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PARTE I

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RESUMO 
 
A Matemática representa papel crucial na formação de um cidadão crítico e inovador do meio 
em que vive, uma vez que permite resolver problemas da vida cotidiana; a matemática é 
aplicada nas mais diversas áreas do trabalho e atua como ferramenta essencial para a 
construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Este trabalho buscou levantar as 
principais dificuldades enfrentadas pelos professores na prática do ensino-aprendizagem na 
disciplina de Matemática; fazer uso da Prática Interdisciplinaridade e Resolução de Questões 
com o intuito de tornar o processo mais flexível, dinâmico e suficiente para a construção do 
saber em Matemática, de forma que aconteça a aproximação do conteúdo com a realidade; e 
por fim, avaliar a eficiência da aplicação dessa metodologia. O estudo foi realizado com duas 
turmas do 6º Ano, Turma A e B da Escola Municipal Raimundo Rocha, localizada na cidade 
de Patu/RN. O objetivo principal do conteúdo apresentado em sala de aula foi de levar ao 
aluno a capacidade de reconhecer, nomear e compreender as principais características das 
figuras geométricas mais comumente encontradas na literatura fazendo uma relação com os 
pontos turísticos e históricos da cidade de Patu/RN, a partir de suas estruturas arquitetônicas. 
Foi abordado o mesmo conteúdo em ambas as turmas; porém, na Turma A, o conteúdo foi 
ministrado fazendo uso da Prática Interdisciplinar e na Turma B, o mesmo conteúdo foi 
apresentado da forma tradicional; ao final da aula, os alunos responderam um questionário 
contendo 10 questões. A partir do número de erros e acertos de cada turma, foi possível 
observar que a turma que fez uso da Prática de Interdisciplinar apresentou melhor 
desempenho, mostrando que tal metodologia foi eficiente neste caso. 
 
Palavras-chave: Matemática. Dificuldades de Aprendizagem. Prática Interdisciplinar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nas últimas décadas, muito se tem discutido sobre a educação brasileira, em 
particular, sobre o rendimento de nossos alunos em matemática. Participações em avaliações 
nacionais, como SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica), ENEM (Exame 
Nacional do Ensino Médio), ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), Prova 
Brasil, e internacionais como PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), entre 
outras, têm demonstrado, enfaticamente, um quase “analfabetismo matemático”. Só para 
termos uma ideia de nossa fragilidade em matemática, na última edição do PISA, em 2009, 
ficamos na 57ª posição, num ranking de 65 países (OLIVEIRA, 2013). 
Para Azevedo (2020, p. 320), todo o ser humano apresenta algum tipo de limitação em 
sua vida e possuem habilidades diferentes que são aperfeiçoadas de acordo com 
desenvolvimento e a prática da mesma. Porém, algumas pessoas não conseguem desenvolver 
algumas habilidades cognitivas, na qual surgem as dificuldades de aprendizagem. As 
dificuldades de aprendizagem são uma preocupação constante para professores, equipe 
gestora e toda a comunidade escolar e muitos questionamentos são elencados sobre como 
lidar com cada dificuldade apresentada pelos alunos em sala de aula. Observa-se que uma das 
grandes dificuldades de aprendizagem dos alunos apresenta-se na disciplina da matemática, 
na qual, essa área de aprendizagem para muitos é considerada como um tormento e pode 
contribuir para o fracasso escolar. 
Uma das principais razões na dificuldade do aprendizado de Matemática está 
associada à mecanização do ensino, uma vez que os alunos apenas reescrevem no caderno ou 
na avaliação o que já foi escrito no quadro durante as aulas do professor (FERNANDES et al, 
2008). Para Silva (2010), esse tipo de ensino caracteriza apenas um adestramento de técnicas 
que, no ponto de vista dos processos cognitivos, é um modelo de ensino totalmente 
equivocado, porque é importante considerar o contexto cultural do sujeito no 
desenvolvimento de sua aprendizagem, bem como suas experiências de vida para que possa 
compreender os conceitos de uma disciplina tão complexa como a Matemática. 
Por outro lado, no convívio com os alunos em qualquer nível de ensino é possível 
notar o fenômeno da rejeição que ocorre quando se deparam com a disciplina de Matemática, 
os quais possuem um pré-conceito já fixado de que a mesma é difícil (TATTO e SCAPIN, 
2004). 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática, uma das finalidades do 
ensino da Matemática no Ensino Fundamental é levar o aluno a estabelecer conexões entre 
temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas 
curriculares. Propõe ainda que o trabalho desenvolvido deve levar o aluno a valorizar a 
Matemática como um instrumento para compreender o mundo à sua volta – exercer a 
cidadania – e entendê-la como área do conhecimento que estimula o interesse, a curiosidade, 
o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas. Ainda 
conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática, “a Matemática deverá ser 
vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu 
raciocínio, de sua capacidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação” 
(BRASIL, 1998). 
A Matemática tem sido historicamente considerada uma disciplina muito difícil, 
devido seus conceitos serem, na maioria, muito abstratos e transmitidos de forma muito 
tradicional, onde os professores explicam o conceito, demonstram a forma que os alunos 
devem resolver as atividades e passam vários exercícios iguais ao modelo apresentado para 
que, através da repetição os alunos “aprendam” o conteúdo ensinado. Assim, o que se espera 
das escolas é que possam estimular nos alunos uma educação que valorize o desenvolvimento 
das habilidades e da criatividade, de forma significativa e que torne esses sujeitos atuantes 
dentro da sociedade (SILVA, 2010). 
Com o objetivo de mudar esses pensamentos, o ensino da Matemática vem sofrendo 
modificações na forma de apresentar o conteúdo ao aluno. Desse modo, a busca por novos 
métodos e práticas de ensino da Matemática tem se tornado cada vez mais comum; no tempo 
atual a aplicação da interdisciplinaridade entre as diversas áreas de ensino vem se destacando 
e apresentando bons resultados. 
O ensino tradicional, em que os conteúdos são trabalhados de forma isolada com 
disciplinas que não dialogam, conduz a um processo educacional disciplinar desarticulado, 
que, em consequência, não permite ao educando seu desenvolvimento pleno. O conhecimento 
precisa desenvolver as habilidades de forma integrada. Surge, então, no final do século 
passado, a interdisciplinaridade, a partir da necessidade de justificar a fragmentação causada 
por uma epistemologia de cunho positivista. As ciências foram divididas em muitas 
disciplinas e a interdisciplinaridade restabelecia, pelo menos, um diálogo entre elas. 
Considerada pela educação como uma relação interna da disciplina “matriz” e a disciplina 
“aplicada”, a interdisciplinaridade passou a ser um termo aceito na educação por ser vista 
como uma forma de pensamento (CHAS, 2016). 
Para Tomaz (2008, p. 11), as experiências educacionais mais recentes têm apontado a 
interdisciplinaridade como sendo uma solução para os limites e as incapacidades das 
disciplinas isoladas de compreender a realidade e responder às demandas do mercado de 
trabalho. Interdisciplinaridade pode ser pensada com base em diferentes propostas e 
concepções, incluindo “aquelas que defendem um ensino aberto para inter-relações entre a 
matemática e outras áreas do saber científico ou tecnológico, bem como com as outras 
disciplinas escolares”. 
É importante ressaltar que a Matemática representa papel crucial na formação de um 
cidadão crítico e inovador do meio em que vive, uma vez que permite resolver problemas da 
vida cotidiana, mostra aplicações nas mais diversas áreas do trabalho e atua comoferramenta 
essencial para a construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. 
Diante do exposto, escolhemos os alunos do 6º Ano A e 6º Ano B da Escola Municipal 
Raimundo Rocha para a elaboração do presente trabalho. Sabendo das dificuldades no ensino-
aprendizagem dos conteúdos de Matemática, o objetivo deste trabalho é tornar o processo 
mais flexível e dinâmico, de forma que aconteça a aproximação do conteúdo com a realidade 
fazendo uso da interdisciplinaridade e avaliar a eficiência dessa metodologia no ensino da 
matemática. O conteúdo a ser trabalhado em sala de aula será sobre Figuras Geométricas 
Planas fazendo uma associação à imagens que dos principais pontos turísticos da cidades de 
Patu/RN. Tal conteúdo será apresentado na Turma A fazendo uso da prática interdisciplinar; o 
mesmo conteúdo será apresentado na Turma B, porém fazendo uso da metodologia 
tradicional. Ao término da aula, os alunos irão responder uma lista de exercício contendo 10 
(dez) questões e assim será possível avaliar a eficiência da aplicação da prática 
interdisciplinar. 
 
