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AULA 02 
CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO 
MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 
Olá pessoal! 
Vamos para a nossa segunda aula de Macro? Gostaram da primeira? 
Espero que essa seja uma preparação definitiva para vocês. O sucesso de 
vocês é o meu sucesso. 
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
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Vamos começar a nossa aula de hoje fazendo mais alguns exercícios sobre 
balança de pagamentos. 
Questão 16 
(ESAF - Gestor - 2003) - O desempenho das contas externas pode ser 
avaliado a partir da denominada "tabela de usos e fontes". Constituem usos: 
a) os desembolsos de médio e longo prazos 
b) a conta de capital 
c) a balança comercial 
d) os investimentos estrangeiros diretos 
e) os investimentos em papéis domésticos de longo prazo 
Questão 17 
(ESAF - BACEN - 2002) - No Brasil, as operações entre residentes e não 
residentes têm sido apresentadas sob a forma de "usos e fontes de recursos". 
Não faz(em) parte dos denominados "usos": 
a) serviços e rendas; 
b) balança comercial; 
c) ativos brasileiros no exterior 
d) transferências unilaterais correntes 
e) amortizações de médio e longo prazo 
3. Contas Nacionais 
O sistema de contas nacionais é um método de apurar o volume produzido por 
um País em um determinado período de tempo. 
Vocês concordarão comigo que para se fazer uma política de desenvolvimento 
é importante saber o quanto um País está produzindo, pois desse fato 
podemos tirar dados a respeito da tributação, emprego, entre outros. É muito 
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freqüente nos noticiários escutarmos os jornais dando ênfase ao nível de 
crescimento de um País. Isto pode nortear a Política Monetária do Banco 
Central, uma expectativa de inflação futura, entre outros itens que serão 
oportunamente estudados. 
No entanto, uma dificuldade que temos é a de somar todos os itens produzidos 
sob uma mesma plataforma. Por exemplo, imagine que uma cidade ou País 
produza apenas maçã, banana e pêra. A produção anual é de 100 quilos de 
maçã, 200 quilos de pêra e 500 quilos de banana. Como podemos representar 
qual foi a produção de um País, se os mais diversos produtos produzidos não 
podem ser somados por si só. 
É exatamente por esse motivo que devemos somar os valores e assim, o 
Produto será representado por uma soma em dinheiro. Essa soma será o valor 
dos bens produzidos nesse País. No entanto, essa soma pode ter várias 
formatações, algumas utilizando os impostos (incluindo o Governo), outras 
sem impostos, algumas utilizando as transações com o resto do mundo, outras 
não. Enfim, existem várias formas de representar, apesar de ouvirmos nos 
noticiários apenas falar de Produto Interno Bruto - PIB. 
Portanto, vamos definir o que seja produto agregado1. A grosso modo, 
podemos dizer que: 
Produto agregado é a soma de todos os bens e serviços finais 
produzidos por uma determinada economia em um determinado 
período de tempo. 
Segundo Simonsen: 
"O produto afere o valor total da produção da economia em 
determinado período de tempo." 
Segundo Blanchard: 
1 Sempre que essa palavra aparecer estaremos falando de uma soma generalizada. 
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"A medida do produto agregado das contas nacionais é o produto 
interno bruto ou, de maneira abreviada, PIB. Há três modos de 
conceber o PIB de uma economia. Examinemos um de cada vez. 
(1) O PIB corresponde ao valor dos bens finais e serviços 
produzidos em uma economia em determinado período. A 
palavra importante é finais." 
Segundo Sachs: 
"Produto interno bruto (PIB) é o valor total da produção atual de 
produtos e serviços finais obtida em território nacional, em 
determinado período de tempo, normalmente um trimestre ou um 
ano." 
Observe que todos os autores colocam palavras diferentes mas que nos 
mostram exatamente a mesma coisa. Com exceção da definição dada no 
livro do Sachs que citou "em território nacional", todo o resto estava 
muito mais interessado em ressaltar que seria a soma de bens e serviços 
finais em um determinado período de tempo. A questão ressaltada pelo 
Sachs será discutida mais à frente quando formos fazer a diferenciação 
dos mais diferentes produtos. 
Acredito que essa seja o melhor momento para analisarmos a definição 
partindo-a em pequenos fragmentos. Inicialmente, começaremos 
analisando a parte "em determinado período de tempo". 
É fundamental conseguirmos diferenciar estoque de fluxo. Será que 
quando estamos interessados em saber qual foi a produção do Brasil, o 
que nos interessa é saber quando foi produzido no ano de 2010 ou 
quando já se produziu desde 1500? 
É claro que nos interessa saber qual foi a produção em 2010, ou seja, 
num determinado período de tempo, pois dessa forma poderemos 
comparar com a produção de períodos anteriores e verificarmos se 
estamos melhorando ou piorando o nosso desempenho. E além disso, o 
quanto estamos modificando o desempenho. 
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Sempre que ouvimos falar que a economia cresceu 5,9% ao ano, estamos 
fazendo uma comparação deste ano com o anterior e verificando que no 
ano em questão, a produção aumentou 5,9%. 
Portanto, o produto agregado é uma variável fluxo e não uma 
variável estoque. 
Não entendeu ainda qual a diferença de uma variável fluxo para uma 
variável estoque? Vamos a dois exemplos. 
Imagine que você tenha aberto uma conta em um determinado Banco. 
Depois de aberta a conta, vários depósitos foram feitos e retirada 
também. Em um determinado momento, você vai ao caixa eletrônico e 
tira um extrato (ou mesmo um saldo) dessa conta. O valor remanescente 
na sua conta é o seu estoque de dinheiro. Ou seja, ele será encontrado 
quando você soma todos os seus depósitos e subtrai todas as suas 
retiradas. 
Por outro lado, quando você tira um extrato, além do valor que você tem 
na sua conta (do seu estoque de recursos), ele ainda te mostra toda a 
movimentação de um determinado período. Ou seja, o extrato te mostra 
tudo que foi depositado e tudo que foi retirado em um determinado 
período. Esses valores que estão no seu extrato representam o fluxo de 
recursos naquele período em sua conta. 
Por exemplo, a receita federal se interessa muito pelo fluxo de recursos de 
pessoas físicas em suas contas, pois com base no fluxo ela consegue 
saber se vale a pena ou não fazer uma varredura maior naquele CPF. 
Não entenderam ainda? Vamos ao segundo exemplo. 
Imagine que você tenha uma banheira de hidromassagem em sua casa. 
Você resolve abrir a torneira e deixar a água cair. Em um determinado 
momento, a quantidade de água que estiver na banheira representa o 
estoque de água mas a água que cai da torneira representa o fluxo de 
água por um determinado tempo. 
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O Mankiw coloca uma definição sobre o assunto que, em geral, acaba com 
as dúvidas: 
"Um estoque é uma quantidade medida em determinadoponto do 
tempo, enquanto um fluxo é uma quantidade medida por unidade de 
tempo." 
O perfeito entendimento desse conceito é muito importante, pois algumas 
vezes cai em prova. O examinador pergunta em algumas questões se a 
variável X é fluxo ou estoque. O interessante é que todas as vezes que vi isso 
em prova, a resposta a variável sempre era fluxo e nunca estoque. Então já 
sabem, se esquecerem, é fluxo...risos. 
O produto é uma variável fluxo, uma vez que mede a produção em um 
determinado período de tempo. 
Vamos passar a uma outra parte da definição. Quando calculamos o produto 
agregado estamos interessados na soma dos "bens e serviços finais". 
Falamos em bens e serviços finais, pois se registrarmos todos os produtos 
produzidos em uma economia cairemos no que chamamos de dupla contagem. 
É importante evitarmos a dupla contagem, pois não faria sentido colocarmos 
como produto o pão que é produzido por uma padaria e o trigo necessário à 
produção deste pão. Fazendo isto, estaríamos computando o trigo por duas 
vezes. 
Existem algumas formas diferentes de encontrar o produto de um determinado 
país. 
A primeira forma seria efetuando a soma de todos os bens e serviços finais, 
desconsiderando os bens intermediários que foram utilizados como insumo. Ou 
seja, quando estivermos calculando o produto devemos somar o valor dos pães 
vendidos pela padaria, mas não podemos somar também o trigo que foi 
utilizado como insumo na produção daquele pão adicionado. Se fizéssemos 
isto, estaríamos somando o trigo duas vezes e fazendo uma dupla contagem. 
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Observe essa economia abaixo: 
Essa economia produz três produtos: trigo, farinha de trigo e pão. Vocês 
podem pensar que o produto agregado dessa economia seja igual à soma do 
valor venal desses três produtos. Com isso, teríamos: 
Trigo + Farinha + Pão = 500 + 1200 + 2000 = 3700 
Portanto, ao somarmos o valor de venda desses três produtos, teríamos um 
produto agregado de $3.700,00. 
