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Transformações do Direito no Século XIX

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· Objetivos de Estudo
Estudante, confira o objetivo proposto para esta Unidade:
Objetivo:
· Abordar a passagem do Estado Liberal, tipicamente absenteísta, do século XVIII, mas principalmente do século XIX, para um Estado Social de Direito, com profundas transformações no Direito e no relacionamento deste com a Economia.
·  
Introdução ao Tema
Nesta Unidade, veremos que, consolidado o modelo liberal de poder, o século XIX será palco de grandes discussões envolvendo Direito e Economia.
Ihering, Savigny e Puchta lideram a chamada Jurisprudência dos Conceitos, que é dogmática e positivista, mas procura ver na interpretação da Norma uma atividade conceitual, ou seja, há um conceito na Norma a ser revelado pelo intérprete.
Mas o Direito Liberal ou moderno, àquele tempo, seguia sendo, fundamentalmente, uma simples ferramenta formal de composição de conflitos. E isso é especialmente denunciado com o advento das ideias de Friedrich Engels e de Karl Marx, principalmente deste último, com relação ao papel do Direito na Sociedade – O Capital – 3 volumes (1867, 1885 e 1894).
Ao lado da Moral, da Religião, da Educação, dos Valores, da Psicologia e da Cultura, Marx indicava o Direito como sendo mais um elemento da superestrutura.
O Direito, assim, jamais conseguiria modificar qualquer aspecto essencial da infraestrutura do modo de produção. O Direito, para Marx, servia ao modo de produção.
Na virada do século XIX para o século XX, o Capitalismo e, principalmente, o Liberalismo estavam em xeque: Revolução Russa (1917), Constituição Mexicana (1917), Constituição de Weimar (1919), Recessão Alemã (anos 20-30) e Recessão Norte-Americana (anos 30).
Os russos organizam o primeiro Estado socialista (URSS), e buscam aplicar as ideias de Marx.
O Direito procura se alinhar a essa busca por mais foco no social, menos neutralidade e abstração em sua articulação. Já havia sofrido influências de movimentos como o neokantismo e sua crítica pelo excessivo tecnicismo existente nas Ciências (Direito incluído).
No campo econômico, o estado já possuía um perfil muito distinto daquele nascido das revoluções americana e francesa do final do século XVIII, bem como do século XIX. O Estado absenteísta, típico do Liberalismo, já não encontrava mais espaço. Surge o Estado Social da Direito.
O Estado Social de Direito, justamente porque tem de lidar com mais itens, mais demandas sociais, torna-se mais complexo e passa a atuar em vários segmentos:
· Incremento da Burocracia estatal,
· Regulação da Economia,
· Estado fomentando a Economia.
Pós 2ª Guerra: esperança e confiança que desaguaram num grande consumismo, expansionismo populacional (baby boom) e trabalho protegido pelo Estado.
Como o Direito é estatal (Estado de Direito), também ele se torna mais complexo e o Judiciário passa a ter de interferir em mais temas, como tributação, regulação econômica, Política, Direitos Sociais e Direitos Humanos, dentre outros.
O Judiciário vai sendo protagonista de temas para ele inéditos até então. Mais uma vez, a Economia interferia e influenciava a dinâmica do Direito.
Ao lado dessas mudanças, ou em conjunto com elas, a parte teórica do Direito também passou por várias mudanças, especialmente, com o advento dos movimentos positivistas ou neopositivistas e outros movimentos correlatos.
Em 1935, Hans Kelsen, juiz e estudioso, lança uma obra referencial no Direito: Teoria Pura do Direito.
Como o próprio título sugere, Kelsen defende um direito “puro”, expurgado de todo o conhecimento não jurídico: “Direito é Norma”.
Por outro lado, movimentos como o realismo jurídico buscavam resgatar uma maior amplitude da atividade interpretativa, concebendo o Direito como uma “atividade de juízes”. Para os realistas, “Direito é o que o juiz diz que é”.
Tanto o positivismo kelseniano como o realismo sofreram influência de uma Sociedade, à época, eminentemente industrial e, assim, demandante de um direito previsível, prático e com forte caráter instrumental, capaz de lidar com uma Sociedade complexa.
	
Já nos anos 1950-1960, o Direito é fortemente influenciado pela positivação ou pela garantia de diversos direitos sociais, advindas especialmente do Welfare State (Estado do Bem-estar Social).
A figura do juiz neutro, do juiz bouche de laloi parece definitivamente em xeque.
📚 | Orientação para Leitura Obrigatória
As indicações de leituras obrigatórias são de suma importância ao longo do seus estudos e auxiliam no reconhecimento de pontos de vista de diversos autores que contribuirão para sua formação profissional e pessoal. 
O estado de bem-estar social no Brasil e suas instituições
RIVA, M. O estado de bem-estar social no Brasil e suas instituições. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/69981>.
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Objetivos de Estudo
 
Estudante, confira o objetivo proposto para esta Unidade:
 
Objetivo:
 
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Abordar a passagem do Estado Liberal, tipicamente absenteísta, do século XVIII, mas 
principalmente do século XIX, para um Estado Social de Direito, com profundas 
transformações no 
Direito e no relacionamento deste com a Economia.
 
