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NEUROPATIAS - PARALISIA FACIAL PARALISIA FACIAL: Periférica – uma face inteira Central – quadrante inferior de um lado só Rosto paralisado ou com motricidade prejudicada- forte impacto emocional. Em qualquer idade Face assimétrica, disartria, disfagia. - um desvio de rima, uma alteração no piscar, ausência do sulco nasogeniano (fica apagado), boa fica torta Par craniano responsável pela inervação dos músculos da mímica facial: nervo facial (VII par de nervo craniano). - pela emergência (saída) superficial, em regiões do ouvido, tendo várias ramificações. É muito suscetível a ficar acometido por um vírus Diminuição da sensibilidade gustativa, Hiperacusia (fonofobia- 15%, paralisia do m. Estapédio) - Não suporta sons muito altos Existem duas situações: 1ª lesão no ramo periférico 2ª lesão do trato corticoespinhal – podendo haver paralisia central pelo AVE NERVO FACIAL: núcleo localizado na ponte, emerge no sulco bulbopontino. 80% desse nervo é motor, responsável pela comunicação não verbal - dependendo da expressão já consegue transmitir a informação a ser passada 20% representado pelo nervo intermédio, responsável pela transmissão de informações sensoriais somáticas gerais, gustatória de 2/3 anteriores da língua e pela eferência vegetativa das fibras destinadas à inervação das glândulas salivares submandibular e sublingual, lacrimais e nasais. Tem parte sensitivo (nervo intermédio junto) e motor. O intermédio também faz parte da língua, percepção do paladar. Os dois nervos saem juntos TIPOS DE PARALISIA FACIAL: CENTRAL: causada por lesões supranucleares, maior acometimento da hemiface inferior e contralateral à lesão - homúnculo de Peinfield. Trato corticonuclear é bilateral, portanto, a inervação da extremidade superior da face recebe dupla inervacão. Vias subcorticais - capsula interna: lesões mais mediais da cápsula interna produzem maiores déficits na região do pescoço; Lesões mais laterais na capsula interna: acometem mais a face - Nervo Olfatório (1) e o Nervo Óptico (2) não fazem conexão no tronco encefálico. - Nervos que emergem do mesencéfalo: Nervo oculomotor (3) Nervo troclear (4) - Nervos que emergem da ponte: Nervo trigêmio (5) Nervo abducente (6) Nervo FACIAL (7) - Nervo MISTO, raiz facial motora chamada Nervo Facial propriamente dito, raiz sensitiva chamada Nervo Intermédio (sai entre o VII e VIII par) Nervo vestibulococlear (8) - Nervos que emergem do bulbo (depois da ponte): Nervo glossofaríngeo (9) - sulco lateral posterior Nervo vago (10) Nervo acessório (11) - sulco lateral posterior Nervo hipoglosso (12) - sulco lateral anterior PARALISIA FACIAL CENTRAL: Por que fica mais evidente somente no quadrante inferior? Porque o quadrante superior recebe inervação dos 2 hemisférios cerebrais, e o déficit torna-se evidente mais no inferior. CAUSAS: AVE Abscessos Edemas Tumores PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: São lesões infranucleares, ou seja, acometem somente o nervo facial. Déficit observado em toda a hemiface, homolateral à lesão PARA DIFERENCIAR OS TIPOS DE PARALISIA: Solicitar ao paciente que feche os olhos e sorria, Se comprometer a face toda: paralisia facial periférica Se acometer somente quadrante inferior: paralisia facial central. Paralisia de Bell: raramente recorrente. 80 a 100% boa recuperação nos graus de 1 a 2 da escala. FISIOPATOLOGIA: Reativação do vírus herpes simples: gânglio geniculado do n facial – Vírus tem afinidade com a bainha de mielina Radiação ultravioleta; Trauma local, Coinfecção; Exposição ao frio, Estresse, Distúrbios imunológicos- imunossupressão. Maior possibilidade de ser encontrada no inverno, não pelo frio, mas sim pelo vírus PARALISIA FACIAL: 20 a 30% não recuperam totalmente, Alterações psicológicas (assimetria facial), Lesões oculares, Persistência de dor facial - Dor aguda e em queimação é sinal de acometimento de nervo Contraturas involuntárias faciais (sincinesias) - Contração sem fazer a movimentação. Sincinesia é potencializado com tratamento de corrente russa ou FES Perguntar quais recomendações o médico passou Analisar o olho do paciente - Se tiver olho vermelho, tem que pedir para voltar ao médico para o médico indicar colírio, pois pode ter lesão de córnea Músculos da face são pequenos, próximos, de fibras fásicas (contraindicado a E.E.). Por ser pequeno, a placa motora da E.E. pegará vários músculos. Livro: Facilitação Neuroproprioceptiva tem passo a passo de