Entretanto, nesse exemplo, o trigo não se utilizou de insumo nenhum para ser 
produzido, logo, nasceu do nada na natureza. Após a sua produção, foi 
vendido para a fábrica de farinha que o destruiu e produziu a farinha de trigo. 
Essa, por sua vez, foi vendida para a padaria que a destruiu e produziu o pão. 
No final das contas, apenas o pão vai ser o produto final e, portanto, essa 
economia tem um produto agregado da ordem de $2.000,00. 
Com isso, vemos que uma das formas de determinar o produto de uma 
economia seria, simplesmente, fornecendo o valor venal do bem final 
produzido. 
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Uma alternativa a este método seria a soma dos valores adicionados2 em cada 
processo de produção, ou seja, somaríamos os valores arrecadados na venda 
do produto menos os insumos que foram adquiridos de outro produtor. 
Adotaríamos este método em todo o processo de produção e assim, não iria 
existir a dupla contagem. Vamos ao nosso exemplo. 
O valor adicionado pelo produtor de trigo é a diferença entre o valor da venda 
do trigo (500,00) e o valor gasto na aquisição dos insumos necessários À 
produção do trigo (0,00). Logo, o trigo contribuiu, adicionou $500,00 na 
economia em questão. 
O valor adicionado pela fábrica de farinha de trigo é igual ao valor venal da 
farinha (1.200,00) menos o valor dos insumos adquiridos para a produção da 
farinha (500,00). Dessa forma, a fábrica de farinha contribuiu com $700,00 
para essa economia. 
Por fim, o valor adicionado pela padaria é igual ao valor total auferido na 
venda dos pães (2.000,00) menos o custo do insumo necessário, no caso a 
farinha de trigo (1.200,00). Logo, o pão contribuiu com a adição de $800,00 
nessa economia. 
Ao somarmos todos os valores adicionados em todas as etapas dos processos 
de produção, teremos exatamente o mesmo valor, ou seja, $2.000,00. 
Com isso vemos que não faz a menor diferença no resultado final do produto, 
utilizarmos o valor do bem final ou o método do valor adicionado. 
2 Denomina-se valor adicionado em determinada etapa da produção a diferença entre o valor bruto produzido (valor 
auferido com a venda dos produtos acrescido da variação de estoque) e os consumos intermediários. 
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Entretanto, devemos ressaltar dois itens importantes. O primeiro deles é que 
devemos contabilizar também os estoques e o segundo é que um produto 
exportado, mesmo não sendo final, deve ser contabilizado. Vamos agora 
explicar os motivos de cada uma dessas exceções. 
Imagine uma fábrica que produziu determinado produto e o deixou em 
estoque. Por exemplo, uma fábrica de auto-peças que produziu um câmbio 
mas, no final do ano, permaneceu com ele em estoque ao invés de vendê-lo À 
fábrica de automóveis. O simples fato de essa empresa não ter vendido esse 
produto não impossibilita que o mesmo seja contabilizado no produto 
agregado, mesmo com o câmbio não sendo um produto final. A ideia é que 
esse câmbio teve insumos consumidos nesse ano, empregou pessoas para a 
sua produção, entre outras coisas. Logo, ele deverá integrar o produto daquele 
País naquele ano dado que somente no ano seguinte será um insumo de um 
determinado produto final. Entretanto, devemos contabilizar além dos produtos 
finais, a variação de estoque. 
Vocês concordarão comigo que o minério de ferro produzido pela Vale não é 
produto final de forma alguma. Nós não consumimos o produto produzido pela 
Vale, ele precisa ser beneficiado e transformado antes que venha a ser 
consumido por cada um de nós, não é mesmo? Mas a Vale tem que pagar 
salários aos seus funcionários, ele gera riqueza a esse País. Logo, não é nada 
lógico pensarmos que não iremos contabilizar o produto da Vale, não é 
mesmo? Então, veja. O produto produzido pela Vale quando for beneficiado 
aqui dentro será contabilizado quando se tornar final, mas quando ele for 
exportado, apesar de não ser final para o consumo, é final para o País. Logo, 
deve ser contabilizado. Portanto, devemos somar também as exportações e 
de forma análoga, diminuir as importações. 
Sendo assim, teremos a seguinte equação: 
Bens e Serviços finais + Variação de Estoque + 
Produto Agregado = _ 
Exportações - Importações 
Além do produto agregado, o conceito de renda e despesa também são 
interessantes. 
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A renda agregada é a remuneração dos fatores de produção da economia 
(salário, juros, lucros e aluguéis). 
A renda por sua vez é o somatório dos fatores de produção. Entende-se como 
fator de produção: salários, lucros, juros e aluguéis. Na verdade, a soma 
destes fatores durante toda a etapa de produção tem que ser necessariamente 
igual ao produto, pois a destinação dos recursos auferidos com a venda final 
dos produtos deve ser necessariamente para remunerar estes fatores nas mais 
diversas fases da cadeia produtiva. Vamos voltar ao nosso exemplo do pão. 
Quando o produtor de trigo adiciona $500,00 ao mercado, ele deve destinar 
esses recursos para pagar os salários das pessoas que lhe forneceram 
trabalho, para pagar o aluguel para aqueles que lhe emprestaram o capital 
físico, para pagar juros para aqueles que lhe emprestaram o capital monetário 
e, finalmente, parapagar o lucro daqueles que incorreram em risco. Na 
verdade, todo o valor adicionado irá remunerar os mais variados fatores de 
produção. 
Salário - Remunera o fator de produção trabalho; 
Aluguel - Remunera o fator de produção capital físico; 
Juros - Remunera o fator de produção capital monetário; e 
Lucro - Remunera o fator de produção risco. 
Fato semelhante ocorre com o valor adicionado na fábrica de farinha de trigo e 
em qualquer parte do processo de produção. O valor adicionado sempre será a 
soma de salário, juros, lucro e aluguel qualquer que seja a etapa de produção. 
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Por fim, despesa agregada são as possíveis destinações do produto. 
Como despesa, entendemos todas as destinações do produto, ou seja, 
consumo mais investimento, mais exportação menos importação. 
Questão 18 
(ESAF - AFPS - 2002) - Considere uma economia hipotética que só produza 
um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num 
determinado período de tempo: 
• o setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T; 
• o setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela 
equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; 
• o setor F produziu farinha no valor de 1.300; 
• o setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores 
finais. 
Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no 
período, de 
a) 1.600 
b) 2.100 
c) 3.000 
d) 4.600 
e) 3.600 
4. Tipos de Produtos Agregados 
Conforme explicado anteriormente, existem vários tipos de produtos, alguns 
com a presença do Governo outros sem, alguns com a presença do resto do 
mundo e outros sem. 
De forma análoga ao Produto Agregado temos também a Renda Agregada e a 
Despesa Agregada. 
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A primeira distinção a ser feita é sobre o produto interno e o produto nacional. 
Enquanto o Produto Interno é a soma de tudo que é produzido dentro de uma 
região geográfica, no caso, um País, o Produto Nacional pode ser sintetizado 
como sendo tudo que é produzido com recursos dos residentes em um País. 
Vamos a um exemplo. 
Imagine uma empresa como a Pirelli. Essa é uma empresa americana, mas 
que possui fábricas no Brasil. A produção da Pirelli não integra o nosso produto 
nacional, pois o capital da empresa é estrangeiro. Entretanto, como a fábrica 
está dentro do território brasileiro, a produção integra o nosso produto interno, 
uma vez que foi produzido internamente. 
Por outro lado, a Gerdau possui várias empresas nos EUA e também no 
Canadá. A Gerdau Canadá participa do produto interno canadense pois a 
fábrica é naquele país, mas quando aufere lucros, envia parte deles para o 
Brasil e, portanto, faz ajuda a aumentar o nosso produto nacional. 
Dentro do produto nacional devem ser computadas as rendas enviadas e 
recebidas do exterior, pois refere-se à remuneração dos fatores de produção. A 
fórmula a ser utilizada é a seguinte: 
PRODUTO INTERNO = PRODUTO NACIONAL + RLEE 
Importante frisar que tem muito mais multinacional estrangeira no Brasil do 
que multinacionais brasileiras no exterior e, assim, a renda enviada ao exterior 
tende a ser maior que a renda recebida do exterior. Dessa forma, a renda 
líquida é enviada e não recebida e, portanto, no Brasil, atualmente, o 
Produto Interno é maior que o Produto Nacional. Nos EUA, a realidade é 
o inverso. 
