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Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da Escola de Negócios e Seguros – ENS
REALIZAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
HUGO CÉSAR SAID AMAZONAS – 2022/2021
SÉRGIO DA TRINDADE DA ROCHA – 2020/2019
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA DE NEGÓCIOS E SEGUROS – GERÊNCIA DE CONTEÚDO E PLANEJAMENTO 
PICTORAMA DESIGN
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
22ª EDIÇÃO
RIO DE JANEIRO
2022
E73m Escola de Negócios e Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Mercado financeiro / Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria 
de Ensino Técnico; assessoria técnica de Hugo Cesar Said Amazonas. 
– 22.ed. – Rio de Janeiro : ENS, 2022.
1,82 Mb ; PDF
1. Mercado financeiro. I. Amazonas, Hugo Cesar Said. II. Título.
 0021-2590 CDU 335.7(072)
A 
ENS, promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito 
 educacional, que contribuem para um mercado de seguros, 
previdência complementar, capitalização e resseguro cada 
vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola de Negócios e Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho para 
o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes e a 
competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola de Negócios e Seguros.
MERCADO FINANCEIRO
 I. ECONOMIA: CONCEITOS BÁSICOS E FUNÇÕES 8 
CONCEITOS BÁSICOS 9
Unidades Econômicas 10
Renda, Investimento e Poupança 10
Crescimento Econômico x Desenvolvimento Econômico 11
POLÍTICA MONETÁRIA 11
Definição e Objetivos 11
Instrumentos da Política Monetária 12
POLÍTICA FISCAL 14
POLÍTICA CAMBIAL 16
SETOR REAL X SETOR FINANCEIRO 17
FUNÇÕES BÁSICAS DO MERCADO FINANCEIRO 17
FIXANDO CONCEITOS 1 19
 2. INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 21 
O PAPEL DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 22
Classificação das Unidades Econômicas 22
Formas de Financiamento 23
Vantagens dos Intermediários Financeiros 25
FIXANDO CONCEITOS 2 27
SUMÁRIO
INTERATIVO
MERCADO FINANCEIRO
 3. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 28 
O PAPEL DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 29
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN) 30
ÓRGÃOS NORMATIVOS 31
ENTIDADES SUPERVISORAS 31
OPERADORES DO MERCADO FINANCEIRO 32
Entidades supervisionadas pelo Banco Central (BC) 32
Entidades supervisionadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 33
Entidades supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 33
Entidades supervisionadas pela 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC) 33
Investidores institucionais supervisionados pela SUSEP 34
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E A TECNOLOGIA 35
Open Banking 35
PIX 36
Fintechs 38
Meios de pagamento 38
Open Insurance 40
SANDBOX REGULATÓRIO DO MERCADO DE SEGUROS 41
FIXANDO CONCEITOS 3 42
 4. SEGMENTOS DO MERCADO FINANCEIRO 43 
MERCADO MONETÁRIO 45
MERCADO DE CRÉDITO 45
MERCADO DE CAPITAIS 46
MERCADO DE CÂMBIO 48
FIXANDO CONCEITOS 4 49
MERCADO FINANCEIRO
 5. INSTRUMENTOS FINANCEIROS 50 
CARACTERÍSTICAS DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS 51
Risco 51
Liquidez 52
Rentabilidade 52
INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 53
Depósitos à Vista 53
Depósitos a Prazo 53
Depósitos de Poupança 53
Letras Financeiras 54
Outros tipos de captação bancária 55
INSTRUMENTOS FINANCEIROS EMITIDOS POR EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS 55
Ações 55
Debêntures 56
Notas Promissórias 56
FUNDOS DE INVESTIMENTO 57
Definições 57
Classificação dos Fundos de Investimento 58
TÍTULOS DO TESOURO DIRETO 59
DERIVATIVOS 60
Definição 60
Futuros 61
Opções 61
Swap 63
CRIPTOMOEDAS 63
PREVIDÊNCIA PRIVADA COMPLEMENTAR 64
FIXANDO CONCEITOS 5 66
MERCADO FINANCEIRO 7
 6. ADMINISTRAÇÃO DE RISCO 69 
RISCOS QUE CORREM AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 71
Risco de Crédito 71
Risco de Liquidez 71
Risco de Mercado 72
Risco Operacional 72
Risco de Insolvência 73
Risco Legal 73
PERFIL DE RISCO DOS INVESTIDORES INDIVIDUAIS 73
FIXANDO CONCEITOS 6 75
 GLOSSÁRIO 77 
 GABARITO 85 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 86 
MERCADO FINANCEIRO 8
UNIDADE 101
ECONOMIA:
CONCEITOS BÁSICOS e FUNÇÕES
 ■ Conhecer as funções da economia e 
seus efeitos na sociedade, bem como a 
sua influência no mercado de seguros, 
considerando a realidade mercadológica 
vigente.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ CONCEITOS BÁSICOS
⊲ POLÍTICA MONETÁRIA
⊲ POLÍTICA FISCAL
⊲ POLÍTICA CAMBIAL
⊲ SETOR REAL X SETOR 
FINANCEIRO
⊲ FUNÇÕES BÁSICAS DO 
MERCADO FINANCEIRO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
MERCADO FINANCEIRO 9
UNIDADE 1
Antes de começarmos, reflita sobre uma questão importante: qual o objetivo 
da gestão da economia em uma sociedade? A resposta é ampla, certo? 
Ao final deste curso, você conseguirá formular sua própria resposta, mas 
um bom começo é compreender que a gestão da economia visa atender 
às necessidades de bens e serviços da sociedade e atingir determinados 
objetivos sociais e macroeconômicos, como pleno emprego, distribuição 
de riqueza, estabilidade de preços e estímulo ao crescimento econômico.
Os principais meios para atingir esses objetivos são as políticas monetária, 
fiscal e cambial. Essas políticas devem ser implementadas de maneira coor-
denada, na medida em que, por exemplo, uma mudança na taxa de juros 
(política monetária) influencia tanto a arrecadação de impostos e os gastos 
públicos (política fiscal) quanto a taxa de câmbio (política cambial).
 CONCEITOS BÁSICOS 
Somente por meio do conhecimento de alguns conceitos básicos de 
 economia é que se pode entender, de forma ampla e crítica, o funciona-
mento do mercado financeiro. 
Assim, é importante que você saiba que a economia estuda a riqueza (indiví-
duo, sociedade, empresa ou nação), as transações de troca que se verificam 
entre as pessoas (oferta e demanda) e países (importação e exportação). Além 
disso, a economia também procura compreender a decisão de utilização de 
recursos produtivos escassos por natureza (terra, trabalho e capital), que, por 
sua vez, carregam o custo de oportunidade no processo de transformação e 
produção de diversos bens e serviços, além de sua respectiva distribuição.
Algumas questões que envolvem renda, investimento e poupança serão 
abordadas nesta unidade para que você compreenda melhor.
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10
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
 — Unidades Econômicas
As unidades econômicas são aquelas que, de alguma forma, influenciam a 
economia a partir de suas decisões e ações, tomadas racionalmente. São elas:
Famílias
A família é um conjunto de pessoas físicas que atuam na economia. 
A principal função desse grupo é o consumo e a sua força de traba-
lho, que é considerado um dos fatores de produção.
Empresas (pública e privada)
As empresas são as responsáveis pela produção de bens e circulação 
de serviços. As responsabilidades desse agente são fornecer bens e 
serviços à sociedade, bem como realizar os pagamentos aos fatores 
de produção (mão de obra, terra e capital).
Governo
O governo se mostra como regulador das principais ações de 
controle fiscal e de Políticas Monetárias. Além da função de órgão 
regulador, o governo é o principal responsável pela ação social e 
de benefício público.
Abordaremos a classificação das unidades econômicas entre superavitárias, 
deficitárias e unidades com orçamento equilibrado, na próxima unidade.
 — Renda, Investimento e Poupança
A renda representa a remuneração dos agentes que participam de alguma 
forma do processo produtivo de uma economia. Por exemplo: salários rece-
bidos, juros sobre capital emprestado ou lucros sobre capital investido.
Jáo investimento representa a utilização de capital – próprio ou de terceiros 
– em alternativas que promovem o aumento efetivo da capacidade produtiva 
de um país.
A poupança é a parcela da renda não consumida pelas unidades 
 econômicas na aquisição de bens e serviços. É por intermédio dela que 
todo o processo produtivo é realimentado, utilizando diversos instrumen-
tos de intermediação do mercado financeiro. Ou seja, os intermediários 
financeiros – bancos, por exemplo – captam a poupança disponível e a 
transferem ao sistema produtivo da economia mediante diversas formas 
de créditos, contribuindo, assim, para a expansão do nível de investimento 
e para a oferta de bens e serviços.
Importante
O conceito de investimento em 
economia vincula-se à geração 
de riqueza, e não simplesmente 
à transferência de propriedade 
de um bem. Por exemplo: o 
investimento pode ocorrer na 
compra de bens de capital, 
como máquinas e equipamentos; 
entretanto, a aquisição de 
ações na Bolsa de Valores não 
é considerada investimento 
segundo o conceito econômico.
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11
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
 — Crescimento Econômico x 
Desenvolvimento Econômico
Embora, muitas vezes, esses dois termos sejam usados como se fossem 
a mesma coisa, crescimento econômico ocorre quando há expansão 
quantitativa da capacidade produtiva ao longo do tempo. 
Desse modo, ao observarmos, por exemplo, que a elevação da quanti-
dade de bens e serviços produzidos por um país é superior à de sua 
população, evidenciando sua produtividade, dizemos que o país se 
encontra em pleno crescimento econômico.
Por outro lado, o desenvolvimento econômico aborda outras variáveis 
além das consideradas na avaliação de crescimento econômico, ressal-
tando as condições de vida da população de um país. Seu conceito é 
considerado mais complexo porque necessita da análise de indicadores 
socioeconômicos, como renda, saúde e educação.
 POLÍTICA MONETÁRIA 
 — Definição e Objetivos
A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, 
títulos públicos e taxas de juros. O Banco Central do Brasil – também 
conhecido como BC, BCB ou BACEN – é a instituição responsável pela 
administração da política monetária do País e tem sob seu controle a oferta 
de moeda, as taxas de juros e as condições de crédito para atingir alguma 
meta desejada, como reduzir a taxa de inflação.
BC, BCB ou BACEN
O Banco Central do Brasil é o responsável pelo controle da inflação no 
País. Ele atua para regular a quantidade de moeda na economia que 
permita a estabilidade de preços. Suas atividades também incluem a 
regulação e supervisão das instituições financeiras para garantir que o 
mercado brasileiro fique financeiramente estável.
A política monetária pode ser:
 ■ Restritiva.
 ■ Expansionista.
Exemplo
Metas do BACEN:
 ■ Manter a balança de 
 pagamentos equilibrada.
 ■ Elevar o nível de emprego.
 ■ Elevar o produto nacional 
bruto.
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12
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
Uma política monetária é considerada restritiva quando as autoridades 
monetárias promovem reduções dos meios de pagamento da economia, 
retraindo o consumo, o investimento e a atividade econômica. As medi-
das restritivas são tomadas quando o crescimento da demanda e dos 
investimentos empresariais se situam acima da capacidade da oferta 
de moeda da economia, visando anular os efeitos da inflação. A adoção 
 dessa política tem como objetivo restringir a oferta de crédito e elevar 
seu custo, de forma a adequar o consumo e o investimento agregados à 
oferta monetária da economia.
Uma política monetária, por sua vez, é considerada expansionista quando 
eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos nos 
mercados e elevando os meios de pagamentos. Essa situação é geral-
mente adotada em momentos de retração do nível da economia em que 
se produz uma deflação.
 — Instrumentos da Política Monetária
O Banco Central administra a Política Monetária usando os três instrumen-
tos clássicos de controle monetário, que são:
 ■ Depósitos compulsórios.
 ■ Redesconto bancário. 
 ■ Operações de mercado aberto.
Depósitos Compulsórios
Todo banco é obrigado a manter depositada, em sua conta de reserva 
bancária no BACEN, uma quantia que representa um percentual sobre o 
saldo dos depósitos à vista de seus clientes.
Alterações na alíquota do depósito compulsório, ou seja, no percentual 
sobre os depósitos, representam o papel do compulsório como instru-
mento de política monetária. Os bancos têm sua capacidade de conceder 
empréstimos – e, portanto, de criar depósitos à vista – restringida quando 
esse percentual é aumentado, e vice-versa. Assim, se o percentual de 
depósito compulsório é aumentado, os bancos terão menos reservas 
livres para emprestar, pois terão que direcionar uma parcela maior dessas 
 reservas para a sua conta no BACEN.
Liquidez é um conceito 
econômico que considera a 
facilidade com que um ativo 
pode ser convertido no meio de 
troca da economia, ou seja, é a 
facilidade com que ele pode ser 
convertido em dinheiro. O 
grau de agilidade de conversão 
de um investimento sem perda 
significativa de seu valor 
mede sua liquidez.
Importante
Quanto maior a alíquota 
do depósito compulsório, 
menor a capacidade 
de o sistema bancário 
multiplicar empréstimos e, 
consequentemente, menor a 
sua capacidade de criar meios 
de pagamento na forma de 
depósitos à vista.
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UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
Redesconto Bancário
O redesconto bancário é um empréstimo concedido pelo BACEN a um 
banco comercial que enfrenta um problema temporário de liquidez, ou 
seja, um banco que não possui reservas bancárias suficientes para cumprir 
seus compromissos de curto prazo.
O BACEN utiliza o redesconto como instrumento de política monetária, 
ampliando ou restringindo o acesso dos bancos a esse tipo de recurso, 
principalmente por meio de alterações na taxa de juros cobrada deles nes-
sas operações, isto é, a taxa de redesconto. 
Uma elevação da taxa de redesconto desestimula os bancos a recorrerem 
ao redesconto, obrigando-os a manter um nível mais elevado de reservas, 
reduzindo, desse modo, os empréstimos e sua capacidade de criar depó-
sitos à vista.
Operações de Mercado Aberto
Por meio das operações de mercado aberto, o BACEN compra ou vende 
títulos do Tesouro Nacional dos bancos, visando controlar o saldo das 
reservas bancárias e, dessa forma, exercer influência sobre a taxa de juros 
praticada no mercado interbancário. 
Ao comprar títulos, o BACEN aumenta o saldo de suas reservas bancárias, 
provocando uma redução na taxa de juros.
Já quando o BACEN vende títulos, os bancos pagam por meio da redução 
de suas contas de reservas bancárias. A diminuição do volume de reservas 
bancárias disponíveis tende a elevar a taxa de juros.
Observe os quadros a seguir. Eles sintetizam os impactos desejados pelo 
BACEN ao utilizar cada um dos três instrumentos clássicos de política 
monetária.
QUADRO 1: BACEN E IMPACTOS ESPERADOS
Depósito Compulsório
AÇÃO DO BANCO 
CENTRAL IMPACTO IMPACTO
Aumento da Alíquota Redução do Multiplicador Aumento da 
Taxa de Juros
Redução da Alíquota Aumento do Multiplicador Redução da 
Taxa de Juros
Saiba mais
A Secretaria do Tesouro 
Nacional é um órgão do 
Ministério da Fazenda do Brasil 
transformado em Ministério da 
Economia, em 2019.
Ela trata da administração 
financeira e da contabilidade 
federal, além de exercer 
atividades relacionadas à 
emissão e à implementação 
de operações envolvendo os 
títulos da dívida pública do País.
Também é responsável por 
realizar o recolhimento de 
impostos e contribuições para 
a Receita Federal do Brasil 
(RFB), além do recolhimento de 
quaisquer outrosrecursos que 
venham a ingressar na “Conta 
Única do Tesouro Nacional”.
.
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14
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
Taxa de Redesconto
AÇÃO DO BANCO 
CENTRAL IMPACTO IMPACTO
Aumento da Taxa Redução dos 
Empréstimos Bancários
Aumento da 
Taxa de Juros
Redução da Taxa Aumento dos 
Empréstimos Bancários
Redução da 
Taxa de Juros
Operações de Mercado Aberto
AÇÃO DO BANCO 
CENTRAL IMPACTO IMPACTO
Compra de Títulos Aumento das 
Reservas Bancárias
Redução da 
Taxa de Juros
Venda de Títulos Redução das 
Reservas Bancárias
Aumento da 
Taxa de Juros
 POLÍTICA FISCAL 
A política fiscal centraliza suas preocupações com relação aos gastos do 
setor público e aos impostos cobrados da sociedade. Assim, ela deve se 
mostrar eficaz para que haja equilíbrio entre a arrecadação tributária e as 
despesas governamentais, garantindo que sejam alcançados determinados 
objetivos macroeconômicos e sociais.
O Governo pode financiar seus gastos por intermédio da cobrança de 
impostos e tarifas, bem como por meio de empréstimos. Os empréstimos 
tomados pelo Governo, geralmente, são feitos via lançamento de títulos, 
cujo saldo corresponde ao total da sua dívida pública.
A política fiscal pode ser:
Expansionista
A política fiscal expansionista acontece quando há uma ação do 
Governo para estimular a economia a partir da adoção de políticas 
de redução de impostos e aumento de suas despesas, que incen-
tivam o crescimento econômico pelo lado da demanda.
Os resultados dessas medidas oneram o orçamento da União, 
promovendo déficit orçamentário — isto é, o resultado negativo é 
coberto pelo Governo, geralmente mediante a emissão de moedas 
ou de títulos públicos, aumentando, assim, a dívida pública.
