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Resumo obrigações civis

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O sujeito ativo, o credor, busca a satisfação da 
prestação pelo sujeito passivo, o devedor, de forma 
voluntária ou coativa.
O objeto da obrigação é a prestação, que pode ser 
uma atividade ou conduta do devedor em benefício 
do credor. 
Obrigação
Positiva
De dar
De fazer
Negativa De não fazer
Licita 
Possível 
Determinável 
A obrigação deve ter um 
VALOR ECONÔMICO
-débito (debitum, Schuld)
 - responsabilidade (obligatio, 
Haftung)
Obrigações e responsabilidade civil N1
Direito das Obrigações disciplina essencialmente três coisas: 
1- as relações de intercâmbio de bens entre as pessoas e de prestação de serviços (obrigações negociais)
2- reparação de danos que umas pessoas causem a outras (responsabilidade civil em geral, ou em sentido estrito) 
3- benefícios indevidamente auferidos com o aproveitamento de bens ou direitos de outras pessoas, a sua devolução ao 
respectivo titular (enriquecimento sem causa)
Entre CREDOR (ativo) e DEVEDOR (passivo) e tem como objeto uma prestação pessoal econômica 
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Obrigações
Naturais Reais
Onde mesmo sem exigibilidade jurídica, o 
pagamento voluntário não pode ser reavido 
pelo devedor, sendo uma exceção ao 
sistema de obrigações civil
São o conjunto de princípios e regras que disciplina uma 
relação jurídica entre pessoas tendo em vista bens.
Às obrigação reais são mistas, pois são vinculadas a um 
direito real, mas tem natureza obrigacional. 
• Devedor se livra da obrigação ao se desfazer do bem 
• Proprietário se livra da obrigação ao se desfazer do 
bem.
 encargos que limitam o uso da coisa, 
impondo ao seu proprietário uma 
obrigação, o titular do ônus pode não 
cumprir com ele, sujeitando-se a certas 
consequências, mas não sendo 
obrigado a fazê-lo.
Ônus reais
Obrigação com eficácia real
São aquelas que transmitem-se e são oponíveis a 
terceiro que adquire o direito sobre um bem.
Obrigação positiva de dar Coisa certa
Abrange os acessórios do bem 
individualizado, determinado, medido e qualificado
Caso de perca
Sem culpa do devedor, antes da tradição, 
ou pendente a condição suspensiva, fica 
resolvida a obrigação para ambas as partes;
Se a perda resultar de CULPA do devedor, 
responderá este pelo equivalente e mais 
perdas e danosObrigação positiva de dar Coisa incerta
prestação é relativa ou temporariamente indeterminada, 
obrigação indicada apenas pelo gênero e quantidade, 
devendo o devedor escolher (concentração de débito).
Feita a escolha a obrigação 
transforma-se em coisa certa 
Obrigação de fazer
Tem por objeto a prestação de um fato 
positivo, traduzindo a própria 
atividade do devedor com propósito 
de satisfazer o crédito. São trabalhos 
a serem executados, de ordem física, 
artística, intelectual ou científica.
Nessa são importantes e levadas em consideração, 
principalmente se o serviço é medido pelo gênero, 
tempo e qualidade. Sobressaí o caráter da pessoa 
prestadora do serviço (devedor).
Fungível
Pode ser realizada por outra pessoa, não apenas o 
devedor
Infungível
é aquela que somente pode ser dada pelo 
devedor, seja por se tratar de fato 
personalíssimo ou por convenção das 
partes.
Se culposamente não a cumprir, arcará com perdas 
e danos. Sem prejuízo da tutela específica.
Se a obrigação de fazer é fungível e o devedor 
não cumpriu, eu sendo credor posso contratar 
um terceiro para que faça e depois vou cobrar o 
devedor.
 
I -
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Obrigação de não fazer
Tem objeto uma prestação de fato negativo; neste tipo de obrigação, o devedor assume juridicamente o 
dever de realizar um comportamento omissivo de interesse do credor
Impossibilidade de cumprir
Extingue-se a obrigação 
de não fazer, desde que, 
sem culpa do devedor, 
se lhe torne impossível 
abster-se do ato, que se 
obrigou a não praticar.