Portanto, tanto o Produto Nacional pode ser maior que o Produto Interno 
quanto o Produto Interno pode ser maior que o Produto Nacional. Tudo isso, 
depende do País e da realidade do momento. 
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Outra classificação possível é com relação ao produto bruto e o líquido. A 
diferença entre eles se dá, basicamente, pela depreciação. Enquanto, o Bruto 
tem a depreciação incluída, o líquido não tem. A fórmula a ser utilizada é a 
seguinte: 
PRODUTO BRUTO = PRODUTO LÍQUIDO + DEPRECIAÇÃO 
Observe que aqui, diferentemente do Produto Nacional e Interno, o Produto 
Bruto, em geral, é maior que o Produto Líquido. No entanto, pode existir a 
igualdade. Mas nunca o Produto Líquido pode ser maior que o Produto Bruto. 
Por fim, devemos diferenciar o produto a preços de mercado e o produto a 
custo de fatores. Quando estamos computando o produto a custo de fatores 
estamos apenas somando os fatores de produção dos bens e serviços finais, 
mas quando passamos para o produto a custo de mercado computamos o 
preço pelo qual os bens estão sendo negociados. Logo, a diferença entre eles 
se encontra na presença ou não do Governo. 
Enquanto o produto a preços de mercado conta tanto com os impostos que 
incidem sobre os produtos (impostos indiretos) e os subsídios, o produto a 
custo de fatores não inclui essas parcelas. Logo, a fórmula utilizada é a 
seguinte: 
PRODUTO A PREÇO = PRODUTO A CUSTO DE FATORES + 
DE MERCADO IMPOSTOS INDIRETOS - SUBSIDIOS 
O normal aqui é que o produto a preço de mercado seja maior que o produto a 
custo de fatores e, caso questionado, é essa a resposta que espero que você 
dê. Entretanto, não necessariamente essa relação ocorre, pois nada impede 
que os subsídios superem os impostos indiretos. Observe que estamos 
tratando da teoria, pois sabemos que na prática, esse fato dificilmente 
ocorrerá. 
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Com isso, teremos 24 indicadores sendo 8 Produtos, 8 Rendas e 8 Despesas. A 
equação Produto = Renda = Despesa indica que esses 24 podem ser 
transformados apenas em 8 e calculados. Abaixo, coloco os Produtos 
existentes: 
Produto Interno Bruto a Preço de Mercado - PIBpm 
Produto Interno Bruto a Custo de Fatores - PIBcf 
Produto Interno Líquido a Preço de Mercado - PILpm 
Produto Interno Líquido a Custo de Fatores - PIBcf 
Produto Nacional Bruto a Preço de Mercado - PNBpm 
Produto Nacional Bruto a Custo de Fatores - PNBcf 
Produto Nacional Líquido a Preço de Mercado - PNLpm 
Produto Nacional Líquido a Custo de Fatores - PNBcf 
Questão 19 
(FCC - AUDITOR TCE - AL - 2008) - Um país recebe liquidamente rendas do 
exterior. Neste caso, o(a): 
a) PIB do país e seu PNB são iguais. 
b) PIB do país é inferior a seu PNB. 
c) país tem necessariamente superavit comercial no seu Balanço de 
Pagamentos. 
d) país está em expansão econômica e atraindo investimentos externos. 
e) taxa de juros doméstica é muito baixa. 
Questão 20 
(FGV - ICMS - RJ - 2008) - Quando a renda líquida enviada ao exterior 
(RLEE) é deficitária, pode-se dizer que: 
a) PNL > PIL. 
b) PIL < PIB. 
c) RNL < RD. 
d) PNB > PIB. 
e) PIB > PNB. 
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Questão 21 
(FGV - ICMS - RJ - 2008) - Uma economia hipotética com governo é 
caracterizada da seguinte forma: 
Valor bruto 
da produção 
Insumos 
Minério R$150 0 
Aço R$300 R$150 de minério 
Carro R$600 R$200 de aço 
• O total de salários pagos é igual a R$ 200 milhões. 
• O total gasto com o pagamento de juros e aluguéis é igual a R$ 250 
milhões. 
• O consumo total das famílias é igual a R$ 600 milhões. 
Com base nos dados acima, assinale a alternativa correta.a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões. 
b) O lucro dessa economia é igual a R$ 550 milhões. 
c) O PIB dessa economia é igual a R$ 700 milhões. 
d) O consumo do governo é igual a zero. 
e) O PIB dessa economia é igual a R$ 950 milhões. 
Questão 22 
(ESAF - APO - MPOG - 2010) - A diferença entre Renda Nacional Bruta e 
Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: 
a) o valor das importações. 
b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. 
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c) o saldo da balança comercial do país. 
d) o valor da renda líquida de fatores externos. 
e) o valor das exportações. 
Questão 23 
(ESAF - ECONOMISTA - ANA - 2009) - Considerando os conceitos básicos e 
as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica, é incorreto 
afirmar que: 
a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não nulo, a 
poupança interna pode ser maior ou menor do que os investimentos totais da 
economia. 
b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao exterior, 
então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto Nacional Bruto. 
c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país. 
d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em um 
aumento na renda real da economia. 
e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de sua 
arrecadação tributária. 
Questão 24 
(ESAF - AFC - STN - 2005) - Com relação ao conceito de produto agregado, é 
incorreto afirmar que: 
a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o 
produto agregado a custo de fatores. 
b) o produto agregado pode ser considerado como uma "variável fluxo". 
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma 
queda do produto agregado real. 
d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da 
economia. 
e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional produto. 
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Questão 25 
(ESAF - Auditor-Fiscal da Previdência Social - 2002) - Considere os seguintes 
dados: 
• Produto Interno Bruto a custo de fatores: 1.000 
• Renda Enviada ao Exterior: 100 
• Renda Recebida do Exterior: 50 
• Impostos Indiretos: 150 
• Subsídios: 50 
• Depreciação: 30 
Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo de fatores e a 
Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente: 
a) 1.250 e 1.050 
b) 1.120 e 1.050 
c) 950 e 1.250 
d) 950 e 1.020 
e) 1.250 e 1.120 
Questão 26 
(ESAF - AFC - STN - 2002) - Considere: 
P = Produto Agregado 
R = Renda Agregada 
I = Interno 
N = Nacional 
B = Bruto 
L = Líquido 
cf = custo de fatores 
pm = preços de mercado 
Supondo que: 
• PIBcf = 1.000 
• Depreciação = 20 
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• Renda Enviada ao Exterior = 150 
• Renda Recebida do Exterior = 50 
• Impostos Indiretos = 30 
• Subsídios = 10 
Pode-se afirmar que o PNBpm e RNLcf serão, respectivamente: 
a) 880 e 900 
b) 1.180 e 1.020 
c) 920 e 900 
d) 1.180 e 880 
e) 920 e 880 
Questão 27 
(CESGRANRIO - BNDES - Engenharia - 2008) - O valor da produção de bens 
e serviços finais, produzidos dentro do território nacional, estimado usando os 
preços numa data base, é denominado 
a) Renda nacional. 
b) Renda disponível. 
c) PNB do país. 
d) PIB real. 
e) PIB nominal. 
5. Produto Real e Produto Nominal - Índices 
Quando calcularmos o produto agregado de uma economia, independente da 
forma, estaremos somando os valores dos mais variados bens e transformando 
em valores financeiros a produção de um determinado período. 
No entanto, se eu perguntar qual o PIB brasileiro, talvez a grande maioria de 
vocês não tem nem ideia se é R$1 trilhão, R$2 trilhões, R$3 trilhões, 
R$500bilhões. Mas se eu perguntar quanto que o Brasil cresceu no ano 
passado, a grande maioria tem uma ideia do valor. 
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O produto nominal é caracterizado pela multiplicação da quantidade dos 
produtos pelos seus preços. No entanto, ao compararmos o produto nominal 
de dois períodos, parte do crescimento se deve ao aumento de produção e 
parte se deve à inflação. O produto real é a parcela relativa ao aumento da 
produção. Portanto, devemos excluir do produto nominal a inflação para 
encontrarmos o produto real. 
Quando calculamos o produto nominal de uma economia, devemos 
simplesmente calcular quanto uma determinada economia produziu de bens e 
serviços finais em certo período de tempo, ou seja, basta fazermos uma 
multiplicação dos preços pelas quantidades dos produtos. Vejamos o exemplo 
abaixo. 
