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AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria NUTRIÇÃO EM GERIATRIA Aula 7: Enfermidades no grupo geriátrico - Parte 2 AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Temas/objetivos desta aula Diferenciar os aspectos fisiopatológicos das doenças cerebrovasculares e hematopoiéticas e suas implicações clínicas no grupo geriátrico; Reconhecer a importância de valorizar a integração da equipe multidisciplinar. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Doenças cerebrovasculares As doenças cerebrovasculares representam a maior causa de morte no Brasil e também mais incapacidade. Apresentam uma incidência anual de 108 para cada 100 mil habitantes com idade a partir de 65 anos. (BOTELHO et al.,2016) São definidas também como anormalidades presentes no encéfalo como consequências de alterações vasculares. (PY, 2006) Essas alterações podem ser por um processo de obstrução de um vaso que impede o fluxo sanguíneo de uma localidade, causando uma isquemia ou ruptura do vaso, levando a uma hemorragia intracraniana. (PY, 2006) AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Doenças cerebrovasculares Uma combinação desses fatores associado com o avançar da idade acentuam os problemas cardiovasculares. Os PRINCIPAIS FATORES de risco para as DCVs são classificados em (PY,2006): • Não modificáveis (sexo, idade, origem étnica, história familiar e fatores genéticos); • Modificáveis (HAS, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, consumo de álcool, obesidade, sedentarismo). AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Doenças cerebrovasculares Os profissionais que atuam com indivíduos que sofreram AVC devem estar atentos aos sinais sugestivos de disfagia como: • Perda de peso; • Modificações no tipo de dieta utilizada; • Ingestão de menor quantidade de alimento; • Aumento do tempo gasto nas refeições; • Diminuição do prazer de se alimentar; e • Isolamento social. A intervenção para a resolução dessa desordem, com a adoção de um plano alimentar saudável, incluindo alimentos diversificados, é fundamental no tratamento de sujeitos após AVC. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Doenças cerebrovasculares O plano alimentar para a redução de peso e a prática de exercícios físicos são considerados intervenções de primeira escolha para prevenir o AVC, doenças cardiovasculares e metabólicas. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Ataque Isquêmico Transitório (AIT) Os fatores de riscos são comuns as doenças cerebrovasculares em geral: hipertensão arterial, diabetes mellitus, dislipidemia, tabagismo, uso de bebidas alcoólicas, inatividade física. É caracterizado por um déficit focal transitório com uma duração mínima de cerca de 15 minutos, com manifestações neurológicas ou retiniana. São sinais de alerta e acredita-se ser preditor de um AVC. (SANTO et al.,2016) Torna-se importante o diagnóstico provável de AIT para reduzir riscos de acidente vascular cerebral isquêmico. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Isquemia cerebral É definida como falta de suprimento sanguíneo e de oxigênio para uma localização do cérebro. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Acidente vascular cerebral É definido como obstrução ou rompimento dos vasos que reduz o fluxo sanguíneo para a região cerebral. A falta de oxigênio e nutrientes, especialmente a glicose, pode ter como consequência a morte neuronal. (CAUCELA, 2008) O AVC pode ser classificado em AVCI (Acidente Vascular Cerebral Isquêmico) e AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico). (CAUCELA, 2008) AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Acidente vascular cerebral O AVCI é o mais comum e dos quais 20% são provocados por doenças aterosclerótica, proveniente da obstrução de uma artéria. (CAUCELA,2008) De acordo com Galiardi (2010), o termo que é bastante utilizado na área médica, “Acidente Vascular Encefálico”, teve como objetivo a ampliação do conceito, pelo fato de que essa doença pode envolver qualquer estrutura encefálica e não apenas a cerebral. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Acidente vascular cerebral isquêmico O AVCI é induzido por obstrução do fluxo sanguíneo para a região cerebral que fica desprovida de oxigênio e glicose. Quando essa disfunção é por pouco tempo é considerada reversível. (CAUCELA, 2008) O tecido nervoso não possui reservas e fica dependente da circulação sanguínea. (CAUCELA, 2008) AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Acidente vascular cerebral isquêmico Segundo Rolindo et al. (2016), para o diagnóstico do AVCI, a melhor opção é a RNM, de preferência com a técnica de difusão e perfusão. Atrasos no diagnóstico podem levar a uma lesão cerebral irreversível. Portanto, os pacientes que apresentam os sinais e sintomas devem ser atendidos com prioridade para a realização dos exames e definições de medidas terapêuticas. O rápido diagnóstico pode reduzir a lesão cerebral. (ROLINDO et al. ,2016) AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Acidente vascular cerebral isquêmico AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Acidente vascular cerebral isquêmico SINAIS E SINTOMAS: • Assimetria facial; • Alterações na fala; • Perda súbita da visão; • Dificuldade de deambular; • Confusões mentais; • Cefaleia associada ou não com náuseas e/ou vômitos. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Hemorrágico O AVCH ocorre em 15% dos casos, sendo 10% hemorragias intraparenquimatosas e 5% subaracnoideas. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Hemorrágico Segundo a SOCIEDADE BRASILEIRA DE DOENÇAS CEREBROVASCULARES, o AVCH é causado pela ruptura espontânea de uma vaso com derrame de sangue para o interior do cérebro (hemorragia intracerebral) para o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ ou espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnoide). Para Oliveira e Andrade (2001), a causa pode ser por: • Malformação arteriovenosas; ou • Hipertensão descompensada, resultando em uma hemorragia. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Hemorrágico Os fatores de risco são HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) e o aumento da idade. Para o diagnóstico, a TC (tomografia computadorizada) é o exame diferencial na fase aguda, pois ele vai mostrar o tamanho, a localização do sangramento e a necessidade de realização de uma cirurgia. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Hemorrágico SINAIS E SINTOMAS : • Cefaleia muito forte (mais comum); • Alterações visuais; • Perda de força; • Dificuldade para falar; • Convulsões. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Doenças hematopoiéticas O tecido hematopoiético é responsável pela produção dos elementos do sangue e envolvidos no processo de renovação, proliferação, diferenciação e maturação das células. Essa produção é chamada de hematopoese. (OLIVEIRA, 2015) Para Oliveira (20150, a principal função do sangue é transportar oxigênio e nutrientes. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Anemia A anemia em idosos tem várias etiologias com casos provenientes de deficiência nutricional (ferro, cianocobalamina e acido fólico), doenças crônicas (problemas renais) e/ou inflamações. (CORONA, DUARTE & LEBRÃO, 2014) De acordo com Oliveira et al. (2015), as anemias são consequênciasda deficiência de nutrientes fundamentais para a síntese de eritrócitos. As anemias podem ser classificadas como: • Ferropriva (ferro); • Megaloblástica (vitamina B12 e/ou ácido fólico). AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Anemia ferropriva Consiste na deficiência de ferro caracterizado pela redução da capacidade de transporte de oxigênio. São mensuradas através dos exames laboratoriais. Para Milagres et al. (2014), conhecer a causa da anemia no idoso é importante para proporcionar melhores condutas e proporcionar maior e melhor expectativa de vida a essa população. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Anemia megaloblastica Segundo Oliveira et al. (2015), a anemia megaloblástica representa uma anemia macrocítica e resulta da deficiência de vitamina B12 e/ou acido fólico. No idoso, a mais frequente é a anemia perniciosa, caracterizada pela destruição autoimune das células parietais que sintetizam o fator intrínseco, essencial para a absorção da cianocobalamina. (OLIVEIRA et al.,2015) AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria Anemias O nutricionista presta atendimento individual, nas consultas iniciais e de seguimentos, aos pacientes e/ou responsáveis, efetuando levantamento de dados, diagnósticos, prescrição dietética e orientação nutricional. (VIEIRA, 2013) O nutricionista deve orientar uma alimentação rica em ferro de origem animal e de origem vegetal, juntamente com alimentos ricos em vitamina C para melhorar a sua absorção. AULA 7: ENFERMIDADES NO GRUPO GERIÁTRICO - PARTE 2 Nutrição em geriatria VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Enfermidades comuns no grupo geriátrico - parte 3 8.1. Doenças gastrointestinais; 8.1.1.Disfagia; 8.1.1.1.Consenso brasileiro de nutrição e disfagia em idosos hospitalizados; 8.1.2. Acloridria; 8.1.3. Intolerância a lactose; 8.1.4. Alteração do trânsito intestinal; 8.1.5. Prejuízos na pele; 8.1.5.1 .Úlceras de pressão; 8.1.6. Doenças do sistema musculoesquelético; 8.1.6.1. Instabilidade postural e quedas; 8.1.6.2. Osteoporose; 8.1.6.3. Osteoartrose; 8.1.7. Alterações do sistema imune; 8.1.7.1. Quadros infecciosos associados. AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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