Inadimplemento
Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o 
credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à 
sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar 
desfazer, independentemente de autorização judicial, sem 
prejuízo do ressarcimento devido. 
Desfazer o ato às custas do devedor
Assegura o credor da obrigação negativa a via judiciária para obter sentença que imponha 
ao devedor o desfazimento daquilo a cuja abstenção se obrigara, ou a autorização para que 
desfaça por si ou por outrem às expensas do devedor.
Atos Unilaterais
São manifestações de vontade de uma pessoa que, por si só, criam obrigações para ela, sem a necessidade 
de aceitação por parte de outra pessoa
Promessa de recompensa Gestão de negócios Pagamento indevido
Aquele que oferecer recompensa 
em anúncio público obriga-se a 
cumprir o prometido"
"Aquele que, sem autorização, 
administra negócio alheio, (...), é 
obrigado a restituir o que dele 
auferiu, (...), e a indenizar o dono 
do negócio por todos os 
prejuízos sofridos".
Todo aquele que receber o que lhe 
não era devido fica obrigado a 
restituir; obrigação que incumbe 
àquele que recebeu, (...), de ressarcir 
o que se despendeu com o 
pagamento indevido, (...), e de pagar 
os juros legais desde o evento".
Classificação das obrigações ll
Natural ou Imperfeita
É uma situação em que há uma 
relação de dever ou obrigação 
entre as partes, mas que não 
pode ser exigida judicialmente.
A obrigação natural gera 
o efeito jurídico da 
“SOLUTI RETENTIO” 
Meio ou resultado 
Na obrigação de meio, o devedor se compromete a 
realizar uma atividade com diligência, utilizando os meios 
ao seu alcance para alcançar um determinado objetivo, 
mas sem garantir o resultado. Já na obrigação de 
resultado, o devedor se compromete a alcançar um 
resultado específico e determinado, assumindo a 
responsabilidade pelo sucesso ou fracasso da empreitada.
Cirugia estética: RESULTADO
Outras relações médico- paciente: MEIO
I
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Responsabilidade do Estado
É a obrigação dos órgãos públicos e demais entes estatais de reparar os danos que seus agentes causarem 
no exercício da função pública.
Objetiva Subjetiva
Quando os atos praticados pelos 
agentes públicos resultam em prejuízos 
ou danos a terceiros, mesmo sem culpa
Quando basta demonstrar o dano provocado 
pelo agente do Estado, e o nexo causal. 
Também quando o Estado deveria agir, mas 
não o faz, ou quando os danos são causados 
por atos de terceiros ou fenômenos da 
natureza. 
Nessas hipóteses é necessário comprovar que 
houve culpa, ou dolo do agente. Caso o 
Estado seja responsabilizado, tem direito de 
entrar com ação contra os causadores do 
dano.
A responsabilidade do Estado é afastada 
por: caso fortuito ou força maior, estado 
de necessidade ou culpa exclusiva da 
vítima.
Obrigação solidária
Na mesma obrigação, concorre uma pluralidade de credores ou devedores, cada um com direito ou 
obrigado a toda dívida.
Solidariedade passiva
O credor tem o direito de exigir o pagamento integral da dívida de qualquer um dos devedores 
solidários, ficando a critério dele como irá realizar a cobrança.
Se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais 
devedores continuam obrigados solidariamente 
pelo resto.
Não importará renúncia da solidariedade a 
propositura de ação pelo credor contra um ou 
alguns dos devedores.
Por força de lei:
• Os pais pelos filhos,
• o tutor e o curador pelos pupilos e curatelados, 
• o empregador ou comitente, por seus empregados,
• os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, 
• os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime.
Culpa
prestação por culpa de um dos devedores 
solidários, subsiste para todos o encargo de 
pagar o equivalente; mas pelas perdas e 
danos só responde o culpado.
se a prestação se tornar impossível por culpa 
de um dos devedores, todos os devedores 
solidários serão responsáveis pelo equivalente
Impossível 
I
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Remissão Renúncia
Da solidariedade passivaÉ o ato pelo qual o credor concede ao devedor 
a liberação total ou parcialda dívida, ele deixa 
de ser responsável pela parte remitida, e os 
demais devedores permanecem responsáveis 
pelo restante da dívida, podendo o credor 
cobrar o valor remanescente dos demais 
devedores solidários.