O déficit orçamentário é a 
diferença entre os impostos 
arrecadados e os gastos do 
Governo.
O déficit orçamentário ocorre 
quando o Governo aumenta 
seus gastos ou reduz os 
impostos para estimular o 
crescimento da economia.
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UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
FIGURA 1: POLÍTICA EXPANSIONISTA
Pagamento 
de funcionários
Investimentos 
em infraestrutura
Pagamento de 
juros da dívida
POLÍTICA 
EXPANSIONISTA
Contracionista
Uma política fiscal contracionista ocorre quando o Governo obtém 
superávit orçamentário com o objetivo de conter eventuais eleva-
ções da demanda que sejam interpretadas como inflacionárias.
FIGURA 2: POLÍTICA CONTRACIONISTA
Pouca ênfase em 
projetos de 
infraestrutura
Controle da 
dívida pública
Congelamento de 
concursos públicos
POLÍTICA 
CONTRACIONISTA
O déficit (ou o superávit) orçamentário pode ser classificado como primário 
ou nominal. Veja as características de cada um a seguir.
O superávit orçamentário 
ocorre quando as receitas 
arrecadadas são superiores 
às despesas, significando, 
portanto, que o governo 
agiu de forma prudente 
e responsável, não se 
comprometendo acima de 
sua efetiva arrecadação.
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16
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
Primário
É o resultado da arrecadação do governo (receitas) menos as des-
pesas, exceto juros da dívida. Grosso modo, é a geração de caixa 
do governo; é a economia para reduzir o endividamento. Mostra se 
as contas estão em ordem ou não. Um resultado primário positivo 
(superávit) apresenta contas sob controle e mostra que a dívida 
não seguirá uma trajetória explosiva. 
Nominal
O resultado nominal do governo equivale à arrecadação de impos-
tos (receitas) menos as despesas, incluindo os juros da dívida. É a 
medida mais completa, já que o número representa a total neces-
sidade de financiamento do setor público. Ao apresentar um déficit 
nominal, o governo terá que se financiar, por exemplo, com a colo-
cação de títulos públicos.
 POLÍTICA CAMBIAL 
O comércio internacional lida com diferentes moedas representativas das 
economias envolvidas nas operações. Para se estabelecer a conversão 
entre as moedas, o mercado instituiu a taxa de câmbio.
A taxa de câmbio representa o valor com que a autoridade monetária de um 
país aceita negociar sua moeda, ou seja, vender a moeda de sua emissão 
(compra de moeda estrangeira) ou adquiri-la (vender moeda estrangeira).
A política cambial está baseada na administração das taxas de câmbio 
— promovendo alterações das cotações cambiais — e, de forma mais 
abrangente, no controle das transações internacionais executadas por um 
país. Ela é fixada de maneira a viabilizar as necessidades de expansão da 
 economia e promover seu desenvolvimento econômico.
Os regimes cambiais podem ser de:
Taxa de câmbio flutuante 
Permite maior liberdade às economias na execução de suas políticas 
monetárias. Em momentos de eventuais desequilíbrios econômicos, 
é possível ter mais agilidade nas variações de oferta e procura da 
moeda no mercado. Nesse modelo, as taxas acompanham livremen-
te as oscilações da economia, ajustando-se mediante as alterações 
em seus valores.
Taxa de câmbio fixa 
Nesse caso, a taxa de câmbio tem o seu valor atrelado a um refe-
rencial fixo, como ouro ou dólar. As taxas de câmbio fixas permitem 
maior nível de certeza ao comércio internacional, por revelarem, 
Títulos públicos são papéis 
emitidos pelo Tesouro Nacional, 
que representam uma forma 
de financiar a dívida pública e 
permitem que os investidores 
“emprestem” dinheiro para 
o governo, recebendo uma 
rentabilidade em troca.
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17
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
previamente, o valor futuro da moeda. No entanto, a manutenção 
desse padrão é de maior risco para os governos, obrigando-os, 
em momentos de desequilíbrio, a gastar elevadas somas de suas 
reservas cambiais para manter a cotação da moeda nacional.
Os objetivos da adoção de um ou outro regime cambial podem ser, entre 
outros: equilibrar o balanço de pagamentos (caso típico do regime de taxa 
de câmbio flutuante) ou mesmo combater a inflação (caso típico do regime 
de taxa de câmbio fixa adotado por muitos países emergentes nas déca-
das de 1980 e 1990).
 SETOR REAL X SETOR FINANCEIRO 
O setor real da economia diferencia-se do setor financeiro em diversos aspectos. 
Todavia, ambos os setores se complementam e são relevantes para a sociedade.
O setor real abrange a produção e a circulação de bens e de mercadorias, e 
a prestação de serviços não financeiros, como comércio, telecomunicações, 
transporte e outros. Os ativos reais são bens ou direitos que não repre-
sentam, necessariamente, reserva de valor, mas são mantidos em função do 
proveito que deles se espera obter. Exemplos: máquinas e equipamentos.
Já o setor financeiro abrange a custódia, a intermediação e a compensa-
ção de ativos e de passivos financeiros. 
Um ativo financeiro constitui um direito em relação a outra unidade econô-
mica, mantido como reserva de valor em função do retorno financeiro que 
dele se espera obter. Inclui moeda e todo título que representa dívida ou 
participação patrimonial (ex.: ações, título de dívida, royalties).
Um passivo financeiro representa a obrigação decorrente de ativo 
financeiro. É, portanto, a contrapartida para aquele que emitiu um ativo 
financeiro (ex.: dívidas).
 FUNÇÕES BÁSICAS DO 
 MERCADO FINANCEIRO 
O mercado financeiro possibilita que as unidades econômicas (também 
conhecidas como agentes econômicos) estejam em contato, direto ou 
 indireto, a um custo mínimo e com as menores dificuldades possíveis para 
Balanço de pagamentos é um 
instrumento da contabilidade 
nacional referente à descrição 
das relações comerciais de um 
país com o resto do mundo. 
Registra o total de dinheiro que 
entra e sai de um país, na forma 
de importações e exportações 
de produtos, serviços, 
capital financeiro, bem como 
transferências comerciais.
Custódia 
Guarda e exercício dos 
direitos sobre títulos e valores 
mobiliários.
Intermediação 
Serviço de movimentaçãode ativos entre agentes 
poupadores e tomadores, 
prestado por um agente 
intermediador.
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18
UNIDADE 1
MERCADO FINANCEIRO
esse relacionamento. Dessa forma, a utilização dos recursos financeiros da 
economia pode ser otimizada, possibilitando um aumento geral da produti-
vidade, da eficiência e do bem-estar da sociedade.
Ao viabilizar o contato entre unidades econômicas, o mercado financeiro 
também cumpre as seguintes funções:
 ■ Estímulo à formação de poupança – as instituições financei-
ras existentes no mercado financeiro estimulam a formação de 
 poupança de diferentes formas. Assim, elas captam poupança e, 
em troca, emitem ativos com diferentes graus de liquidez. O merca-
do de capitais — no qual operam os bancos de investimento e cor-
retoras de títulos — auxilia as empresas a emitirem títulos próprios, 
como ações e debêntures. Os fundos de pensão, os fundos de 
investimento e as seguradoras são importantes demandantes des-
ses títulos e, portanto, também estimulam a formação de poupança.
 ■ Facilitação da transferência de poupança entre as unidades 
econômicas – quando o mercado financeiro coloca em contato as 
diferentes unidades econômicas, a troca de recursos entre os que 
possuem recursos financeiros excedentes e os que necessitam de 
recursos é facilitada. Os bancos são importantes facilitadores des-
sa troca, pois repassam os recursos captados de poupadores a 
tomadores de empréstimos.
 ■ Provimento de liquidez às unidades econômicas – os bancos 
que captam recursos com o público e emitem depósitos à vista 
(depósitos em conta corrente) devem ser capazes de oferecer 
liquidez imediata aos seus clientes. Assim, por meio desse tipo de 
instituição financeira, é processada a maior parte dos pagamentos 
realizados pelas unidades econômicas.
Ações representam uma 
fração do capital social de 
uma empresa. Ao comprar 
uma ação, o investidor se 
torna sócio da empresa, ou 
seja, de um negócio. Passa 
a correr os riscos deste 
negócio bem como participa 
dos lucros e prejuízos como 
qualquer empresário.
As debêntures são títulos 
de dívida de empresas 
privadas. Quem investe em 
uma debênture se torna um 
credor da companhia que 
emitiu o título, financiando 
suas operações em troca do 
pagamento de juros.
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Realce
csimon
Realce
csimon
Realce
csimon
Realce
csimon
Realce
19
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta.
1. As unidades econômicas são aquelas que, de alguma forma, influenciam 
a economia a partir de suas decisões e ações, tomadas racionalmente. 
Uma dessas unidades econômicas tem como principal função o consumo 
e sua força de trabalho, que é considerado um dos fatores de produção. 
Nesse caso, estamo-nos referindo:
(a) Ao governo.
(b) À empresa pública.
(c) Às autarquias.
(d) À família.
(e) À empresa privada.
Marque a alternativa correta
2. O comércio internacional lida com diferentes moedas representativas 
das economias envolvidas nas operações. Para se estabelecer a conver-
são entre as moedas, o mercado instituiu a taxa de câmbio. Quando trata-
mos de política de câmbio, podemos afirmar que:
(a) A política cambial é fixada de maneira a viabilizar as necessidades de 
expansão da economia e promover seu desenvolvimento econômico.
(b) A taxa de câmbio flutuante restringe a liberdade das economias na 
execução de suas políticas monetárias.
(c) Na taxa de câmbio fixa, as taxas acompanham livremente as oscilações 
da economia, ajustando-se mediante as alterações em seus valores.
(d) A adoção da taxa de câmbio fixa é utilizada para equilibrar o balanço 
de pagamentos.
(e) As taxas de câmbio flutuante permitem maior nível de certeza ao 
comércio internacional por revelarem, previamente, o valor futuro 
da moeda.
20
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
Marque a alternativa correta
3. O Banco Central administra a Política Monetária por meio de três instru-
mentos clássicos de controle monetário: depósitos compulsórios, redes-
conto bancário e operações de mercado aberto. Considerando que o uso 
desses instrumentos influencia a taxa de juros do mercado, podemos afir-
mar que:
(a) O aumento da alíquota do depósito compulsório reduz o multiplicador 
e aumenta a taxa de juros.
(b) A redução da taxa de redesconto reduz os empréstimos bancários 
e aumenta a taxa de juros.
(c) A compra de títulos no mercado aberto aumenta as reservas 
bancárias e aumenta a taxa de juros.
(d) O aumento da taxa de redesconto aumenta os empréstimos 
bancários e reduz a taxa de juros.
(e) A venda de títulos no mercado aberto reduz as reservas bancárias 
e reduz a taxa de juros.
Consulte o gabarito clicando aqui.
21
UNIDADE 2
MERCADO FINANCEIRO
02
INTERMEDIAÇÃO 
FINANCEIRA
 ■ Conhecer o trabalho dos intermediários 
financeiros e suas vantagens para os 
participantes do mercado financeiro.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ O PAPEL DA 
INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
⊲ FIXANDO CONCEITOS 2
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
22
UNIDADE 2
MERCADO FINANCEIRO
 O PAPEL DA 
 INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 
O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a capta-
ção de recursos por instituições financeiras junto às unidades econômicas 
superavitárias e o seu subsequente repasse para as unidades econômicas 
deficitárias. Esta unidade busca descrever o papel desempenhado pelos 
intermediários financeiros nas transferências de recursos entre poupadores 
e tomadores.
 — Classificação das 
Unidades Econômicas
Pode-se dizer que a economia é composta por intermediários financeiros e 
agentes ou unidades econômicas.
O conjunto das unidades econômicas pode ser dividido em três categorias:
Unidades superavitárias (US)
São aquelas unidades que apresentam receitas correntes maiores 
do que gastos correntes. O excesso de receitas não representa 
necessariamente lucro, podendo significar tão somente sobra de 
caixa momentânea.
Unidades deficitárias (UD)
São aquelas unidades cujos gastos correntes excedem suas 
receitas correntes. No caso de uma empresa, o excesso de gastos 
em relação às receitas correntes não significa dizer que ela opere 
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Realce
csimon
Realce
csimon
Realce
csimon
Realce
23
UNIDADE 2
MERCADO FINANCEIRO
com prejuízo. Os gastos em excesso podem, por exemplo, ser 
empregados em investimentos que permitirão uma futura expan-
são de suas atividades.
Unidades com orçamento equilibrado (UOE)
São aquelas unidades que têm seus gastos correntes iguais 
às receitas correntes. As UOE, por não terem sobras de caixa 
e por serem capazes de financiar seus gastos correntes e de 
 investimento a partir de suas receitas correntes, não precisam, 
portanto, de qualquer tipo de financiamento. Se todas as unida-
des econômicas (UE) fossem sempre UOE, não faria sentido 
 existirem intermediários financeiros. Na prática, contudo, é difícil 
de se conce ber uma unidade econômica que, em algum momento, 
não possua recursos financeiros ociosos, ou mesmo uma que seja 
capaz de se autofinanciar completamente.
As unidades econômicas superavitárias tendem a investir o excedente da 
receita em ativos financeiros, que são direitos sobre a renda futura de outras 
unidades. Portanto, podem ofertar seus excedentes mediante retorno que 
compense seus riscos e gere uma remuneração adicional. 
As unidades deficitárias podem buscar recursos para atender às suas neces-
sidades de financiamento, aceitando arcar com os custos dessa operação. 
Essa é a hipótese que justifica a existência da atividade de intermediação 
financeira, e os agentes que desenvolvem tal atividade são chamados de 
intermediários financeiros, sendo, geralmente, instituições financeiras.
 — Formas de Financiamento
A atividade de intermediação financeira se justifica por servir de elo entre 
as unidades superavitárias (US), ou seja, aquelas que têm sobra de caixa, 
e as unidades deficitárias (UD), que necessitam de financiamento.Ou seja, 
os intermediários financeiros proporcionam um encontro entre os recursos 
financeiros excedentes das US e as necessidades de financiamento das UD. 
A atividade de intermediação financeira nasceu da necessidade de aumento 
da eficiência das transferências de recursos financeiros entre as unidades 
econômicas (UE).
Uma UD pode financiar seus gastos das formas apresentadas a seguir.
Autofinanciamento
Para se financiar, uma UD pode vender ativos próprios, inclusive 
instrumentos financeiros. Por exemplo, se for pessoa física, um 
indivíduo pode vender ações em seu poder para financiar a com-
pra de um bem; ou uma empresa pode vender um terreno que 
esteja ocioso para adquirir, com o dinheiro arrecadado, máquinas 
novas que ampliem sua capacidade produtiva.
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Realce
csimon
Realce
csimon
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csimon
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24
UNIDADE 2
MERCADO FINANCEIRO
Financiamento externo
A outra opção de uma UD para financiar seus gastos é obter 
recursos de terceiros, o que pode ser feito de duas maneiras:
 » Financiamento direto: emitir ações e outras formas de partici-
pação em negócios, sem assumir uma dívida, ou emitir títulos de 
dívida — como debêntures e notas promissórias — que sejam 
adquiridos diretamente por US.
 » Financiamento indireto: empréstimos tomados de institui-
ções financeiras. Essa forma de financiamento é chamada de 
indireta, porque conta com a intermediação de uma instituição 
financeira que adquire títulos emitidos pelas UD com os recur-
sos captados junto às US.
Nas operações de financiamento indireto, as instituições financeiras cap-
tam recursos junto às US, assumindo a obrigação de honrar a exigibilidade 
desses recursos, e os emprestam às UD. 
Já nas operações de financiamento direto, a transferência de recursos 
ocorre diretamente entre as UE superavitárias e deficitárias, e o papel das 
instituições financeiras é simplesmente promover a corretagem de valores.
O financiamento direto e o papel desempenhado pela intermediação 
financeira se encontram resumidos, esquematicamente, na figura a seguir.
FIGURA 3: FINANCIAMENTO DIRETO E INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
TÍTULO DIRETO
TÍTULO DIRETO
USUD IF
ATIVO FINANCEIRO
O financiamento indireto, mostrado pelas linhas cheias, está representado 
no lado esquerdo do esquema pela troca de créditos adiantados pelas 
instituições financeiras por títulos diretos (por exemplo, uma nota promis-
sória) entregues pela UD. Já no lado direito, está representado pela troca 
feita entre as instituições financeiras (IF), que oferecem ativos financeiros 
(por exemplo, um depósito à vista), e as US, que nelas depositam seus 
excessos (ociosos) de caixa. Note-se que esses depósitos das US repre-
sentam, de fato, um empréstimo temporário concedido às IF.
csimon
Realce
25
UNIDADE 2
MERCADO FINANCEIRO
O valor da remuneração pelos recursos financeiros emprestados é chamado 
de juros ou, em termos percentuais, taxa de juros. Essa taxa é considerada, 
por um lado, a remuneração dos poupadores e, por outro, o custo de capital 
dos tomadores.
As instituições financeiras cobram regularmente taxas de juros dos toma-
dores superiores às taxas contratadas nas captações de recursos, a fim 
de cobrir despesas e riscos, bem como para obter remuneração pela ati-
vidade de intermediação. À diferença entre a remuneração cobrada nas 
operações ativas e o custo do dinheiro captado nas operações passivas, 
dá-se o nome de spread. O spread pode também ser definido como a 
diferença entre a taxa média de juros cobrada pelos empréstimos e a taxa 
média paga aos depositantes.
