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TEORICO 4 Compliance no Brasil

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· Objetivos de Estudo
Estudante, confira os objetivos propostos para esta Unidade:
Objetivos:
· Abordar o surgimento do fenômeno da globalização e sua relação com o direito, especialmente os impactos surgidos desse inter-relacionamento.
· Possibilitar um aprofundamento nos conhecimentos sobre os temas estudados e descritos no conteúdo citado.
·  
Introdução ao Tema
Nesta unidade, veremos que a crise do petróleo (1973) gerou um refluxo em várias conquistas sociais e trabalhistas, postas em xeque por seus altos custos para toda a sociedade, dando ensejo ao surgimento da globalização, um fenômeno de matriz econômica.
A globalização se funda num ambiente informacional e na tecnologia (internet), na unificação de procedimentos e ideias, na desregulação normativa estatal, na livre circulação do capital, no embate entre trabalho x emprego, na valorização da propriedade.
Também se diz, sobre a globalização, ser ela inevitável, um fenômeno que cria um mundo sem fronteiras, baseada na flexibilização laboral, demandante de uma reinvenção contínua e defensora de uma descentralização do poder.
O direito, que já vivia a sua própria crise independente da globalização, vê esses aspectos críticos se aprofundarem. O modelo jurídico tradicional já não responde de modo adequado às demandas de uma sociedade global. Junto com o direito, o Estado Moderno (território, população e soberania) vive sua própria crise.
Por fim, também a democracia moderna passa a ser fortemente questionada, especialmente porque está conectada a uma concepção de mundo e de sociedade, tal como no caso do Estado Moderno, já inexistente. E os problemas surgem: consenso médio e regra da maioria, democracia e desenvolvimento, representatividade (quem a democracia representa?).
Dessa situação de crise múltipla, resulta que o direito vive sua própria crise:
Legitimidade em xeque: o modelo jurídico vigente precisa que a lei – instrumento máximo de normatização social – seja visto e aceito como legítimo (obediência/adesão), mas a identificação da sociedade com o texto legal torna-se cada vez mais tormentosa;
Perda de eficácia na solução dos conflitos: se a legitimidade da lei segue questionada, evidentemente que o conflito daí advindo – fundado ele próprio na lei – tenderá à ineficácia.
O Estado, via judiciário, assim, enfrenta, também ele, o mesmo problema da norma positivada: baixo acatamento, baixa resolução dos conflitos, alta ineficácia.
Rigidez do sistema x globalização: como o modelo jurídico vigente é fechado, sua modificação é lenta e não acompanha a multiplicidade de temas novos para regular e nem consegue resolver os conflitos daí surgidos: meio ambiente, crimes via internet, crime organizado, narcotráfico, tráfico de órgãos e pessoas, biodireito (clonagem, modificação genética de animais e plantas etc.).
Por que o modelo tradicional de direito (direito liberal) ainda sobrevive? Porque: a) longevidade do modelo jurídico tradicional: o direito vigente já, há tempos, dá sinais de perda de eficácia, excessiva abstração, pouca flexibilidade – contudo, ainda que limitadamente, confere uma segurança pelo menos relativa às relações sociais; b) ausência de viabilidade de modelos jurídicos alternativos: as propostas alternativas ao direito tradicional mostram-se inviáveis na prática.
Não há organismo internacional ou, ainda menos, qualquer Estado que tenha aplicado concretamente qualquer modelo alternativo, o que reforça a ideia de estarmos, atualmente, numa fase em que os debates sobre os rumos do direito se mostram inconclusivos.
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📚 | Orientação para Leitura Obrigatória
As indicações de leituras obrigatórias são de suma importância ao longo do seus estudos e auxiliam no reconhecimento de pontos de vista de diversos autores que contribuirão para sua formação profissional e pessoal. 
O direito no mundo globalizado: reflexos na atividade empresarial
FERREIRA NETTO, A. G. O direito no mundo globalizado: reflexos na atividade empresarial. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp040862.pdf>.
O assoprador de apto, quem faz a denúncia.
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Objetivos de Estudo
 
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Objetivos:
 
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Abordar o surgimento do fenômeno da globalização e sua relação com o direito, 
especialmente os impactos surgidos desse inter
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relacionamento.
 
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Possibilitar um 
aprofundamento nos conhecimentos sobre os temas estudados e descritos no 
conteúdo citado.
 
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Introdução ao Tema
 
Nesta unidade, veremos que a crise do petróleo (1973) gerou um refluxo em várias conquistas sociais 
e trabalhistas, postas em xeque por seus alto
s custos para toda a sociedade, dando ensejo ao surgimento 
da globalização, um fenômeno de matriz econômica.
 
A globalização se funda num ambiente informacional e na tecnologia (internet), na unificação de 
procedimentos e ideias, na desregulação normativa e
statal, na livre circulação do capital, no embate 
entre trabalho x emprego, na valorização da propriedade.
 
Também se diz, sobre a globalização, ser ela inevitável, um fenômeno que cria um mundo sem 
fronteiras, baseada na flexibilização laboral, demandante 
de uma reinvenção contínua e defensora de 
uma descentralização do poder.
 
