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O sujeito ativo, o credor, busca a satisfação da prestação pelo sujeito passivo, o devedor, de forma voluntária ou coativa. O objeto da obrigação é a prestação, que pode ser uma atividade ou conduta do devedor em benefício do credor. Obrigação Positiva De dar De fazer Negativa De não fazer Licita Possível Determinável A obrigação deve ter um VALOR ECONÔMICO -débito (debitum, Schuld) - responsabilidade (obligatio, Haftung) Obrigações e responsabilidade civil N1 Direito das Obrigações disciplina essencialmente três coisas: 1- as relações de intercâmbio de bens entre as pessoas e de prestação de serviços (obrigações negociais) 2- reparação de danos que umas pessoas causem a outras (responsabilidade civil em geral, ou em sentido estrito) 3- benefícios indevidamente auferidos com o aproveitamento de bens ou direitos de outras pessoas, a sua devolução ao respectivo titular (enriquecimento sem causa) Entre CREDOR (ativo) e DEVEDOR (passivo) e tem como objeto uma prestação pessoal econômica https://goodnotes.com/ Obrigações Naturais Reais Onde mesmo sem exigibilidade jurídica, o pagamento voluntário não pode ser reavido pelo devedor, sendo uma exceção ao sistema de obrigações civil São o conjunto de princípios e regras que disciplina uma relação jurídica entre pessoas tendo em vista bens. Às obrigação reais são mistas, pois são vinculadas a um direito real, mas tem natureza obrigacional. • Devedor se livra da obrigação ao se desfazer do bem • Proprietário se livra da obrigação ao se desfazer do bem. encargos que limitam o uso da coisa, impondo ao seu proprietário uma obrigação, o titular do ônus pode não cumprir com ele, sujeitando-se a certas consequências, mas não sendo obrigado a fazê-lo. Ônus reais Obrigação com eficácia real São aquelas que transmitem-se e são oponíveis a terceiro que adquire o direito sobre um bem. Obrigação positiva de dar Coisa certa Abrange os acessórios do bem individualizado, determinado, medido e qualificado Caso de perca Sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; Se a perda resultar de CULPA do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danosObrigação positiva de dar Coisa incerta prestação é relativa ou temporariamente indeterminada, obrigação indicada apenas pelo gênero e quantidade, devendo o devedor escolher (concentração de débito). Feita a escolha a obrigação transforma-se em coisa certa Obrigação de fazer Tem por objeto a prestação de um fato positivo, traduzindo a própria atividade do devedor com propósito de satisfazer o crédito. São trabalhos a serem executados, de ordem física, artística, intelectual ou científica. Nessa são importantes e levadas em consideração, principalmente se o serviço é medido pelo gênero, tempo e qualidade. Sobressaí o caráter da pessoa prestadora do serviço (devedor). Fungível Pode ser realizada por outra pessoa, não apenas o devedor Infungível é aquela que somente pode ser dada pelo devedor, seja por se tratar de fato personalíssimo ou por convenção das partes. Se culposamente não a cumprir, arcará com perdas e danos. Sem prejuízo da tutela específica. Se a obrigação de fazer é fungível e o devedor não cumpriu, eu sendo credor posso contratar um terceiro para que faça e depois vou cobrar o devedor. I - https://goodnotes.com/ Obrigação de não fazer Tem objeto uma prestação de fato negativo; neste tipo de obrigação, o devedor assume juridicamente o dever de realizar um comportamento omissivo de interesse do credor Impossibilidade de cumprir Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar. Inadimplemento Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido. Desfazer o ato às custas do devedor Assegura o credor da obrigação negativa a via judiciária para obter sentença que imponha ao devedor o desfazimento daquilo a cuja abstenção se obrigara, ou a autorização para que desfaça por si ou por outrem às expensas do devedor. Atos Unilaterais São manifestações de vontade de uma pessoa que, por si só, criam obrigações para ela, sem a necessidade de aceitação por parte de outra pessoa Promessa de recompensa Gestão de negócios Pagamento indevido Aquele que oferecer recompensa em anúncio público obriga-se a cumprir o prometido" "Aquele que, sem autorização, administra negócio alheio, (...), é obrigado a restituir o que dele auferiu, (...), e