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Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 0 DIREITO PROCESSUAL CIVIL III – PRIMEIRO ESTÁGIO 1 – Disposições Gerais 1.1 – Notas Introdutórias O processo de execução ou cumprimento de sentença pressupõe dois pontos a fim de que tenha sua pretensão satisfeita, implementando-se o resultado prático consubstanciado no título executivo: a) Credor possuir um título, que é uma conditio sine qua non. (depende da natureza do título executivo) ➢ Títulos Executivos Judiciais, estão presentes no Art. 515 do CPC. Ocorre em regra, no mesmo processo em que se formou o título exequendo, não se fazendo necessária, portanto, a instauração de processo autônomo, destinado especificamente a promover a execução. Por isso, fala-se em execução imediata. É chamado de Cumprimento de Sentença (Art. 513 e seguintes) ➢ Títulos Executivos Extrajudiciais, estão previstos no Art. 784 do CPC. Conforme o caput do art. 771 do CPC, o processo autônomo será necessário quando a atividade executiva se basear em título executivo extrajudicial, pois ocorreu fora do judiciário. Chamado de Processo de Execução (Art. 771 e seguintes) NULLA EXECUTIO SINE TITULO: Só há execução se houver título executivo NULLA TITULOS SINE LEVE (tipicidade): Criação de título executivo é necessário um processo executivo, pois somente a lei pode criar. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 1 b) Título ter certeza, liquidez e exigibilidade. 1.2 – Conceito Executar é satisfazer uma prestação devida; é cumprir uma obrigação prevista em um título executivo. 1.3 – Formas de Execução Espontânea → Quando o devedor cumpre voluntariamente a prestação. Forçada → Quando o Estado-juiz, diante da lesão, atua para que a parte lesada não sofra as consequências do inadimplemento. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 2 1.4 – Fases da Execução • “Chamamento” do Executado o Intimação (Regra Geral) → Cumprimento de Sentença ▪ Título Executivo Judicial o Citação → Processo de Execução ▪ Título Executivo Extrajudicial • Defesa do Executado o Cumprimento de Sentença → Impugnação ao Cumprimento de Sentença ▪ Título Executivo Judicial o Processo de Execução → Embargos à Execução ▪ Título Executivo Extrajudicial • Título Executivo Judicial • Título Executivo Extrajudicial Petição Inicial Executiva •Pagar em 15 dias úteis •Pena de multa 10% valor + honorários (+10%) + penhora Despacho de Intimação Impugnação ao Cumprimento (15 dias) Defesa Petição Inicial Executiva • Pagar em 3 dias úteis • Sob pena de penhora Despacho de Citação Embargos à Execução Defesa Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 3 1.5 – Espécies de Execução 1.5.1 – Execução Imediata Aperfeiçoa-se com a instauração de um novo processo, sendo a execução de título extrajudicial (CPC, art. 784). 1.5.2 – Execução Mediata Materializa-se sem um novo processo, como uma sequência de uma fase do processo de conhecimento, sendo todas de título judicial, exceto: Sentença Arbitral, Pena Condenatória ou Estrangeira (CPC, art. 515). 1.5.3 – Execução Específica Busca a satisfação da pretensão do autor tal como prevista no título judicial. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 4 1.5.4 – Execução por Sub-Rogação (Execução Direta) O Estado vence a vontade do executado, substituindo sua vontade, com a consequente satisfação do direito do exequente. EX: Penhora/Expropriação; Depósito/Entrega da coisa etc. 1.5.5 – Execução por Coerção (Execução Indireta) O Estado não substitui a vontade do executado, mas atua para convencê-lo do direito do exequente, atuando a pressionar, de forma psicológica, para que este cumpra a execução. Se a pressão funcionar, a satisfação será voluntária. 1) Executado é alertado da ameaça da piora da situação, por aplicação de astreints ou prisão (alimentar). 2) É a oferta da melhora da situação (EX: Art. 827, §1 do CPC). Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 5 1.7 – Dispensa da Caução 1) Credito de natureza alimentar, independente da origem. 2) Credor demonstrar a necessidade por razões humanitárias ou por saúde. 3) Pendência de Agravo em REsp ou RE, no juízo prévio de admissibilidade. 4) Sentença a ser cumprida estiver em plena sintonia com Enunciados de Súmula do STJ ou STF ou Acórdão de Recursos Repetitivos ou de Repercussão Geral. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 6 1.8 – Princípios Norteadores 1.7.1 – Princípio da Autonomia Existe com uma fase a mais do processo, em razão do desencadeamento da nova fase. 1.7.2 – Princípio da Patrimonialidade A execução é fundada nos bens e não da pessoa do devedor (CPC, art. 789), sendo que meios de coercitibilidade como multa, busca e apreensão e a tomada de bens não são variáveis violadoras deste princípio, porquanto afetam o patrimônio e não a pessoa. Art. 789 – O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. 1.7.3 – Princípio do Exato Adimplemento A execução deve ser específica, atribuindo ao credor exatamente aquilo que faz jus (CPC, arts. 497 e 498). O credor deve, dentro do possível, obter o mesmo resultado que seria alcançado, caso o devedor tivesse cumprido voluntariamente a obrigação. Art. 497 – Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente. Parágrafo Único – Para a concessão da tutela específica destinada a inibir a prática, a reiteração ou a continuação de um ilícito, ou a sua remoção, é irrelevante a demonstração da ocorrência de dano ou da existência de culpa ou dolo. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 7 Art. 498 – Na ação que tenha por objeto a entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela específica, fixará o prazo para o cumprimento da obrigação. Parágrafo Único – Tratando-se de entrega de coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o autor individualizá-la-á na petição inicial, se lhe couber a escolha, ou, se a escolha couber ao réu, este a entregará individualizada, no prazo fixado pelo juiz. 1.7.4 – Princípio da Disponibilidade do Processo pelo Credor A execução é feita em benefício do credor para satisfazer seu crédito, podendo desistir a qualquer tempo sem consentimento do devedor (CPC, art. 775), exceto se houver impugnação aos embargos, que versarem sobre matéria de fato e não apenas a questões processuais. Art. 775 – O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva. Parágrafo Único – Na desistência da execução, observar-se-á o seguinte: I – serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas sobre questões processuais, pagando o exequente as custas processuais e os honorários advocatícios; II – nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do em- bargante. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 8 1.7.5 – Princípio da Utilidade A execução só se justifica se tiver algumautilidade para o credor, razão pela qual existe impedimento da penhora na situação em que se torna inservível ao processo (CPC, art. 836). Art. 836 – Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido pelo pagamento das custas da execução. §1 – Quando não encontrar bens penhoráveis, independentemente de determinação judicial expressa, o oficial de justiça descreverá na certidão os bens que guarnecem a residência ou o estabelecimento do executado, quando este for pessoa jurídica. §2 – Elaborada a lista, o executado ou seu representante legal será nomeado depositário provisório de tais bens até ulterior determinação do juiz. 1.7.6 – Princípio da Menor Onerosidade (Art. 805 do CPC) Caso existe outra alternativa de forma menos gravosa, esta deverá ser a opção. Art. 805 – Quando por vários meios o exequente puder promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o executado. Parágrafo Único – Ao executado que alegar ser a medida executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos, sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados. Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 9 Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 9 Copyright © Werveson Silva (@wcassian7) 2024. Todos os direitos reservados. 9 DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 6 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 1 – Nota Introdutória A Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF, como ficou conhecida a Lei Complementar 101, representou uma mudança estrutural do regime fiscal nacional, ao fixar normas direcionadas à organização e ao equilíbrio das contas públicas. Trata-se, pois, na sua essência, de um verdadeiro código regulamentador da conduta gerencial dos administradores públicos de todo o País. Baseia-se nos princípios da administração pública e tem como objetivos a diminuição da dívida pública, estabilização dos preços, o desenvolvimento sustentável, dentre outros, de modo que o orçamento público seja efetivamente