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TEXTO_BASE_Sujeito e predicado - LPT


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ENCONTRO 02: A MICROESTRUTURA DO TEXTO: SUJEITO E PREDICADO 
 
Olá, estudante! 
Vamos conversar um pouco sobre dois elementos fundamentais para a composição da 
estrutura básica do texto? Agora que você já sabe o que é texto e conhece as diferenças entre 
língua e linguagem, vamos refletir sobre os conceitos de sujeito e predicado. Você sabia que 
esses dois elementos são considerados termos essenciais da oração? Quer saber por quê? Vamos 
lá! 
1 Termos essenciais 
Você conhece Mafalda? Vamos começar nossas reflexões observando o diálogo entre 
as personagens da tirinha abaixo. 
 
 Fonte: Disponível em: https://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2015/02/mafalda-e-a-gramatica.jpg 
Note que Miguelito apresenta uma dificuldade em compreender dois conceitos 
sintáticos, você consegue identificar quais são eles? Ao apresentar a frase “Esse lixo enfeia a 
rua”, Mafalda espera que seu irmão analise a oração sintaticamente para encontrar o sujeito a 
partir da observação das relações estruturais estabelecidas entre os elementos presentes na 
oração. Essa dificuldade apresentada por Miguelito é muito comum para muitos falantes da 
língua ao estudar os termos da oração. Para localizarmos o sujeito e o predicado das orações é 
preciso, primeiro, entender alguns conceitos e perceber como os termos se articulam no interior 
dessas orações. 
De acordo com Abaurre e Pontara (2006, p. 390), “Período é um enunciado de sentido 
completo constituído de uma ou mais orações [...]. O período simples é constituído de uma só 
oração, enquanto o período composto apresenta mais de uma oração”. É importante saber 
também que a estrutura do período simples é formada por termos que desempenham funções 
específicas, esses termos podem ser essenciais, integrantes ou acessórios. Vamos focar nossa 
atenção aqui nos termos considerados essenciais, ou seja, aqueles responsáveis por garantir a 
estrutura básica da oração: o sujeito e o predicado. Mas lembre-se, grande parte das orações 
LINGUAGENS E PRODUÇÃO DE TEXTOS 
 
 
apresenta sempre um sujeito e um predicado, podem até ocorrer orações sem sujeito, mas nunca 
sem predicado! 
2 Sujeito e predicado 
Afinal, quem é mesmo esse sujeito? 
Figura 1 – O sujeito 
Ainda de acordo com Abaurre e Pontara (2006, p. 
391), podemos dizer que sujeito “é o termo com o qual o 
verbo da oração concorda em número (singular ou plural) 
e pessoa (1ª, 2ª. 3ª)”. Observe a tirinha abaixo para 
conhecer mais sobre os tipos de sujeito. 
 
Fonte: Disponível em: https://bit.ly/2LPAVr2 
Figura 2 – Ser cachorro é um trabalho de tempo integral Quadro 01– Relação entre os termos e o verbo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Schulz (2006, p.13). 
Você percebeu que nos exemplos (1), (2) e (3) o verbo está concordando com o sujeito 
da oração, flexionado em número (singular ou plural) e pessoa (1ª, 2ª ou 3ª). Em (1), por 
exemplo, temos a flexão do verbo na 1ª pessoa do plural concordando com o sujeito: Woodstock 
e eu (nós) – sujeito; gostamos (verbo fletido na 1ª pessoa do plural). Essa relação que possibilita 
a articulação entre o termo (sujeito) e o verbo é denominada concordância verbal. Veja que no 
exemplo (4) o sujeito não está explícito, foi mencionado anteriormente e pode ser representado 
pelo pronome ele (Woodstok), por isso a relação de concordância entre o sujeito e o verbo está 
marcada pela 3ª pessoa do singular (ele – dorme). 
Note que o sujeito nem sempre aparece da mesma forma na oração, os sujeitos podem 
ser classificados como simples, compostos, determinados ou indeterminados. É possível 
falar ainda de orações sem sujeito. Para analisar os diferentes tipos de sujeito e entender o 
conceito de predicado, é importante termos em mente o que é a noção de núcleo do sintagma, 
 
pois é a partir da quantidade de núcleos que um determinado sintagma apresenta que poderemos 
saber, por exemplo, se o sujeito é simples ou composto. O núcleo pode ser considerado como 
o termo central de um sintagma, o sujeito simples apresenta um único núcleo, já o sujeito 
composto possui mais de um núcleo. É importante não confundir também os sujeitos 
determinado (expresso na oração ou identificado pelo contexto ou flexão verbal), 
indeterminado (não é possível identificar um referente explícito para a flexão do verbo), oculto 
(não explícito na oração, mas pode ser identificado no período antecedente ou através da flexão 
de número-pessoa do verbo). Há, ainda, o sujeito inexistente ou orações sem sujeito, são 
aquelas que apresentam verbos impessoais, ou seja, que não possuem uma pessoa do discurso 
como referente e, por isso, não admitem sujeito. Mas atenção! Os verbos que indicam 
fenômenos da natureza, quando utilizados em sentido figurado, possuem sujeito e devem 
concordar com ele (Ex.: chovem convites). 
Agora que já conhecemos o conceito de sujeito, fica muito mais simples entender a 
relação de predicação. Após identificar o sujeito, todo o restante da oração vai apresentar 
informações sobre ele. Realizar uma predição nada mais é do que afirmar alguma coisa sobre 
o sujeito, essa função é desempenhada pelo predicado, sempre introduzido por um verbo. 
 
ATENÇÃO 
 
Considera-se predicado o termo da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito. Quando se trata 
de orações sem sujeito, a predicação é feita de maneira genérica. 
 
Durante a leitura você aprendeu sobre os conceitos de sujeito e predicado, agora você 
sabe quais são os termos essenciais da oração, como se definem e quais são os tipos de sujeito 
e predicado. Conhecer como esses dois elementos se organizam no texto é indispensável para 
o aperfeiçoamento da sua prática de escrita. Que tal testar como estão os seus conhecimentos 
prévios antes do nosso encontro ao vivo? Agora que você terminou essa leitura, mãos à obra! 
É só clicar na Análise Diagnóstica e responder às questões propostas. Aproveite os materiais 
da pré-aula e continue aprofundando os seus estudos. Anote as dúvidas e me conte ao vivo. Te 
espero lá, na nossa sala de aula virtual. 
 
Referências 
ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela. Gramática: texto, análise e construção de sentido. São 
Paulo: Moderna, 2006.