a indenizar o dono do negócio por todos os prejuízos sofridos". Todo aquele que receber o que lhe não era devido fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que recebeu, (...), de ressarcir o que se despendeu com o pagamento indevido, (...), e de pagar os juros legais desde o evento". Classificação das obrigações ll Natural ou Imperfeita É uma situação em que há uma relação de dever ou obrigação entre as partes, mas que não pode ser exigida judicialmente. A obrigação natural gera o efeito jurídico da “SOLUTI RETENTIO” Meio ou resultado Na obrigação de meio, o devedor se compromete a realizar uma atividade com diligência, utilizando os meios ao seu alcance para alcançar um determinado objetivo, mas sem garantir o resultado. Já na obrigação de resultado, o devedor se compromete a alcançar um resultado específico e determinado, assumindo a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso da empreitada. Cirugia estética: RESULTADO Outras relações médico- paciente: MEIO I https://goodnotes.com/ Responsabilidade do Estado É a obrigação dos órgãos públicos e demais entes estatais de reparar os danos que seus agentes causarem no exercício da função pública. Objetiva Subjetiva Quando os atos praticados pelos agentes públicos resultam em prejuízos ou danos a terceiros, mesmo sem culpa Quando basta demonstrar o dano provocado pelo agente do Estado, e o nexo causal. Também quando o Estado deveria agir, mas não o faz, ou quando os danos são causados por atos de terceiros ou fenômenos da natureza. Nessas hipóteses é necessário comprovar que houve culpa, ou dolo do agente. Caso o Estado seja responsabilizado, tem direito de entrar com ação contra os causadores do dano. A responsabilidade do Estado é afastada por: caso fortuito ou força maior, estado de necessidade ou culpa exclusiva da vítima. Obrigação solidária Na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores ou devedores, cada um com direito ou obrigado a toda dívida. Solidariedade passiva O credor tem o direito de exigir o pagamento integral da dívida de qualquer um dos devedores solidários, ficando a critério dele como irá realizar a cobrança. Se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores. Por força de lei: • Os pais pelos filhos, • o tutor e o curador pelos pupilos e curatelados, • o empregador ou comitente, por seus empregados, • os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, • os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime. Culpa prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado. se a prestação se tornar impossível por culpa de um dos devedores, todos os devedores solidários serão responsáveis pelo equivalente Impossível I https://goodnotes.com/ Remissão Renúncia Da solidariedade passivaÉ o ato pelo qual o credor concede ao devedor a liberação total ou parcialda dívida, ele deixa de ser responsável pela parte remitida, e os demais devedores permanecem responsáveis pelo restante da dívida, podendo o credor cobrar o valor remanescente dos demais devedores solidários. É o ato pelo qual um dos devedores solidários abre mão da solidariedade em relação aos demais devedores. Isso significa que ele deixa de ser solidariamente responsável pela dívida, mas também implica que ele não poderá mais cobrar dos demais devedores a parte que pagou a mais. Em relação a um dos devedores não impede o credor de cobrar a totalidade da dívida dos demais devedores. Insolvência de um dos devedores É uma declarada judicial de que as dívidas do devedor são maiores do que o seu patrimônio, dessa forma a cota do insolvente se divide entre os demais, sendo eles sub-rogados nos direitos de credor contra devedor. Solidariedade ativa Um dos credores pode exigir do devedor o pagamento de parte ou da totalidade da dívida, e, caso receba o pagamento, ele deve repassar aos demais credores as respectivas partes, extinguindo a dívida. O credor que tiver REMISSÃO da dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. Ainda que responda em face dos demais, ele poderá perdoar toda a dívida. O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita- lhes, Obrigação Alternativa ou Disjuntiva Nesse tipo de obrigação, o devedor se compromete a cumprir uma das prestações dentre várias possíveis, e não todas. Obrigação cumulativa ou conjuntiva O devedor se compromete a cumprir todas as prestações