Tradicionalmente, o spread bancário é elevado no Brasil. Entretanto, nas 
duas últimas décadas, ele vem decrescendo basicamente em função da 
maior concorrência gerada pelo desenvolvimento e pela expansão dos 
mecanismos de financiamento direto disponíveis no mercado de capitais. 
Nesse mercado, as empresas conseguem realizar captação de recursos 
diretamente com o investidor interessado, sem a necessidade de interme-
diação financeira.
A transformação dos departamentos financeiros das grandes empresas 
em autênticas instituições financeiras, somada ao crescimento dos investi-
dores institucionais e ao crescente papel desempenhado pelas empresas 
de classificação de risco, significou uma quebra da posição hegemônica 
das instituições bancárias e a perda de parte importante de sua clientela, 
particularmente as empresas de maior porte.
A existência do spread significa que, pelo menos em tese, os financia mentos 
indiretos seriam mais caros do que os financiamentos diretos, enquanto o 
retorno para os depositantes seria menos atraente do que se investissem 
diretamente na compra de um título direto emitido por uma unidade defici-
tária. No entanto, algumas vantagens dos intermediários financeiros levam 
ainda grande parte das unidades deficitárias a se endividar com eles, e das 
unidades superavitárias a depositar neles seus recursos.
 — Vantagens dos 
Intermediários Financeiros
Os intermediários financeiros justificam sua existência por serem mais capa-
zes de reduzir os custos de transação e os problemas gerados pela assimetria 
de informações entre as partes do que as unidades econômicas em geral.
Porém, você pode estar se perguntando: o que são esses custos de tran-
sação? Simples: os custos de transação se referem aos gastos envolvi-
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Realce
csimon
Realce
26
UNIDADE 2
MERCADO FINANCEIRO
dos em cada transação financeira, como o processo de reuniões entre 
as partes e o pagamento de honorários advocatícios para redação dos 
contratos de empréstimo.
Já a assimetria de informação ocorre quando uma das partes de uma tran-
sação está mais bem informada do que a outra em relação a questões 
pertinentes à negociação. Quando há assimetria de informação, conflitos 
de interesse entre as partes tendem a ocorrer.
Assim, a redução dos custos de transação e da assimetria de informação 
presentes nas transações é possibilitada, principalmente, por duas vanta-
gens apresentadas pelos intermediários financeiros: ganhos de escala e 
diversificação das operações.
Ganhos de escala
Em função da especialização (expertise) desenvolvida na coleta 
de dados e no processamento das informações, os intermediários 
financeiros apresentam vantagens relativas a ganhos de escala, 
possibilitando a redução do custo por transação à medida que se 
aumenta o número de transações. Todo intermediário financeiro 
possui um departamento de análise de crédito, sendo os custos de 
manutenção de tal estrutura divididos entre milhares de contratos. 
O mesmo se aplica aos custos legais de elaboração de contratos 
de empréstimo, entre outros custos operacionais.
Diversificação das operações
A possibilidade de diversificação das operações ativas e passi-
vas reduz fortemente, por um lado, a probabilidade esperada de 
perdas com inadimplência nos empréstimos e, por outro lado, os 
riscos de liquidez provenientes de saques dos depositantes.
Portanto, os intermediários são capazes de produzir tal resultado em função 
dos ganhos de escala, da especialização em intermediação financeira, bem 
como de seus ativos e passivos diversificados. Além disso, outra vantagem 
que apresentam é a diversificada oferta de alternativas de captação e de 
aplicação de recursos, já que dificilmente as unidades econômicas conse-
guiriam dispor por conta própria e com a mesma agilidade.
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Realce
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27
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta.
1. Os gastos correntes de uma unidade econômica que excedem as suas 
receitas correntes necessitam, de alguma forma, ser financiados. Caso 
uma unidade econômica deficitária decida recorrer a um financiamento 
externo indireto, podemos citar como opção o(a):
(a) Venda de imóvel.
(b) Emissão de debêntures.
(c) Empréstimo em banco múltiplo.
(d) Emissão de ações.
(e) Emissão de notas promissórias.
Marque a alternativacorreta
2. A economia é composta por intermediários financeiros e unidades eco-
nômicas. As unidades econômicas que apresentam receitas correntes 
maiores do que gastos correntes, e as unidades econômicas cujos gas-
tos correntes excedem as receitas correntes. Esses dois tipos de unidades 
econômicas são conhecidas, respectivamente, como:
(a) Unidades Superavitárias e Unidades Equilibrada. 
(b) Unidades Equilibradas e Unidades Deficitárias.
(c) Unidades Poupadoras e Unidades Deficitárias.
(d) Unidades Superavitárias e Unidades Deficitárias.
(e) Unidades Deficitárias e Unidades Gastadoras.
Consulte o gabarito clicando aqui.
28
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
03
 ■ Compreender a formação e as funções do 
Sistema Financeiro Nacional, bem como a 
participação do mercado de seguros na sua 
composição.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
⊲ O PAPEL DO SISTEMA 
FINANCEIRO NACIONAL
⊲ ESTRUTURA DO SISTEMA 
FINANCEIRO NACIONAL (SFN)
⊲ ÓRGÃOS NORMATIVOS
⊲ ENTIDADES SUPERVISORAS
⊲ OPERADORES DO 
MERCADO FINANCEIRO
⊲ SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
E A TECNOLOGIA
⊲ SANDBOX REGULATÓRIO 
DO MERCADO DE SEGUROS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 3
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
SISTEMA 
FINANCEIRO
NACIONAL
29
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por diferentes tipos de insti-
tuições financeiras e seus respectivos agentes reguladores e fiscalizadores. 
O SFN foi estruturado de forma a dar destaque aos órgãos normativos e 
supervisores e à delimitação das áreas de competência de cada um deles.
O SFN reproduz a estrutura financeira segmentada dos Estados Unidos na 
época em que as instituições financeiras eram especializadas em determinado 
tipo de operação. Desde então, ocorreram mudanças, como: a possibilidade 
de formação de conglomerados financeiros (com atuação em diversas áreas), 
a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência 
de Previdência Complementar (PREVIC), entre outras, mas a estrutura básica 
montada em meados da década de 1960 prevalece até os dias de hoje.
 O PAPEL DO SISTEMA 
 FINANCEIRO NACIONAL 
O SFN pode ser definido como o conjunto de instituições financeiras (públi-
cas e privadas) e instrumentos financeiros destinados a oferecer alternativas 
de aplicação e de captação de recursos financeiros entre as unidades econô-
micas (famílias, empresas e Governo). Ele engloba não só o mercado financei-
ro, mas também o de Seguros Privados e de Previdência Complementar. 
Instituições
Compõem o mercado financeiro diferentes tipos de instituições 
financeiras, como bancos, corretoras, distribuidoras e seguradoras. 
Cada tipo de instituição exerce funções específicas, de acordo 
com o que determinam suas respectivas legislações.
Atenção
O Sistema Financeiro Nacional 
(SFN) foi originalmente 
estruturado como o conjunto 
de instituições que integram 
o mercado financeiro, com 
funções de intermediação 
financeira, regulação e 
fiscalização.
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Realce
30
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
Instrumentos financeiros
Podem ser divididos em duas classes:
 » Instrumentos de dívida, como depósitos bancários, debêntures 
e títulos públicos.
 » Instrumentos de participação patrimonial ou propriedade, 
entre os quais se destacam as ações.
 ESTRUTURA DO SISTEMA 
 FINANCEIRO NACIONAL (SFN) 
FIGURA 4: ESTRUTURA DO SFN
MOEDA, CRÉDITO, CAPITAIS E CÂMBIO SEGUROS PRIVADOS PREVIDÊNCIA FECHADA
Ó
R
G
Ã
O
S
 N
O
R
M
A
T
IV
O
S
CMN 
Conselho Monetário Nacional
CNSP 
Conselho Nacional 
de Seguros Privados
CNPC 
Conselho Nacional de 
Previdência Complementar
S
U
P
E
R
V
IS
O
R
E
S
BCB 
Banco Central do Brasil
CVM 
Comissão de 
Valores Mobiliários
SUSEP 
Superintendência 
de Seguros Privados
PREVIC 
Superintendência 
Nacional de Previdência 
Complementar
O
P
E
R
A
D
O
R
E
S
Bancos e caixas 
econômicas
Administradoras 
de consórcios
Bolsa de 
valores
Seguradoras e 
Resseguradores
Entidades fechadas de 
previdência complementar 
(fundos de pensão)
Cooperativas 
de crédito
Corretoras e 
distribuidoras
Bolsa de mercadorias 
e futuros
Entidades abertas 
de previdência
Instituições 
de pagamento
Demais instituições 
não bancárias
Sociedades 
de capitalização
Saiba mais
O mercado financeiro é o 
ambiente em que se realiza o 
fluxo financeiro entre poupadores 
e tomadores a partir dos mais 
diversos instrumentos financeiros 
existentes. Nesse mercado, 
busca-se otimizar a utilização 
dos recursos financeiros e criar 
condições adequadas de liquidez 
e de administração de riscos.
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Realce
csimon
Realce
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csimon
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31
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
 ÓRGÃOS NORMATIVOS 
Os órgãos normativos são responsáveis pela regulamentação do sistema 
financeiro. São três os órgãos normativos do Sistema Financeiro Nacional, 
cada um sendo responsável por determinado segmento do sistema.
O Conselho Monetário Nacional (CMN) normatiza as atividades das ins-
tituições, bem como dos mercados supervisionados pelo Banco Central 
(BACEN) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de regular 
as aplicações das reservas dos investidores institucionais. É o órgão 
 deliberativo máximo do sistema e estabelece as diretrizes gerais das políti-
cas monetária, cambial e creditícia.
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão regulador 
do mercado de seguros – que inclui as atividades das companhias de 
seguro, de resseguro, das empresas de capitalização e das entidades 
de previdência aberta – cujo órgão supervisor é a Superintendência de 
 Seguros Privados (SUSEP).
O terceiro órgão normativo do Sistema Financeiro Nacional é o Conselho 
Nacional de Previdência Complementar (CNPC), que normatiza as ativi-
dades dos fundos de pensão, supervisionadas pela Superintendência de 
 Previdência Complementar (PREVIC).
 ENTIDADES SUPERVISORAS 
As entidades supervisoras são responsáveis por supervisionar o bom 
funcionamento do Sistema Financeiro Nacional. Elas possuem o objetivo 
de supervisionar o segmento pelo qual são responsáveis, juntamente 
com o órgão normativo a que estão subordinadas.
O Banco Central do Brasil (BACEN) “cumpre e faz cumprir” as orientações 
do Conselho Monetário Nacional. Suas principais responsabilidades são 
garantir o poder de compra da moeda nacional e manter a estabilidade do 
sistema financeiro e do sistema de pagamentos. Entre os exemplos de ati-
vidades sob responsabilidade do BACEN, estão a emissão de papel-moeda 
e de reservas bancárias, os recolhimentos compulsórios e voluntários de 
 instituições financeiras, a realização de operações de redesconto e de 
 compra e a venda de títulos públicos federais.
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Realce
csimon
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32
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
Exercendo o seu papel de supervisão e fiscalização das instituições finan-
ceiras, o BACEN também é responsável pela autorização do funcionamento 
dessas instituições, estabelece condições para o exercício de cargos 
de direção nas mesmas, vigia a interferência de outras empresas nos 
 mercados financeiros e de capitais, além de monitorar o fluxo de capital 
estrangeiro no país.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é responsável por disciplinar, 
fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários – ou seja, o mer-
cado de capitais –, entendendo-se como tal aquele em que são negociados 
títulos e ações emitidos por empresas que buscam captar, junto ao público, 
recursos destinados ao financiamento de suas atividades. A CVM, portanto, 
assegura o funcionamento eficiente e a regulação dos mercados de bolsa 
e de balcão, protege titulares de valores mobiliários contra emissões irregu-
lares e atos ilegais, coíbe fraudes, assegura acesso público às informações 
sobre os valores negociados no mercado, entre outras atividades.
A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), por sua vez, fiscaliza a 
constituição, a organização, o funcionamento e a operação das socie dades 
seguradoras,resseguradoras, de capitalização e entidades abertas de 
 Previdência Complementar, sempre zelando pela proteção dos interesses 
dos consumidores, pela estabilidade, liquidez e solvência das sociedades 
que integram o mercado.
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar ( PREVIC) 
é a autarquia supervisora das atividades das entidades fechadas de 
 Previdência Complementar e de execução das políticas para o regime de 
Previdência Complementar operado por essas referidas entidades.
 OPERADORES DO 
 MERCADO FINANCEIRO 
Agora, vejamos as entidades que operam no mercado financeiro, no dia a 
dia, realizando a ligação entre as unidades econômicas do mercado.
 — Entidades supervisionadas 
pelo Banco Central (BC)
 ■ Bancos comerciais e múltiplos;
 ■ Caixa Econômica Federal;
 ■ Cooperativas de crédito;
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33
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
 ■ BNDES;
 ■ Bancos de desenvolvimento e investimento;
 ■ Instituições de câmbio;
 ■ Sociedades financeiras;
 ■ Sociedades de crédito imobiliário;
 ■ Corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários e de câmbio;
 ■ Sociedades de arrendamento mercantil;
 ■ Outras.
 — Entidades supervisionadas 
pela Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM)
 ■ Companhias abertas com ações negociadas em bolsas de valores;
 ■ Bolsas de valores, mercadorias e futuros;
 ■ Operações com valores mobiliários realizadas por sociedades 
corretoras e distribuidoras;
 ■ Fundos de investimento;
 ■ Outras.
 — Entidades supervisionadas 
pela Superintendência de 
Seguros Privados (SUSEP)
 ■ Sociedades seguradoras;
 ■ Sociedades que atuam no resseguro;
 ■ Entidades abertas de previdência complementar;
 ■ Outras.
 — Entidades supervisionadas pela 
Superintendência Nacional de 
Previdência Complementar (PREVIC) 
 ■ Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Fundos 
de Pensão).
34
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
As instituições financeiras supervisionadas pela SUSEP, CVM e PREVIC 
podem ser classificadas como investidores institucionais. 
O investidor institucional é uma entidade ou empresa que administra 
o capital de terceiros — que, por sua vez, podem ser pessoas ou outras 
empresas, e suas aplicações seguem estratégias e diretrizes bem defini-
das, buscando sempre a maximização das rentabilidades. 
Os investidores institucionais são responsáveis pela maior parte das ope-
rações realizadas no mercado de ações. Na maioria dos países, os inves-
tidores institucionais são os maiores administradores de recursos de ter-
ceiros de todo o sistema financeiro. Seu crescimento no Brasil estimula o 
desenvolvimento do mercado de capitais, na medida em que se tornam 
importantes participantes nos mercados acionários e de títulos privados.
 — Investidores institucionais 
supervisionados pela SUSEP
As instituições supervisionadas pela SUSEP, como investidores institu-
cionais, aplicam, por legislação, suas Reservas Técnicas, ou Provisões 
 Técnicas, no mercado financeiro.
As reservas técnicas – também chamadas de provisões técnicas – são, 
simplificadamente, o quanto de dinheiro a seguradora precisa manter 
(reservar) em seu balanço de modo a arcar com os compromissos que 
deverá assumir com seus segurados.
O correto dimensionamento das provisões técnicas é de fundamental 
importância para a saúde financeira da seguradora. Se forem superdimen-
sionadas, prejudicam a distribuição de lucros aos acionistas; se forem sub-
dimensionadas, ameaçam a solvência das empresas. O atuário é o profis-
sional responsável por seu cálculo.
As provisões se dividem em dois tipos:
Provisões com base em eventos ocorridos
Destinam-se ao atendimento de eventos já consumados, avisados 
ou não à seguradora e ainda não pagos (“liquidados”, no jargão do 
mercado). Há, portanto, a obrigação da companhia de indenizar 
os respectivos segurados. São chamadas de reservas de sinistros.
Provisões com base em eventos futuros
Destinam-se a garantir o atendimento de eventos nos quais ainda 
não existe o compromisso ou a obrigação da seguradora de inde-
nizar o segurado. São chamadas de reservas de prêmios.
35
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
Os valores podem ser aplicados, conforme resolução do Banco Central, 
em ativos de renda fixa, renda variável, imóveis, investimentos sujeitos à 
variação cambial e outros. No ano de 2019, o valor das reservas técnicas 
das seguradoras foi de R$ 1,1 trilhões.
 SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 E A TECNOLOGIA 
O setor financeiro se integra cada vez mais às mudanças tecnológicas, 
a ponto de não podermos mais dissociá-los. Processos são digitalizados 
para mais eficiência, e operações são descentralizadas. Todas essas novas 
experiências trazem um salto na inclusão da população, novas ofertas de 
produtos e serviços e um cliente cada vez mais participativo.
A seguir, veremos as mudanças no mercado financeiro associadas ao uso 
da tecnologia.
 — Open Banking
Open Banking, ou sistema financeiro aberto, teve início em 2018, na 
 Inglaterra, e chegou ao Brasil em 2021. Trata-se da possibilidade de clien-
tes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de 
suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco 
Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferen-
tes plataformas, e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma 
 segura, ágil e conveniente.
Com a permissão de cada correntista, as instituições se conectam direta-
mente às plataformas de outras instituições participantes e acessam exa-
tamente os dados autorizados pelos clientes. Todo esse processo é feito 
em um ambiente seguro, e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa 
sempre que ela quiser.