Suponha que determinado País produz em certo período de tempo apenas dois 
bens finais A e B, conforme mostrado abaixo: 
Com isso, vemos que o produto nominal do período 1 foi de $117,00 enquanto 
que o produto nominal do período 2 foi de $180,00. Observe que houve um 
crescimento do produto, houve um aumento no valor arrecadado com a 
produção dos bens de um período para o outro. Entretanto, podemos notar 
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O produto nominal da economia é encontrado, para cada um dos períodos, 
fazendo os cálculos da seguinte equação: 
Produto Nominal 
Produto Nominal1 = 15 • 3,00 +18 • 4,00 = 45,00 + 72,00 = 117,00 
Produto Nominal2 = 20 • 4,00 + 20 • 5,00 = 80,00 + 100,00 = 180,00 
Bem A Bem B 
Quantidade Preço Quantidade Preço 
Período 1 
Período 2 
15 
20 
3,00 
4,00 
18 
20 
4,00 
5,00 
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também que tanto o preço do bem A quanto o preço do bem B aumentaram do 
período 1 para o período 2. Logo, uma parte desse aumento de produção veio 
desse aumento de preço, ou seja, da inflação. 
Portanto, o produto real mede quanto variou a produção de uma economia. 
Como o produto é medido em unidade monetária, devemos descontar a 
variação no preço dos produtos para atingir essa medida. 
Com o intuito de efetuar esses cálculos de inflação, nos utilizamos do conceito 
de números índices. Índices são números relativos expressos normalmente em 
porcentagens e muito utilizados para indicar variações ao longo do tempo. 
Vários indicadores econômicos são dados em forma de índice. 
Dois índices são bastante utilizados: Laspeyres e Paache. Para calcularmos a 
inflação, devemos utilizar os índices de preço e não de quantidade. 
No índice de preços de Laspeyres, coletamos a cesta consumida no ano base 
(no ano zero) e calculamos a variação dos preços com base nesta cesta de 
consumo. Uma das desvantagens deste método é que a cesta de consumo da 
população muda ao longo do tempo e este índice mantém sempre a mesma 
para efeito de cálculo da variação de preços. 
No índice de preços de Paasche, são utilizadas as quantidades do período 
corrente (ano final) e como vantagem podemos citar que a cesta de consumo 
estará sempre atualizada, mas como desvantagem temos o fato de que 
produtos que atualmente podem estar sendo usados em larga escala pois 
tiveram seus preços sensivelmente reduzidos, no passado era pouco utilizados 
pois eram caros. Podemos dar como exemplo o telefonecelular. 
índice de Preços 
Laspeyres - preço = 
Paasche - preço 
Índice de Quantidade 
Laspeyres - quantidade 
Paasche - quantidade 
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No exemplo desenvolvido anteriormente, podemos calcular o seguinte índice 
de preços utilizando Laspeyres: 
Onde Pi é o preço e Qi a quantidade das n mercadorias existentes na 
economia (i= 1...n). Assim, de um ano para o outro, o produto pode 
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Laspeyres - preço = 
Dessa forma, segundo o índice de preços de Laspeyres, a variação nos preços 
foi da ordem de 28,21%. Observe que o resultado encontrado quando 
aplicamos a fórmula é o valor da inflação mais a unidade. Isso ocorre tanto 
quando utilizamos Laspeyres quanto Paasche. 
Utilizando o mesmo exemplo para fazer os cálculos com o índice de preços 
Paasche, temos: 
Paasche - preço = 
Dessa forma, segundo o índice de preços de Paasche, a variação nos preços foi 
da ordem de 28,57%. 
Enquanto o índice de Laspeyres tende a mascarar aumentos de preços, o de 
Paasche tende a exagerar. Dessa forma, podemos calcular utilizando o índice 
de Fisher que nada mais é do que uma média geométrica dos dois 
índices, ou seja, 
Indice - Fisher = 
Segundo Lopes & Vasconcellos, 
"Podemos representar o produto com base na seguinte fórmula: 
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variar em termos monetários, sem que tenha ocorrido qualquer 
mudança na quantidade física produzida. No entanto, o que interessa 
em termos de crescimento econômico são as mudanças na produção 
real, isto é, em Q. Torna-se então importante a diferenciação entre o 
Produto Real, medido a preços constantes, e o Produto Nominal, 
medido a preços correntes. Como o que observamos é o produto 
nominal, para retirar os efeito da inflação sobre sua medida 
utilizamos os chamados índices de preço para proceder ao 
deflacionamento, isto é, tirar os efeitos da inflação sobre a evolução 
do Produto. O índice utilizado é o deflator implícito do produto, que 
corresponde à razão entre a soma de todos os preços no instante 
atual multiplicado pelas quantidades do período anterior e a soma de 
todos os preços no instante anterior multiplicado pelas quantidades 
do instante anterior." 
Observe que Vasconcellos informa em seu texto que devemos utilizar o índice 
de Laspeyres ("razão entre a soma de todos os preços no instante atual 
multiplicado pelas quantidades do período anterior e a soma de todos os 
preços no instante anterior multiplicado pelas quantidades do instante 
anterior") como deflator implícito. 
Segundo Mankiw: 
"A partir do PIB real e nominal, podemos calcular uma terceira estatística 
importante: o deflator do PIB, também chamado de deflator implícito de preços 
do PIB, que se define como: 
Ou seja, o deflator do PIB é uma razão entre PIB nominal e real. 
Retomemos agora o exemplo da economia que só produz uma mercadoria para 
explicar o PIB nominal, o PIB real e o deflator do PIB. Em um ano, o PIB 
nominal equivale à soma de dólares gastos com pão naquele ano; o PIB real é 
o número de unidades de pão produzidas no ano multiplicado pelo preço do 
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Deflator do PIB = 
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pão em um determinado ano-base. O deflator do PIB é o preço do pão naquele 
ano relativamente ao preço do pão no ano-base. 
Como, na realidade, as economias produzem muitas mercadorias, essas três 
medidas agregam muitos preços e quantidades diferentes. Consideremos, 
agora, a economia que produz maçãs e laranjas. Sendo P o preço de uma 
mercadoria, Q a quantidade e "92" a referência ao ano-base de 1992, o 
deflator do PIB seria 
O numerador da expressão acima é o PIB nominal; o denominador é o PIB 
real. Essas duas medidas podem ser tomadas como o preço de uma cesta de 
bens que consiste, nesse caso, nas quantidades de maçãs e laranjas 
atualmente produzidas. O deflator do PIB compara o preço corrente desta 
cesta com o preço da mesma cesta no ano-base. 
Observe que o Mankiw informa em seu texto que devemos utilizar o índice de 
Paasche (Essas duas medidas podem ser tomadas como o preço de uma cesta 
de bens que consiste, nesse caso, nas quantidades de maçãs e laranjas 
atualmente produzidas) como medida do deflator implícito. 
Com isso, vemos que essa não é uma pergunta plausível em prova pois seria 
passível de anulação. Como no Brasil, utilizamos o índice de Laspeyres para 
efetuar a medida da inflação, faremos isso também em nosso exemplo. 
Portanto, se o produto nominal do período 1 foi igual a $117,00 e o produto 
nominal do período 2 foi igual a $180,00, basta efetuarmos a divisão para que 
consigamos determinar a variação do produto nominal. 
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Para calcularmos a variação do produto real devemos dividir a variação do 
produto nominal pelo deflator implícito, pela inflação medida por Laspeyres. 
Vamos resolver: 
Portanto, podemos concluir que a produção cresceu em 20% de um ano para o 
outro. 
DICA: Quando você tiver que fazer esses cálculos, não faça as divisões pois 
sempre, no final, poderá simplificar e terá que fazer apenas uma divisão Não 
entendeu nada da dica. Então vou te mostrar na prática. Para calcular a 
variação do produto real, temos que dividir um mais a variação do produto 
nominal por um mais a inflação. Matematicamente ficaria: 
Observe que independentemente do índice a ser utilizado no cálculo da 
inflação, sempre teremos uma simplificação a fazer. Nesse caso, foi possível 
cortar o valor $117,00. Este formato faz com que você consiga resolver a sua 
questão mais rapidamente. 
Agora você deve estar me questionando o que deveria ser feito se o 
examinador lhe mandasse calcular o índice de Fisher, certo? 
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Você pode fazer qualquer coisa menos tirar a raiz quadrada. Tudo bem? 
Existem duas hipóteses razoáveis. A primeira delas e a mais simples você 
poderá utilizar sempre que o índice representar um cálculo de inflação. 
Portanto, ele nunca será um número muito grande e, em geral, estará entre 
0,80 (inflação de -20%) e 1,80 (inflação de 80%), por exemplo. Nesses casos, 
o valor obtido calculando-se Laspeyres será muito próximo daquele obtido pelo 
método de Paasche. 