 É o ato pelo qual um dos devedores solidários 
abre mão da solidariedade em relação aos demais 
devedores. Isso significa que ele deixa de ser 
solidariamente responsável pela dívida, mas 
também implica que ele não poderá mais cobrar 
dos demais devedores a parte que pagou a mais.
Em relação a um dos devedores não impede o 
credor de cobrar a totalidade da dívida dos 
demais devedores.
Insolvência de um dos devedores
É uma declarada judicial de que as dívidas do devedor 
são maiores do que o seu patrimônio, dessa forma a 
cota do insolvente se divide entre os demais, sendo 
eles sub-rogados nos direitos de credor contra 
devedor.
Solidariedade ativa
Um dos credores pode exigir do devedor o pagamento de parte ou da totalidade da dívida, e, caso 
receba o pagamento, ele deve repassar aos demais credores as respectivas partes, extinguindo a dívida.
O credor que tiver REMISSÃO da dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que 
lhes caiba. Ainda que responda em face dos demais, ele poderá perdoar toda a dívida.
O julgamento contrário a um dos credores solidários não 
atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita- lhes, 
Obrigação Alternativa ou Disjuntiva
Nesse tipo de obrigação, o devedor se 
compromete a cumprir uma das prestações 
dentre várias possíveis, e não todas.
Obrigação cumulativa ou conjuntiva
O devedor se compromete a cumprir todas as 
prestações estabelecidas conjuntamente.
 O devedor se compromete a cumprir uma prestação específica, mas tem a faculdade de 
substituir essa prestação por outra, geralmente uma prestação em dinheiro. 
Obrigação 
facultativa
->Insolvente participa -Insolvente participa
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Características da obrigação facultativa 
1- O credor não pode exigir a prestação facultativa;
2- Se a prestação original se tornar impossível a obrigação se extingue;
3- Somente defeito na prestação pode invalidada.
Obrigação divisível Obrigação indivisível
 É aquela em que a prestação pode ser 
fracionada, permitindo o cumprimento 
parcial. 
É aquela em que a prestação não pode ser 
dividida sem perder sua utilidade ou valor. 
 Se a prestação for convertida em perdas 
e danos, a indivisibilidade cessa
Pluralidade de credores, cessará a onrjgacao:
I - a todos conjuntamente; (o recibo sai em nome de todos...)
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.
Obrigação de garantia
Tem como objetivo eliminar os riscos que recaem sobre o credor, reparando suas consequências. Ex: 
fiador 
Nessas situações, o devedor não se livra da obrigação mesmo diante de eventos imprevisíveis como a 
força maior ou o caso fortuito, pois o conteúdo da obrigação é a eliminação de um risco, que é um 
evento casual ou fortuito, alheio à vontade do devedor.
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É o ato voluntário pelo qual o devedor cumpre a sua obrigação, realizando a prestação devida ao credor. 
Pode se dar por meio de entrega de dinheiro, bens ou pela realização de um serviço. O pagamento extingue 
a obrigação.
Natureza jurídica 
Gera consequência jurídicas, 
criando um novo estado 
jurídico entre as partes depois 
da obrigação ser extinta.
Importante: depende da vontade das partes envolvidas.
Teoria do Adimplemento Substancial 
Diz que uma obrigação pode ser considerada cumprida mesmo que não tenha sido executada de forma 
perfeita, desde que tenha sido substancialmente atendida. Mesmo que haja pequenas falhas ou 
imperfeições, se o resultado final for próximo do esperado, a obrigação pode ser considerada cumprida.
• Depende do caso concreto e está fundamentada no princípio da boa- fé objetiva.
• Se baseia na função social.
Condições de pagamento
Subjetivas 
condições pessoais das partes envolvidas no 
pagamento
1.Solvens: Refere-se à pessoa que possui 
legitimidade para efetuar o pagamento de 
uma obrigação. Geralmente, é o devedor, 
mas pode ser pagamento por terceiro 
interessado, pode ser outra pessoa.
