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Estudos de Coorte e Caso-Controle

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MTP II 
[ESTUDOS DE COORTE 
E CASO-CONTROLE] 
ESTUDOS DE COORTE 
ESTUDO PROSPECTIVO 
O início do estudo se dá antes do início da doença. Ocorre 
uma investigação dentro dos indivíduos em que há ainda 
ausência da doença. 
No estudo de coorte se leva em consideração a exposição a 
um fator de risco e assim é possível identificar o 
desenvolvimento de uma ou mais doenças. 
É um estudo longitudinal, com grande evidencia científica. O 
nome coorte significa um número amostral elevado. Esse 
estudo inicia com pessoas sadias que são selecionadas com 
base numa exposição, e seguida no tempo para a avaliar a 
morbidade relativa dessa exposição. 
Ocorre a avaliação dos desfechos que os indivíduos podem 
apresentar a partir de um determinado fator de risco. 
A partir dos resultados, é possível avaliar medidas de 
incidência. 
USOS DO ESTUDO 
 Monitorar a incidência da doença; 
 Identificar os determinantes para ocorrência da doença; 
 Monitorizar a sobrevida associada à doença; 
 Identificar fatores associados à progressão da doença. 
Um fator importante nesse tipo de estudo é que a exposição 
não está sob o controle do pesquisador. Ocorre uma eleição 
na população dos indivíduos que possuem o fator de risco, 
mas não é feito um controle pelo pesquisador. 
ESTUDO RETROSPECTIVO 
 A ocorrência de exposição e a doença precedem o início 
do estudo; 
 Escolhe grupos formados no passado, com seguimento 
até o presente; 
 Depende da disponibilidade de registros; 
 Eficiente quando período de latência da doença é muito 
longo; 
 É mais rápido e barato. 
CÁLCULO DO RISCO RELATIVO EM ESTUDOS DE 
COORTE: 
É utilizado o cálculo entre os expostos e os não expostos. 
Sendo a incidência dos expostos de 80/800 totalizando 10% e 
o de não expostos de 15/1500 totalizando 1%. Quando se 
divide essas duas incidências 10%/1% o resultado é 10. Esse 
valor é o Risco Relativo (RR). Ou seja, a cada homem não 
exposto que teve câncer de testículo temos 10 que foram 
expostos e tiveram o câncer de testículo. Além de que, 
também podemos interpretar que a chance de o indivíduo 
que foi exposto a esse tipo de labor ter câncer de testículo é 
10 vezes maior do que o que não é exposto. 
O RR é a probabilidade de um indivíduo do grupo exposto 
desenvolver a doença relativa a probabilidade de um 
indivíduo do grupo não exposto desenvolver a mesma 
doença. 
- estabelece 
relação temporal 
entre exposição e 
efeito
- calcula 
incidência
- permite o 
conhecimento da 
história natural 
da doença
- útil para avaliar 
fatores associados 
a doenças de 
evolução rápida e 
fatal
- bom para avaliar 
exposição rara
- permite avaliar 
múltiplos efeitos 
de uma exposição
- não é negado 
tratamento
- não expõe os 
pacientes a riscos.
- é impossível ter certeza que os 
grupos são comparáveis em relação a outros 
fatores que podem influenciar os 
resultados- é um estudo que tem um alto custo e demora- pode ocorrer a perda de 
acompanhamentodos participantes por diversos motivos, tais como: migração, falta de aderência, 
desistência, morte.
ESTUDO DE CASO-CONTROLE 
Retrospectivo: o inicio de estudo se dá com pessoas doentes. 
O estudo de caso-controle é um estudo retrospectivo, no qual 
o foco do estudo não é o fator de risco, mas sim a doença. 
Uma investigação de 2 grupos de pessoas selecionadas com 
base na presença ou ausência de doença, para avaliar a 
frequência relativa de expostos e não expostos. 
É importante selecionar os grupos controle independente da 
exposição e essa seleção deve ser entre aqueles que se 
tornariam casos, se ficassem doentes. 
A fonte de controle deve ser a mesma da seleção dos casos. 
Esse fato é a parte mais difícil desse tipo de estudo. 
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO 
Análise de dados: 
Em estudos caso-controle, não é possível calcular a 
incidência da doença, pois já começamos o estudo com 
indivíduos doentes e não doentes. 
A medida de associação utilizada é a Razão de Chances (odds 
ratio) (OR). 
A OR é a chance de desenvolver a doença entre os indivíduos 
expostos, dividido pela chance de doença entre os indivíduos 
não-expostos. 
 Se OR = 1. ODDS em casos (ou expostos) é igual ao de 
controles (ou não expostos): não há associação. 
 Se OR > 1. ODDS em casos (ou expostos) é maior que em 
controles (ou não expostos): associação positiva (julgar 
efeito causal). 
 Se OR < 1. ODDS em casos (ou expostos) é menor que em 
controles (ou não expostos): associação negativa (julgar 
efeito protetor). 
QUANDO A ODDS RATIO É UMA BOA ESTIMATIVA 
DO RISCO RELATIVO: 
 Quando os casos estudados são representativos de todos 
os indivíduos com a doença na população de onde os 
casos foram selecionados; 
 Quando os controles estudados são representativos de 
todos os indivíduos sem a doença na população de onde 
os casos foram selecionados; 
 Quando a doença em estudo não é frequente. OUTRAS MEDIDAS DE ASSOCIAÇÃO 
Risco Atribuível Proporcional ou Fração Etiológica (FE): 
É o RA expresso em percentual em relação a incidência no 
grupo de expostos. 
É o percentual de doença entre os expostos que é atribuível à 
exposição. 
 Ie: incidência dos expostos. 
 Io: incidência dos não expostos. 
 Ie – Io = Diferença de Riscos. 
Razão de Densidades de Incidência (RDI): Quantas vezes 
a exposição multiplica a velocidade de ocorrência do evento. 
 DIe: Densidade de incidência entre os expostos. 
 DIo: Densidade de incidência entre os não expostos. 
O resultado é parecido com a interpretação dos dados de 
Risco Relativo

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