Logo, como a média geométrica é SEMPRE menor ou igual à aritmética e a 
igualdade ocorre quando todos os elementos do conjunto forem iguais, 
assumiremos a igualdade e aproximaremos a geométrica pela aritmética. 
Vamos pegar o exemplo que estamos fazendo. Se quiséssemos calcular o 
verdadeiro índice de Fisher3, deveríamos fazer o seguinte: 
E aí. Você prefere fazer corretamente ou acertar a questão enquanto seu 
concorrente está fazendo conta? A escolha é sua....rsrs 
O segundo caso é quando os valores dos índices forem muito altos, por 
exemplo, 150 e 180. Nesses casos, devemos fazer a média e verificar um 
número abaixo dela e acima do menor dos valores. Se tiver mais do que um, 
você deverá fazer um teste, elevando um possível candidato a resposta ao 
quadrado e verificando se o resultado é igual ao que você tem. 
3 Observe que estarei sempre somando um à inflação paranão confundir vocês. Em geral, o Índice já sai com esse valor 
somado e a inflação é o índice menos 1. No entanto, irei desconsiderar isso para facilitar a notação. Se der muita 
confusão na aula, retiro isso depois. 
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Se fizermos a média aritmética, teremos: 
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Questão 28 
(ESAF - AFRF - 2002-2) - Suponha uma economia que só produza dois bens 
finais (A e B). Considere os dados a seguir: 
Com base nestes dados, é incorreto afirmar que: 
a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do 
período 1. 
b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 for de, 
aproximadamente, 31%. 
c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2, 
considerando o índice de Laspeyres de preço. 
d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi de 
e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2, 
considerando o índice de Fisher. 
Questão 29 
(ESAF - Auditor Fiscal da Previdência Social - 2002) - Considere uma 
economia hipotética que só produza dois bens finais: A e B, cujos dados de 
preço e quantidade encontram-se a seguir: 
30%. 
Bem A 
Preço 
Bem B 
Quantidade Preço Quantidade 
15 
15 
Período 1 2,00 
Período 2 2,50 
10 
11 
3,50 
3,80 
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Período 1 
Período 2 
Bem A 
Quantidade 
10 
10 
Preço 
5 
7 
Bem B 
Quantidade 
12 
10 
Preço 
6 
9 
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Com base nessas informações, a inflação medida pelo índice de Paasche de 
preços entre os períodos 1 e 2 foi de, aproximadamente: 
a) 13,42 % 
b) 17,42 % 
c) 09,30 % 
d) 20,45 % 
e) 05,50 % 
Questão 30 
(AFRF - ESAF - 2002) - Suponha uma economia hipotética que produza 
apenas 2 bens finais: A e B. Considere a tabela a seguir: 
Período 1 
Período 2 
Com base nestas informações e utilizando-se do índice de preços de Laspeyres, 
é correto afirmar que, entre os períodos 1 e 2, 
a) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real 
não apresentou variação. 
b) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 12% e o produto 
real uma variação negativa de 19,65%, aproximadamente. 
c) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real 
uma variação negativa de 8,33%, aproximadamente. 
d) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real 
uma variação positiva de 2,5%. 
e) o produto nominal apresentou uma variação positiva de 8% e o produto real 
uma variação negativa de 19,65%, aproximadamente. 
Questão 31 
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Bem A 
Preço 
2,00 
2,50 
Quantidade 
10 
12 
Bem B 
Preço 
3,50 
4,83 
Quantidade 
15 
10 
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(ESAF - AFRF - 2000) - Considere uma economia hipotética que produza 
apenas 3 bens finais: arroz, feijão e carne, cujos preços (em unidades 
monetárias) e quantidades (em unidades físicas), para os períodos 1 e 2, 
encontram-se na tabela a seguir: 
Período 
1 
2 
Considerando que a inflação utilizada para o cálculo do Produto Real Agregado 
desta economia foi de 59,79% entre os dois períodos, podemos afirmar que: 
a) o Produto Nominal cresceu 17,76% enquanto o Produto Real cresceu 
apenas 2,26%. 
b) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 
59,79%. 
c) o Produto Nominal cresceu 12,32% ao passo que não houve alteração no 
Produto Real. 
d) o Produto Nominal cresceu 15,15% ao passo que o Produto Real caiu 
42,03%. 
e) o Produto Nominal cresceu 17,76% ao passo que o Produto Real caiu 
26,26%. 
Questão 32 
(ESAF - APO - 2002) - Com relação ao processo de mensuração do produto 
agregado é correto afirmar que: 
a) as importações, por serem consideradas como componentes da oferta 
agregada, entram no cálculo do produto agregado. 
b) a chamada dupla contagem é um problema que ocorre quando um 
determinado bem final é computado duas vezes no produto agregado. 
c) o valor do produto agregado é considerado como "variável estoque". 
d) no valor do produto agregado, não são consideradas atividades econômicas 
do governo, cujos valores são computados separadamente. 
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Arroz Feijão Carne 
Preço 
2,20 
2,30 
Quant 
10 
11 
Preço 
3,00 
3,50 
Quant 
13 
14 
Preço 
8,00 
15,00 
Quant 
13 
8 
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e) nem todo bem cujo valor entra no cálculo do produto é um bem final por 
natureza. 
Questão 33 
(ESAF - APO - 2002) - Com base nas identidades macroeconômicas básicas, é 
correto afirmar que: 
a) no Brasil, o produto nacional bruto é maior do que o produto interno bruto. 
b) se o país obteve um saldo positivo no saldo do balanço de serviços fatores, 
então o produto nacional bruto será maior do que o produto interno bruto. 
c) se o saldo em transações correntes for nulo, então o produto nacional bruto 
será igual ao produto interno bruto. 
d) se o saldo total do balanço de pagamentos for positivo, então o produto 
nacional bruto será maior do que o produto interno bruto. 
e) independente das contas externas do país, o produto interno bruto é 
necessariamente maior do que o produto nacional bruto. 
Enunciado para a questão 35 
Acerca dos conceitos de macroeconomia, julgue os itens que se seguem. 
Questão 35 
(CESPE - SEFAZ - ES - Economista - 2010) - Quando um país envia mais 
recursos para o exterior do que recebe, a renda líquida enviada ao exterior é 
negativa e o produto nacional é superior ao produto interno. 
Questão 36 
(CESPE - MPU - Economista - 2010) - Um país com 200 bilhões de produto 
nacional bruto a custo de fatores (PNBcf), 10 bilhões em impostos indiretos, 5 
bilhões em subsídios e 3 bilhões em renda líquida enviada ao exterior (RLEV) 
tem 213 bilhões como produto interno bruto a preços de mercado. 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
Questão 12 
(FGV - BADESC - 2010) - Analise os lançamentos no Balanço de Pagamentos 
de um país durante um ano. 
Exportação de bens 152.994 
Importação de bens -127.647 
Transferências Unilaterais Correntes 2.314 
Viagens internacionais -5.593 
Investimento brasileiro direto 10.084 
Investimento estrangeiro direto 25.948 
Royalties e licenças -2.078 
Lucros e dividendos -17.765 
O saldo em transações correntes desse país é: 
a) 2.225. 
b) -5.106. 
c) -2.792. 
d) 1.535. 
e) 8.414 
Resolução: 
Observe que o examinador já forneceu o saldo de algumas contas. Isso nos 
livra de pensar em como deveríamos fazer os lançamentos, mas devemos 
saber em que ponto do balanço de pagamentos se situa cada uma das contas 
relacionadas. Você deve estar se perguntando qual estrutura usar, não é 
mesmo? Temos que procurar uma dica na questão, mas quando o examinador 
coloca transferências unilaterais correntes, ele nos indica que está usando a 
nova estrutura. Lembre-se que a estrutura atual é a seguinte: 
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O saldo da Balança Comercial é positivo e de $25.347. 
Passemos agora para a Balança de Serviços. 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
Gabarito: A 
Questão 13 
(FGV - Porto de Santos - 2010) - Dados: 
Em US$ 
Exportações (FOB) 900,00 
Importações (FOB) 700,00 
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O saldo da Balança de Serviços é negativo, deficitário, e de $7.671. 
A única conta da Balança de Renda é a Lucros e Dividendos. 