Ex: fiador ou avalista.
2.Accipiens: É o destinatário do pagamento, 
quem tem o direito de receber a prestação 
devida. Pode ser o credor original da 
obrigação ou seu representante legal.
Objetivas
1.Local do pagamento: deve ser feito no lugar 
estipulado no contrato ou, na falta de estipulação, 
no domicílio do devedor. Se tiver mais de um local 
o credor escolhe.
2.Tempo do pagamento:no tempo estabelecido 
ou, na falta de estipulação, no tempo razoável 
após a contratação. Podendo o credor exigir 
imediatamente.
3.Modo de pagamento: deve ser feito 
conforme o estipulado no contrato ou, na falta 
de estipulação, de acordo com as normas 
legais.
4.Espécies de pagamento: a) Pagamento em 
moeda corrente, b) Pagamento em cheque ou 
outra forma bancária 
5.Cumulação de prestações: é permitida a 
cumulação de prestações vencidas e não 
pagas em uma única parcela, desde que o 
credor concorde ou não resulte prejuízo ao 
credor.
Lugar do pagamento
• Por EXCEÇÃO, se o pagamento for feito no domicílio do próprio credor, as dívidas são PORTÁVEIS.
OBS: se houver dois ou mais lugares para o pagamento, a escolha deverá ser feita pelo CREDOR .
Se o bem for imóvel será no local.
Em regra as dívidas são QUESÍVEIS 
(pagamento é feito no domicílio do devedor)
Teoria do pagamento
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Quitação do pagamento O ato jurídico que traduz a PROVA DO PAGAMENTO é a QUITAÇÃO, regulada a 
partir do RECIBO que é o documento da quitação, o instrumento da quitação.
A quitação, que sempre poderá ser dada por 
instrumento particular, designará o valor e a espécie 
da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por 
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com 
a assinatura do credor, ou do seu representante - se 
faltarem requisitos valerá se comprovar haver sido 
paga a dívida.
Em caso do credor negar a quitação, 
poderá o devedor ingressar com a 
consignação em pagamento
Presunção de pagamento
Pressupõe se que houve quitação quando o pagamento for em quotas periódicas, a quitação da 
última estabelece, até prova em contrário, a presunção de estarem solvidas as anteriores.
Juro é um bem acessório, gerado pelo capital. Se o capital 
for quitado, há uma presunção que os juros também.
Ficará sem efeito a quitação assim 
operada se o credor provar, em 60 
dias, a falta do pagamento.
Objeto do pagamento 1- O credor não é obrigado a receber prestação diversa, 
ainda que mais valiosa. Regra da intangibilidade do objeto.
2 - Princípio da indivisibilidade, o credor não é 
obrigado a receber nem o devedor a pagar por 
partes, se assim não se convencionou ou se a 
lei permitir.
3 - Princípio do nominalismo, nas obrigações 
pecuniárias, o devedor libera-se pagando a mesma 
quantidade de moeda prevista no título da obrigação.
• Atualização do valor da dívida IGPM, INPC, ATR.
• As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no vencimento, em moeda corrente e pelo 
VALOR NOMINA
• O credor não está obrigado a receber em cheque nem em cartões de crédito ou débito
• No pagamento por meio de cheque, a sua recusa indevida pode gerar dano moral.
• É lícito convencionar o aumento progressivo de prestações sucessivas.
Importante
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FORMAS INDIRETAS de 
extinção da obrigação ou 
PAGAMENTO INDIRETO.
1- Consignação em pagamento Judicial
Instituto jurídico à disposição do devedor para que, ante o obstáculo ao recebimento criado pelo credor 
ou quaisquer circunstâncias impeditivas do pagamento, exerça, por depósito da coisa devida, o direito 
de adimplir a prestação liberando-se no liame obrigacional.
Motivos
1- Recusa injustificada do credor em receber 
o pagamento ou lhe dar quitação.
2- Subsistência de dúvidas sobre quem deve 
legitimamente receber o pagamento. 
3-Impossibilidade de realizar o pagamento 
direto ao credor por causa de obstáculos a 
isso.
