023_10_05_2010.html http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2010/cop0023_10_05_2010.html AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Epilepsia Os exames complementares devem ser realizados após a análise dos achados da história e do exame físico. O principal exame é a eletroencefalografia (EEG). Exames de imagem [ressonância magnética (RM) do encéfalo e tomografia computadorizada (TC) de crânio] só devem ser solicitados quando existirem suspeitas de causas estruturais, como: lesões cerebrais, tais como tumores, malformações vasculares ou esclerose hipocampal. (BRASIL, 2013) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Enxaqueca Conhecida comumente como “dor de cabeça”, considerada uma das afecções mais frequentes no ser humano e a queixa mais frequente na prática clínica. São crises de dores de cabeça de intensidade moderada e grave, em geral unilaterais, latejantes, e podem ser acompanhadas de náuseas, vômitos, intolerância à claridade, barulho e cheiro. (HALASI et al.,2013) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Enxaqueca Ainda sob a ótica de Halasi et al. (2013), alguns fatores ambientais atuam como desencadeantes de uma crise de enxaqueca, sendo que os principais são problemas emocionais, modificações no sono, ingestão de bebidas alcoólicas, ingestão de alimentos gordurosos, jejuns prolongados, exposição a odores fortes ou a estímulos luminosos intensos ou intermitentes. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Enxaqueca No indivíduo idoso, o aparecimento de enxaquecas após os 50 anos é rara e precisa de uma investigação para descartar a possibilidade de causas secundárias com um problema mais grave. (HALASI et al., 2013) As cefaleias ou enxaqueca secundária após os 50 anos podem ter como diagnóstico: tumores intracranianos, hematoma subdural, doença cerebrovascular, entre outras. A maior incidência nessa faixa etária deve-se à atrofia cerebral própria da idade. (HALASI et al., 2013) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Miastenia grave A miastenia Gravis é uma doença autoimune neuromuscular caracterizada por fraqueza, que melhora com repouso e piora com o exercício, infecções, ansiedade, estresse emocional. (BRASIL, 2014) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Miastenia grave A incidência da MG tem discreto predomínio em mulheres idosas, sendo os picos de ocorrência do sexo masculino em torno de 70 a 75 anos. (BRASIL, 2014) Na MG, 70% dos pacientes têm hiperplasia de timo e aproximadamente 10% têm timoma com potencial para comportamento maligno, sendo mais comum etiologia nos pacientes entre 50 e 70 anos de idade. (BRASIL,2014) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Miastenia grave Na MG, as complicações clínicas mais importantes são a tetraparesia e a insuficiência respiratória. (BRASIL, 2014) Para o tratamento da MG, o objetivo é controlar os sintomas motores característicos, a diminuição das exacerbações, o aumento do período em remissão e tratamento das crises miastênicas. (BRASIL, 2014) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose múltipla A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença de característica autoimune que compromete o sistema nervoso por meio de desmielinização, que geralmente se manifesta entre jovens, mas pode acontecer em idosos também. (MOGNAGA, 2015) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose múltipla A EM não tem cura, pode ser tratada e não é transmissível. MOGNAGA, 2015) AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose múltipla Os portadores de EM descobrem a doença quando estão apresentando um surto de forma diferenciada para cada indivíduo. Uns apresentam um sintoma na visão (passa a ficar dupla ou tripla), já outros apresentam dificuldade de locomoção que pode comprometer o equilíbrio. Nos idosos, há prevalência de quedas. (MOGNAGA, 2015) nervoso AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria Esclerose múltipla Segundo Mognaga (2015), como o início da EM ocorre de forma inesperada, é importante proporcionar o apoio para que a pessoa acometida entenda sobre a doença, e com isso leve uma vida normal, e para que a família possa dar o apoio necessário. AULA 06: ENFERMIDADES COMUNS NO GRUPO GERIÁTRICO- PARTE 1 Nutrição em geriatria VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? 7.0. DOENÇAS CEREBROVASCULARES; 7.1.1 ATAQUE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO; 7.1.2. ISQUEMIA CEREBRAL; 7.1.3. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL; 7.1.3.1 ISQUÊMICO E HEMORRÁGICO; 7.2. DOENÇAS HEMATOPOIÉTICAS; 7.2.1. ANEMIA. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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