Como o saldo em Transações Correntes é o somatório do saldo das Balanças 
Comerciais, Serviços e Rendas além do valor das Transferências Unilaterais 
Correntes, temos: 
+ $25.347 
- $7.671 
- $17.765 
$ 2.314 
+ $2.225 
I- Balança Comercial 
II.1- Balança de Serviços 
II.2 - Balança de Rendas 
III - Transferências Unilaterais Correntes 
IV- Saldo em Transações Correntes 
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Viagens Internacionais -100,00 
Lucros enviados 400,00 
Lucros Recebidos 500,00 
Pagamento de Juros 50,00 
Recebimento de Juros 0,00 
Saldo em Transações Correntes 300,00 
O valor referente às transferências unilaterais é 
a) 50,00 
b) 150,00 
c) 250,00 
d) 350,00 
e) 450,00 
Resolução: 
Para resolver essa questão, devemos, em primeiro lugar, montar o balanço de 
pagamentos e verificar se uma conta quando recebe juros deve ser debitada 
ou creditada e o mesmo com a conta lucro. Vamos às duas, primeiro. 
Uma operação de envio de lucro para o exterior. Teremos como contrapartida 
a conta reservas. Se o recurso foi enviado para o exterior, saiu recursos do 
caixa e, portanto, a conta reservas deverá ser creditada. Logo, teremos: 
D - Lucro Enviado 
C - Reservas 
De maneira análoga, tratamos o pagamento de juros: 
D - Pagamento de Juros 
C - Reservas 
Dessa forma, teremos o seguinte: 
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I - Balança Comercial +900 - 700 = +200 
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Questão 14: 
(FGV - Porto de Santos - 2010) - Considere as seguintes informações: 
• Exportações: $500. 
• Importações: $300. 
• Saldo na balança de serviços: $ -300. 
• Saldo em Transações correntes: $ -150. 
• Saldo do Movimento de Capitais Autônomos: $250. 
• Erros e omissões de zero. 
Com base nas informações acima, o saldo das transferências unilaterais e do 
BP são, respectivamente, 
a) 50 e 200 
b) 50 e 100 
c) -50 e 200 
d)-50 e100 
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III - Transferências Unilaterais 
IV - Saldo em Transações Correntes 
-100 
-400+500-50+0 = +50 
X 
300 
Sabemos que I + II.1 + II.2 + III = IV. 
Dessa forma, temos: 
+ 200 - 100 + 50 + X = 300 
+ 150 + X = +300 
X = 150 
Sendo assim, o gabarito é a letra B. 
Gabarito: B 
Balança de Serviços 
Balança de Renda 
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e) 100 e -50 
Resolução: 
Observe que, novamente, o examinador não nos obriga a fazer os 
lançamentos. Ele já nos informa o saldo de algumas das contas. Lembre-se 
que a conta importações é sempre debitada. 
Queremos saber o saldo das transferências unilaterais correntes. Sabemos que 
I + II + III = IV 
Logo, temos: 
I + II + III = IV 
200 - 300 + 0 + X = -150 
- 100 + X = -150 
X = -50 
Portanto, o saldo das transferências unilaterais correntes é igual a -50. Para 
calcularmos o saldo do Balanço de Pagamentos, devemos fazer IV + V + VI = 
VII. Portanto, temos: 
IV + V + VI = VII 
- 150 + 250 + 0 = Y 
Y = +100 
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I- Balança Comercial 
11.1- Balança de Serviços 
11.2- Balança de Rendas 
III- Transferências Unilaterais Correntes 
IV- Saldo em Transações Correntes 
V- Conta Capital e Financeira 
VI- Erros e Omissões 
VII- Saldo Total do BP 
+500 - 300 =200 
-300 =-300 
0 =0 
=X 
-150 =-150 
250 =250 
0 =0 
=Y 
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Com isso, vemos que o saldo do Balanço de Pagamentos é igual a +100. 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 15 
Considere as seguintes informações: 
• Exportações: $200. 
• Importações: $150. 
• Saldo balança de serviços: $ -100. 
• Empréstimos novos: $50. 
• Investimento direto (na forma de máquinas e equipamentos) de: $100. 
• Erros e omissões: $0. 
• Transferências unilaterais: $0. 
Com base nos dados, avalie as afirmativas abaixo: 
I. O saldo em transações correntes foi de $50. 
II. O saldo do Balanço de Pagamentos foi de $-100. 
III. O saldo da conta de capital autônomo foi de $50. 
Assinale: 
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
d) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
e) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
Resolução: 
Novamente, o examinador nos poupou de efetuar os lançamentos. Esta parece 
ser uma característica da Banca FGV que, em geral, entrega os resultados das 
contas. 
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Vamos, agora, tentar fechar o Balanço de Pagamentos para que possamos 
responder da melhor forma possível a questão. 
Balança Comercial +200 - 150 = + 50 
Balança de Serviços -100 = - 100 
Balança de Rendas 0 =0 
Transferências Unilaterais Correntes 0 =0 
Saldo em Transações Correntes = X 
Conta Capital e Financeira = 
Erros e Omissões = 0 
Saldo Total do BP = Y 
Entretanto, algumas das operações descritas precisam simular lançamentos 
para que possamos saber o sinal. É o caso do empréstimo e do investimento. 
Como ocorreu um empréstimo novo, mesmo com o examinador não dizendo se 
uma empresa brasileira efetuou o empréstimo ou se ela captou o empréstimo, 
devemos pressupor que a empresa brasileira vai até o exterior e capta 
recursos, contraindo um empréstimo. 
Porque devemos pensar dessa forma? Porque esse é o normal no Brasil e a 
prova retrata a nossa realidade. 
Dessa forma, quando a empresa brasileira contrai um empréstimo, entram 
recursos no Brasil, logo, a conta reservas é impactada a débito. O lançamento, 
portanto, seria o seguinte: 
D - Re servas 
C - Empréstimos 
O lançamento de investimento direto na forma de máquinas e equipamentos 
não impacta reservas. Mas vamos ao raciocínio do lançamento. Se um 
investidor estrangeiro fosse efetuar um investimento direto no Brasil, ele 
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III-
IV-
V-
VI-
VII-
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remeteria recursos e a contrapartida seria investimento direto. Logo, a conta 
reservas seria debitada e o lançamento seria o seguinte: 
Entretanto, não há impacto algum na conta reservas pois os investimentos são 
efetivados na forma de máquinas e essas máquinas estão sendo importadas. 
Logo, o lançamento correto seria: 
Repetimos agora a estrutura do BP, com os dois lançamentos faltantes. O 
primeiro está ressaltado de vermelho e o segundo (investimento sem 
cobertura cambial) está ressaltado de azul. Observe que esse segundo 
lançamento deve ser computado tanto a débito quanto a crédito. 
D - Re servas 
C - Investimentos 
lOO 
D - Importação 
C - InvestimentoslOO 
I- Balança Comercial + 200 - lSO - 100 = - SO 
Balança de Serviços 
Balança de Rendas 
Transferências Unilaterais Correntes 
-lOO = - lOO 
0 = 0 
0 = 0 
IV- Saldo em Transações Correntes 
V- Conta Capital e Financeira 
VI- Erros e Omissões 
+ 50 + 100 = + lSO 
= X 
= O 
VII- Saldo Total do BP = Y 
I + II + III = IV 
- SO - lOO + O = X 
X = - I S O 
O saldo em transações correntes é igual a - l50. 
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O saldo do BP, da forma como resolvemos, é igual a zero. No entanto, o 
gabarito mostra que o saldo é igual a -100. Isso significa que o lançamento de 
-100 na balança comercial, apesar de estar feita corretamente, já estava 
computada. Logo, quando o examinador nos indicou que o saldo era de -150 
nas importações, essa importação do investimento estava inserida. Fiquem 
atentos a isso. Não é normal que isso ocorra em provas, mas a FGV mesmo 
quando lhe possibilita o lançamento com partida dobrada, você não deve 
computar dessa forma. Logo, a estrutura correta ficaria: 
Balança Comercial 
Balança de Serviços 
Balança de Rendas 
Transferências Unilaterais Correntes 
Saldo em Transações Correntes 
Conta Capital e Financeira 
Erros e Omissões 
Saldo Total do BP 
+ 200 - 150 
-100 
0 
0 
+ 50 + 100 
= + 50 
= - 100 
= 0 
= 0 
= X 
= + 150 
= 0 
= Y 
Dessa forma, o saldo em transações correntes seria igual a: 
I + II + III = IV 
+ 50 - 100 + 0 = X 
X = -50 
O Saldo em transações correntes é igual a -50 e não -150. Espero que eu 
tenha sido claro...Achei melhor mostrar para vocês como devem pensar ao 
invés de simplesmente resolver a questão. 
Para calcularmos o saldo do BP, fazemos: 
IV + V + VI = VII 
- 50 + 150 + 0 = Y 
Y = +100 
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IV-
V-
VI-
VII-
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O saldo do BP é igual a +100, mas como o examinador colocou como sendo 
igual -100, ele inverteu o investimento. Ou seja, o examinador considerou que 
os brasileiros estão investindo no exterior. Mas, infelizmente, não há indício 
algum na questão de que isso seja verdade e, vocês verão nas outras questões 
que, em geral, o investimento é considerado como sendo do estrangeiro no 
Brasil. 
