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Estudos de coorte e cálculo de risco relativo Observacionais → analíticos → coorte • Não se estima quem está doente ou esteve, mas sim quem está ficando doente, estima-se a incidência • Primeiramente, identifica-se a população de estudo e os participantes são classificados em expostos e não expostos a um determinado fator de interesse • Depois, os indivíduos dos dois grupos são acompanhados para verificar a incidência da doença/condição relacionada à saúde entre expostos (a / a + d) e não expostos (c / c + d) → Se a exposição estiver associada à doença, espera-se que a incidência entre expostos seja maior do que entre não expostos Cálculo de risco relativo Cálculo de incidência → É a medida do número de casos novos, chamados casos incidentes, de uma doença, originados de uma população em risco de sofrê-la, durante um período de tempo determinado. → Indicador da velocidade de mudança do processo dinâmico de saúde e doença na população → Análogo a um filme → É uma medida de risco, pois dá a probabilidade de ocorrência de uma condição em uma determinada população Exemplo Estresse x Imunossupressão → Casos novos entre expostos – 70/100 = 0,7 → Casos novos entre não expostos – 30/120= 0,25 → Casos novos = INCIDENCIA Quantas vezes o grupo exposto é maior do que o não exposto Incidência de doentes entre os expostos Incidência de doentes entre os não expostos Risco relativo • Diferença proporcional da INCIDÊNCIA entre expostos e não-expostos • Interpretação: tem-se um risco 2,8 vezes maior entre expostos do que entre os não expostos Interpretação RR > 1 Associado Fator de risco O aumento da exposição aumenta a frequência do desfecho RR = 1 Não associado - A variável não altera a frequência do desfecho RR < 1 Associado Fator de proteção O aumento da exposição diminui a frequência do desfecho • Se achar um risco relativo igual 1 ou próximo de 1, mostra que o estresse não é causa de imunossupressão 0,7/0,25 = 2,8 • Se o risco for maior que 1 ou mais longe de 1, existe uma relação causal entre estresse e imunossupressão A) Calcule o RISCO RELATIVO de desenvolver a doença mediante ao tipo de dieta. > 6.860 cães da raça boxer livres da ICC > 40% dieta hipercalórica (2744) > 4116 – Não expostos > Dos 2744 – 680 desenvolveram ICC (2064 saudáveis) > Dos 4116 – 84 desenvolveram ICC (4032 saudáveis) > Casos novos entre os expostos 680/2744 = 0,24 > Casos novos entre os não-expostos 84/4116 = 0,02 > Calcula-se a incidência dos expostos divido pela incidência entre os não expostos > 0,24/0,02 = 12 B) Como você interpreta este resultado? > RISCO 12 vezes maior entre expostos do que entre não-expostos > 0,24/0,02 = 12 > 12 está longe de 1 – quanto maior o valor maior a causalidade demonstrada Cuidados que precisam ser tomados: 1. Verificar que não há desfecho em nenhum dos grupos ao início do experimento (espera-se que no começo do experimento só tenha indivíduos saudáveis) 2. Medida do desfecho tem que ser padronizada (os dois grupos devem ser semelhantes) • Em geral é prospectivo e usado para estimar a incidência • Pode testar hipóteses de causalidade • Observa-se quem desenvolve o desfecho (identifica causalidade) • Identifica o risco relativo (RR) Desvantagens • Caro e inadequado para doenças raras • Grupo exposto pode ser diferente do não-exposto • Perda de seguimento → Dá para pegar casos antigos (prontuários) e fazer a conta Coorte fixa • Durante o seguimento, NÃO há entrada ou saída dos sujeitos do estudo; durante o seguimento, não há modificação da situação de exposição Coorte dinâmica • Uma população dinâmica pode constantemente incorporar ou perder membros durante seu seguimento. Exposição de interesse são fatores modificáveis, por exemplo, o hábito de fumar (população de uma cidade que sempre muda). Coorte uni propósito • Desenhadas para estudar um fator de risco específico • Definição do grupo exposto e não-exposto já na linha base - Garantindo que cada grupo tem um número suficiente de indivíduos • Desenho clássico Coorte multipropósito • Desenhadas para estudar vários fatores de risco • Definição dos grupos expostos e não exposto é feita no momento da análise dos dados - Não há garantia que haverá um número suficiente e, ambos os grupos • Usados em coortes de base populacional Exercício 3. A relação entre a concentração de lipídios provenientes de uma dieta hipercalórica e a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) foi investigada em 6.860 cães da raça boxer livres da ICC no início do estudo. Do total de cães, 40% deles tinham uma dieta hipercalórica, e destes, 680 desenvolveram ICC. Do restante dos animais, 84 desenvolveram a doença. Diante dos dados apresentados:
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