estabelecidas conjuntamente. O devedor se compromete a cumprir uma prestação específica, mas tem a faculdade de substituir essa prestação por outra, geralmente uma prestação em dinheiro. Obrigação facultativa ->Insolvente participa -Insolvente participa https://goodnotes.com/ Características da obrigação facultativa 1- O credor não pode exigir a prestação facultativa; 2- Se a prestação original se tornar impossível a obrigação se extingue; 3- Somente defeito na prestação pode invalidada. Obrigação divisível Obrigação indivisível É aquela em que a prestação pode ser fracionada, permitindo o cumprimento parcial. É aquela em que a prestação não pode ser dividida sem perder sua utilidade ou valor. Se a prestação for convertida em perdas e danos, a indivisibilidade cessa Pluralidade de credores, cessará a onrjgacao: I - a todos conjuntamente; (o recibo sai em nome de todos...) II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. Obrigação de garantia Tem como objetivo eliminar os riscos que recaem sobre o credor, reparando suas consequências. Ex: fiador Nessas situações, o devedor não se livra da obrigação mesmo diante de eventos imprevisíveis como a força maior ou o caso fortuito, pois o conteúdo da obrigação é a eliminação de um risco, que é um evento casual ou fortuito, alheio à vontade do devedor. https://goodnotes.com/ É o ato voluntário pelo qual o devedor cumpre a sua obrigação, realizando a prestação devida ao credor. Pode se dar por meio de entrega de dinheiro, bens ou pela realização de um serviço. O pagamento extingue a obrigação. Natureza jurídica Gera consequência jurídicas, criando um novo estado jurídico entre as partes depois da obrigação ser extinta. Importante: depende da vontade das partes envolvidas. Teoria do Adimplemento Substancial Diz que uma obrigação pode ser considerada cumprida mesmo que não tenha sido executada de forma perfeita, desde que tenha sido substancialmente atendida. Mesmo que haja pequenas falhas ou imperfeições, se o resultado final for próximo do esperado, a obrigação pode ser considerada cumprida. • Depende do caso concreto e está fundamentada no princípio da boa- fé objetiva. • Se baseia na função social. Condições de pagamento Subjetivas condições pessoais das partes envolvidas no pagamento 1.Solvens: Refere-se à pessoa que possui legitimidade para efetuar o pagamento de uma obrigação. Geralmente, é o devedor, mas pode ser pagamento por terceiro interessado, pode ser outra pessoa. Ex: fiador ou avalista. 2.Accipiens: É o destinatário do pagamento, quem tem o direito de receber a prestação devida. Pode ser o credor original da obrigação ou seu representante legal. Objetivas 1.Local do pagamento: deve ser feito no lugar estipulado no contrato ou, na falta de estipulação, no domicílio do devedor. Se tiver mais de um local o credor escolhe. 2.Tempo do pagamento:no tempo estabelecido ou, na falta de estipulação, no tempo razoável após a contratação. Podendo o credor exigir imediatamente. 3.Modo de pagamento: deve ser feito conforme o estipulado no contrato ou, na falta de estipulação, de acordo com as normas legais. 4.Espécies de pagamento: a) Pagamento em moeda corrente, b) Pagamento em cheque ou outra forma bancária 5.Cumulação de prestações: é permitida a cumulação de prestações vencidas e não pagas em uma única parcela, desde que o credor concorde ou não resulte prejuízo ao credor. Lugar do pagamento • Por EXCEÇÃO, se o pagamento for feito no domicílio do próprio credor, as dívidas são PORTÁVEIS. OBS: se houver dois ou mais lugares para o pagamento, a escolha deverá ser feita pelo CREDOR . Se o bem for imóvel será no local. Em regra as dívidas são QUESÍVEIS (pagamento é feito no domicílio do devedor) Teoria do pagamento https://goodnotes.com/ Quitação do pagamento O ato jurídico que traduz a PROVA DO PAGAMENTO é a QUITAÇÃO, regulada a partir do RECIBO que é o documento da quitação, o instrumento da quitação. A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular, designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante - se faltarem requisitos valerá se comprovar haver sido paga a dívida. Em caso do credor negar a quitação, poderá o devedor ingressar com a consignação em pagamento Presunção de pagamento Pressupõe se que houve quitação quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores. Juro é um bem acessório, gerado pelo capital. Se o capital for quitado, há uma presunção que os juros também. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, em 60 dias, a falta do pagamento. Objeto do pagamento 1- O credor não é obrigado a receber prestação diversa, ainda que mais valiosa. Regra da intangibilidade do objeto. 2 - Princípio da indivisibilidade, o credor não é obrigado a receber nem o devedor a pagar por partes, se assim não se convencionou ou se a lei permitir. 3 - Princípio do nominalismo, nas obrigações pecuniárias, o devedor libera-se pagando a mesma quantidade de moeda prevista no título da obrigação. • Atualização do valor da dívida IGPM, INPC, ATR. • As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo VALOR NOMINA • O credor não está obrigado a receber em cheque nem em cartões de crédito ou débito • No pagamento por meio de cheque, a sua recusa indevida pode gerar dano moral. • É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas. Importante https://goodnotes.com/ FORMAS INDIRETAS de extinção da obrigação ou PAGAMENTO INDIRETO. 1- Consignação em pagamento Judicial Instituto jurídico à disposição do devedor para que, ante o obstáculo ao recebimento criado pelo credor ou quaisquer circunstâncias impeditivas do pagamento, exerça, por depósito da coisa devida, o direito de adimplir a prestação liberando-se no liame obrigacional. Motivos 1- Recusa injustificada do credor em receber o pagamento ou lhe dar quitação. 2- Subsistência de dúvidas sobre quem deve legitimamente receber o pagamento. 3-Impossibilidade de realizar o pagamento direto ao credor por causa de obstáculos a isso. Procedimento Feita judicialmente,onde o devedor deposita em juízo o valor ou coisa devida, ou extrajudicialmente, conforme as normas específicas para essa modalidade. Antes de proceder à consignação, o devedor deve notificar o credor, oferecendo o pagamento e informando do local, tempo e forma de realizá-lo.Efeitos Se a consignação for aceita, extingue a obrigação Se o credor não comparecer ou recusar o valor ou a coisa depositada sem justa causa, o juiz declarará extinta a obrigação. Levantamento do depósito pelo Devedor 1) Antes da aceitação ou impugnação do depósito nesse momento tem o devedor total liberdade para levantar a importância não saiu do seu patrimônio. 2) Depois da aceitação ou impugnação do depósito pelo credor: a oferta já está caracterizada, agora, somente com anuência do credor 3) Julgado procedente o depósito, o devedor já não poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão de acordo com os outros devedores e fiadores. Consignação de Coisa certa Procedimento Despesas de transporte Se a coisa devida é um bem imóvel ou um objeto específico, o devedor deve inicialmente convocar o credor para receber o bem. Se o credor se recusar a recebê-lo ou se ausentar, o devedor tem o direito de proceder com o depósito do item em juízo, garantindo assim a liberação de sua obrigação. Se a localização do bem a ser entregue não for o mesmo do local de pagamento todas as despesas decorrentes do transporte do bem para o local acordado ficam por conta do devedor. Consignação de coisa incerta direito de escolha pertence ao credor, este deve ser notificado para que faça sua escolha. Caso exista um prazo estabelecido pela lei ou contrato, ele deve ser respeitado; se não, o credor tem cinco dias para fazer a seleção Escolha da coisa Procedimento judicial Se o credor não fizer a escolha no tempo determinado, o juiz, designará o lugar, a data e a hora para a entrega do bem. Se o credor não se manifestar para receber o objeto ou se negar a fazer a escolha, o devedor pode proceder com a escolha. Depósito Uma vez feita a escolha pelo devedor, devido à inação ou recusa do credor, o objeto selecionado será depositado judicialmente, liberando o devedor da obrigação, Teoria do pagamento II https://goodnotes.com/ Despesas processuais Serão de responsabilidade do credor se o procedimento for julgado procedente. Se o procedimento for julgado improcedente, ou seja, se for determinado que o devedor não tinha razão, as despesas correrão à conta do devedor.Aceitação do credor sem impugnação Se o credor aceitar o objeto da consignação e der quitação sem qualquer impugnação, ou se o pedido de consignação for julgado procedente pelo juiz, a obrigação será considerada extinta. Além disso, o credor será condenado ao pagamento das custas Procedimento da ação de consignação em pagamento 1.Início do Procedimento: com o depósito pelo devedor da quantia ou coisa devida em juízo, seguido pela citação do credor para que aceite o depósito ou conteste a ação. 2.Procedimento Comum Após Citação: segue o procedimento comum, segue-se para as fases de defesa, saneamento, instrução probatória e decisão. 