Procedimento
Feita judicialmente,onde o devedor 
deposita em juízo o valor ou coisa devida, 
ou extrajudicialmente, conforme as 
normas específicas para essa modalidade. 
Antes de proceder à consignação, o 
devedor deve notificar o credor, 
oferecendo o pagamento e informando do 
local, tempo e forma de realizá-lo.Efeitos
Se a consignação for aceita, extingue a obrigação
Se o credor não comparecer ou recusar o valor ou a 
coisa depositada sem justa causa, o juiz declarará 
extinta a obrigação.
Levantamento do depósito pelo Devedor
1) Antes da aceitação ou impugnação do 
depósito nesse momento tem o devedor total 
liberdade para levantar a importância não saiu 
do seu patrimônio. 
2) Depois da aceitação ou impugnação do depósito 
pelo credor: a oferta já está caracterizada, agora, 
somente com anuência do credor
3) Julgado procedente o depósito, o devedor já não 
poderá levantá-lo, embora o credor consinta, senão 
de acordo com os outros devedores e fiadores.
Consignação de Coisa certa Procedimento Despesas de transporte
Se a coisa devida é um bem imóvel ou um objeto específico, 
o devedor deve inicialmente convocar o credor para receber 
o bem. Se o credor se recusar a recebê-lo ou se ausentar, o 
devedor tem o direito de proceder com o depósito do item 
em juízo, garantindo assim a liberação de sua obrigação.
Se a localização do bem a ser entregue não 
for o mesmo do local de pagamento todas 
as despesas decorrentes do transporte do 
bem para o local acordado ficam por conta 
do devedor.
Consignação de coisa incerta
direito de escolha pertence ao credor, 
este deve ser notificado para que faça 
sua escolha. Caso exista um prazo 
estabelecido pela lei ou contrato, ele 
deve ser respeitado; se não, o credor 
tem cinco dias para fazer a seleção
Escolha da coisa
Procedimento judicial
Se o credor não fizer a escolha no 
tempo determinado, o juiz, designará 
o lugar, a data e a hora para a 
entrega do bem. Se o credor não se 
manifestar para receber o objeto ou 
se negar a fazer a escolha, o 
devedor pode proceder com a 
escolha.
Depósito 
Uma vez feita a escolha 
pelo devedor, devido à 
inação ou recusa do credor, 
o objeto selecionado será 
depositado judicialmente, 
liberando o devedor da 
obrigação, 
Teoria do pagamento II
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Despesas processuais Serão de responsabilidade do credor se o procedimento for julgado procedente.
Se o procedimento for julgado improcedente, ou seja, se for determinado que o 
devedor não tinha razão, as despesas correrão à conta do devedor.Aceitação do credor 
sem impugnação
Se o credor aceitar o objeto da consignação e der quitação sem qualquer impugnação, ou se o pedido 
de consignação for julgado procedente pelo juiz, a obrigação será considerada extinta. Além disso, o 
credor será condenado ao pagamento das custas
Procedimento da ação de consignação em pagamento
1.Início do Procedimento: com o depósito pelo devedor da quantia ou coisa devida em juízo, seguido 
pela citação do credor para que aceite o depósito ou conteste a ação.
2.Procedimento Comum Após Citação: segue o procedimento comum, segue-se para as fases de 
defesa, saneamento, instrução probatória e decisão.
3. Natureza da Sentença:
• Meramente Declaratória: Em geral, declara a extinção da obrigação se considerar o depósito idôneo e 
suficiente.
• Condenatória: Excepcionalmente, se o réu alegar que o valor depositado é insuficiente e o autor não 
complementar o valor em 10 dias, a sentença pode também ter natureza condenatória, obrigando o 
autor a pagar a diferença.
4.Verbas Sucumbenciais: A sentença incluirá uma decisão sobre as verbas de sucumbência, 
condenando a parte perdedora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios.
Consignação de prestações periódicas
Quando o devedor já iniciou um processo de consignação em pagamento de uma prestação periódica e 
continua enfrentando o mesmo problema com as prestações subsequentes, ele pode depositar as novas 
prestações vencidas no mesmo processo.