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Introdução ao Tema
 
Nesta Unidade, veremos que, consolidado o modelo liberal de poder, o século XIX será palco de 
grandes discussões envolvendo Direito e Economia.
 
 
Ihering, Savigny e Puch
ta lideram a chamada Jurisprudência dos Conceitos, que é dogmática e 
positivista, mas procura ver na interpretação da Norma uma atividade conceitual, ou seja, há um 
conceito na Norma a ser revelado pelo intérprete.
 
 
Mas o Direito Liberal ou moderno, àquele 
tempo, seguia sendo, fundamentalmente, uma simples 
ferramenta formal de composição de conflitos. E isso é especialmente denunciado com o advento das 
ideias de Friedrich Engels e de Karl Marx, principalmente deste último, com relação ao papel do 
Direito na 
Sociedade 
–
 
O Capital 
–
 
3 volumes (1867, 1885 e 1894).
 
 
Ao lado da Moral, da Religião, da Educação, dos Valores, da Psicologia e da Cultura, Marx indicava 
o Direito como sendo mais um elemento da superestrutura.
 
 
O Direito, assim, jamais conseguiria modifica
r qualquer aspecto essencial da infraestrutura do modo 
de produção. O Direito, para Marx, servia ao modo de produção.
 
 
Na virada do século XIX para o século XX, o Capitalismo e, principalmente, o Liberalismo estavam 
em xeque: Revolução Russa (1917), Constit
uição Mexicana (1917), Constituição de Weimar (1919), 
Recessão Alemã (anos 20
-
30) e Recessão Norte
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Americana (anos 30).
 
 
Os russos organizam o primeiro Estado socialista (URSS), e buscam aplicar as ideias de Marx.
 
O Direito procura se alinhar a essa busca p
or mais foco no social, menos neutralidade e abstração em 
sua articulação. Já havia sofrido influências de movimentos como o neokantismo e sua crítica pelo 
excessivo tecnicismo existente nas Ciências (Direito incluído).
 
 
No campo econômico, o estado já poss
uía um perfil muito distinto daquele nascido das revoluções 
americana e francesa do final do século XVIII, bem como do século XIX. O Estado absenteísta, típico 
do Liberalismo, já não encontrava mais espaço. Surge o Estado Social da Direito.
 
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 Objetivos de Estudo 
Estudante, confira o objetivo proposto para esta Unidade: 
Objetivo: 
 Abordar a passagem do Estado Liberal, tipicamente absenteísta, do século XVIII, mas 
principalmente do século XIX, para um Estado Social de Direito, com profundas transformações no 
Direito e no relacionamento deste com a Economia. 
Introdução ao Tema 
Nesta Unidade, veremos que, consolidado o modelo liberal de poder, o século XIX será palco de 
grandes discussões envolvendo Direito e Economia. 
 
Ihering, Savigny e Puchta lideram a chamada Jurisprudência dos Conceitos, que é dogmática e 
positivista, mas procura ver na interpretação da Norma uma atividade conceitual, ou seja, há um 
conceito na Norma a ser revelado pelo intérprete. 
 
Mas o Direito Liberal ou moderno, àquele tempo, seguia sendo, fundamentalmente, uma simples 
ferramenta formal de composição de conflitos. E isso é especialmente denunciado com o advento das 
ideias de Friedrich Engels e de Karl Marx, principalmente deste último, com relação ao papel do 
Direito na Sociedade – O Capital – 3 volumes (1867, 1885 e 1894). 
 
Ao lado da Moral, da Religião, da Educação, dos Valores, da Psicologia e da Cultura, Marx indicava 
o Direito como sendo mais um elemento da superestrutura. 
 
O Direito, assim, jamais conseguiria modificar qualquer aspecto essencial da infraestrutura do modo 
de produção. O Direito, para Marx, servia ao modo de produção. 
 
Na virada do século XIX para o século XX, o Capitalismo e, principalmente, o Liberalismo estavam 
em xeque: Revolução Russa (1917), Constituição Mexicana (1917), Constituição de Weimar (1919), 
Recessão Alemã (anos 20-30) e Recessão Norte-Americana (anos 30). 
 
Os russos organizam o primeiro Estado socialista (URSS), e buscam aplicar as ideias de Marx. 
O Direito procura se alinhar a essa busca por mais foco no social, menos neutralidade e abstração em 
sua articulação. Já havia sofrido influências de movimentos como o neokantismo e sua crítica pelo 
excessivo tecnicismo existente nas Ciências (Direito incluído). 
 
No campo econômico, o estado já possuía um perfil muito distinto daquele nascido das revoluções 
americana e francesa do final do século XVIII, bem como do século XIX. O Estado absenteísta, típico 
do Liberalismo, já não encontrava mais espaço. Surge o Estado Social da Direito.

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