trabalhar paralisia facial (FNP) TEMPO DE RECUPERAÇÃO: > até 2 meses – Prognóstico bom Após 6 meses: nenhuma recuperação – Prognóstico reservado, não tende a recuperação FATORES QUE INTERFEREM NO PROGNÓSTICO: PF incompleta - PF Central é muito mais difícil. Melhora algum aspecto e percepção sensorial, sem ter a recuperação 100% - Pior prognóstico > tempo de início da recuperação – Pior prognóstico < idade do paciente – Pior prognóstico Ausência de dor retroauricular. PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA - CAUSAS: Fraturas. Ferimentos corto-contusos e por arma de togo, Trauma no momento do parto, latrogênicas, Doenças infecciosas, Tumores. PARALISIA PERIFÉRICA DE BELL: Descrita em 1821, por Sir Charles Bell Paralisia do VII par craniano (n. Facial), Início com dor aguda, sem causa detectável. 60 a 78% das paralisias faciais, Afeta ambos os sexos Era tida como idiopática. Atualmente: trata-se de uma lesão de origem infecciosa, causada pelo vírus herpes. 85% apresentam recuperação total ou próxima, em até 5 meses após a lesão. SINTOMAS: Paralisia/paresia facial abrupta, 50%: presença de dor retroauricular persistente, 50% apresentam a dor antes da instalação da paralisia Diminuição da sensibilidade gustativa Lágrima de crocodilo: Produção de lágrimas após estímulo salivatório (disfunção do nervo intermédio), presente em 70%dos portadores da paralisia de Bell. AVALIAÇÃO: ESCALA DE HOUSE-BRACKMANN: Grau l: Normal: Função facial normal em todas as áreas Grau II: Disfunção Leve Geral: Leve fraqueza notável apenas à inspeção próxima; pode haver sincinesia muito discreta. No repouso: simetria e tônus normais. Ao movimento: Testa: função boa à moderada Olho: fechamento completo com mínimo esforço Boca: leve assimetria Grau III: Disfunção Moderada Geral: Diferença óbvia, mas não desfigurante entre os dois lados; sincinesia e/ou espasmo hemifacial notáveis, mas não severos. No repouso: simetria e tônus normais Ao movimento: Testa: movimento moderado a leve Olho: fechamento completo com esforço Boca: levemente fraca com o máximo esforço. Grau IV: Disfunção Moderadamente Severa Geral: fraqueza óbvia e/ou assimetria desfigurante No repouso: simetria e tônus normais Ao movimento: Testa: nenhum movimento Olho: fechamento incompleto Boca: assimetria com o máximo esforço Grau V: Disfunção Severa Geral: apenas uma movimentação discretamente perceptível No repouso: assimetria Ao movimento: Testa: nenhum movimento Olho: fechamento incompleto Boca: movimento discreto Grau VI: Paralisia Total: Nenhum movimento TRATAMENTO: Medicação: corticoesteróides (controverso), antibióticos (se infecção), vitaminas (B12 a mais indicada), aciclovir. Colírios e tampões nos olhos: Evitar o desenvolvimento de úlceras de córnea por falta de lubrificação (ausência do piscar), TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO: Manter a percepção corporal facial, Manter assimetria para o paciente, principalmente o manual, trabalhar a musculatura – Não colocar o paciente em frente ao espelho pois pode compensar com o outro lado e piorar o emocional do paciente Dar estímulo sensorial para contração da musculatura, gelo se não tiver dor, escovinha, a mão– Estimulo para proporcional a contração da musculatura. Depois que conseguir o movimento usar resistência, usar PNF (estiramento para contrair a musculatura). Não esquecer de trabalhar o lado bom pois estará tenso pela compensação. Fazer trabalho bilateral Melhorar movimentação ativa dos músculos acometidos, Evitar a instalação de assimetrias e atrofias musculares, Acelerar o tempo de recuperação, tanto funcional quanto estética. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO – RECURSOS: ESTIMULAÇÃO SENSORIAL: aumento de aferências corticais, com manutenção das representações corticais. CINESIOTERAPIA: exercícios ativos, resistidos, com objetivo de ganho de força muscular; massagem, alongamento, da musculatura geral da face, estimulação sensorial (gelo, escova, etc). BIOFEEDBACK: recurso utilizado para o reaprendizado motor por meio de retroalimentações auditivas e/ou visuais, onde o paciente desenvolve o controle motor ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA: cautela. CONSIDERAÇÕES: Apesar de estudos favoráveis e da observação em prática clínica, estudos revelam que não há evidências de benefício significativo da utilização da fisioterapia na paralisia facial periférica. (?????) – Poucos estudos
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