Prazo para depósito
No prazo de até 5 
dias contados da 
data de vencimento 
de cada prestação
Economia processual
incluir prestações 
sucessivas no mesmo 
processo visa promover 
a economia processual
Intimação do réu
Se recomenda 
que o réu seja 
intimado de cada 
depósito.
Efeitos da não consignação 
Se o devedor falhar em 
consignar uma das 
prestações dentro do prazo 
estabelecido, ele não poderá 
continuar utilizando o mesmo 
processo para depósitos 
futuros de prestações 
vencidas.
Consignação extrajudicial
O devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, 
a consignação da quantia ou da coisa devida, se for em 
dinheiro, poderá depositar o valor no banco, situado no 
lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta 
com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) 
dias para a manifestação de recusa. Decorrido o prazo do 
contado do retorno do aviso de recebimento, sem a 
manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor 
liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a 
quantia depositada.
Ocorrendo a recusa, manifestada por 
escrito ao estabelecimento bancário, 
poderá ser proposta, dentro de 1 
(um) mês, a ação de consignação, 
instruindo-se a inicial com a prova do 
depósito e da recusa.
Não proposta a ação no prazo, ficará sem 
efeito o depósito, podendo levantá-lo o 
depositante.
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Requisitos • Prestação em dinheiro;
• Devedor deve conhecer o endereço do credor;
• Credor deve ser inidentificável e capaz de receber o pagamento.
Competência territorial para consignação de aluguéis e encargos
É determinada de acordo com a localização do imóvel ou pelo foro de eleição acordado no contrato. 
Em caso de depósito não integral Insuficiência do depósito
Se o réu (credor) alegar que o valor depositado pelo autor (devedor) na 
ação de consignação é insuficiente,o autor pode complementar o valor 
em até 10 dias.
Levantamento da quantia
O réu pode levantar a quantia ou a coisa depositada, mesmo se alegar a insuficiência do depósito, gerando 
liberação parcial do autor e o processo continua apenas quanto à parte contestada do valor. Se o autor 
complementa o depósito o processo pode ser encerrado com resolução de mérito, declarando o autor 
liberado da obrigação. normal.
Complementação Se o autor complementa o valor, isso pode ser visto como uma admissão de que o 
depósito original estava de fato insuficiente, o que pode levar seja responsabilizado 
pelas custas processuais e honorários advocatícios, mesmo que seu pedido seja 
eventualmente acolhido. Caso haja outras defesas apresentadas pelo réu, o processo 
segue seu curso normal.
Resposta do réu Após ser citado, o réu tem 15 dias para apresentar a sua resposta
Opções - aceitar o depósito,levando a extinção da obrigação.
- Contestação,exceções ou reconvenção.
- Levanta a quantia consignada mas impugna o valor em contestação, o processo não é 
extinto, mas segue para julgamento quanto à suficiência do valor depositado.
Sentença e sucumbência
Se o Réu aceita a consignação e levanta, é o reconhecimento da ação, podendo resultar em uma sentença 
que declara a extinção da obrigação. Dessa forma é condenado ao pagamento das custas processuais e 
dos honorários advocatícios, especialmente se sua recusa ou atos foram a causa da necessidade da ação 
de consignação.
SUB-ROGAÇÃO (substituição)
Uma terceira parte paga uma dívida e assume a posição do credor 
original. Isso significa que, após o pagamento, o novo pagador 
adquire os direitos que o credor original tinha em relação ao devedor.
Sub-rogação legal
• Quando um credor que tem preferência sobre outros, em razão de privilégios ou hipotecas, paga a 
um credor que esteja em situação de vantagem sobre ele;
• Quando alguém, não interessado, paga a dívida em seu próprio nome, tendo interesse jurídico em 
fazê-lo;
- Quando, pagando a dívida, o terceiro adquire o direito de reembolso (por exemplo, o pagamento 
de uma dívida garantida por penhor ou hipoteca);
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Nestes casos, a sub-rogação ocorreautomaticamente pelo ato de pagamento, e o novo credor 
assume os direitos e ações que o credor original possuía contra o devedor. 