Benefícios esperados
Mais competição – Com acesso aos dados dos usuários, as institui-
ções participantes poderão fazer ofertas de produtos e serviços para 
clientes de seus concorrentes, com benefícios para o consumidor, 
que poderá obter tarifas mais baixas e condições mais vantajosas;
Melhor experiência no uso de produtos e serviços financeiros – 
Torna possível, ainda, que as instituições participantes ofereçam 
soluções que facilitam às pessoas controlarem suas vidas finan-
36
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
ceiras. Quem, por exemplo, possui mais de uma conta bancária ou 
tem conta em um banco e empréstimo em outro poderá ver todas 
as suas informações em um único local.
Incentivo a inovação – O Open Banking incentivará a inovação 
e o surgimento de novos modelos de negócio que oferecem aos 
clientes uma experiência fácil, ágil, segura e conveniente. Isso 
favorece a inclusão e a educação financeiras da população. 
Mais transparência de informações – Espera-se que o fluxo 
mais transparente de informações entre as instituições favoreça 
a definição de melhores políticas de crédito e a oferta de serviços 
mais adequados aos diferentes perfis de clientes e de segmentos 
da sociedade. Também é esperado que as inovações que vão sur-
gir facilitem a comparação de produtos e serviços ofertados pelas 
diferentes instituições participantes e a programação financeira 
das pessoas. 
A implantação se dará em quatro fases:
 ■ Fase 1 – As instituições financeiras irão compartilhar entre si, sob 
supervisão do BC, seus produtos, serviços e as taxas disponíveis. 
O consumidor ainda não participa dessa fase;
 ■ Fase 2 – Instituições financeiras estarão aptas a compartilhar entre 
elas os dados cadastrais de clientes (como nome, CPF/CNPJ, tele-
fone, endereço, etc.) e informações relacionadas à conta corrente, 
às tarifas, entre outros – tudo sempre a partir do consentimento do 
consumidor;
 ■ Fase 3 – Início dos serviços de iniciação de transações de paga-
mento (sendo possível usar o WhatsApp para iniciar uma transfe-
rência, por exemplo) e a possibilidade de compartilhamento do 
histórico de informações financeiras dos clientes;
 ■ Fase 4 – Possibilidade de compartilhar dados referentes a opera-
ções de câmbio,serviços de credenciamento, contas de depósito 
a prazo e outros produtos de investimentos, seguros, previdência 
complementar aberta, entre outros.
 — PIX
Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. É o meio de pagamento criado 
pelo Banco Central do Brasil em que os recursos são transferidos entre 
contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e 
seguro. O Pix pode ser realizado a partir de uma conta-corrente, conta 
poupança ou conta de pagamento pré-paga.
37
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
Além de aumentar a velocidade em que pagamentos ou transferências são 
feitos e recebidos, o Pix tem o potencial de alavancar a competitividade e a 
eficiência do mercado, baixar o custo, aprimorar a experiência dos clientes, 
incentivar a digitalização do mercado de pagamentos de varejo, promover 
a inclusão financeira e preencher uma série de lacunas existentes na cesta 
de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população.
As principais características do PIX são:
Rápido
Transações concluídas em poucos segundos, recursos disponíveis 
para o recebedor em tempo real;
Disponível
24 horas por dia, sete dias por semana, inclusive feriados;
Fácil
Experiência facilitada para o usuário;
Barato
Gratuito para pessoa física pagadora e custo baixo para os demais 
casos;
Seguro
Robustez de mecanismos e medidas para garantir a segurança das 
transações;
Aberto
Estrutura ampla de participação, possibilitando pagamentos entre 
instituições distintas;
Versátil
Instrumento multiproposta, que pode ser usado para pagamentos 
independentemente do tipo e valor da transação, entre pessoas, 
empresas e governo;
Integrado
Informações importantes para conciliação poderão cursar junto 
com a ordem de pagamento, facilitando a automação de proces-
sos e a conciliação dos pagamentos.
O Pix foi criado para ser um meio de pagamento bastante amplo. Qual-
quer pagamento ou transferência que hoje é feito usando diferentes meios 
(TED, cartão, boleto etc.), poderá ser feito com o Pix, simplesmente com o 
uso do aparelho celular. Com o Pix, não é necessário saber onde a outra 
pessoa tem conta. Você realiza a transferência a partir, por exemplo, de um 
telefone na sua lista de contatos, usando a Chave Pix.
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UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
Além de pagamentos e transferências, o consumidor terá a opção de 
obtenção de dinheiro em espécie diretamente do lojista, pagamento em 
data futura (podendo incluir juros, multas, acréscimos, descontos e outros 
abatimentos) e pagamento em débito automático.
 — Fintechs
 Fintechs são empresas que introduzem inovações nos mercados financei-
ros por meio do uso intenso de tecnologia, com potencial para criar novos 
modelos de negócios. Atuam por meio de plataformas on-line e oferecem 
serviços digitais inovadores relacionados ao setor.
No Brasil, há várias categorias de fintechs de: crédito, pagamento, gestão 
financeira, empréstimo, investimento, financiamento, seguro, negociação 
de dívidas, câmbio e multisserviços.
Estão regulamentadas desde abril de 2018 pelo Conselho Monetário 
Nacional (CMN) – Resoluções 4.656 e 4.657 – e, para entrar em operação, 
devem solicitar autorização ao Banco Central. 
Benefícios das Fintechs:
 ■ Aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito;
 ■ Rapidez e celeridade nas transações;
 ■ Diminuição da burocracia no acesso ao crédito;
 ■ Criação de condições para redução do custo do crédito;
 ■ Inovação;
 ■ Acesso ao Sistema Financeiro Nacional.
 — Meios de pagamento
Com o avanço da tecnologia da informação e, como consequência, a digi-
talização dos sistemas financeiros, os meios de pagamentos vêm acompa-
nhando essa modernização, apesar de o dinheiro vivo ainda ser bastante 
usado.
Alternativas como o boleto bancário, as carteiras eletrônicas e o Pix são 
importantes para atender as demandas do público. Elas atingem uma par-
cela da população que, às vezes, nem tem conta em banco. Além disso, 
algumas pessoas consideram essas soluções mais seguras do que a moe-
da em espécie.
39
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
São utilizados como meios de pagamentos:
1. Dinheiro
O pagamento em espécie ainda é o método preferido dos consu-
midores brasileiros em lojas físicas. Porém, um grande volume de 
cédulas em circulação requer um espaço seguro para o armazena-
mento, incluindo uso de cofre.
2. Cartão de crédito
O cartão de crédito é o segundo meio mais utilizado no comér-
cio físico; já no e-commerce, ele é o campeão. A praticidade e a 
segurança são algumas das razões para aderir a essa opção de 
pagamento. 
3. Cartão de débito
Esse cartão é ótimo para pagamentos no ato da compra. O valor 
é descontado da conta-corrente na mesma hora, de modo que o 
cliente não corre risco de contrair dívidas. Tanto o cartão de crédito 
quanto o de débito geram custos ao empreendimento, já que as 
operadoras das maquininhas cobram taxas sobre cada transação. 
Ainda assim, esses são meios de pagamento muito populares.
4. Boleto bancário
O boleto segue popular porque dispensa conta em banco. Com 
isso, quem não tem cartão consegue efetuar compras parceladas, 
pagando prestações como se fossem uma fatura de luz ou água. 
No entanto, talvez devido à presença cada vez maior de soluções 
digitais no comércio, essa alternativa vem perdendo destaque. No 
cenário global, esse método de pagamento é praticamente inexis-
tente.
5. Carteira digital
As e-wallets superaram o boleto bancário nas compras on-line, 
pois são práticas e possuem mecanismos digitais para evitar frau-
des. Elas atuam como um meio eletrônico para pagamentos e 
transferências. Não é necessário ter um cartão físico, muito menos 
dinheiro em espécie. Basta um aplicativo de smartphone para rea-
lizar as operações. 
6. Contactless
O pagamento por aproximação, ou contactless, é uma tendên-
cia de mercado. Nas interações presenciais, basta aproximar o 
cartão, o celular ou outro dispositivo com tecnologia Near Field 
 Communication (NFC). A maquininha registra a compra sem 
necessidade de digitar senha – algo mais higiênico em tempos de 
 pandemia. O valor pode ser descontado do cartão de crédito ou da 
e-wallet. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões 
de Crédito e Serviços (Abecs), esse hábito está em expansão. 
40
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
7. PIX
Lançado pelo Banco Central no fim de 2020, o Pix já supera méto-
dos tradicionais, como TED e DOC. A transferência instantânea, a 
qualquer hora do dia e qualquer dia da semana, mesmo feriado, 
é o grande chamariz. O dinheiro cai na conta do destinatário em 
poucos segundos, sem intermediários, o que também diminui as 
despesas operacionais.
 — Open Insurance
O Open Insurance, ou Sistema de Seguros Aberto, é a possibilidade de 
consumidores de produtos e serviços de seguros, previdência comple-
mentar aberta e capitalização permitirem o compartilhamento de suas 
informações entre diferentes sociedades autorizadas/ credenciadas pela 
Susep, de forma segura, ágil, precisa e conveniente.
O compartilhamento dos dados pessoais de clientes ou de serviços do 
escopo do Open Insurance depende de prévio consentimento por par-
te dos respectivos clientes. O consentimento deve-se caracterizar como 
manifestação livre, informada, prévia e inequívoca de vontade, feita por 
meio eletrônico, pela qual o cliente concorda com o compartilhamento de 
dados ou de serviços para finalidades determinadas.
Possíveis soluções a partir do Open Insurance
Será possível desenvolver aplicativos que comparem produtos de diversas 
seguradoras em um só local, para que o cidadão possa fazer escolhas mais 
conscientes, podendo, inclusive, utilizar seus dados pessoais para defini-
ção de produtos mais aderentes ao seu perfil, caso deseje.
Novas soluções tecnológicas poderão surgir para atender as necessida-
des dos consumidores,como agregação das informações relativas à vida 
financeira em diferentes instituições financeiras, incluindo produtos de 
seguros, de previdência complementar e capitalização.
Serviços, como aviso de sinistros (comunicação de uma ocorrência coberta 
pelo seguro), portabilidade de previdência, entre outros, poderão ser feitos 
de forma mais simples, por meios digitais.
41
UNIDADE 3
MERCADO FINANCEIRO
 SANDBOX REGULATÓRIO 
 DO MERCADO DE SEGUROS 
O Sandbox Regulatório é uma iniciativa que permite que instituições já 
autorizadas e ainda não autorizadas a funcionar pela SUSEP possam tes-
tar projetos inovadores (produtos ou serviços experimentais) com clientes 
reais, sujeitos a requisitos regulatórios específicos.
A SUSEP estabelece as condições para autorização e funcionamento, por 
tempo determinado, de sociedades seguradoras participantes exclusiva-
mente de ambiente regulatório experimental (Sandbox Regulatório) que 
desenvolvam projeto inovador mediante o cumprimento de critérios e limi-
tes previamente estabelecidos.
O ambiente regulatório experimental (Sandbox Regulatório) visa selecio-
nar projetos inovadores, focados em tecnologia e redução de custos para 
o consumidor. 
Entre os critérios de análise, está a apresentação de produtos e serviços 
que possam ser comercializados em escala e que estejam prontos para 
entrar no mercado. 
O foco do Sandbox Regulatório está em produtos massificados de curto 
prazo e, com isso, estão excluídos os segmentos de previdência, ressegu-
ros, grandes riscos e responsabilidade civil, por exemplo.
42
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
 FIXANDO CONCEITOS 3 
Marque a alternativa correta.
1. Por meio do Sistema Financeiro Nacional, viabiliza-se a relação entre as 
unidades econômicas e, consequentemente, o crescimento da economia. 
Pode-se definir o Sistema Financeiro Nacional como o conjunto de:
(a) Instrumentos destinados à captação e à aplicação de recursos 
financeiros.
(b) Instituições destinadas à captação e à aplicação de recursos financeiros.
(c) Instrumentos que facilitam a transferência de recursos entre poupa-
dores e tomadores.
(d) Instituições e instrumentos destinados a oferecer alternativas de 
aplicação e captação de recursos financeiros.
(e) Instituições que fiscalizam e regulamentam o setor financeiro.
Marque a alternativa correta
2. As entidades supervisoras do Sistema Financeiro Nacional possuem o 
objetivo de supervisionar o segmento pelo qual são responsáveis, junta-
mente com o órgão normativo a que estão subordinadas. A SUSEP – uma 
das entidades supervisoras do Sistema Financeiro Nacional – tem, entre 
as suas atribuições:
(a) Fiscalizar as operações das sociedades de capitalização, seguro, 
resseguro e Previdência Complementar Fechada.
(b) Zelar pela liquidez e solvência dos fundos de pensão.
(c) Zelar pela estabilidade, liquidez e solvência das sociedades que 
integram o mercado de Seguros, Resseguros, Capitalização e enti-
dades abertas de Previdência Complementar.
(d) Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições 
financeiras supervisionadas.
(e) Disciplinar os investimentos de todas as instituições financeiras 
classificadas como investidores institucionais.
Consulte o gabarito clicando aqui.
43
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO
 ■ Conhecer os segmentos do mercado 
financeiro, suas operações e seus prazos, 
e as modalidades usadas no dia a dia do 
mercado financeiro. 
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ MERCADO MONETÁRIO
⊲ MERCADO DE CAPITAIS
⊲ MERCADO DE CRÉDITO
⊲ MERCADO DE CÂMBIO
⊲ FIXANDO CONCEITOS 4
04
SEGMENTOS do
MERCADO FINANCEIRO
44
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO
O mercado financeiro pode ser subdividido em quatro segmentos específicos:
Mercado monetário
Envolve as operações de curtíssimo e curto prazos.
Mercado de crédito
Engloba as operações de financiamento de curto e médio prazos.
Mercado de capitais
Contempla as operações financeiras de médio e longo prazos.
Mercado de câmbio
Corresponde às operações de compra e de venda de moeda 
estrangeira.
Embora, para fins de análise, seja importante fazer a distinção entre esses 
diferentes segmentos do Mercado Financeiro, você deve saber que, na 
prática, eles estão interligados. 
Os conglomerados financeiros atuam nos quatro segmentos. Em particular, 
a taxa de juros de curtíssimo prazo, praticada no Mercado Monetário, é 
fator determinante do comportamento dos outros três segmentos do 
 Mercado Financeiro.
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45
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO
 MERCADO MONETÁRIO 
O Mercado Monetário está estruturado visando ao controle da liquidez 
monetária da economia. Os papéis são negociados nesse mercado tendo 
como parâmetro de referência a taxa de juros, que se constitui como sua 
mais importante moeda de transação.
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) foi desenvolvido pelo 
BACEN e pela Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto 
(ANDIMA) para operar com títulos públicos de emissão do BACEN e do 
Tesouro Nacional. Na verdade, esse sistema é um grande computador que 
tem a finalidade de controlar e liquidar financeiramente as operações de 
compra e venda de títulos públicos e manter sua custódia física e escritural. 
A partir das taxas praticadas nas negociações diárias realizadas, obtém-se 
a taxa SELIC – taxa média dos financiamentos diários, com lastro em títu-
los federais –, que representa importante referencial para a formação das 
taxas de juros no mercado, uma vez que é aceita, no Brasil, como a taxa de 
juros livre de risco, por envolver títulos públicos.
A Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados 
(CETIP) é um sistema semelhante ao SELIC, só que abriga títulos privados.
O principal título do CETIP é o certificado de depósito interbancário (CDI), 
que permite transferência de recursos entre as instituições financeiras. A 
CETIP opera também com CDB, debêntures, notas promissórias, letras 
financeiras (LCI, LCA), entre outros.
A cada reunião ordinária, o Comitê de Política Monetária (COPOM) tem por 
objetivo principal estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a 
meta da taxa de juros a ser praticada pelo BACEN. A meta da taxa de juros, 
que servirá de referência para o Mercado Financeiro, é definida no Brasil 
pela taxa SELIC. Essa meta vigora por todo o período entre reuniões ordi-
nárias do Comitê. Se for o caso, o COPOM também pode definir um viés, 
que é o poder concedido ao presidente do Banco Central para modificar 
a meta para a taxa SELIC a qualquer momento antes da próxima reunião.
 MERCADO DE CRÉDITO 
O Mercado de Crédito visa suprir as necessidades de caixa de curto e 
médio prazos das várias unidades econômicas, seja por meio de conces-
sões de crédito às pessoas físicas ou por empréstimos e financiamentos 
às empresas.
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46
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO
As operações desse mercado são realizadas pelas instituições financeiras 
bancárias (bancos comerciais e múltiplos). Muitas vezes, as operações de 
financiamento de bens de consumo duráveis praticadas pelas sociedades 
financeiras são também incluídas no âmbito do mercado de crédito.
No Brasil, da mesma maneira que na Europa Continental e no Japão, as 
empresas utilizam o crédito bancário como principal fonte de financia-
mento, enquanto em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, as 
 empresas obtêm financiamento principalmente a partir da colocação de 
títulos de dívida e de ações no mercado de capitais.
Os financiamentos concedidos no Mercado de Crédito são tipicamente 
operações intermediadas. Os bancos múltiplos são os maiores partici-
pantes do mercado de crédito brasileiro, respondendo por mais de 80% do 
total de empréstimos do sistema financeiro.
A seguir, vejamos algumas modalidades de crédito disponíveis no mercado:
 ■ Crédito rotativo.
 ■ Contas garantidas.
