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cidade e, entre as palestras dos amigos, mostrava-se todo propenso a justificar o ato do irmão de Amélia. - Não!, dizia ele, quando lhe tocavam nesse ponto - não! O Coqueiro andou bem!...Eu, se tivesse uma irmã, fosse ela quem fosse , faria o mesmo naturalmente!... * * * Entretanto, pouco depois do enterro, no meio do burburinho de passageiros chegando no vapor do Norte, uma senhora já idosa, coberta de luto, saltava no cais Pharoux. Vinha acompanhada por uma mulata, que trazia constantemente os braços cruzados em sinal de respeito, e por um velho gordo e bem vestido, cujas maneiras faziam adivinhar que ele ali não passava de um simples companheiro de viagem. Como se já tivessem resolvido no escaler o que deviam fazer logo que saltassem, o velho, mal se viu em terra, chamou por um carroceiro, deu a este a sua bagagem com o competente endereço, fez sinal à mulata que seguisse a carroça e, depois de ajudar a senhora a sair do bote, perguntou, solicitamente, se ela queria tomar um carro. A senhora, muito inquieta, respondeu que preferia ir a pé,, e os dois, de braço dado, puseram-se a andar na direção da Rua Direita. Essa senhora era D. Ângela. O Campos já lhe havia escrito, comunicando a prisão do filho. A princípio, não se achou com ânimo de falar nisso à pobre mãe; mas seus escrúpulos fugiram totalmente, desde que lhe chegou às mãos aquela terrível denúncia do Coqueiro. Ângela não esperava pelo golpe e ficou a ponto de perder a cabeça. “Como?! Seria crível?...Seu filho, seu querido filho na prisão, com um processo às costas e sem ter quem lhe valesse!...Ó Santo Deus! Santo Deus! Que isso era demais para um pobre coração de mãe! - Que mal teria ela feito para merecer tão grande castigo?!” E resolveu seguir para a Corte, imediatamente, no mesmo vapor. Sentia-se corajosa, capaz de todas as lutas, de todas as violências, para salvar seu filho. Esqueceu-se s de seus achaques, do estado melindroso de seu peito, para só cuidar dele; só pensar nessas criatura idolatrada que valia mais, no fanatismo de seu afeto, do que todas as grandezas da terra, todos os esplendores do mundo e todas a potências do céu. - Oh! Haviam de restituir-lhe o filho!...Estava resolvida a atirar-se aos pés dos juizes, das autoridades, do Imperador, se preciso fosse, para resgatá-lo! _Não