3. Natureza da Sentença: • Meramente Declaratória: Em geral, declara a extinção da obrigação se considerar o depósito idôneo e suficiente. • Condenatória: Excepcionalmente, se o réu alegar que o valor depositado é insuficiente e o autor não complementar o valor em 10 dias, a sentença pode também ter natureza condenatória, obrigando o autor a pagar a diferença. 4.Verbas Sucumbenciais: A sentença incluirá uma decisão sobre as verbas de sucumbência, condenando a parte perdedora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios. Consignação de prestações periódicas Quando o devedor já iniciou um processo de consignação em pagamento de uma prestação periódica e continua enfrentando o mesmo problema com as prestações subsequentes, ele pode depositar as novas prestações vencidas no mesmo processo. Prazo para depósito No prazo de até 5 dias contados da data de vencimento de cada prestação Economia processual incluir prestações sucessivas no mesmo processo visa promover a economia processual Intimação do réu Se recomenda que o réu seja intimado de cada depósito. Efeitos da não consignação Se o devedor falhar em consignar uma das prestações dentro do prazo estabelecido, ele não poderá continuar utilizando o mesmo processo para depósitos futuros de prestações vencidas. Consignação extrajudicial O devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida, se for em dinheiro, poderá depositar o valor no banco, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. Decorrido o prazo do contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. Não proposta a ação no prazo, ficará sem efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. https://goodnotes.com/ Requisitos • Prestação em dinheiro; • Devedor deve conhecer o endereço do credor; • Credor deve ser inidentificável e capaz de receber o pagamento. Competência territorial para consignação de aluguéis e encargos É determinada de acordo com a localização do imóvel ou pelo foro de eleição acordado no contrato. Em caso de depósito não integral Insuficiência do depósito Se o réu (credor) alegar que o valor depositado pelo autor (devedor) na ação de consignação é insuficiente,o autor pode complementar o valor em até 10 dias. Levantamento da quantia O réu pode levantar a quantia ou a coisa depositada, mesmo se alegar a insuficiência do depósito, gerando liberação parcial do autor e o processo continua apenas quanto à parte contestada do valor. Se o autor complementa o depósito o processo pode ser encerrado com resolução de mérito, declarando o autor liberado da obrigação. normal. Complementação Se o autor complementa o valor, isso pode ser visto como uma admissão de que o depósito original estava de fato insuficiente, o que pode levar seja responsabilizado pelas custas processuais e honorários advocatícios, mesmo que seu pedido seja eventualmente acolhido. Caso haja outras defesas apresentadas pelo réu, o processo segue seu curso normal. Resposta do réu Após ser citado, o réu tem 15 dias para apresentar a sua resposta Opções - aceitar o depósito,levando a extinção da obrigação. - Contestação,exceções ou reconvenção. - Levanta a quantia consignada mas impugna o valor em contestação, o processo não é extinto, mas segue para julgamento quanto à suficiência do valor depositado. Sentença e sucumbência Se o Réu aceita a consignação e levanta, é o reconhecimento da ação, podendo resultar em uma sentença que declara a extinção da obrigação. Dessa forma é condenado ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, especialmente se sua recusa ou atos foram a causa da necessidade da ação de consignação. SUB-ROGAÇÃO (substituição) Uma terceira parte paga uma dívida e assume a posição do credor original. Isso significa que, após o pagamento, o novo pagador adquire os direitos que o credor original tinha em relação ao devedor. Sub-rogação legal • Quando um credor que tem preferência sobre outros, em razão de privilégios ou hipotecas, paga a um