 
1.1. Justificativa 
 
O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações 
externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica 
brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante. Trata-se de uma 
prova de português e de matemática feita a cada dois anos por alunos do 2º, 5º e 9º ano do 
ensino fundamental e por estudantes do 3º do ensino médio. No caso do 9º ano, para uma 
amostra específica, houve também questões de ciências da natureza e ciências humanas. O 
Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade 
da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade 
do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o 
aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências. 
De acordo com uma matéria publicada no Portal G1, os principais dados relativos ao 
desempenho dos estudantes nessa avaliação referente aos alunos do 5º ano do ensino 
fundamental quando comparados aos resultados do ano de 2019 são que a disciplina de 
Língua Portuguesa foi que a parcela de alunos com conhecimentos insuficientes subiu de 23% 
para 28%. São crianças que sabem localizar informações explícitas em textos curtos, mas não 
conseguem interpretar sentidos de palavras e expressões. Já na disciplina de 
Matemática, houve um crescimento discreto de 21% para 23% no grupo de alunos que 
conseguem resolver problemas simples, mas que não são capazes de nomear figuras 
geométricas (quadrado, retângulo etc.). Os Parâmetros Curriculares Nacionais mencionam 
que a Geometria ajuda o aluno a compreender, descrever e representar de forma organizada o 
mundo em que vivem (BRASIL, 1997, p.39). 
Segundo a Diretora da Escola Municipal Raimundo Rocha, a disciplina de matemática 
é um desafio, tanto para os professores quanto para os alunos. O número de alunos que não se 
identifica com a disciplina é maioria; o desinteresse acontece por já possuírem um 
pensamento formado sobre a dificuldade em compreender o conteúdo. De acordo com o 
histórico da escola a disciplina de matemática é a que apresenta a menor média na maioria dos 
boletins dos estudantes. Portanto, a proposta é apresentar o conteúdo ao aluno de forma 
diferente das propostas pedagógicas convencionais. Para tal fim, iremos apelar à combinação 
de práticas interdisciplinares à metodologia de resolução de problemas.

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