 ■ Desconto bancário de títulos.■ Crédito direto ao consumidor (CDC).
 ■ Adiantamento de contrato de câmbio (ACC).
 ■ Empréstimo para capital de giro.
 MERCADO DE CAPITAIS 
O objetivo do Mercado de Capitais é suprir as necessidades de investi-
mentos das unidades econômicas por meio de diversas modalidades de 
financiamentos de médio e longo prazos, tanto para capital fixo quanto 
para capital de giro. Também é possível encontrar, no Mercado de 
 Capitais, financiamentos com prazo indeterminado, como as operações 
que envolvem emissão e subscrição de ações.
O Mercado de Capitais é o grande municiador de recursos perma nentes 
para a economia, em virtude da ligação que efetua entre os que têm 
capacidade de poupança, os investidores, e aqueles que dependem de 
 recursos de longo prazo, ou seja, possuem déficit de investimento.
A seguir, você encontra listadas as principais modalidades de financia-
mento negociadas no mercado de capitais:
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47
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO
 ■ Financiamento de capital de giro.
 ■ Arrendamento mercantil (leasing).
 ■ Oferta pública de ações e debêntures.
 ■ Securitização de recebíveis.
 ■ Caderneta de poupança.
 ■ Fundo garantidor de crédito (FGC).
 ■ Emissão de Nota Promissória.
Curiosidade
Índice BOVESPA (IBOVESPA)
É o índice que espelha o desempenho médio do preço 
das ações mais negociadas na B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. 
 Representa o valor atual, em moeda corrente, de uma 
carteira hipotética de ações constituída no primeiro dia útil 
de 1968. Supõe-se que, desde então, nenhum investimento 
adicional tenha sido efetuado, embora sejam incluídos os 
ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proven-
tos — dividendos, bonificações — pelas empresas emissoras.
A carteira teórica é integrada pelas ações que, em conjunto, 
representam 80% do volume transacionado à vista nos 12 
meses anteriores à formação da carteira. A representativida-
de dessa carteira hipotética é reforçada pelo fato de as em-
presas emissoras das ações componentes do índice serem 
responsáveis por cerca de 70% da capitalização — isto é, 
pelo valor de mercado das ações — do total das empresas 
registradas na bolsa. Para que tal representatividade seja 
mantida, é feita uma reavaliação quadrimestral, alterando-se 
a composição e o peso da carteira. A B3 calcula e divulga 
seu índice em tempo real, considerando os preços dos últi-
mos negócios efetuados no mercado à vista com as ações 
componentes de sua carteira.
Saiba mais
Os países capitalistas mais 
desenvolvidos possuem 
Mercados de Capitais fortes e 
dinâmicos.
A fraqueza desse mercado 
nos países subdesenvolvidos 
dificulta a formação de 
poupança, constitui um sério 
obstáculo ao desenvolvimento 
e ainda obriga esses países a 
recorrerem aos mercados de 
capitais internacionais.
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48
UNIDADE 4
MERCADO FINANCEIRO
 MERCADO DE CÂMBIO 
No Mercado de Câmbio, são realizadas as operações de compra e venda de 
moedas estrangeiras. Esse mercado reúne todas as unidades econômicas 
que têm motivos para realizar transações com o exterior, via operadores 
de comércio internacional, instituições financeiras, investidores ou bancos 
centrais, ou, ainda, que tenham que realizar exportações e importações, 
pagamentos de dividendos ou recebimento de capitais ou outros valores.
O BACEN atua nesse mercado visando, principalmente, ao controle das 
reservas cambiais da economia e a manutenção do valor da moeda nacio-
nal em relação a outras moedas internacionais.
O mercado cambial no Brasil encontra-se segmentado em:
Mercado de câmbio de taxas livres 
(câmbio comercial)
O câmbio comercial envolve as operações de importações e 
exportações, pagamentos internacionais de juros e dividendos, 
empréstimos externos, investimentos de capital etc.
Mercado de câmbio de taxas flutuantes 
(câmbio turismo)
O câmbio de taxas flutuantes inclui negociações de moeda estran-
geira para operações de turismo e demais despesas relacionadas.
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49
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
 FIXANDO CONCEITOS 4 
Marque a alternativa correta.
1. Para fins de análise, o Mercado Financeiro pode ser dividido em quatro 
segmentos: Mercado Monetário, Mercado de Crédito, Mercado de Capitais 
e Mercado de Câmbio. Em relação a esses quatro segmentos do Mercado 
Financeiro e às operações financeiras neles realizadas, podemos afirmar que:
(a) O Mercado Monetário visa suprir as necessidades de caixa de curto 
e médio prazo das unidades econômicas.
(b) No Mercado de Capitais, as operações de captação de recursos são 
predominantemente intermediadas e de curto prazo.
(c) Os quatro segmentos do Mercado Financeiro trabalham de forma 
independente, de modo que não há nenhuma ligação entre eles.
(d) O Mercado de Câmbio trabalha exclusivamente com instituições 
que tenham de realizar exportações e importações.
(e) No Mercado de Crédito, os financiamentos se dão a partir de opera-
ções tipicamente intermediadas.
Marque a alternativa correta
2. O Mercado de Câmbio reúne todas as unidades econômicas que têm 
motivos para realizar transações com o exterior, via operadores de comér-
cio internacional, instituições financeiras, investidores ou bancos centrais. 
Podemos afirmar que, no Mercado de Câmbio, são realizadas as opera-
ções de:
(a) Compra e venda de moedas estrangeiras.
(b) Emissão e subscrição de ações.
(c) Financiamento de bens de consumo duráveis praticados pelas 
sociedades financeiras.
(d) Controle da liquidez monetária da economia.
(e) Definição da meta da taxa de juros a ser praticada pelo BACEN.
Consulte o gabarito clicando aqui.
50
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
05
INSTRUMENTOS 
FINANCEIROS
 ■ Compreender as 
características dos 
instrumentos financeiros, 
seus emissores e as 
especificidades de cada 
instrumento, reconhecendo 
a aplicação desses 
instrumentos em situações 
práticas de negócios de 
seguros.
 ■ Aprender sobre os 
instrumentos financeiros 
utilizados pelas instituições 
financeiras para captação 
de recursos no mercado 
financeiro, reconhecendo 
seus emissores e suas 
características.
 ■ Conhecer os fundos de 
investimentos do mercado 
financeiro, classificando-os 
de acordo com o principal 
fator de risco associado à 
carteira do fundo.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de:
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ CARACTERÍSTICAS DOS 
INSTRUMENTOS 
FINANCEIROS
⊲ INSTRUMENTOS DE 
CAPTAÇÃO EMITIDOS POR 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
⊲ INSTRUMENTOS 
FINANCEIROS 
EMITIDOS POR EMPRESAS 
NÃO FINANCEIRAS
⊲ FUNDOS DE INVESTIMENTO
⊲ TÍTULOS DO 
TESOURO DIRETO
⊲ DERIVATIVOS
⊲ CRIPTOMOEDAS
⊲ PREVIDÊNCIA PRIVADA 
COMPLEMENTAR
⊲ FIXANDO CONCEITOS 5
 ■ Conhecer os instrumentos 
financeiros de captação 
de recursos emitidos pelo 
Tesouro Nacional para 
financiar as dívidas do 
Governo.
 ■ Entender as operações 
de captação e proteção 
realizadas no mercado 
futuro.
 ■ Conhecer os planos 
de previdência privada 
complementar, abertos 
e fechados, oferecidos 
no mercado para 
complementação de renda 
após a aposentadoria.
51
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
Os instrumentos financeiros são emitidos por instituições financeiras, por 
empresas e pelo Governo. Cada instrumento possui características próprias 
de risco, liquidez e rentabilidade.
A seguir, vamos falar detalhadamente sobre cada um deles.
 CARACTERÍSTICAS DOS 
 INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
 — Risco
O risco de um investimento está associado à sua rentabilidade. A expectati-
va é que, quanto maior o risco esperado, maior a rentabilidade projetada da 
operação. Entretanto, alguns instrumentos emitidos por instituições financei-
ras têm risco próximo de zero se o valor da aplicação obedecer a certo limite: 
o investidor que mantiver, em determinado banco, o total de seus depósitos 
à vista, a prazo e de poupança, limitado a R$ 250 mil, tem garantidas para as 
suas aplicações, mesmo que o banco “quebre” (isto é, entre em processo de 
liquidação extrajudicial).
Cabeaqui mencionar que o Fundo Garantidor de Créditos ((FGC) – entidade 
privada e sem fins lucrativos – administra um mecanismo de proteção aos 
correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos 
ou créditos mantidos em instituições financeiras, em caso de intervenção, 
liquidação ou falência. O valor máximo por conglomerado financeiro é de 
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52
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
R$ 250.000,00 por depositante ou aplicador, independentemente do valor 
total e da distribuição em diferentes formas de depósito e aplicação. Nas 
contas conjuntas, o valor da garantia é limitado a R$ 250.000,00 ou ao sal-
do da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, 
sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual. A partir de 2016, 
o CMN excluiu dessa cobertura as aplicações em instituições financeiras fei-
tas por fundos de pensão, fundos de investimento, clubes de investimento, 
seguradoras e sociedades de capitalização.
Vale informar que, a partir de 2017, o FGC estabeleceu um teto de 
R$ 1.000.000,00, a cada período de quatro anos, por CPF ou CNPJ em seu 
uso, sendo que, após quatro anos, o teto é restabelecido. Ou seja, existe um 
valor máximo de restituição (R$ 1.000.000,00) para cada período de quatro 
anos, por CPF ou CNPJ, permanecendo inalterado o limite de R$ 250 mil 
por CPF ou CNPJ na instituição financeira. Vale destacar que o período de 
quatro anos se inicia na data da liquidação ou intervenção em instituição 
financeira na qual o investidor detenha valor garantido pelo FGC.
 — Liquidez 
A liquidez de uma aplicação financeira depende de seu prazo — quan-
to menor o prazo, maior a liquidez esperada — e de haver um mercado 
secundário que negocie o título — por exemplo, as ações emitidas por 
grandes empresas são geralmente negociadas em bolsa. Depósitos em 
bancos não são negociáveis, mas são de curto prazo; portanto, são consi-
derados líquidos em razão do prazo.
 — Rentabilidade 
A rentabilidade dos instrumentos financeiros é determinada pelo mercado, 
com exceção dos depósitos de poupança. As ações são instrumentos de 
renda variável.
Os instrumentos de renda fixa podem ser classificados em:
Prefixados
Quando os juros nominais para o investidor são pactuados entre 
as partes no momento em que o instrumento é negociado.
Pós-fixados
Quando a remuneração ao investidor está de acordo com a varia-
ção do indexador, por exemplo: a remuneração está de acordo 
com a variação de índices de preços, a variação da taxa Selic e da 
taxa de câmbio.
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53
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
 INSTRUMENTOS DE CAPTAÇÃO 
 EMITIDOS POR INSTITUIÇÕES 
 FINANCEIRAS 
O objetivo desta parte do material é dar uma noção geral dos principais 
instru mentos de captação existentes no Mercado Financeiro. Por essa razão, 
trataremos aqui apenas daqueles que julgamos importantes por serem os 
mais falados em nosso dia a dia, tanto na mídia impressa ou falada quanto 
no cotidiano de um profissional como um corretor de seguros. 
 — Depósitos à Vista
São também denominados depósitos em conta corrente. Não são remu-
nerados, mas são os mais líquidos e, como já vimos, são livres de risco até 
um certo limite.
 — Depósitos a Prazo
É a denominação oficial dos certificados de depósito bancário (CDBs), 
sendo atualmente a mais importante fonte de captação de recursos dos 
bancos. Os CDBs têm prazos mínimos que, geralmente, variam de 30 a 
120 dias. São títulos nominativos, de renda fixa (rentabilidade prefixada 
ou pós-fixada), emitidos por bancos na modalidade de depósitos a prazo, 
 sendo o prazo definido no momento da negociação.
 — Depósitos de Poupança
Mais conhecidos como caderneta de poupança. Desde 2012, a caderneta 
de poupança possui uma nova forma de cálculo de remuneração. Por essa 
regra, o dinheiro depositado na poupança será corrigido mensalmente pelo 
equivalente a 70% da taxa básica de juros (taxa Selic) mais a variação da 
Taxa Referencial (TR). Isso valerá sempre que a Meta SELIC estiver em 8,50% 
ao ano ou em patamar menor. Se a taxa estiver acima disso, o rendimento 
continuará sendo o tradicional: 0,5% ao mês mais a variação da TR. 
Esse investimento pode ser resgatado a qualquer momento, mas, caso o res-
gate ocorra fora da “data de aniversário”, o investidor perde a remuneração 
equivalente aos dias decorridos após a data de aniversário (mensal) anterior.
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54
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
Importante
Os rendimentos da caderneta de poupança são isentos de imposto de renda (IR) para 
as pessoas físicas.
Já para as aplicações realizadas por pessoas jurídicas, a cobrança de IR será influencia-
da pelo tipo de instituição: para as empresas sem fins lucrativos, os rendimentos serão 
isentos, mas, para as demais organizações, serão tributados.
 — Letras Financeiras
Oferecidas no mercado brasileiro desde 2010, as letras financeiras são títu-
los de dívida privados emitidos por instituições financeiras para a captação 
de recursos. São instrumentos de renda fixa que garantem mais flexibili-
dade às instituições financeiras na captação de recursos, na medida em 
que podem ser ajustadas às suas necessidades. As letras financeiras estão 
livres do recolhimento do depósito compulsório; dessa forma, apresentam 
rentabilidades superiores às dos CDBs.
Entretanto, as letras financeiras apresentam algumas desvantagens em 
relação aos CDBs. Em primeiro lugar, porque o valor mínimo para aplicação 
é de R$ 150 mil, o que restringe o rol de investidores pessoa física. Em 
segundo lugar, porque só podem ser resgatadas após 24 meses; portanto, 
são instrumentos menos líquidos do que os CDBs. Além disso, a letra finan-
ceira não possui a garantia do FGC.
Saiba mais
Quando uma pessoa deposita certa quantia de dinheiro em um banco comercial, essa 
quantia fica disponível para que o banco a empreste a outro cliente. Esse cliente, por 
sua vez, não gasta imediatamente todo o dinheiro tomado como empréstimo, mas 
deposita o valor tomado em um segundo banco. Nesse ponto, temos uma multiplicação 
da moeda, já que o primeiro depositante tem a totalidade de seu dinheiro disponível 
em moeda escritural (pode emitir um cheque nesse valor ou fazer compras com cartão 
de débito, por exemplo) e o segundo depositante também tem a mesma quantidade 
disponível. Entretanto, a quantidade de moeda “real” é apenas a quantidade que foi 
depositada pelo primeiro depositante. O principal objetivo do depósito compulsório é 
evitar a multiplicação descontrolada da moeda escritural. O depósito compulsório é a 
reserva obrigatória recolhida dos depósitos bancários, conforme percentual fixado pelo 
Banco Central do Brasil (BCB), com a finalidade de restringir ou de alimentar o processo 
de expansão dos meios de pagamento.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
 — Outros tipos de captação bancária
Veja alguns outros exemplos:
 ■ LCI – Letra de Crédito Imobiliário: recursos aplicados são dire-
cionados para financiamentos habitacionais. 
 ■ LCA – Letra de Crédito do Agronegócio: título emitido por insti-
tuições garantido por empréstimos concedidos ao setor de agro-
negócio. Esses títulos foram criados pelo Governo com objetivo 
de ampliar os recursos disponíveis ao financiamento agropecuário.
 ■ CDI – Certificados de Depósito Interfinanceiro: é um instru-
mento financeiro utilizado para a captação de recursos entre 
 instituições financeiras, que serve como lastro para as operações 
do mercado interbancário.
 INSTRUMENTOS FINANCEIROS 
 EMITIDOS POR EMPRESAS 
 NÃO FINANCEIRAS 
 — Ações
As ações são títulos de propriedade, isto é, representam a propriedade de 
uma fração da empresa emissora. Sua valorização depende do comporta-
mento do mercado acionário e, portanto, são consideradas títulos de 
 renda variável.
Existem duas espécies de ações: ordinárias e preferenciais.As ações ordinárias dão direito a voto, enquanto os portadores de ações 
preferenciais têm predileção pela distribuição de dividendos e estão na 
frente dos detentores de ações ordinárias, como credores, no caso de 
falência da empresa.
O investidor, além de poder se beneficiar de um ganho de capital repre-
sentado por uma eventual valorização da cotação da ação da empresa, 
pode receber:
Dividendos
Parcela do lucro líquido distribuído aos acionistas.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
Bonificações
Quando a empresa aumenta seu capital, pode haver distribuição 
gratuita de ações aos acionistas, em proporção ao número de 
ações já possuídas.
Direito de subscrição
Se não for exercido, pode ser vendido em bolsa.
 — Debêntures
São títulos de dívida emitidos por sociedades por meio de ações, de 
 capital aberto ou fechado. São nominativos, negociáveis e de médio e 
longo prazos. Rendem juros fixos ou variáveis e podem possuir cláusulas 
de correção monetária. 
É comum que as empresas ofereçam garantias reais para esses papéis, 
cujas características podem ser renegociadas ao longo do contrato. Os 
contratos de emissão de uma debênture podem prever sua conversão em 
ações ao término do contrato.