credor que esteja em situação de vantagem sobre ele; • Quando alguém, não interessado, paga a dívida em seu próprio nome, tendo interesse jurídico em fazê-lo; - Quando, pagando a dívida, o terceiro adquire o direito de reembolso (por exemplo, o pagamento de uma dívida garantida por penhor ou hipoteca); https://goodnotes.com/ Nestes casos, a sub-rogação ocorreautomaticamente pelo ato de pagamento, e o novo credor assume os direitos e ações que o credor original possuía contra o devedor. Sub-rogação convencional Quando o devedor obtém um acordo com um terceiro para que este pague a dívida, e fica estabelecido que o terceiro assumirá a posição de credor após o pagamento. Isso também pode ocorrer quando o credor recebe o pagamento de um terceiro e, mediante acordo, permite que esse terceiro assuma seus direitos em relação à dívida. Características Deve ser expressa, estar acordadas e documentadas, no momento do pagamento ou por meio de um acordo prévio entre as partes. Efeitos O novo credor pode usar todos os mecanismos legais e garantias que estavam disponíveis para o credor original para cobrar a dívida. Vantagens e limitações Pode ser usava como planejamento financeiro e não pode prejudicar terceiros. Imputação de pagamento se dá quando é feita a indicação, dentre dois ou mais débitos da mesma natureza, de qual deles será solvido. Como A imputação será feita pelo DEVEDOR. MAS, se o devedor não fizer a imputação, a imputação é feita pelo CREDOR. Se nenhum imputar a imputação do pagamento é feita pela LEI. O pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital Se o devedor não fizer a indicação e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas vidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa Se vencerem na mesma data, será imputada aquela que tem a multa mais alta, a que tenha cláusula penal mais severa, Novação Surge através do acordo entre partes que estabelecem uma nova obrigação, com o objetivo de substituir e anular uma dívida anterior. É baseado no consentimento mútuo. IMPORTANTE: No entanto, se o novo acordo simplesmente substitui o objeto da dívida original sem alterar a essência da obrigação, não se configura uma novação. Requisitos 1- Obrigação Preexistente: só é aplicável se houver uma dívida anterior existente legalmente, se a dívida original for anulável, isso não impede a novação; contudo, dívidas nulas ou já extintas não são passíveis de novação. 2- Novidade Substancial: Deve haver a criação de uma obrigação significativamente diferente da original. 3- Intenção de Novar: deve haver vontade explícita das partes em criar uma nova obrigação, substituindo a anterior. Mesmo após a novação, se identificada uma cláusula prejudicial oriunda do contrato original, a parte afetada tem o direito de contestá-la. Cláusulas abusivas ver art.43349 https://goodnotes.com/ Novação Objetiva uma forma de novação onde o devedor estabelece uma nova dívida com o credor, com o propósito expresso de anular e substituir a dívida anterior. Novação Subjetiva Quando há uma alteração no polo das partes envolvidas na dívida original, por substituição do devedor, quando um novo devedor entra , assumindo a dívida e liberando o devedor original, com consentimento do credor. Delegação o devedor antigo participa do ato novatório, aquiescendo com o ingresso do novo devedor que assume obrigação nova. Relação é mais triangular, os três participam do ato novatório. Importante: se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição. Efeitos da novação A novação libera garantias e acessórios da dívida original, a não ser que haja um acordo contrário. Se uma novação é feita entre o credor e um dos devedores solidários, apenas as garantias referentes ao devedor que assumiu a nova dívida são mantidas, liberando os demais devedores solidários. Importante: se você é fiador de uma dívida e o credor e o devedor principal concordam em alterar essa dívida de forma significativa sem consultar você ou obter seu acordo, você não estará mais obrigado a garantir o pagamento da nova dívida. Entre credor e um devedor solidário Um novo acordo entre o credor e apenas um dos devedores solidários. Esse novo acordo cria uma nova obrigação, substituindo a obrigação original, exonerando os outros devedores. Dação em pagamento Onde o credor aceita receber uma prestação diferente da originalmente devida, ela ocorre dentro da obrigação original. Requisitos 1.Existência de uma obrigação anteriormente vencida. 