mecanismo de limitação de gastos, organização estatal e representação dos anseios sociais. Em outras palavras, a LRF regulamenta, especificamente, as regras previstas nos artigos 163, 165§9 e 169 da CF/1988, estabelecendo normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal bem como disciplina outras providências. O intuito declarado da referida lei complementar é estabelecer um regime de “responsabilidade na gestão fiscal“ (art. 1, caput), a qual pressupõe “a ação planejada e transparente (publicidade e prestação de contas), em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas” (art. 1, §1). Objetiva, em síntese, melhorar a administração das contas públicas no Brasil. a) Ação Planejada: A ação deve ser planejada na forma de leis a fim de que seja submetida apreciação legislativa. É essencial para a garantia da utilização dos meios adequados, cumprimento de prazos e alcance de resultados. b) Ação Transparente: A transparência exige que todos os atos de entidades públicas sejam praticados com publicidade e com ampla prestação de contas em diversos meios. c) Prevenção de riscos capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas: Mecanismos para que exista precaução em condições de incerteza; identificar os fatos que possam impactar os resultados fiscais estabelecidos para o período, mantendo-se a estabilidade e o equilíbrio nas contas públicas. DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 7 Tenha em mente que a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF – estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante ações que previnam riscos e corrijam os desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, destacando-se o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização como premissas básicas. Por fim, objetiva o equilíbrio financeiro, evitando o aumento de despesas e déficit do governo; impõe limites e regras, com o cumprimento de metas e prestações de contas; e o desenvolvimento sustentado do país. Em resumo, visa evitar que os entes da Federal gastem mais do que aquilo que arrecadam; ou, se necessário, que tais entes recorram ao endividamento apenas caso sigam regras rígidas e transparentes. 2 – Princípios ou Eixos da LRF A Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF – é sustentada, apoiada por quatro princípios ou eixos, os quais nortearam sua concepção e são essenciais para sua aplicação: planejamento, transparência, controle e responsabilização. 2.1 – Planejamento Serve para determinar os objetivos a alcançar e as ações a serem realizadas, compatibilizando-as com os meios disponíveis para a sua execução. O planejamento diz respeito às metas (caso os gestores não a cumpram, são penalizados como com bloqueios de contas), limites e condições para renúncia (abrir mão de benefícios, com aumento de despesas) e arrecadação de receitas e geração de despesas, refletidas nas peças orçamentárias, ou seja, no Plano Plurianual – PPA, na Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e na Lei Orçamentária Anual – LOA. 2.2 – Transparência Exige que todos os atos de entidades públicas sejam praticados com publicidade e com ampla prestação de conta, isto é, promover o acesso e a participação da sociedade em todos os fatores relacionados com a arrecadação financeira e a realização das despesas públicas. São criadas novas peças e procedimentos, como o AMF – Anexo de Metas Fiscais, o ARF – Anexo de Riscos Fiscais, o RREO – Relatório Resumido da Execução Orçamentária – e o RGF – Relatório de Gestão Fiscal –, com foco também no uso da internet para essa divulgação. DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 8 2.3 – Controle Permite gerenciar o risco por meio de ações fiscalizadoras e de imposição de prazos na gestão de políticas e de procedimentos, que podem ser de natureza legal, técnica ou de gestão. São controlados por meio da transparência e da qualidade das informações, impondo um efetivo e rigoroso controle da arrecadação e dos gastos públicos e ampliando a ação de fiscalização dos Tribunais de Contas, no qual não pune, por ser apenas um órgão consultivo. 2.4 – Responsabilização É a obrigação de prestar contas e de responder por suas ações, a LRF imputa sanções administrativas ao agente e ao Ente Federativo, que violar a norma, tais como o impedimento de receber transferências voluntárias, a proibição de contratar operações de crédito e prestação de garantias. Os responsáveis sofrerão ainda, as sanções pessoais introduzidas no ordenamento brasileiro pela Lei de Crimes de Responsabilidade Fiscal (Lei 10.028). 