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é dado pela Equação 8.9, e σ3 na zona 2 ainda é dado pela Equação 8.10. Dessa forma, a rotação da tensão principal maior exigida no leque é θleque = π/2 (90°), fornecendo, com base na Equação 8.15, A pressão de carregamento na Equação 8.16 é maior do que para LB–1 (Equação 8.11), portanto LB–2 representa uma melhor estimativa da carga verdadeira de colapso pelo teorema do limite inferior. Combinando os limites superior e inferior para obter a carga de colapso verdadeira Ignorando a pressão de sobrecarga σq (que é a mesma em todas as expressões obtidas até aqui), a capacidade de carga de acordo com o UB–1 é 6cu, enquanto que, de acordo com o LB–1, é 4cu. Esses valores formam os limites superior e inferior para a verdadeira carga de colapso, de forma que 4cu ≤ qf ≤ 6cu. No entanto, comparando as análises refinadas, UB–2 e LB–2, ambas fornecem o mesmo valor de qf = (2 + π)cu = 5,14cu, portanto, pelos teoremas do limite superior e do limite inferior, essa deve ser a solução exata ― isto é, LB–2 representa o estado de tensões assim que UB–2 é formado. Nesse problema, foi possível, com um esforço de certa forma pequeno, determinar a solução exata. Ao resolver qualquer problema generalizado usando a análise limite, pode ser necessário experimentar muitos mecanismos e estados de tensão diferentes, a fim de determinar a capacidade de suporte de maneira exata (ou, se não exata, com apenas uma pequena margem entre as melhores soluções de limite superior e de limite inferior). Podem ser usados computadores para automatizar esse processo de otimização. No site da LTC Editora que complementa este livro, são fornecidos links para o software apropriado, que está disponível tanto para uso comercial quanto acadêmico. Figura 8.9 Estado de tensões LB–2 para fundação rasa em solo não drenado. Fatores de capacidade de carga Comparando as Equações 8.8 e 8.16, a capacidade de carga de uma fundação rasa em um material não drenado pode ser escrito na forma generalizada como na qual, para o caso de uma sapata cercada por uma pressão de sobrecarga σq, Nc = 5,14. Nc é o fator de capacidade de carga para uma fundação contínua submetida a condições não drenadas (τf = cu). O parâmetro sc na Equação 8.17 é um fator de forma (sc = 1,0 para uma fundação contínua). Em princípio, as análises UB e LB similares às apresentadas anteriormente podem ser conduzidas para vários outros casos (por exemplo, sapata próxima a um talude ou em solos dispostos em camadas). Em muitos casos, entretanto, tais análises foram realizadas, e os resultados publicados como gráficos auxiliares de design para selecionar o valor de Nc a ser usado na Equação 8.17. Em geral, as fundações não estão localizadas na superfície de uma massa de solo, mas colocadas a uma profundidade d abaixo dela. O solo acima do plano da fundação (o nível da base da fundação) é considerado uma sobrecarga, impondo uma pressão uniforme σq = γd no plano horizontal ao nível (cota) da fundação. Isso pressupõe que a resistência ao cisalhamento do solo entre a superfície e a profundidade d seja ignorada. Essa é uma hipótese razoá vel, contanto que d não seja maior do que a largura da fundação B. O solo acima do nível (cota) da fundação costuma ser mais fraco (em especial, se for aterrado) do que o solo a maiores profundidades. Skempton (1951) apresentou valores de Nc para fundações contínuas enterradas em solo não drenado como uma função de d com base em evidências empíricas, que são dadas na Figura 8.10; também estão incluídos valores sugeridos por Salgado et al. (2004), que são descritos por Para uma sapata retangular comum de dimensões B × L (em que B < L), o Eurocode 7 recomenda que o fator de forma sc na Equação 8.17 seja dado por: As Equações 8.18 e 8.19 são comparadas com os dados de Skempton para os casos extremos de fundações corridas (B/L = 0) e quadradas (B/L = 1) na Figura 8.19. O Nc para fundações circulares pode ser obtido adotando-se os valores quadrados. Na prática, Nc costuma estar limitado a um valor de 9,0 para fundações muito profundas quadradas ou circulares. Os valores de Nc obtidos da Figura 8.10 podem ser usados para depósitos estratificados, contanto que o valor de cu para um determinado estrato não seja maior nem menor em 50% do que o valor médio para todos os estratos no interior de uma profundidade significativa do solo. Figura 8.10 Para solos em camadas, Merifield et al. (1999) apresentaram os valores dos limites superior e inferior de Nc para fundações corridas apoiadas em um solo coesivo de duas camadas, como uma função da espessura H da camada superior do solo de resistência cu1 que esteja acima de um depósito profundo de material de resistência cu2. Os valores de projeto propostos de Nc para esse caso são dados na Figura 8.11a, sendo válidos caso se use, na Equação 8.17, a resistência não drenada ao cisalhamento da camada superior (isto é, cu = cu1). Em seguida, Merifield e Nguyen (2006) conduziram mais análises para fundações quadradas com B/L = 1,0. Os fatores de forma resultantes que eles obtiveram são apresentados na Figura 8.11b. Fatores de capacidade de carga Nc para fundações enterradas em solo não drenado. Figura 8.11 Fatores de capacidade de carga Nc para fundações corridas com largura B em solos não drenados em camadas (de acordo com Merifield et al., 1999), linhas contínuas – UB, linhas tracejadas – LB; (b) fatores de forma sc (de acordo com Merifield e Nguyen, 2006). Se for construída uma fundação rasa próxima a um talude, sua capacidade de carga poderá ser reduzida de forma drástica. Esse é um caso comum para infraestruturas de transportes (por exemplo, uma rodovia ou uma ferrovia) situadas em aterros. Em geral, esses tipos de fundações são muito longas e, portanto, sempre se comportarão como fundações corridas. Georgiadis (2010)
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