No entanto, mesmo que o resultado fosse um investimento brasileiro no 
exterior, o lançamento em azul deveria ser de -100 e, portanto, os capitais 
autônomos seriam de -50. Este fato tornaria errado, o item III mas a questão 
o coloca como verdadeiro. 
O gabarito deveria ser a letra E pois todos os itens estão errados. 
Gabarito: C 
Questão 16 
(ESAF - Gestor - 2003) - O desempenho das contas externas pode ser 
avaliado a partir da denominada "tabela de usos e fontes". Constituem usos: 
a) os desembolsos de médio e longo prazos 
b) a conta de capital 
c) a balança comercial 
d) os investimentos estrangeiros diretos 
e) os investimentos em papéis domésticos de longo prazo 
Resolução: 
Pessoal, nas questões de usos e fontes basta que você decore a tabela. Mas 
existe um macete que torna a questão muito simples. Para isso, vamos 
numerar a Tabela com base nos números que colocamos na frente de cada 
uma das contas do Balanço de Pagamentos. 
A Tabela de Usos e Fontes é a seguinte: 
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Usos 
Transações Correntes (IV) 
Balança Comercial (importações e 
exportações) (I) 
Serviços e Rendas (juros, receitas e 
despesas) (II) 
Lucros e Dividendos (II) 
Viagens internacionais (II) 
Transferências Unilaterais Correntes (III) 
Amortizações de médio e longo prazos (V) 
- Bônus, Notes e "Commercial Papers" 
- Crédito de fornecedores 
- Empréstimos 
Fontes 
Conta Capital (V) 
Investimentos estrangeiros diretos (V) 
Investimentos em papéis domésticos de 
longo prazo (V) 
Desembolsos de médio e longo prazos (V) 
- Bônus, Notes e "Commercial Papers" 
- Crédito de fornecedores 
- Empréstimos 
Ativos de Brasileiros no Exterior (V e 
VIII) 
Empréstimos ao Banco Central (V) 
Curto prazo e demais (V) 
Ativos de Reservas (VIII) 
Observe que todos os itens da parte de usos estão entre os itens I e IV do 
Balanço de Pagamentos, com exceção das amortizações que fazem parte do 
item V. 
Enquanto isso, as fontes representam os itens V e VIII. 
Observe que com esse macete, ficou muito mais simples resolver esse tipo de 
questão e até hoje não foi cobrado nada além do que estou colocando a vocês. 
Como a questão questiona a respeito dos usos, temos que encontrar algum 
item que esteja entre as "classes" I e IV mais a amortização. 
Logo, a resposta é a Balança Comercial. E, sendo assim, o gabarito é a letra 
C. 
Gabarito: C 
Questão 17 
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(ESAF - BACEN - 2002) - No Brasil, as operações entre residentes e não 
residentes têm sido apresentadas sob a forma de "usos e fontes de recursos". 
Não faz(em) parte dos denominados "usos": 
a) serviços e rendas; 
b) balança comercial; 
c) ativos brasileiros no exterior 
d) transferências unilaterais correntes 
e) amortizações de médio e longo prazo 
Resolução: 
A questão pergunta o que não é uso, logo, devemos encontrar o que é uma 
fonte. Portanto, deve ser algum item que esteja nas "classes" V ou VIII. 
Nas opções que temos para resposta, o único item que se mantém nessas 
classes são os "ativos brasileiros no exterior". 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 18 
(ESAF - AFPS - 2002) - Considere uma economia hipotética que só produza 
um bem final: pão. Suponha as seguintes atividades e transações num 
determinado período de tempo: 
• o setor S produziu sementes no valor de 200 e vendeu para o setor T; 
• o setor T produziu trigo no valor de 1.500, vendeu uma parcela 
equivalente a 1.000 para o setor F e estocou o restante; 
• o setor F produziu farinha no valor de 1.300; 
• o setor P produziu pães no valor de 1.600 e vendeu-os aos consumidores 
finais. 
Com base nessas informações, o produto agregado dessa economia foi, no 
período, de 
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a) 1.600 
b) 2.100 
c) 3.000 
d) 4.600 
e) 3.600 
Resolução: 
Temos duas formas de fazer essa questão. A mais simples é usando a 
"fórmula" que passei para vocês. Ela diz que: 
Bens e Serviços finais + Variação de Estoque + 
Produto Agregado = _ 
Exportaçoes - Importaçoes 
Dessa forma, o produto agregado será a 1600 dos bens e serviços finais (pães) 
e mais 500 da variação de estoque de trigo. Portanto, o resultado do produto 
agregado é da ordem de 2100. 
Podemos também falar dos valores adicionados. Veja como fica: 
Portanto, se utilizarmos o método do valor adicionado o resultado será 
exatamente igual ao anterior. 
Sendo assim, o gabarito é a letra B. 
Gabarito: B 
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Questão 19 
(FCC - AUDITOR TCE - AL - 2008) - Um país recebe liquidamente rendas do 
exterior. Neste caso, o(a): 
a) PIB do país e seu PNB são iguais. 
b) PIB do país é inferior a seu PNB. 
c) país tem necessariamentesuperavit comercial no seu Balanço de 
Pagamentos. 
d) país está em expansão econômica e atraindo investimentos externos. 
e) taxa de juros doméstica é muito baixa. 
Resolução: 
A diferença entre o PIB e o PNB é a RLEE enviada ao exterior. Se a renda 
líquida enviada por positiva, isso significa que a renda enviada é maior que a 
renda recebida e, portanto, o resultado líquido será o envio de recursos. 
Imagine que eu te devo R$100,00 e você me deve R$30,00. Eu poderia te 
pagar R$70,00 e a dívida estaria quitada, não é mesmo? Eu teria uma dívida 
líquida positiva, pois o que devo é maior do que o valor que você me deve. 
De forma análoga, imagine que o Brasil tenha que enviar uma renda de 
R$100,00, mas deve receber uma renda de R$30,00. A renda pode ser um 
lucro a ser enviado pela empresa brasileira a sua matriz ou ser recebido pela 
matriz brasileira. Portanto, há um envio líquido de renda no valor de R$70,00. 
Se ao invés de enviar, o líquido fosse recebido teríamos um fluxo invertido. 
Observe que fala que o país recebe liquidamente renda. Logo, a renda recebida 
do exterior é maior que a renda enviada do exterior e, portanto, a renda 
líquida é recebida ou então podemos considerar que a renda líquida enviada é 
negativa. 
Se considerarmos uma renda líquida enviada negativa, teremos que o PIB é 
menor que o PNB. 
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Sendo assim, o gabarito é a letra B. 
Gabarito: B 
Questão 20 
(FGV - ICMS - RJ - 2008) - Quando a renda líquida enviada ao exterior 
(RLEE) é deficitária, pode-se dizer que: 
a) PNL > PIL. 
b) PIL < PIB. 
c) RNL < RD. 
d) PNB > PIB. 
e) PIB > PNB. 
Resolução: 
Essa questão é exatamente igual à questão anterior. O interessante é que são 
duas bancas distintas. Então aquela história de que temos que estudar 
somente com os exercícios da Banca X não é bem assim. 
É interessante entender como funcionam os exercícios da Banca X, mas 
devemos, principalmente quando o histórico de questão daquela Banca não for 
muito grande, fazer exercícios de uma outra banca. 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 21 
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(FGV - ICMS - RJ - 2008) - Uma economia hipotética com governo é 
caracterizada da seguinte forma: 
• O total de salários pagos é igual a R$ 200 milhões. 
• O total gasto com o pagamento de juros e aluguéis é igual a R$ 250 
milhões. 
• O consumo total das famílias é igual a R$ 600 milhões. 
Com base nos dados acima, assinale a alternativa correta. 
a) A renda total dessa economia é igual a R$ 500 milhões. 
b) O lucro dessa economia é igual a R$ 550 milhões. 
c) O PIB dessa economia é igual a R$ 700 milhões. 
d) O consumo do governo é igual a zero. 
e) O PIB dessa economia é igual a R$ 950 milhões. 
Resolução: 
Vamos tentar achar o PIB dessa economia nos utilizando do método do valor 
adicionado. 
O produto minério vale R$150, mas não tem valor de insumo. Logo, o valor 
adicionado é igual a R$150. 
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O produto aço vale R$300, mas tem um insumo de R$150 de minério. Logo, o 
valor adicionado é igual a R$150. 
Por fim, o produto carro vale R$600, mas tem um insumo de R$200 de aço. 