3 – Abrangência, Alcance da LRF A Lei de Responsabilidade Fiscal — LRF – estabelece normas de finanças públicas, a serem observados pelos três Poderes nas três esferas de Governo: federal, estadual, distrital e municipal, voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. A ela estão sujeitos os três Poderes — Executivo, Judiciário e Legislativo, neste incluídos os Tribunais de Contas — nas três esferas de governo (federal, estadual e municipal), além do Ministério Público (art. 1, §3, inciso I alínea A). DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 9 Vale ressaltar que as referências às pessoas políticas, feitas ao longo do texto da LRF, compreendem as respectivas Administrações diretas (presidente, vice presidente, governador, secretários de Estado, prefeito e secretarias municipais),e indiretas (as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas), conforme o art. 1, §3, inciso I, alínea b. A LRF, contudo, não alcança todas as entidades da Administração indireta, porquanto destas estão excluídas as empresas estatais que não dependem do Tesouro do ente ao qual se vinculam. Com efeito, nem todas as empresas estatais se sujeitam aos comandos da LRF, mas apenas aquelas qualificadas pela LRF como dependentes. a) EMPRESA ESTATAL CONTROLADA: Sociedade cuja maioria do capital social com direito a voto pertença, direta ou indiretamente, a ente da Federação. Entretanto, não dependem do capital público para se manter, o capital privado se mantem sozinho, logo, não são alcançadas pela LRF. Porém, seus investimentos integram a LOA por ter o dinheiro público. b) EMPRESA ESTATAL DEPEDENTE: Empresa controlada que recebe do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária. Nem toda empresa estatal controlada é obrigada a cumprir a LRF, mas toda estatal que segue a LRF é uma estatal controlada, ou seja, é empresa dependente. DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 10 4 – Receita Corrente Líquida (RCL) A Receita Corrente Líquida representa o total das receitas correntes, diminuídas de algumas receitas estabelecidas pela própria LRF. Em outras palavras, é a base de cálculo para parâmetros de limites de endividamento, do somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas também correntes, deduzidos: ■ na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios, por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, bem como no art. 239, ambos da CF. ■ nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional; ■ na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no §9 do art. 201 da CF. 4.1 – Apuração A RCL será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos 11 anteriores, excluídas as duplicidades. Assim, é feita durante o período de um ano, não necessariamente coincidente com o ano civil. Ocorre duplicidade quando se conta duas ou mais vezes os mesmos repasses. DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 11 5 – Restrição para o Fim do Mandato Objetivando disciplinar a utilização de recursos públicos no último ano de mandato, a LRF estabeleceu uma série de restrições especiais: a) Serão considerados nulos os atos de que resultem aumento das despesas de pessoal a partir de 1 de julho do último ano do mandato do titular de cada Poder (art. 21, parágrafo único); (apenas àquelas previstas anteriormente) A partir de 1 de julho do último ano de mandato, qualquer aumento nas despesas com pessoal realizadas pelos governantes será considerado nulo. b) Não será concedido, no último ano do mandato, o prazo de adaptação de 8 meses (art. 23, caput) para o Poder ajustar-se aos limites da despesa de pessoal, aplicando-se de imediato as penalidades cabíveis (art. 23, §4); (caso ultrapasse o teto de gastos) No último ano do mandato, não será concedido o prazo de adaptação de 8 meses para o governo se ajustar aos limites de gastos com pessoal. Isto é, não pode os gastos estar acima do permitido. c) É vedada, no último ano de mandato, a contratação de Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO) (art. 38, inciso IV, alínea b); (a cada 3 meses há prestação de contas) Não é permitido ao governo contrair empréstimos utilizando como garantia receitas futuras do orçamento. Evitar comprometer as