Sub-rogação convencional 
Quando o devedor obtém um acordo com um terceiro para que este pague a dívida, e fica estabelecido 
que o terceiro assumirá a posição de credor após o pagamento. Isso também pode ocorrer quando o 
credor recebe o pagamento de um terceiro e, mediante acordo, permite que esse terceiro assuma seus 
direitos em relação à dívida.
Características Deve ser expressa, estar acordadas e documentadas, no momento do 
pagamento ou por meio de um acordo prévio entre as partes.
Efeitos O novo credor pode usar todos os mecanismos legais e garantias 
que estavam disponíveis para o credor original para cobrar a dívida.
Vantagens e limitações Pode ser usava como planejamento financeiro e não pode prejudicar 
terceiros.
Imputação de pagamento se dá quando é feita a indicação, dentre dois ou mais 
débitos da mesma natureza, de qual deles será solvido.
Como
A imputação será feita pelo DEVEDOR. MAS, se o devedor 
não fizer a imputação, a imputação é feita pelo CREDOR.
Se nenhum imputar a imputação do 
pagamento é feita pela LEI.
O pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital
Se o devedor não fizer a indicação e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas 
vidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo 
tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa
Se vencerem na mesma data, será imputada aquela que tem a multa mais alta, a que tenha cláusula 
penal mais severa,
Novação Surge através do acordo entre partes que estabelecem uma nova obrigação, com o 
objetivo de substituir e anular uma dívida anterior. É baseado no consentimento mútuo.
IMPORTANTE: No entanto, se o novo acordo simplesmente substitui o objeto da 
dívida original sem alterar a essência da obrigação, não se configura uma novação.
Requisitos
1- Obrigação Preexistente: só é aplicável se houver uma dívida anterior existente legalmente, se a dívida 
original for anulável, isso não impede a novação; contudo, dívidas nulas ou já extintas não são passíveis 
de novação.
2- Novidade Substancial: Deve haver a criação de uma obrigação significativamente diferente da original.
3- Intenção de Novar: deve haver vontade explícita das partes em criar uma nova obrigação, substituindo 
a anterior.
Mesmo após a novação, se identificada uma cláusula prejudicial oriunda 
do contrato original, a parte afetada tem o direito de contestá-la.
Cláusulas abusivas 
ver art.43349
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Novação Objetiva uma forma de novação onde o devedor estabelece uma nova dívida com o credor, 
com o propósito expresso de anular e substituir a dívida anterior.
Novação Subjetiva Quando há uma alteração no polo das partes envolvidas na dívida original, por 
substituição do devedor, quando um novo devedor entra , assumindo a dívida e 
liberando o devedor original, com consentimento do credor.
Delegação o devedor antigo participa do ato novatório, aquiescendo com o ingresso do novo devedor que 
assume obrigação nova. Relação é mais triangular, os três participam do ato novatório.
Importante: se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva 
contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição.
Efeitos da novação
 A novação libera garantias e acessórios da 
dívida original, a não ser que haja um 
acordo contrário. Se uma novação é feita 
entre o credor e um dos devedores 
solidários, apenas as garantias referentes 
ao devedor que assumiu a nova dívida são 
mantidas, liberando os demais devedores 
solidários.
Importante: se você é fiador de uma dívida e o 
credor e o devedor principal concordam em alterar 
essa dívida de forma significativa sem consultar 
você ou obter seu acordo, você não estará mais 
obrigado a garantir o pagamento da nova dívida.
Entre credor e um devedor solidário
Um novo acordo entre o credor e apenas um dos devedores solidários. Esse novo acordo cria uma 
nova obrigação, substituindo a obrigação original, exonerando os outros devedores.
Dação em pagamento Onde o credor aceita receber uma prestação diferente da originalmente 
devida, ela ocorre dentro da obrigação original.
Requisitos 1.Existência de uma obrigação anteriormente vencida.
2.Consentimento do credor em receber uma prestação diferente.
3.Realização da nova prestação pelo devedor.
4.Intenção de pagar a dívida (animus solvendi).
Da evicção
Se o credor receber 
algo em dação e 
posteriormente 
perder esse bem por 
evicção a obrigação 
original é 
restabelecida.