2.Consentimento do credor em receber uma prestação diferente. 3.Realização da nova prestação pelo devedor. 4.Intenção de pagar a dívida (animus solvendi). Da evicção Se o credor receber algo em dação e posteriormente perder esse bem por evicção a obrigação original é restabelecida. Pensão alimentícia É possível dar um imóvel como pagamento. Remissão Ocorre quando o credor decide perdoar a dívida do devedor, e este aceita o perdão. Esse ato jurídico pode ser total, extinguindo a dívida inteira, ou parcial, anulando apenas uma parte da dívida. Exige que o devedor aceite a remissão Remissão Expressa Remissão Tácita É feita por escrito por meio de envio de carta declarando que perdoou a dívida, Feita por ações que indicam que o credor desistiu da dívida, parar de cobrar ou declara publicamente que não cobra a dívida. - https://goodnotes.com/ Efeitos Se a dívida é solidária entre vários codevedores, a remissão concedida a um deles extingue a dívida apenas na parte que lhe corresponde, sem afetar a obrigação dos demais, exceto pelo ajuste da quantia total devida. Implicações na prática Tem implicações legais significativas, especialmente quando envolve terceiros ou é feita em momentos de insolvência. Confusão Ocorre quando uma pessoa assume simultaneamente as posições de credor e devedor numa mesma relação de dívida, resultando na extinção da obrigação. Importante: Se a situação que causou a confusão for revertida, a obrigação original é restaurada com todos os seus termos e garantias. Compensações Mecanismo de extinção de obrigações onde duas pessoas se encontram simultaneamente na posição de credor e devedor uma da outra. Compensação legal Os requisitos estabelecidos por lei são atendidos,dívidas líquidas, vencidas do mesmo tipo e fungíveis, precisa ser alegada pelo interessado em juízo. Compensação convencional Acordada entre as partes, pode abranger dívidas que não satisfazem completamente os requisitos legais. Este tipo respeita o princípio da autonomia privada. Compensação judicial Determinada pelo juiz, pode ser aplicada dentro de um processo, independentemente de solicitação das partes Exceção: à regra da reciprocidade permitindo que o fiador compense a sua dívida com a do afiançado, caso tenha um crédito contra o credor. Impossibilidade I - se provier de esbulho, furto ou roubo; II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos; III - se uma for de coisa não suscetível de penhora. Buscam proteger relações de confiança, garantir o sustento básico e resguardar bens de caráter pessoal e essencial. Aspectos tributários Em matéria tributária, as regras de compensação são específicas e regidas por legislação própria https://goodnotes.com/ Transação É um mecanismo jurídico destinado a prevenir ou encerrar litígios por meio de concessões mútuas entre as partes. Elementos • Acordo de vontades entre as partes envolvidas. • Controvérsia sobre uma relação jurídica. • Intenção de prevenir ou terminar um litígio. • Concessões recíprocas entre as partes. Extrajudicial Judicial Durante processo judicial e tem por objetivo terminar um litígio em curso. Forma Deve ser feita por escritura pública* quando exigido por lei, ou por instrumento particular para os casos permitidos. Se em juízo, deve ser realizada por escritura pública ou por termo nos autos, assinado pelas partes e homologado pelo juiz.Objeto Direitos patrimoniais de caráter privado Bens imóveis: deve ser feita por escritura pública Direitos reais de garantia: hipotecas ou penhores sobre bens imóveis, por escritura pública. Herança de Imóveis: escritura pública. Cessãode Direitos Hereditários: acordo registrado por escritura pública. Desistência de usucapião: acordo formalizado por escritura pública. Características Indivisibilidade: se uma cláusula da transação for nula, todo o acordo pode ser invalidado. Interpretação restritiva: as cláusulas devem ser interpretadas de maneira restrita, sem ampliação de seu escopo. Natureza declaratória: a transação declara ou reconhece direitos, não os transferindo. Efeitos Semelhante a coisa julgada entre as partes envolvidas, extinção de acessórios da obrigação principal envolvida na transação. https://goodnotes.com/
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