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· Objetivos de Estudo Estudante, confira os objetivos propostos para esta Unidade: Objetivos: · Aprofundar os conhecimentos sobre a formação econômica e do direito, notadamente a linha evolutiva traçada desde o feudalismo, passando pelo mercantilismo, chegando no capitalismo e o liberalismo como esteio ideológico; · Exibir os contornos da formação econômica e seu relacionamento com o direito desde a Idade Média. · Introdução ao Tema No Estado absolutista, o rei era o depositário da legitimidade política e estatal. Era também o grande dirigente da economia, concentrando toda a concepção sobre tributos, produção e desenvolvimento de seu reino. Também era o grande juiz, ao lado do papa e também dos nobres. Vivia-se em tempos do Direito Natural. A partir de meados do século XVII, notadamente com o final da Guerra dos 30 anos, em 1648 – que culminou na Paz de Westphalia e criação do Estado Moderno – e com o advento da Revolução Gloriosa, 1648 – que submeteu o poder do rei ao Parlamento (Inglaterra) – a situação mudou substancialmente. O rei passou a ser mais um personagem na estrutura do poder que tinha o Estado como seu grande protagonista e, mais ainda, como a entidade que congregava o poder político e a legitimidade do exercício desse poder. Entram as Razões de Estado e sai o simples arbítrio do soberano (L’etat c’est moi – Luiz XIV). Esse rearranjo político atendia fundamentalmente aos anseios econômicos. Em pleno desenvolvimento, o capitalismo exigia uma configuração política diferenciada, inviável de ficar submetida ao arbítrio de um governante com poucos limites (rei), ou mesmo de um papa ou da nobreza. O Estado, já em sua configuração moderna, desenvolve-se, ademais, sob a influência do iluminismo, calçado num antropocentrismo. Estado e sociedade, assim, recebem contribuições de uma economia capitalista em pleno desenvolvimento e de uma concepção ideológica racionalista e deliberadamente não religiosa (iluminismo). No campo político, o liberalismo desenvolvia-se plenamente, funcionando como o grande motor ideológico do capitalismo e prestigiando-o com base em princípios claros: · Propriedade; · Individualismo; · Liberdade; · Contratualismo (respeito aos contratos). Uma teoria econômica começa a se formar. No século XVIII, aquela que é considerada a primeira das escolas econômicas, a fisiocracia, já defende a mínima intervenção estatal (laissez-faire, laissez-passer). O direito, claro, sofre influência de todo esse ambiente formado na época. O direito natural, muito identificado com o absolutismo e com a Idade Média, com forte concepção transcendental e influência religioso-política, não se harmonizava mais com esse ambiente novo, com novos valores dispostos. Um novo direito se mostrava necessário, mais prático, calculável, previsível, seguro. Assim, influenciado pelo capitalismo, e principalmente pelo liberalismo, surge a Dogmática Jurídica Liberal: · Estatização do Direito; · Formalismo/Procedimentalismo; · Previsibilidade; · Segurança Jurídica; · Legalidade (= legitimidade). · O papel dos exegetas, dos intérpretes, dos doutos, cede espaço para um sistema jurídico mais previsível, calçado na lei, que era, ou passava a ser, o instrumento regulador da conduta humana por excelência: · Abstrata; · Impessoal; · Genérica. · O exercício do direito também passa a ser algo mais mecânico e menos transcendente. O juiz é concebido como um simples aplicador da lei, o que Montesquieu concebeu como bouche de la loi, ou seja, o juiz era simplesmente “a boca da lei”, uma figura neutra e asséptica em relação aos seus próprios julgamentos. 📚 | Orientação para Leitura Obrigatória As indicações de leituras obrigatórias são de suma importância ao longo do seus estudos e auxiliam no reconhecimento de pontos de vista de diversos autores que contribuirão para sua formação profissional e pessoal. Direito constitucional ambiental brasileiro CANOTILHO, J. J. G. Direito constitucional ambiental brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2013. História da Riqueza do Homem HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. São Paulo: LTC, 2010. Formação da Atividade Econômica Moderna parte 2 Formação da Atividade Econômica Moderna parte 2 Luiz catorze se declarava o deus SOL Página 1 de 1 image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image1.png image2.png image3.png Página 1 de 1 · Objetivos de Estudo Estudante, confira os objetivos propostos para esta Unidade: Objetivos: · Aprofundar os conhecimentos sobre a formação econômica e do direito, notadamente a linha evolutiva traçada desde o feudalismo, passando pelo mercantilismo, chegando no capitalismo e o liberalismo como esteio ideológico; · Exibir os contornos da formação econômica e seu relacionamento com o direito desde a Idade Média. · I ntrodução ao Tema No Estado absolutista, o rei era o depositário da legitimidade política e estatal. Era também o grande dirigente da economia, concentrando toda a concepção sobre tributos, produção e desenvolvimento de seu reino. Também era o grande juiz, ao lado do papa e também dos nobres. Vivia - se em tempos do Direito Natural. A partir