Debêntures são instrumentos de captação de recursos que oferecem uma 
significativa flexibilidade às companhias emissoras. As companhias podem 
determinar as formas de remuneração, os fluxos de amortização dos títulos 
e as garantias oferecidas como melhor lhes convier. Essa flexibilidade per-
mite que as parcelas de amortização e as condições de remuneração se 
ajustem ao fluxo de caixa da companhia, a algum projeto que a emissão 
porventura possa estar financiando e às condições de mercado no momen-
to da emissão.
Empresas de capital aberto estão autorizadas a fazer oferta pública de 
debêntures, que, então, podem ser negociadas na bolsa. Seus maiores 
demandantes são os investidores institucionais, que geralmente carregam 
esses títulos até seu vencimento. Isso ajuda a explicar o fato de não haver 
ainda um mercado secundário tão amplo para esses papéis como os verifi-
cados em outros países.
 — Notas Promissórias
Também conhecidas como commercial papers, são títulos cujo prazo de 
vencimento varia de 30 a 180 dias. Seu rendimento é, na maioria dos casos, 
prefixado, e, ao contrário do que ocorre com as debêntures, as empresas 
emissoras não oferecem garantias reais.
Saiba mais
Mercado Primário
É quando o título é lançado 
pela primeira vez no 
mercado, ou seja, quando 
é feita a emissão primária 
do título, e, nesse momento, 
ocorre aporte de recursos 
para a empresa emissora.
Mercado Secundário
Negociação de títulos após 
a emissão primária. Nesse 
caso, os títulos trocam de 
mãos, sem que a empresa 
receba qualquer recurso. A 
existência de um mercado 
secundário é de fundamental 
importância para estimular a 
emissão primária ao conferir 
liquidez para os títulos.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
 FUNDOS DE INVESTIMENTO 
 — Definições
Fundo de investimento é um conjunto de recursos monetários formado por 
depósitos de grande número de investidores que se destinam à aplicação 
coletiva em carteira de títulos e valores mobiliários. 
Os fundos de investimento são representados por grupos de investidores 
que reúnem, em fundo comum, os recursos monetários de muitos investi-
dores, vendendo-lhes cotas de participação e podendo obter condições 
mais favoráveis de negociação. 
Os fundos são regidos por um regulamento a partir do qual são estabele-
cida s todas as regras de seu funcionamento e demais informações 
 relevantes, como: tipos de ativos que irão compor a sua carteira, limites 
 máximos e mínimos para cada um dos ativos, estratégias de investimento, 
perfil de risco etc.
As principais decisões que envolvem o patrimônio dos fundos de investi-
mento são tomadas em assembleia geral de cotistas. Nelas, são deliberadas 
as políticas de investimento, a prestação de contas do administrador, as 
alterações do regulamento do fundo, a definição da taxa de administração, 
entre outras.
A gestão do fundo de investimento é exercida por um administrador eleito 
por seu cotistas. Sua responsabilidade é ampla, cobrindo desde a gestão 
da carteira de títulos e valores mobiliários até a execução das atividades 
operacionais e legais relacionadas com o fundo e seus cotistas.
A taxa de administração é cobrada pela instituição financeira para remu-
nerar os serviços prestados de administração do fundo e de gestão da 
 carteira. O percentual dessa taxa é fixado pela própria administradora do 
fundo, sendo cobrada sobre o valor total da aplicação de cada cotista, 
independentemente do resultado alcançado.
A taxa de performance é cobrada com base no desempenho apresentado 
pela carteira do fundo de investimento em relação a um índice de mercado. 
Todo participante de um fundo de investimento detém determinada quanti-
dade de cotas que, por sua vez, corresponde a uma fração ideal de seu 
patrimônio e é determinada pela relação entre o capital aplicado e o valor 
do patrimônio do fundo.
O valor da carteira de um fundo de investimento varia diariamente devido 
às entradas e saídas de cotistas e comportamento dos valores de seus 
ativos no mercado financeiro.
Saiba mais
Os fundos de investimento 
têm crescido em muitos 
países, em detrimento da 
base tradicional de depósitos 
dos bancos, apesar de não 
haver qualquer tipo de seguro 
para os cotistas em caso de 
quebra de um fundo mútuo.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
É importante destacar que os fundos de previdência se diferenciam dos 
demais fundos de investimento por não ocorrer a cobrança do imposto de 
renda (IR) na fonte, que acontece duas vezes ao ano, ao final de maio e de 
novembro. Nos fundos de Previdência Privada, a tributação ocorre somente 
no resgate, e também é possível aplicar nas mais diferentes categorias de 
produtos, desde fundos de renda fixa a fundos de ações e multimercados.
 — Classificação dos Fundos 
de Investimento
As classificações são definidas a partir do principal fator de risco associa-
do à carteira do fundo, que pode ser o índice de preço, a taxa de juros, o 
índice de ações ou o preço do ativo, cuja variação pode produzir maiores 
efeitos sobre o valor da sua aplicação no fundo. São elas:
 ■ Curto prazo.
 ■ Referenciados.
 ■ Renda fixa.
 ■ Ações.
 ■ Cambiais.
 ■ Dívida externa.
 ■ Multimercado.
Curto prazo
Aplicam seus recursos exclusivamente em títulos públicos federais 
ou privados prefixados ou indexados à CDI/SELIC ou a outros 
índices. Esses títulos podem ser indexados a taxas de juros ou 
 inflação, com prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio 
da carteira do fundo inferior a 60 dias.
Referenciados
Investem, no mínimo, 95% de sua carteira em títulos ou operações 
que buscam acompanhar a variação do indicador de desempe-
nho escolhido (benchmarking). Podem ser indexados a índices de 
juros (como o CDI), inflação (como IGPM, IPCA), moedas estran-
geiras e outros.
Renda fixa
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relacionados 
à variação da taxa de juros ou a um índice de inflação. 
Excluem-se estratégias que impliquem exposição de moeda 
estrangeira ou de renda variável.
Importante
Uma importante vantagem 
dos fundos de previdência é 
a possibilidade de pagar uma 
alíquota de IR menor sobre 
os lucros na hora do resgate 
e ainda ter a possibilidade 
de aumentar a sua restituição 
de IR no ano seguinte à 
aplicação no fundo.
Benchmarking é um 
processo de comparação 
de produtos, serviços e 
práticas empresariais, e é 
um importante instrumento 
de gestão.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
Ações
Devem manter, no mínimo, 67% da carteira investidos em ações nego-
ciadas em bolsa de valores ou emmercado de balcão organizado.
Cambiais
Devem possuir, no mínimo, 80% da carteira em ativos relaciona-
dos à variação de preços de moeda estrangeira ou à variação do 
cupom cambial.
Além de estarem sujeitos à variação cambial, os ativos podem ter 
outros tipos de risco, como títulos de dívida com risco de crédito. O 
montante não aplicado em ativos relacionados a moedas estrangei-
ras deve ser aplicado somente em títulos e operações de renda fixa.
Dívida externa
Aplicam, no mínimo, 80% de seu patrimônio em títulos represen-
tativos da dívida externa de responsabilidade da União, sendo 
 permitida a aplicação do restante em outros títulos de créditos 
transacionados no mercado internacional.
Multimercados
Fundos multimercados podem ter características como performan-
ce, risco e liquidez muito diferentes uns dos outros, dependendo 
da estratégia de cada fundo. 
As políticas de investimento dos fundos multimercados envolvem 
várias modalidades de investimento.
 TÍTULOS DO 
 TESOURO DIRETO 
Assim como fazem muitas empresas, o Governo financia seu déficit por meio 
da venda de títulos, conhecidos genericamente como títulos públicos. Esses 
títulos compõem a dívida pública mobiliária ou, simplesmente, dívida pública.
Os principais títulos são os seguintes:
Letra Financeira do Tesouro (LTF): Tesouro Selic
Tem rentabilidade diária vinculada à taxa SELIC. O resgate do prin-
cipal e dos juros ocorre em seu vencimento.
Letra do Tesouro Nacional (LTN): Tesouro Pré-Fixado
Título prefixado, adquirido com deságio, ou seja, sua rentabilida-
de nominal é definida no momento em que é adquirido. Seu pre-
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
ço varia na direção inversa à da variação da taxa SELIC. Portanto, 
 torna-se um título atraente para o investidor que acredita na queda 
da taxa básica de juros.
Nota do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C): Tesouro 
IGPM com Juros Semestrais
Sua rentabilidade é vinculada à variação do Índice Geral de Preços – 
Mercado (IGP-M), acrescida de juros definidos no momento da com-
pra. Paga juros semestralmente (cupom de juros semestral) e o res-
gate do valor nominal atualizado ocorre em sua data de vencimento.
Nota do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B): Tesouro 
IPCA com Juros Semestrais
Possui as mesmas características de uma NTN-C, com a diferença 
de que o índice de inflação que corrige seu valor nominal é o Índice 
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
 DERIVATIVOS 
 — Definição
Derivativos são instrumentos financeiros que se originam (dependem) do 
valor de outro ativo, considerado ativo de referência. Um contrato derivativo 
não apresenta valor próprio, depende de um fator de risco, como:
■ Preço de uma mercadoria, de um instrumento financeiro ou de
uma moeda.
■ Índices de preços ou de Bolsa.
■ Taxas referenciadas.
Há dois tipos de derivativos:
■ Financeiro – taxas de juros, moedas, ações e índices;
■ Não financeiro – petróleo, café, ouro, boi gordo, soja, açúcar,
milho e outros ativos agropecuários, além de derivativos de energia 
e clima, como crédito de carbono, gás, energia elétrica etc.
Em vez de os próprios ativos serem negociados no mercado, os 
investido-res apostam em seus preços futuros e, por meio de contratos, 
assumem compromissos de pagamentos e entregas físicas futuras.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
A liquidação de um contrato de derivativo pode ser física ou financeira. A 
liquidação física envolve a entrega física do ativo objeto na data de venci-
mento do contrato. A liquidação financeira é realizada, normalmente, por 
diferença. Na data de vencimento do contrato de derivativo, é desembolsa-
da a diferença entre os valores de compra e de venda, sem a necessidade 
da entrega física dos ativos objetos da negociação.
Os derivativos mais usados, conhecidos como derivativos de primeira gera-
ção, são os contratos futuros, de opções e de swaps. Tais contratos podem 
ser utilizados como mecanismos de hedge (proteção) ou para especulação.
Veja, a seguir, as definições de cada um deles.
 — Futuros
Os contratos futuros representam um acordo entre vendedor e comprador 
que irão entregar e receber um ativo (mercadoria, moeda, ativo financeiro, 
índice, taxa referenciada) por um preço previamente estabelecido para 
liquidação em uma data futura. Como são padronizados, é possível a rever-
são da posição ao longo do contrato.
Quando compra um contrato futuro, o investidor acredita na elevação futura 
do preço do ativo; se vende um contrato futuro, espera ganhar com a queda 
do preço do ativo.
Exemplo de utilização de um contrato futuro como operação de hedge:
Um produtor de trigo terá o produto para entrega no prazo de seis meses; enquanto um 
produtor de farinha de trigo precisará comprar trigo também daqui a seis meses.
Suponhamos que os contratos futuros de trigo com vencimento em seis meses estejam 
sendo negociados a um dado preço e que tanto o produtor de trigo quanto o de farinha 
de trigo consideram que aquele preço atende às suas necessidades de negócio. O produ-
tor de trigo, então, vende um contrato, por temer que o preço de mercado do trigo, daqui 
a seis meses, seja inferior ao do contrato futuro, enquanto o produtor de farinha de trigo 
comprará o contrato futuro por acreditar que há possibilidade de que o preço do trigo, 
daqui a seis meses, seja superior ao do estabelecido no contrato.
 — Opções
É um instrumento financeiro que garante ao investidor o direito futuro de 
compra ou venda de um ativo por um preço predeterminado. Existem duas 
modalidades de contrato de opção:
Importante
Operação de hedge consiste 
em assumir uma posição 
comprada ou vendida em um 
derivativo ou investimento, 
visando minimizar ou eliminar o 
risco de outros ativos. Ou seja, 
funciona como uma proteção 
contra oscilações inesperadas 
dos instrumentos financeiros.
62
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
Opção de compra (Call)
O titular tem o direito de compra de um ativo válido para ser exer-
cido por determinado período de tempo ou em uma data futura 
 específica, e por preço previamente estabelecido. A opção é 
 exercida quando o preço de mercado do ativo é superior ao preço 
de exercício da opção, somado aos custos do exercício.
Opção de venda (Put)
O titular tem o direito de venda de um ativo válido para ser exer-
cido por determinado período de tempo ou em uma data futura 
específica, e por preço previamente estabelecido. A opção é exer-
cida quando o preço de mercado do ativo é inferior ao preço de 
exercício da opção, deduzidos os custos do exercício.
Os contratos de opções diferem dos contratos futuros, pois garan-
tem ao investidor o direito futuro de comprar ou vender um ativo, 
mas não uma obrigação; a seu vendedor, garantem uma obrigação 
futura, caso solicitado pelo comprador da opção. 
O contrato de Opções tem custo para o investidor — o compra-
dor do contrato remunera o vendedor com um prêmio, conhecido 
como preço da opção. O comprador da opção paga em data 
 presente o prêmio ou preço da opção para remunerar o vendedor 
por assumir a responsabilidade de tomar uma posição no mercado 
em data futura, se assim o solicitar o comprador da opção. 
O contrato de opções pode ser negociado em bolsa de valores.
Exemplo de Opção Venda:
Um produtor, compra opções de venda, para sua produção futura, ao preço 
de R$ 200.000 dólares, com vencimento dentro de 60 dias. Por essa Opção 
paga um prêmio R$ 20.000.
No vencimento da Opção o valor da sua produção vale no mercado 
R$ 150.000. O produtor exercerá o seu direito de vender a R$ 200.000, aufe-
rindo o resultado final de R$ 180.000 (R$ 200.000 – R$ 20.000 de prêmio)
Caso o preço de mercado estivesse a R$ 220.000, não haveria interesse 
do produtor de exercer o seu direito de venda a R$ 200.000. Para o produ-
tor é melhor vender a R$ 220.000, preço atual do mercado, e obtendo um 
resultado deR$ 200.000 (R$ 220.000 – R$ 20.000 de prêmio).
Exemplo de Opção Compra:
Uma empresa, compra uma Opção de compra, de uma produção futura, ao 
preço de R$ 200.000, com vencimento dentro de 60 dias. Paga de prêmio 
R$ 20.000 dólares por essa Opção.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
No vencimento da Opção o valor do produto desejado vale no mercado 
R$ 150.000. O comprador não exercerá o seu direito de comprar a R$ 200.000. 
Fará a compra no mercado desembolsando no final o valor de R$ 170.000 
(R$ 150.000 + R$ 20.000 de prêmio)
Caso o preço de mercado estivesse a R$ 250.000, o comprador exerceria 
o seu direito de compra a R$ 200.000. O custo final dessa compra seria de 
R$ 220.000 (R$ 200.000 + R$ 20.000 de prêmio).
 — Swap
É um contrato que prevê a troca (swap) de fluxos de caixa derivados de 
dois instrumentos financeiros diferentes. Por exemplo, quem tem uma dívi-
da em dólar e receitas em reais pode querer trocar esse “risco dólar” pelo 
“risco taxa de juros” com quem tem receitas em dólar e dívida corrigida 
pela taxa de juros. 
A operação de swap pode ser feita diretamente entre as partes ou por 
meio de uma instituição financeira.
 CRIPTOMOEDAS 
As criptomoedas – as chamadas “moedas virtuais” ou “moedas criptográ-
ficas” – são moedas digitais porque, diferentemente do real, do dólar e 
de outras moedas que podem ser tocadas, elas só existem na internet. 
Ou seja, você sabe que elas são verdadeiras, mas não consegue pegá-las 
com as mãos – ou guardá-las na carteira, no cofre ou embaixo do colchão, 
mas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico. As 
suas três principais funções são servir como: meio de troca, facilitando as 
transações comerciais; reserva de valor, para a preservação do poder de 
compra no futuro; unidade de conta, quando os produtos são precificados 
e o cálculo econômico é realizado em função dela.
IMPORTANTE: não são emitidas, garantidas ou reguladas pelo Banco 
Central, de forma que não se confundem com o padrão monetário do Real. 
Possuem forma, denominação e valor próprios. O cidadão que decidir utili-
zar os serviços prestados por essas empresas deve estar ciente dos riscos 
de eventuais fraudes ou outras condutas de negócio inadequadas, que 
podem resultar em perdas patrimoniais.
64
UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
 PREVIDÊNCIA PRIVADA 
 COMPLEMENTAR 
Previdência Privada é uma alternativa de aposentadoria complementar 
à Previdência Social. A principal característica da Previdência Privada é 
que sua adesão é opcional e tem como objetivo básico a manutenção do 
padrão de vida de uma pessoa quando decide parar de trabalhar.
As sociedades de Previdência Privada oferecem diversos planos aos seus 
participantes. O modelo mais conhecido de plano é aquele em que a pes-
soa contribui com parcelas mensais durante um período de anos, para que, 
ao final desse período, possa contar com o benefício desejado.
Os benefícios podem ser contratados para serem pagos por toda a vida do 
participante, por um período limitado de tempo ou de uma só vez.
Veja, a seguir, as principais modalidades da Previdência Privada Complementar.
Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL)
O PGBL é uma alternativa de aplicação financeira direcionada 
 preferencialmente para a aposentadoria das pessoas. Funciona 
como um fundo de investimento comum, aplicando os recursos 
recebidos no Mercado Financeiro e creditando todos os rendi-
mentos auferidos para os investidores.