Pensão alimentícia É possível dar um imóvel como pagamento.
Remissão
Ocorre quando o credor decide perdoar a dívida do devedor, e este aceita o perdão. Esse ato jurídico 
pode ser total, extinguindo a dívida inteira, ou parcial, anulando apenas uma parte da dívida.
Exige que o devedor aceite a remissão Remissão Expressa Remissão Tácita
É feita por escrito por meio de 
envio de carta declarando que 
perdoou a dívida,
Feita por ações que indicam que o 
credor desistiu da dívida, parar de 
cobrar ou declara publicamente 
que não cobra a dívida.
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Efeitos Se a dívida é solidária entre vários codevedores, a remissão concedida a um deles extingue a 
dívida apenas na parte que lhe corresponde, sem afetar a obrigação dos demais, exceto pelo 
ajuste da quantia total devida.
Implicações na prática Tem implicações legais significativas, especialmente quando 
envolve terceiros ou é feita em momentos de insolvência.
Confusão
Ocorre quando uma pessoa assume simultaneamente 
as posições de credor e devedor numa mesma relação 
de dívida, resultando na extinção da obrigação.
Importante: Se a situação que causou a 
confusão for revertida, a obrigação original é 
restaurada com todos os seus termos e 
garantias.
Compensações Mecanismo de extinção de obrigações onde duas pessoas se encontram 
simultaneamente na posição de credor e devedor uma da outra. 
Compensação legal
Os requisitos estabelecidos 
por lei são atendidos,dívidas 
líquidas, vencidas do mesmo 
tipo e fungíveis, precisa ser 
alegada pelo interessado em 
juízo.
Compensação convencional
Acordada entre as partes, pode 
abranger dívidas que não satisfazem 
completamente os requisitos legais. 
Este tipo respeita o princípio da 
autonomia privada.
Compensação judicial
Determinada pelo juiz, pode ser 
aplicada dentro de um processo, 
independentemente de 
solicitação das partes
Exceção: à regra da reciprocidade permitindo que o fiador compense a 
sua dívida com a do afiançado, caso tenha um crédito contra o credor.
Impossibilidade
I - se provier de esbulho, furto ou roubo;
II - se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos;
III - se uma for de coisa não suscetível de penhora.
Buscam proteger relações de 
confiança, garantir o sustento 
básico e resguardar bens de 
caráter pessoal e essencial.
Aspectos tributários
Em matéria tributária, as regras de compensação são específicas e regidas por legislação própria
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Transação
É um mecanismo jurídico destinado a 
prevenir ou encerrar litígios por meio de 
concessões mútuas entre as partes. 
Elementos
• Acordo de vontades entre as partes envolvidas. 
• Controvérsia sobre uma relação jurídica. 
• Intenção de prevenir ou terminar um litígio.
• Concessões recíprocas entre as partes.
Extrajudicial
Judicial
Durante processo judicial e tem por 
objetivo terminar um litígio em curso.
Forma
Deve ser feita por escritura pública* quando 
exigido por lei, ou por instrumento particular 
para os casos permitidos.
Se em juízo, deve ser realizada por escritura 
pública ou por termo nos autos, assinado 
pelas partes e homologado pelo juiz.Objeto
Direitos patrimoniais de caráter privado
Bens imóveis: deve ser feita por escritura pública 
Direitos reais de garantia: hipotecas ou penhores 
sobre bens imóveis, por escritura pública.
Herança de Imóveis: escritura pública.
Cessãode Direitos Hereditários: acordo registrado 
por escritura pública.
Desistência de usucapião: acordo formalizado por 
escritura pública.
Características
Indivisibilidade: se uma cláusula da 
transação for nula, todo o acordo 
pode ser invalidado.
Interpretação restritiva: as cláusulas 
devem ser interpretadas de maneira 
restrita, sem ampliação de seu 
escopo. 
Natureza declaratória: a transação 
declara ou reconhece direitos, não os 
transferindo.
Efeitos Semelhante a coisa julgada entre as partes envolvidas, extinção de 
acessórios da obrigação principal envolvida na transação.
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