de me ados do século XVII, notadamente com o final da Guerra dos 30 anos, em 1648 – que culminou na Paz de Westphalia e criação do Estado Moderno – e com o advento da Revolução Gloriosa, 1648 – que submeteu o poder do rei ao Parlamento (Inglaterra) – a situação mudou substancialmente. O rei passou a ser mais um personagem na estrutura do poder que tinha o Estado como seu grande protagonista e, mais ainda, como a entidade que congregava o poder político e a legitimidade do exercício desse poder. Entram as Razões d e Estado e sai o simples arbítrio do soberano ( L’etat c’est moi – Luiz XIV). Esse rearranjo político atendia fundamentalmente aos anseios econômicos. Em pleno desenvolvimento, o capitalismo exigia uma configuração política diferenciada, inviável de ficar s ubmetida ao arbítrio de um governante com poucos limites (rei), ou mesmo de um papa ou da nobreza. O Estado, já em sua configuração moderna, desenvolve - se, ademais, sob a influência do iluminismo, calçado num antropocentrismo. Estado e sociedade, assim, re cebem contribuições de uma economia capitalista em pleno desenvolvimento e de uma concepção ideológica racionalista e deliberadamente não religiosa (iluminismo). No campo político, o liberalismo desenvolvia - se plenamente, funcionando como o grande motor id eológico do capitalismo e prestigiando - o com base em princípios claros: · Propriedade; · Individualismo; · Liberdade; · Contratualismo (respeito aos contratos). U ma teoria econômica começa a se formar. No século XVIII, aquela que é considerada a primeira das escol as econômicas, a fisiocracia, já defende a mínima intervenção estatal ( laissez - faire , laissez - passer ). O direito, claro, sofre influência de todo esse ambiente formado na época. O direito natural, muito identificado com o absolutismo e com a Idade Média, c om forte concepção transcendental e influência religioso - política, não se harmonizava mais com esse ambiente novo, com novos valores dispostos. Um novo direito se mostrava necessário, mais prático, calculável, previsível, seguro. Assim, influenciado pelo c apitalismo, e principalmente pelo liberalismo, surge a Dogmática Jurídica Liberal: · Estatizaçãodo Direito; Página 1 de 1 Objetivos de Estudo Estudante, confira os objetivos propostos para esta Unidade: Objetivos: Aprofundar os conhecimentos sobre a formação econômica e do direito, notadamente a linha evolutiva traçada desde o feudalismo, passando pelo mercantilismo, chegando no capitalismo e o liberalismo como esteio ideológico; Exibir os contornos da formação econômica e seu relacionamento com o direito desde a Idade Média. Introdução ao Tema No Estado absolutista, o rei era o depositário da legitimidade política e estatal. Era também o grande dirigente da economia, concentrando toda a concepção sobre tributos, produção e desenvolvimento de seu reino. Também era o grande juiz, ao lado do papa e também dos nobres. Vivia-se em tempos do Direito Natural. A partir de meados do século XVII, notadamente com o final da Guerra dos 30 anos, em 1648 – que culminou na Paz de Westphalia e criação do Estado Moderno – e com o advento da Revolução Gloriosa, 1648 – que submeteu o poder do rei ao Parlamento (Inglaterra) – a situação mudou substancialmente. O rei passou a ser mais um personagem na estrutura do poder que tinha o Estado como seu grande protagonista e, mais ainda, como a entidade que congregava o poder político e a legitimidade do exercício desse poder. Entram as Razões de Estado e sai o simples arbítrio do soberano (L’etat c’est moi – Luiz XIV). Esse rearranjo político atendia fundamentalmente aos anseios econômicos. Em pleno desenvolvimento, o capitalismo exigia uma configuração política diferenciada, inviável de ficar submetida ao arbítrio de um governante com poucos limites (rei), ou mesmo de um papa ou da nobreza. O Estado, já em sua configuração moderna, desenvolve-se, ademais, sob a influência do iluminismo, calçado num antropocentrismo. Estado e sociedade, assim, recebem contribuições de uma economia capitalista em pleno desenvolvimento e de uma concepção ideológica racionalista e deliberadamente não religiosa (iluminismo). No campo político, o liberalismo desenvolvia-se plenamente, funcionando como o grande motor ideológico do capitalismo e prestigiando-o com base em princípios claros: Propriedade; Individualismo; Liberdade; Contratualismo (respeito aos contratos). Uma teoria econômica começa a se formar. No século XVIII, aquela que é considerada a primeira das escolas econômicas, a fisiocracia, já defende a mínima intervenção estatal (laissez-faire, laissez- passer). O direito, claro, sofre influência de todo esse ambiente formado na época. O direito natural, muito identificado com o absolutismo e com a Idade Média, com forte concepção transcendental e influência religioso-política, não se harmonizava mais com esse ambiente novo, com novos valores dispostos. Um novo direito se mostrava necessário, mais prático, calculável, previsível, seguro. Assim, influenciado pelo capitalismo, e principalmente pelo liberalismo, surge a Dogmática Jurídica Liberal: Estatização do Direito;
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