A carteira de investidores do PGBL pode ser formada por ações, 
títulos de renda fixa, cotas de fundos de investimentos e imóveis. 
Não há garantia mínima de rendimentos para os investidores.
Plano de Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL)
O VGBL é outro tipo de fundo de investimento estruturado para 
captar poupanças de longo prazo, destinado a complementar a 
aposentadoria.
O VGBL é similar ao PGBL, sendo diferente apenas o tratamento 
tributário. No caso do VGBL, os depósitos efetuados não são 
admitidos como dedutíveis na declaração do imposto de renda da 
 pessoa física, incidindo apenas sobre os rendimentos acumulados 
de acordo com uma tabela progressiva. 
No caso do PGBL, o imposto de renda incide sobre o total resgatado.
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UNIDADE 5
MERCADO FINANCEIRO
Fundos de pensão
Os fundos de pensão têm como objetivo fundamental acumular 
fundos a partir de um sistema de capitalização, que garantam o 
pagamento de aposentadoria e outros benefícios para seus asso-
ciados. São organizados sob a forma de fundação ou sociedade 
civil, sem fins lucrativos, e são acessíveis, exclusivamente, aos 
empregados de uma empresa ou grupo de empresas, ou aos ser-
vidores da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municí-
pios, ou aos associados, membros de pessoas jurídicas de caráter 
profissional, classista ou setorial.
Sua expansão é mais marcante em países que não dispõem de um 
sistema público de aposentadoria satisfatório ou, ainda, naqueles 
que estejam reformando (privatizando) seus sistemas de bem-estar 
social. No Brasil, assim como em muitos outros países, os maiores 
fundos de pensão estão vinculados às entidades públicas.
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66
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
 FIXANDO CONCEITOS 5 
Marque a alternativa correta.
1. Cada instrumento financeiro possui características próprias de risco, de 
liquidez e de rentabilidade. Em relação aos diferentes instrumentos finan-
ceiros e suas respectivas características, podemos afirmar que:
(a) Instrumentos de baixo risco tendem a apresentar maior rentabilida-
de do que instrumentos de alto risco.
(b) Instrumentos de renda variável podem ser classificados como prefi-
xados e pós-fixados.
(c) Certificados de depósito bancário (CDBs) podem também ser deno-
minados depósitos a prazo.
(d) Depósitos à vista, geralmente, apresentam baixa rentabilidade.
(e) Debêntures são considerados títulos de propriedade.
Marque a alternativa correta.
2. No mercado de derivativos, temos o contrato de opção, que é um ins-
trumento financeiro que garante ao investidor o direito futuro de uma ope-
ração por um preço predeterminado. Em relação aos contratos de opção, 
podemos afirmar que:
(a) O contrato de opção não apresenta custo para o investidor.
(b) Só existe uma modalidade no contrato de opção, que é a opção de 
compra.
(c) Os titulares ou investidores de uma opção são sempre obrigados a 
comprar ou vender um ativo no período de tempo determinado ou 
na data futura acordada.
(d) São considerados derivativos de primeira geração.
(e) Em contratos de opção, não existe remuneração para o vendedor.
67
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
Marque a alternativa correta.
3. As instituições financeiras se utilizam de diversos instrumentos finan-
ceiros para captar recursos no mercado financeiro. Em relação a esses 
instrumentos de captação emitidos por instituições financeiras, podemos 
afirmar que:
(a) Os depósitos à vista ou depósitos em conta-corrente são remunera-
dos e têm baixa liquidez.
(b) Os depósitos a prazo – denominação oficial de Certificados de 
Depósitos Bancários (CDB) – são as mais importantes fontes de 
captação de recursos dos bancos atualmente. 
(c) Os depósitos de poupança – mais conhecidos como cadernetas de 
poupança – podem ser resgatados a qualquer momento, sem per-
der a remuneração.
(d) O Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) é um instrumento uti-
lizado pelas instituições não financeiras para captação de recursos.
(e) As Letras Financeiras são instrumentos de renda variável que 
garantem mais flexibilidade às instituições financeiras na captação 
de recursos.
Marque a alternativa correta.
4. Assim como fazem muitas empresas, o Governo financia seu déficit por 
meio da venda de títulos, conhecidos genericamente como títulos públi-
cos. Em relação a esses títulos, podemos afirmar que:
(a) Os títulos compõem a dívida privada mobiliária ou, simplesmente, 
dívida privada.
(b) As Letras Financeirasdo Tesouro (LFT) têm rentabilidade diária vin-
culada ao IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado). 
(c) As Letras do Tesouro Nacional (LTN) são títulos pós-fixados, adqui-
ridos com deságio, ou seja, sua rentabilidade nominal é definida no 
vencimento do título.
(d) As Notas do Tesouro Nacional – Série C (NTN-C) têm rentabilidade 
vinculada à variação do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), 
acrescida de juros definidos no momento da compra.
(e) Nas Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), o índice de infla-
ção que corrige seu valor nominal é o IGP-M (Índice Geral de Preços 
– Mercado).
68
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
Marque a alternativa correta
5. Derivativos são instrumentos financeiros que se originam do valor de 
outro ativo, como preço de uma mercadoria, de um instrumento financeiro, 
de uma moeda, índices de preços ou de Bolsa, ou taxas referenciadas. Os 
derivativos mais usados, conhecidos como derivativos de primeira gera-
ção, são os contratos:
(a) Futuros, Ações e Debêntures. 
(b) Futuros, Opções e de Swaps.
(c) Ações, Opções e Seguros.
(d) Futuros, Notas promissórias e Swaps.
(e) Seguros, Opções e Letras de Câmbio.
Consulte o gabarito clicando aqui.
MERCADO FINANCEIRO 69
UNIDADE 6
 ■ Conhecer os riscos que correm as 
instituições financeiras, os investidores 
individuais e seus perfis quanto à 
propensão e tolerância ao risco.
Após ler esta unidade, você deverá ser capaz de: TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
⊲ RISCOS QUE CORREM AS 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
⊲ PERFIL DE RISCO DOS 
INVESTIDORES INDIVIDUAIS
⊲ FIXANDO CONCEITOS 6
06
ADMINISTRAÇÃO 
de RISCO
MERCADO FINANCEIRO 70
UNIDADE 6
O mundo dos negócios é caracterizado pela incerteza. Um empresá-
rio industrial não sabe, ao certo, se a demanda pelos produtos de sua 
empresa aumentará ou cairá no futuro, tampouco sabe, com certeza, o 
que acontecerá com os preços dos insumos necessários à produção. O 
investidor que investe em ações acredita que o preço de suas ações 
aumentará, mas não tem certeza. Se a sua expectativa é de que o preço 
cairá, ele poderá vender as ações. Entretanto, esse mesmo investidor 
não pode ter certeza de que, logo após a venda das ações, o seu preço 
continuará a cair ou aumentará.
Quanto mais longo o período que utiliza para suas estimativas em relação 
ao comportamento futuro de certas variáveis — demanda, preços, taxa de 
juros —, menores são suas chances de acerto e maior é a incerteza. 
O risco difere da incerteza porque pode, dentro de certos limites, ser men-
surado. Entretanto, medir com precisão o grau de risco é uma tarefa quase 
impossível. O cálculo do risco de um ativo é baseado em análise probabilís-
tica. Esse cálculo é feito a partir de estatísticas históricas, ou seja, com base 
no comportamento passado desse ativo. Se ocorrerem fatos de natureza 
diversa daqueles verificados no passado, esse cálculo é prejudicado.
Então, pode-se entender risco como uma situação em que, partindo-se de 
determinado conjunto de ações, vários resultados são possíveis, e as proba-
bilidades de cada um acontecer são conhecidas. Incerteza caracteriza, em 
contrapartida, uma situação em que tais probabilidades são desconhecidas.
Uma noção fundamental em finanças é que: quanto maior o risco de 
uma transação, maior terá que ser a taxa de retorno esperada. Ou seja, a 
rentabi lidade esperada do investimento está positivamente relacionada ao 
nível de risco do investimento.
71
UNIDADE 6
MERCADO FINANCEIRO
Para que fique claro, pense no seguinte exemplo: dois ativos financei-
ros que tenham o mesmo prazo de maturação e rendam a mesma taxa 
de retorno — um deles é considerado mais arriscado do que o outro. 
 Obviamente, o ativo de menor risco sempre será escolhido. Por outro lado, 
para que o ativo de maior risco seja preferido, é necessário que ofereça 
rentabilidade superior à do ativo de menor risco.
 RISCOS QUE CORREM 
 AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
A seguir, vamos falar de cada um dos riscos que correm as instituições 
financeiras, que são: risco de crédito, risco de liquidez, risco de mercado, 
risco operacional, risco de insolvência e risco legal. 
 — Risco de Crédito
É a possibilidade de que a contraparte de um empréstimo (tomador) ou 
operação financeira não queira ou não possa cumprir suas obrigações 
contratuais, gerando, assim, perdas para a instituição financeira. 
Esse risco pode surgir em operações de empréstimos, aquisição de títulos 
ou operações com derivativos em mercados de balcão não organizados, 
operações de resseguro e retrocessão. 
O risco pode ser diminuído por meio de uma cuidadosa diversificação das 
operações entre diferentes setores ou áreas geográficas e também a partir 
da análise financeira das contrapartes envolvidas.
 — Risco de Liquidez
As instituições financeiras sofrem com a dificuldade de encontrar o balanço 
correto entre seus ativos e passivos. O risco de liquidez se relaciona com 
a possibilidade de descasamento entre os fluxos financeiros de ativos e 
passivos de uma instituição financeira e seus reflexos sobre a capacidade 
financeira da instituição de honrar suas obrigações.
O risco de liquidez é particularmente relevante para instituições bancárias, 
pois elas geralmente apresentam ativos menos líquidos do que passivos. 
Então, o risco de liquidez de um banco decorre da possibilidade de que 
seus depositantes realizem saques em papel-moeda ou transfiram suas 
contas para outros bancos em volume muito superior ao de suas reser-
vas. Um banco pode, inicialmente, recorrer ao mercado interbancário 
csimon
Realce
csimon
Realce
72
UNIDADE 6
MERCADO FINANCEIRO
de reservas ou mesmo ao redesconto do BACEN. Se nem assim conse-
guir atender à demanda de seus clientes, o banco tem que se desfazer 
 imediatamente de seus ativos, a começar pelos ativos com maior liquidez, 
e podem ocorrer perdas.
Uma crise de liquidez atinge o banco quando a fuga de depósito se prolonga 
— isto é, quando ocorre uma “corrida” ao banco. Crises de liquidez refletem 
a desconfiança, fundada ou infundada, da solidez de um banco e têm sido 
uma das razões da quebra de instituições depositárias (bancos comerciais 
e de poupança).
Os bancos podem reduzir esse tipo de risco mantendo reservas elevadas 
ou mesmo mantendo outros ativos de grande liquidez e de prazos de 
maturação reduzidos. A dificuldade dos bancos de gerenciar a liquidez de 
seus ativos está relacionada ao fato de que os ativos mais líquidos são os 
que oferecem taxas de retorno mais baixas. No caso específico das reser-
vas bancárias depositadas no BACEN, a taxa de retorno é zero.
 — Risco de Mercado
O risco de mercado está associado à possibilidade de perdas decorrentes 
de mudança nos preços dos ativos retidos pelas instituições financeiras. 
Os preços dos ativos podem variar em virtude de modificações na taxa de 
juros, na taxa de câmbio, no preço de ações e de commodities etc.
O risco de mercado é particularmente relevante em operações nos merca-
dos de futuros e opções. Nesses tipos de operação, pequenas alterações 
nas taxas praticadas pelo mercado ou nos preços dos ativos podem levar 
a fortes perdas para os aplicadores, dado o elevado grau de alavancagem, 
ou seja, os valores em jogo — possibilidade de ganho ou perda — podem 
ser muitas vezes superiores ao capital aplicado.
 — Risco Operacional
O risco operacional se refere à possibilidade de perda originada por falhas 
na estrutura organizacional da instituição financeira, seja relativa a falhas 
humanas, gerenciais, de controle ou dos sistemas operacionais, ou, ainda, 
pela perda dos valores éticos e corporativos que unem os diferentes ele-
mentos dessa estrutura.
As autoridades supervisoras têm dedicado significativa atenção a esse tipo 
de risco. Como exemplos de risco operacional, podem ser citadas: fraudes 
de funcionários da própria instituição financeira ou de seus clientes; falhas no 
sistema de informática; falhas nas rotinasde controles internos, entre outras.
Commodities são produtos 
que funcionam como matéria-
prima, são produzidos em 
escala e podem ser estocados 
sem perda de qualidade, 
como petróleo, suco de laranja 
congelado, boi gordo, café, 
soja e ouro. Commodity vem 
do inglês e originalmente 
significa “mercadoria”.
csimon
Realce
csimon
Realce
73
UNIDADE 6
MERCADO FINANCEIRO
 — Risco de Insolvência
O risco de insolvência se refere à possibilidade de uma instituição finan-
ceira se tornar insolvente. Uma instituição financeira se torna insolvente 
quando seu patrimônio líquido estiver abaixo do mínimo exigido pelas 
autoridades supervisoras. Tal possibilidade pode ser resultado de diversas 
situações de risco, como perdas em negociação com títulos, aplicações em 
derivativos, diminuição do valor contábil dos empréstimos resultante da 
inadimplência, parcial ou total, dos tomadores de empréstimo, e variações 
na taxa de câmbio.
A manutenção de patrimônio líquido suficiente para absorver choques 
dessa natureza pode reduzir esse risco, mas a estratégia mais eficiente 
para evitar uma crise de solvência é não assumir riscos excessivos nas 
operações ativas.
 — Risco Legal
O risco legal corresponde à possibilidade de que contratos não sejam 
executados porque as leis ou regulações não dão suporte às regras 
 estabelecidas entre uma instituição financeira e seus clientes, outras 
 instituições financeiras ou o Governo. 
No Brasil, um exemplo de risco legal verificado no setor bancário é a dificul-
dade enfrentada em reaver ativos oferecidos como garantia no caso de 
falência do tomador de um empréstimo.
 PERFIL DE RISCO 
 DOS INVESTIDORES INDIVIDUAIS 
Os investidores podem ser classificados de acordo com sua propensão ou 
tolerância ao risco.
Com base nisso, foram traçados cinco perfis diferentes: conservador, 
moderado, balanceado, arrojado e agressivo.
Perfil conservador
É aquele que prioriza a segurança e a liquidez nos investimentos 
em lugar de buscar alta rentabilidade. Esse tipo de cliente prefere 
investimentos com retornos previsíveis, normalmente buscando 
investimentos de renda fixa. Em alguns casos, pode ser incluí-
da uma parcela muito pequena de renda variável, normalmente 
represen tada por ações ou câmbio.
csimon
Realce
csimon
Realce
csimon
Realce
74
UNIDADE 6
MERCADO FINANCEIRO
Perfil moderado
É o tipo de investidor que gosta da segurança de investimentos 
de renda fixa, mas quer ou pode dar uma “apimentada” na carteira 
de investimentos. Geralmente, esse investidor quer ter um retorno 
sem correr riscos expressivos. Por isso, participa, em parte, tam-
bém em fundos multimercado ou de ações.
Perfil balanceado
Esse é o investidor que tem condições e apetite para buscar 
ganhos mais expressivos, mas ainda tem algumas limitações para 
correr grandes riscos. A diversificação é um pouco maior e a expo-
sição à renda fixa é menor.
Perfil arrojado
Esse perfil caracteriza quem não tem problema em correr riscos 
no curto e médio prazo e tem conhecimento de que o retorno 
normal mente está ligado ao risco assumido. Seus objetivos são de 
 longo prazo, portanto, sua carteira pode estar sujeita à volatilidade 
durante o período de acumulação. 
Apesar do apetite ao risco, esse tipo de investidor tem total cons-
ciência e corre apenas riscos calculados que estejam de acordo 
com seu planejamento de longo prazo.
Perfil agressivo
É aquele investidor que busca obter o máximo de retorno possível, 
não levando em conta os riscos assumidos. Normalmente, esse 
investidor toma decisões por conta própria, muitas vezes levado 
pela emoção, e não segue regras ou parâmetros para investir. 
As categorias de riscos que correm as instituições financeiras são seme-
lhantes às utilizadas para o investidor individual. Assim, as formas de diminuir 
cada risco também são similares. 
No entanto, como as instituições financeiras administram elevada soma 
de recursos, podem diversificar mais amplamente suas carteiras de apli-
cações. Por isso, podemos dizer que as instituições financeiras são 
 especialistas em análise e administração de riscos.
De modo geral, a maneira mais eficiente de reduzir riscos de aplicações 
financeiras é diversificar a carteira, isto é, investir em diferentes tipos de 
 títulos. Por exemplo, manter certa parte do capital aplicado em ações, 
outra parte em títulos do Governo, outra em dólar. A possibilidade de 
 diversificação depende, é claro, do montante disponível, já que cada 
operação de compra e venda implica custos.
Os benefícios da diversificação crescem à medida que as aplicações este-
jam inversamente correlacionadas: investir em ações de cinco companhias 
de petróleo é menos eficaz do que investir em ações de cinco companhias 
que operem em cinco setores diferentes da economia.
Volatilidade é aquilo que 
muda de preço em pequenos 
intervalos de tempo.
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75
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
 FIXANDO CONCEITOS 6 
Marque a alternativa correta.
