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ASSUNÇÃO DE DÍVIDA 1 CONCEITO DE ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: - Ocorre a transferência da posição passiva da obrigação. Os deveres da posição passiva são transmitidos, sem haver extinção do vínculo. - É o negócio por via do qual terceiro assume a responsabilidade da dívida contraída pelo devedor originário, sem que a obrigação deixe de ser ela própria. A relação obrigacional passa a ter novo devedor, liberando-se, ou não, o antigo. - Tem natureza jurídica contratual. É negócio jurídico convencional, pelo qual o devedor, com a aceitação do credor, transfere a um terceiro os encargos obrigacionais. - É fundamental o consentimento do credor. O credor tem interesse em saber quem lhe deve, pois o patrimônio do devedor é a garantia da dívida. As qualidades pessoais do devedor são importantes para o credor. Art. 299, parágrafo único, CC. 2 SUJEITOS DA ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: - credor - devedor originário - assuntor: novo devedor 3 FORMAS DE ASSUNÇÃO DE DÍVIDA: - São duas as formas de assunção de dívida: a) Expromissória: - a relação se dá entre credor e terceiro. O terceiro, novo devedor, chamado de assuntor, assume a dívida do devedor originário. - o devedor originário não participa do contrato, não havendo necessidade da sua concordância. Isso porque o devedor originário está sendo exonerado de sua dívida e não possui interesse jurídico em se opor a isso. b) Delegatória: - o contrato se dá entre o terceiro e o devedor. É essencial a concordância do credor. 4 EFEITOS DA ASSUNÇÃO E DÍVIDA: - substituição do polo passivo da obrigação. - todas as garantias especiais oferecidas pelo devedor originário desaparecem, exceto se houver consentimento expresso da sua parte. Art. 300, CC. Ex. fiança, hipoteca. - caso seja anulada a assunção de dívida, a relação primitiva retornará exatamente ao que era inicialmente. As garantias voltam a vigorar, com exceção daquelas prestadas por terceiros. No entanto, voltarão a vigorar até mesmo as garantias prestadas por terceiros se esses tivessem conhecimento do defeito que viciava o negócio de transmissão. Art. 301, CC. - também continuará obrigado o devedor primitivo que transmite sua dívida a novo devedor que saiba ser insolvente. Trata-se da boa-fé objetiva. - art. 303, CC prevê um único caso em que o consentimento do credor é presumido. É a hipótese do adquirente de imóvel hipotecado que tem interesse no pagamento da dívida que seu imóvel garante. Cabe ao adquirente notificar o credor a respeito da assunção e, não havendo impugnação em 30 dias, haverá presunção de consentimento com a assunção da dívida pelo adquirente. A hipoteca se transmite junto com o imóvel alienado.
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