O direito, que já vivia a sua própria crise independente da globalização, vê esses aspectos críticos se 
aprofundarem. O modelo jurídico tradicional já não responde de modo adequado às
 
demandas de uma 
sociedade global. Junto com o direito, o Estado Moderno (território, população e soberania) vive sua 
própria crise.
 
Por fim, também a democracia moderna passa a ser fortemente questionada, especialmente porque 
está conectada a uma concepçã
o de mundo e de sociedade, tal como no caso do Estado Moderno, já 
inexistente. E os problemas surgem: consenso médio e regra da maioria, democracia e 
desenvolvimento, representatividade (quem a democracia representa?).
 
Dessa situação de crise múltipla, res
ulta que o direito vive sua própria crise:
 
Legitimidade em xeque: o modelo jurídico vigente precisa que a lei 
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instrumento máximo de 
normatização social 
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seja visto e aceito como legítimo (obediência/adesão), mas a identificação da 
sociedade com o texto 
legal torna
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se cada vez mais tormentosa;
 
Perda de eficácia na solução dos conflitos: se a legitimidade da lei segue questionada, evidentemente 
que o conflito daí advindo 
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fundado ele próprio na lei 
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tenderá à ineficácia.
 
O Estado, via judiciário, assim, 
enfrenta, também ele, o mesmo problema da norma positivada: baixo 
acatamento, baixa resolução dos conflitos, alta ineficácia.
 
Rigidez do sistema x globalização: como o modelo jurídico vigente é fechado, sua modificação é lenta 
e não acompanha a multiplicid
ade de temas novos para regular e nem consegue resolver os conflitos 
daí surgidos: meio ambiente, crimes via internet, crime organizado, narcotráfico, tráfico de órgãos e 
pessoas, biodireito (clonagem, modificação genética de animais e plantas etc.).
 
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ue o modelo tradicional de direito (direito liberal) ainda sobrevive? Porque: a) longevidade do 
modelo jurídico tradicional: o direito vigente já, há tempos, dá sinais de perda de eficácia, excessiva 
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 Objetivos de Estudo 
Estudante, confira os objetivos propostos para esta Unidade: 
Objetivos: 
 Abordar o surgimento do fenômeno da globalizaçãoe sua relação com o direito, 
especialmente os impactos surgidos desse inter-relacionamento. 
 Possibilitar um aprofundamento nos conhecimentos sobre os temas estudados e descritos no 
conteúdo citado. 
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Introdução ao Tema 
Nesta unidade, veremos que a crise do petróleo (1973) gerou um refluxo em várias conquistas sociais 
e trabalhistas, postas em xeque por seus altos custos para toda a sociedade, dando ensejo ao surgimento 
da globalização, um fenômeno de matriz econômica. 
A globalização se funda num ambiente informacional e na tecnologia (internet), na unificação de 
procedimentos e ideias, na desregulação normativa estatal, na livre circulação do capital, no embate 
entre trabalho x emprego, na valorização da propriedade. 
Também se diz, sobre a globalização, ser ela inevitável, um fenômeno que cria um mundo sem 
fronteiras, baseada na flexibilização laboral, demandante de uma reinvenção contínua e defensora de 
uma descentralização do poder. 
O direito, que já vivia a sua própria crise independente da globalização, vê esses aspectos críticos se 
aprofundarem. O modelo jurídico tradicional já não responde de modo adequado às demandas de uma 
sociedade global. Junto com o direito, o Estado Moderno (território, população e soberania) vive sua 
própria crise. 
Por fim, também a democracia moderna passa a ser fortemente questionada, especialmente porque 
está conectada a uma concepção de mundo e de sociedade, tal como no caso do Estado Moderno, já 
inexistente. E os problemas surgem: consenso médio e regra da maioria, democracia e 
desenvolvimento, representatividade (quem a democracia representa?). 
Dessa situação de crise múltipla, resulta que o direito vive sua própria crise: 
Legitimidade em xeque: o modelo jurídico vigente precisa que a lei – instrumento máximo de 
normatização social – seja visto e aceito como legítimo (obediência/adesão), mas a identificação da 
sociedade com o texto legal torna-se cada vez mais tormentosa; 
Perda de eficácia na solução dos conflitos: se a legitimidade da lei segue questionada, evidentemente 
que o conflito daí advindo – fundado ele próprio na lei – tenderá à ineficácia. 
O Estado, via judiciário, assim, enfrenta, também ele, o mesmo problema da norma positivada: baixo 
acatamento, baixa resolução dos conflitos, alta ineficácia. 
Rigidez do sistema x globalização: como o modelo jurídico vigente é fechado, sua modificação é lenta 
e não acompanha a multiplicidade de temas novos para regular e nem consegue resolver os conflitos 
daí surgidos: meio ambiente, crimes via internet, crime organizado, narcotráfico, tráfico de órgãos e 
pessoas, biodireito (clonagem, modificação genética de animais e plantas etc.). 
Por que o modelo tradicional de direito (direito liberal) ainda sobrevive? Porque: a) longevidade do 
modelo jurídico tradicional: o direito vigente já, há tempos, dá sinais de perda de eficácia, excessiva

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