1. O mundo dos negócios é caracterizado pela incerteza. Um empresário 
industrial não sabe, ao certo, se a demanda pelos produtos de sua empre-
sa aumentará ou cairá no futuro, tampouco sabe, com certeza, o que acon-
tecerá com os preços dos insumos necessários à produção. Isso também 
ocorre com as instituições financeiras. Em relação aos riscos que as insti-
tuições financeiras correm, podemos afirmar que:
(a) O risco de crédito representa a possibilidade de uma instituição 
financeira perder a confiabilidade perante o público.
(b) O risco de mercado é a probabilidade de que o preço dos ativos 
financeiros que compõem a carteira de uma instituição financeira 
venha a subir.
(c) O risco de liquidez se relaciona com a possibilidade de que a con-
traparte de um empréstimo (tomador) ou operação financeira não 
queira ou não possa cumprir suas obrigações contratuais.
(d) Não assumir riscos excessivos em seus ativos pode ser considerada 
uma das melhores estratégias para combater o risco de insolvência.
(e) Risco operacional de uma instituição financeira é a probabilidade 
de que contratos não sejam executados porque as leis ou regula-
ções não dão suporte às regras preestabelecidas.
Marque a alternativa correta
2. Os investidores podem ser classificados de acordo com sua propensão 
ou tolerância ao risco. O investidor que prioriza a segurança e a liquidez 
nos investimentos é conhecido como:
(a) Perfil conservador.
(b) Perfil moderado.
(c) Perfil balanceado.
(d) Perfil arrojado.
(e) Perfil agressivo.
76
FIXANDO CONCEITOS
MERCADO FINANCEIRO
Marque a alternativa correta
3. Os investidores individuais podem ser classificados de acordo com 
sua propensão ou tolerância ao risco. O investidor classificado com perfil 
agressivo se caracteriza por:
(a) Buscar ganhos mais expressivos, mas tem algumas limitações para 
correr risco.
(b) Querer obter o máximo de retorno possível não levando em conta 
os riscos assumidos.
(c) Focar em investimentos de renda fixa, mas quer ou pode dar uma 
“apimentada” na carteira de investimentos.
(d) Não ter problema em correr riscos no curto e médio prazo.
(e) Preferir investimentos com retornos previsíveis, normalmente bus-
cando investimentos de renda fixa.
Consulte o gabarito clicando aqui.
77
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
 GLOSSÁRIO 
A
AÇÃO: É o título de renda variável que representa a menor fração do capi-
tal de uma sociedade anônima. As empresas que são sociedades anôni-
mas de capital aberto são negociadas nas bolsas de valores.
AÇÃO EX-DIREITOS: A ação cujos direitos (dividendo, bonificação e/ou 
subscrição) já foram exercidos e o investidor não possui direito nesse ins-
tante ao comprar o ativo. Dessa forma, ao comprar a ação com ex-direitos, 
o novo detentor não fará jus a eles.
AÇÃO NOMINATIVA: A ação que identifica o proprietário. Essa proprie-
dade somente ocorre apóso lançamento do nome do acionista no Livro 
de Registro das Ações Nominativas. Até 1990, as ações eram ao portador 
no Brasil.
AÇÃO ORDINÁRIA (ON): É o tipo de ação que confere ao acionista o direito 
ao voto nas Assembleias dos Acionistas, podendo, dessa forma, participar 
das decisões tomadas nessas assembleias. Cada ação ordinária equivale a 
um voto.
AÇÃO PREFERENCIAL (PN): É o tipo de ação que confere ao acionista 
a prioridade no recebimento de dividendos e no reembolso de capital, no 
caso de dissolução da sociedade. Essa ação não dá direito ao voto nas 
assembleias.
ALÍQUOTA: É o percentual que será aplicado para o cálculo do valor de 
uma determinada variável.
ALM (ASSET LIABILITY MANAGEMENT): É a gestão integrada de ativos 
e passivos que busca a melhor alocação dos investimentos dos recursos 
garantidores dos planos de benefícios, considerando os retornos espera-
dos e os riscos de cada segmento das aplicações.
APE (ASSOCIAÇÃO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO): É uma instituição 
criada para facilitar aos associados a aquisição da casa própria e a capta-
ção, incentivo e disseminação da poupança. Os depositantes se tornam 
associados da instituição.
78
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
B
BACEN OU BCB (BANCO CENTRAL DO BRASIL): Autarquia Pública Fede-
ral responsável pela regulamentação e supervisão do Sistema Financeiro 
Nacional.
BANCO COMERCIAL: Instituição financeira privada ou pública. Tem como 
objetivo principal proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos 
recursos necessários para financiar, em curto e médio prazos, o comércio, 
a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e ter-
ceiros em geral.
BASILEIA: Acordo com recomendações de melhores práticas relativas à 
estrutura de capital de instituições financeiras.
BENCHMARK: Indicador utilizado para comparar a rentabilidade entre 
investimentos, produtos, serviços e taxas.
BNDES (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
E SOCIAL): É uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem como objetivo 
financiar a longo prazo os empreendimentos que contribuam para o desen-
volvimento do País.
C
CALL: É o significado de uma opção de compra. Confere ao seu titular o 
direito de comprar um determinado ativo (ativo-objeto) pelo preço estabe-
lecido no contrato da opção, durante determinado período de tempo, ou 
em uma data predeterminada.
CDB (CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO): É o título representa-
tivo de depósito a prazo fixo emitido por bancos comerciais, bancos de 
investimento e bancos de desenvolvimento. A taxa paga nos CDBs pode 
ser prefixada, pós-fixada ou flutuante, sendo essa última atrelada a um per-
centual da variação de um índice, que pode ser a TR, TJLP, CDI, ou um 
índice de inflação, como o IGP-DI ou IGP-M.
CDI (CERTIFICADO DE DEPÓSITO INTERFINANCEIRO): É uma modali-
dade de investimento pelo prazo de um dia útil, que os bancos usam para 
aplicar os seus recursos excedentes ou para captar dinheiro de outros ban-
cos com o intuito de melhorar sua posição de liquidez.
CEF (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL): Criada em 1861, é uma empresa 
pública federal que exerce a função bancária e atua em programas sociais 
por meio do pagamento do FGTS, PIS, seguro-desemprego, Bolsa Família e 
loterias.
79
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
CETIP: Foi criada em 1986 pelas instituições financeiras e pelo Banco Cen-
tral com o intuito de realizar a custódia, o registro e a liquidação financeira 
das operações feitas com todos os papéis privados e os títulos estaduais 
e municipais.
CMN (CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL): É o Conselho deliberativo 
do Sistema Financeiro Nacional cujas atribuições incluem, entre outras, a 
coordenação de política monetária, de crédito e orçamentária.
CNPC (CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR): 
O CNPC é o órgão que normatiza as atividades dos fundos de pensão, 
supervisionadas pela Superintendência de Previdência Complementar 
(PREVIC).
CNSP (CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS): É o órgão 
regulador do mercado de seguros, que inclui as atividades das compa-
nhias de seguro, de resseguro, das empresas de capitalização e das enti-
dades de previdência aberta.
COMERCIAL PAPER: Também conhecida como nota promissória. É um 
título de emissão de sociedades anônimas, de capital aberto ou fechado, 
como forma de captação de recursos junto a investidores que possuem o 
direito de crédito contra ela.
COMMODITIES: É um termo proveniente da língua inglesa que, original-
mente, significava qualquer mercadoria, mas hoje é utilizado nas transa-
ções comerciais de produtos de origem primária na bolsa de valores para 
se referir a produtos de qualidade e características uniformes, que não são 
diferenciados de acordo com quem os produziu ou de sua origem, sendo 
seu preço uniformemente determinado pela oferta e procura internacional.
COPOM (COMITÊ DE POLÍTICA MONETÁRIA): É o comitê instituído 
em junho de 1996, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política 
monetária e definir a taxa básica de juros da economia brasileira.
CTVM (CORRETORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS): As 
corretoras são instituições financeiras autorizadas a operar em Bolsas de 
Valores e de Mercadorias e Futuros.
CVM (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS): Autarquia Pública fede-
ral que disciplina e fiscaliza o mercado de valores mobiliários.
80
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
D
DEBÊNTURE: É o título de dívida de médio e longo prazos emitido por 
empresas de capital aberto não financeiras ou fechado, com o intuito de 
arrecadar recursos para serem utilizados no financiamento de projetos, na 
reestruturação de passivos ou no aumento de capital de giro da empresa 
emissora.
DÉFICIT: Saldo negativo entre receitas e despesas.
DERIVATIVOS: São contratos de ativos financeiros cujos valores e carac-
terísticas de negociação derivam de outros ativos que lhes servem como 
referência.
DI-OVER: É a taxa média das operações de Depósito Interfinanceiro com 
prazo de um dia útil realizado pelas instituições financeiras.
DIVIDENDO: É o valor distribuído aos acionistas, em dinheiro, na propor-
ção da quantidade de ações possuídas. Normalmente, é resultado dos 
lucros obtidos por uma empresa, no exercício corrente ou em exercícios 
passados.
DTVM (DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS): As 
distribuidoras são instituições financeiras autorizadas a operar em Bolsas 
de Valores e de Mercadorias e Futuros
E
EAPC (ENTIDADE ABERTA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR): As 
EAPCs têm por objetivo instituir e operar planos de benefícios de caráter 
previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento 
único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas
EFPC (ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR): As 
EFPCs também são conhecidos como fundos de pensão. Elas possuem 
como objetivo fundamental acumular fundos, por meio de um sistema 
de capitalização, que garantam o pagamento de aposentadoria e outros 
benefícios para seus associados.
 
81
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
F
FGC (FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO): Associação civil sem fins 
lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, criada em 1995, 
com o objetivo de administrar mecanismos de proteção aos correntistas, 
poupadores e investidores para permitir recuperação de depósitos ou cré-
ditos mantidos em instituição financeira, em caso de intervenção, de liqui-
dação ou de falência. O total de créditos de cada pessoa contra a mesma 
instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mes-
mo conglomerado financeiro, é garantido até o valor de R$ 250 mil. Vale 
informar que, a partir de 21 de dezembro de 2017, o FGC estabeleceu um 
teto de R$ 1.000.000,00, a cada período de 4 (quatro) anos, por CPF ou 
CNPJ no seu uso, sendo que, após 4 (quatro) anos, o teto é restabeleci-
do. Ou seja, existe um valor máximo de restituição (R$ 1.000.000,00) paracada período de 4 (quatro) anos, por CPF ou CNPJ, permanecendo inalte-
rado o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ na instituição financeira. Vale 
destacar que o período de 4 (quatro) anos se inicia na data da liquidação 
ou intervenção em instituição financeira onde o investidor detenha valor 
garantido pelo FGC.
FMI (FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL): Organismo financeiro da 
ONU (Organização das Nações Unidas), criado em 1944 pelo Acordo de 
Bretton Woods, com o intuito de promover a cooperação monetária inter-
nacional e estimular o crescimento econômico dos países-membros.
G
GOVERNANÇA CORPORATIVA: Sistema pelo qual as sociedades são 
dirigidas e monitoradas, envolvendo os acionistas e os cotistas, Conselho 
de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal.
H
HEDGE: É o instrumento que visa proteger operações financeiras contra 
o risco de grandes variações de preço de um determinado ativo.
HOME BROKER: Sistema de operações que permite a compra e a venda 
de ações pela Internet, com acesso direto ao pregão eletrônico da Boves-
pa (Bolsa de Valores de São Paulo).
82
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
I
IBGE (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA): É 
uma autarquia do Governo Federal que divulga diversos indicadores de 
atividade da economia (ex.: taxa de desemprego, pesquisa do comércio), 
assim como índices de inflação (IPCA, INPC).
IBOVESPA: É o indicador de desempenho mais utilizado no mercado de 
ações brasileiro, pois retrata o comportamento das ações com mais liqui-
dez negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
IGP-M (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO): O IGP-M é formado 
pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC – peso de 30%), Índice de Pre-
ços no Atacado (IPA – peso de 60%) e Índice Nacional de Construção Civil 
(INCC – peso de 10%).
INFLAÇÃO: Termo que reflete o aumento do nível geral dos preços da 
economia.
INSOLVÊNCIA: Impossibilidade por parte de uma pessoa singular ou 
empresa de pagar as suas dívidas.
INVESTIMENTO: É usado para o emprego da poupança em atividade pro-
dutiva, objetivando ganhos a médio ou longo prazo, ou para significar a 
aplicação de recursos em algum tipo de ativo financeiro.
IPCA (ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLIADO): Calculado 
pelo IBGE, tem como objetivo refletir a evolução do custo de vida de famí-
lias que recebem entre 1 (um) e 40 (quarenta) salários mínimos em determi-
nadas capitais do País.
L
LCA (LETRA DO CRÉDITO DO AGRONEGÓCIO): São títulos emitidos por ins-
tituições garantidos por empréstimos concedidos ao setor de agronegócio.
LCI (LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO): A LCI é um título de renda fixa 
emitido por um banco e lastreado por empréstimos imobiliários.
LEASING/ARRENDAMENTO MERCANTIL: O leasing e o arrendamento 
mercantil representam o mesmo conceito na economia brasileira, que 
pode ser compreendido como uma forma especial de se comprar um 
bem a prazo, diferentemente de um financiamento comum. No leasing, 
o cliente fica com o bem comprado, mas quem tem a propriedade real 
desse bem é o banco que viabilizou a aquisição. Isto é, o cliente não se 
torna o dono efetivo do bem enquanto não terminar de pagar as presta-
ções devidas ao banco.
83
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
O
OPEN-MARKET: Em mercado financeiro, é pertinente ao mercado aberto. 
Refere-se ao mercado de títulos no qual atuam um banco central e os ban-
cos comerciais de um país e no qual são comprados e vendidos os títulos 
da dívida pública na administração da política monetária.
OVER THE COUNTER: É o sinônimo do mercado de balcão no Brasil. 
Este mercado é mais um segmento do mercado de capitais, no qual são 
negociados títulos autorregulados sob fiscalização da Comissão de Valo-
res Mobiliários (CVM). Neste segmento, não existe um local físico deter-
minado para as operações de compra e venda de ativos, que costumam 
acontecer por telefone ou por meio de sistemas eletrônicos.
OVERNIGHT: São aplicações financeiras feitas no mercado aberto (open 
market) com prazo de um dia de resgate.
P
PERFIL DE RISCO: É o termo utilizado para ddeterminar a disposição de 
um investidor em correr riscos na hora de investir seu dinheiro. Ele geral-
mente é dividido no perfil conservador, moderado e agressivo.
PREVIC (SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COM-
PLEMENTAR): Autarquia de natureza especial vinculada ao Ministério da 
Fazenda. É a entidade supervisora das atividades das entidades fechadas 
de Previdência Complementar e de execução das políticas para o regime 
de Previdência Complementar.
PUT: É o significado de uma opção de venda. Confere ao seu titular o direi-
to de vender um determinado ativo (ativo-objeto) pelo preço estabelecido 
no contrato da opção durante determinado período de tempo ou em uma 
data predeterminada.
R
RDB (RECIBO DE DEPÓSITO BANCÁRIO): É o título de renda fixa cujo 
rendimento é uma taxa de juros previamente acordada entre a instituição 
e o investidor. Este tipo de investimento não permite a retirada antecipada 
dos recursos aplicados, nem a negociação em mercado secundário.
84
GLOSSÁRIO
MERCADO FINANCEIRO
S
SCM (SOCIEDADE DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR): As 
SCMs foram criadas em 2001 como entidades cujo objeto social exclusivo 
é a concessão de financiamentos e a prestação de garantias às pessoas 
físicas, bem como a pessoas jurídicas classificadas como microempresas.
SFN (SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL): O SFN pode ser definido 
como o conjunto de instituições e instrumentos destinados a oferecer 
alternativas de aplicação e de captação de recursos financeiros.
SUPERÁVIT PRIMÁRIO: Este é o termo utilizado para determinar o quan-
to o Governo arrecada a mais do que gasta, sendo que nesse cálculo são 
excluídas as despesas com juros.
SUSEP (SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS): É o órgão 
responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previ-
dência aberta, capitalização e resseguro.
SWAP: É uma operação em que há troca de posições quanto ao risco e à 
rentabilidade entre investidores. O contrato de troca pode ter como objeto 
moedas, commodities ou ativos financeiros.
T
TAXA SELIC: A taxa de juros básica da economia no Brasil definida pelo 
Copom (Comitê de Política Monetária).
TÍTULO PÚBLICO FEDERAL: São papéis emitidos pelo Tesouro Nacional 
e vendidos no mercado para captar recursos e financiar a dívida pública 
federal do Brasil.
TR (TAXA REFERENCIAL): É uma taxa calculada pelo Banco Central do 
Brasil e utilizada para determinar o rendimento de investimentos, como a 
caderneta de poupança e a correção de financiamentos imobiliários.
U
UNDERWRITTING: No mercado financeiro, o underwriting ou subscrição 
ocorre quando uma companhia seleciona e contrata um intermediário 
financeiro, que será responsável pela colocação de uma subscrição públi-
ca de ações ou obrigações no mercado.
85
GABARITO
MERCADO FINANCEIRO
 GABARITO 
 — Fixando Conceitos
UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3
1 – D 1 – C 1 – D
2 – A 2 – D 2 – C
3 – A
UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6
1 – E 1 – C 1 – D
2 – A 2 – D 2 – A
3 – B 3 – B
4 – D
5 – B
86
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MERCADO FINANCEIRO
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ANDREZO, A.; LIMA, I. Mercado financeiro: aspectos conceituais e histó-
ricos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais 
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