finanças futuras com dívidas de curto prazo. d) É vedada, nos últimos 8 meses de mandato, a assunção de compromisso que não possa ser cumprido integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse fim (art. 42, caput); Nos últimos 8 meses de mandato, o governo não pode assumir compromissos que não possam ser totalmente cumpridos dentro do período de seu mandato. Assim como não pode fazer compromissos que tenham parcelas a serem pagas no próximo mandato sem ter recursos disponíveis para isso. e) Não será concedido, no último ano do mandato, o prazo de 12 meses (art. 31, caput) para o ente se ajustar aos limites da dívida consolidada, aplicando-se de imediato as penalidades cabíveis (art. 31, §3). (dívida parceladas por 12 meses é vedada) DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 12 6 – Sanções pelo Descumprimento da LRF 6.1 – Sanções Institucionais As sanções institucionais são aquelas dirigidas aos Poderes, entes da Federação ou órgãos que não cumpram as regras estabelecidas na Lei de Responsabilidade Fiscal, e não aos seus dirigentes. a) Proibição de recebimento de transferências voluntárias (aquelas não obrigatórias), salvo aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social, à exceção do não cumprimento dos limites de despesas com pessoal, quando todos os repasses de verbas serão suspensos, inclusive os relativos a ações na área social; b) Proibição de contratação de operações de crédito; c) Proibição de obtenção de garantias para a contratação de operações de crédito. 6.2 – Sanções Pessoais As sanções institucionais são aquelas aplicadas à pessoa física que praticou o ilícito. a) SANÇÃO PENAL Crimes comuns, conforme os Art. 359-A ao 359-H; b) SANÇÃO POLÍTICA: Crimes de responsabilidade, conforme a Lei de Improbidade Administrativa, como a inabilitação por 8 anos; c) SANÇÃO ADMINISTRATIVA: Atos Ilícitos praticados contra as finanças públicas, punido com multa de 35% dos vencimentos anuais (salário) do agente que lhe der causa, sendo o pagamento da multa de sua responsabilidade pessoal; d) SANÇÕES CIVIS: São aplicáveis aos agentes públicos, servidores ou não, pela prática de atos de improbidade administrativa, como sendo: DIREITO AMBIENTAL – ANOTAÇÕES DE ESTUDO WERVESON SILVA | 13 a. Enriquecimento Ilícito (vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo): - Ressarcimento integral do dano, se houver; - Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; - Perda da função pública; - Suspensão dos direitos políticos até 14 anos; - Pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial; - Proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 anos. b. Prejuízo ao Erário (enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação etc): - Ressarcimento integral do dano; - Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância; - Perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 anos; - Pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano; - Proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 anos. c. Violação dos Princípios da Administração: - Ressarcimento integral do dano, se houver; - Pagamento de multa civil de até 24x o valor da remuneração percebida pelo agente - Proibição de contratar com o poder público ou de receber benefíciosou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 anos. 1 - Disposições Gerais 1 – Disposições Gerais 1.1 – Notas Introdutórias 1.2 – Conceito 1.3 – Formas de Execução 1.4 – Fases da Execução 1.5 – Espécies de Execução 1.5.1 – Execução Imediata 1.5.2 – Execução Mediata 1.5.3 – Execução Específica 1.5.4 – Execução por Sub-Rogação (Execução Direta) 1.5.5 – Execução por Coerção (Execução Indireta) 1.7 – Dispensa da Caução 1.8 – Princípios Norteadores 1.7.1 – Princípio da Autonomia 1.7.2 – Princípio da Patrimonialidade 1.7.3 – Princípio do Exato Adimplemento 1.7.4 – Princípio da Disponibilidade do Processo pelo Credor 1.7.5 – Princípio da Utilidade 1.7.6 – Princípio da Menor Onerosidade (Art. 805 do CPC) 02 - Fontes Direito Financeiro 2 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL 1 – Nota Introdutória 2 – Princípios ou Eixos da LRF 2.1 – Planejamento 2.2 – Transparência 2.3 – Controle 2.4 – Responsabilização 3 – Abrangência, Alcance da LRF 4 – Receita Corrente Líquida (RCL) 4.1 – Apuração 5 – Restrição para o Fim do Mandato 6 – Sanções pelo Descumprimento da LRF 6.1 – Sanções Institucionais 6.2 – Sanções Pessoais