Logo, o valor adicionado é igual a R$400. 
Se somarmos todos os valores adicionados em cada etapa do processo de 
produção, teremos um PIB de R$700. 
Outra forma seria somarmos os produtos e serviços finais com a variação de 
estoque e exportação e retirarmos as importações. O resultado do PIB seria 
R$600 do valor venal do carro e mais R$100 de variação de estoque do 
produto aço. Observe que são produzidos R$300 de aço mas apenas R$200 
são consumidos para a produção do carro. Fiz uma suposição de que R$100 de 
aço ficou em estoque mas também poderia estar sendo exportado esse aço. 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 22 
(ESAF - APO - MPOG - 2010) - A diferença entre Renda Nacional Bruta e 
Renda Interna Bruta é que a segunda não inclui: 
a) o valor das importações. 
b) o valor dos investimentos realizados no país por empresas estrangeiras. 
c) o saldo da balança comercial do país. 
d) o valor da renda líquida de fatores externos. 
e) o valor das exportações. 
Resolução: 
A diferença entre a renda nacional bruta e a renda interna bruta é a mesma do 
produto nacional bruto e produto interno bruto. Ou seja: 
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PRODUTO INTERNO = PRODUTO NACIONAL + RLEE 
A diferença é a renda líquida proporcionado pelo fatores de produção de todo o 
mundo. 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 23 
(ESAF - ECONOMISTA - ANA - 2009) - Considerando os conceitos básicos e 
as identidades fundamentais utilizados na análise macroeconômica, é incorreto 
afirmar que: 
a) numa economia que possui um saldo em transações correntes não nulo, a 
poupança interna pode ser maior ou menor do que os investimentos totais da 
economia. 
b) se a renda recebida do exterior é maior do que a renda enviada ao exterior, 
então o Produto Interno Bruto é menor do que o Produto Nacional Bruto. 
c) a dívida pública pode ser maior do que o PIB do país. 
d) um aumento no valor nominal do PIB não necessariamente implica em um 
aumento na renda real da economia. 
e) o total de gastos de um governo não pode ser maior do que o total de sua 
arrecadação tributária. 
Resolução: 
Sabemos que a diferença do PIB e do PNB é a renda liquida enviada ao 
exterior. Se a renda recebida for maior que a renda enviada, a renda líquida 
será a recebida do exterior ou também podemos considerar que a renda 
líquida enviada será negativa. Dessa forma, o PNB é maior que o PIB. 
Nada impede que a dívida pública seja maior do que o PIB de um país. As 
recentes crises da Grécia, Portugal, Espanha acabaram ocorrendo por causa da 
alta dívida pública. E, pelo menos as dívidas públicas da Grécia e Portugal 
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ultrapassavam o PIB de um ano. Isso significa que as populações desses países 
poderiam trabalhar, gratuitamente, para o Governo o ano todo que mesmo 
assim seus países não teriam condições de pagar sua dívida. 
Se aumentarmos o PIB nominal, podemos ter uma inflação superior a esse 
aumento e mesmo assim a renda real cairá. 
Não há uma imposição de que o Governo gaste menos do que arrecade. É 
prudente que isso ocorra, mas nada impede que o gasto seja maior que a 
arrecadação. 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
Questão 24 
(ESAF - AFC - STN - 2005) - Com relação ao conceito de produto agregado, é 
incorreto afirmar que: 
a) o produto agregado a preços de mercado é necessariamente maior do que o 
produto agregado a custo de fatores. 
b) o produto agregado pode ser considerado como uma "variável fluxo". 
c) é possível uma elevação do produto agregado nominal junto com uma 
queda do produto agregado real. 
d) o produto agregado pode ser entendido como a renda agregada da 
economia. 
e) o produto interno produto pode ser menor que o produto nacional produto. 
Resolução: 
Não podemos considerar que os impostos indiretos sejam,necessariamente, 
maiores que os subsídios. Somente se dessa forma, poderíamos assumir que 
SEMPRE o produto agregado a preço de mercado seria maior que o produto 
agregado a custo de fatores. Na verdade, nas três relações matemáticas de 
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produto, a única afirmativa que podemos fazer é que NUNCA o produto bruto 
será menor que o líquido, pois a depreciação não tem como ser negativa. 
O produto agregado é uma variável fluxo, pois estamos interessados em saber 
o que é produzido em um determinado período de tempo e não desde a 
antiguidade. Se estivéssemos interessados em saber quanto já se produziu no 
Brasil desde 1500, trataríamos o produto como uma variável estoque. 
Se a inflação superar a variação do produto nominal, é possível termos um 
aumento no produto nominal e, ao mesmo tempo, uma redução do produto 
real. 
Sabemos que produto = renda = despesa. 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
Gabarito: A 
Questão 25 
(ESAF - Auditor-Fiscal da Previdência Social - 2002) - Considere os seguintes 
dados: 
• Produto Interno Bruto a custo de fatores: 1.000 
• Renda Enviada ao Exterior: 100 
• Renda Recebida do Exterior: 50 
• Impostos Indiretos: 150 
• Subsídios: 50 
• Depreciação: 30 
Com base nessas informações, o Produto Nacional Bruto a custo de fatores e a 
Renda Nacional Líquida a preços de mercado são, respectivamente: 
a) 1.250 e 1.050 
b) 1.120 e 1.050 
c) 950 e 1.250 
d) 950 e 1.020 
e) 1.250 e 1.120 
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Resolução: 
Sabemos que Produto é igual a Renda. Logo, quando o examinador nos solicita 
que seja calculada a renda, calculamos o produto. 
PNBcf = PIBcf + Renda Recebida do Exterior - Renda Enviada para o Exterior 
PNBcf = 1.000 + 50 - 100 = 950 
RNLpm = PNLpm 
PNLcf = PNBcf - Depreciação 
PNLcf = 950 - 30 = 920 
PNLpm = PNLcf + Impostos Indiretos - Subsídios 
PNLpm = 920 + 150 - 50 = 1.020 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 26 
(ESAF - AFC - STN - 2002) - Considere: 
P = Produto Agregado 
R = Renda Agregada 
I = Interno 
N = Nacional 
B = Bruto 
L = Líquido 
cf = custo de fatores 
pm = preços de mercado 
Supondo que: 
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• PIBcf = 1.000 
• Depreciação = 20 
• Renda Enviada ao Exterior = 150 
• Renda Recebida do Exterior = 50 
• Impostos Indiretos = 30 
• Subsídios = 10 
Pode-se afirmar que o PNBpm e RNLcf serão, respectivamente: 
a) 880 e 900 
b) 1.180 e 1.020 
c) 920 e 900 
d) 1.180 e 880 
e) 920 e 880 
Resolução: 
PNBcf = PIBcf + Renda Recebida do Exterior - Renda Enviada ao Exterior 
PNBcf = 1.000 + 50 - 150 = 900 
PNBpm = PNBcf + Impostos Indiretos - Subsídios 
PNBpm = 900 + 30 - 10 = 920 
RNLcf = PNLcf = PNBcf - Depreciação 
PNLcf = 900 - 20 = 880 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
Questão 27 
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(CESGRANRIO - BNDES - Engenharia - 2008) - O valor da produção de bens 
e serviços finais, produzidos dentro do território nacional, estimado usando os 
preços numa data base, é denominado 
a) Renda nacional. 
b) Renda disponível. 
c) PNB do país. 
d) PIB real. 
e) PIB nominal. 
Resolução: 
Observe que o examinador deseja o valor da produção de bens e serviços 
utilizando os preços numa data base e não o preço corrente. Se ele falasse de 
preço corrente teríamos o PIB nominal, mas como ele fala de preço em uma 
data-base, estamos retirando o crescimento dos preços no período. Logo, o 
examinador se refere ao PIB real. 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 28 
(ESAF - AFRF - 2002 - 2) - Suponha uma economia que só produza dois bens 
finais (A e B). Considere os dados a seguir: 
Período 1 
Período 2 
Bem A 
Quantidade Preço 
10 5 
10 7 
Bem B 
Quantidade Preço 
12 6 
10 9 
Com base nestes dados, é incorreto afirmar que: 
a) o produto nominal do período 2 foi maior do que o produto nominal do 
período 1. 
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b) o crescimento do produto nominal entre os períodos 1 e 2 for de, 
aproximadamente, 31%. 
c) não houve crescimento do produto real entre os períodos 1 e 2, 
considerando o índice de Laspeyres de preço. 
d) a inflação desta economia medida pelo índice de Laspeyres de preço foi de 
30%. 
e) não houve crescimento do produto real, entre os períodos 1 e 2, 
considerando o índice de Fisher. 
Sendo assim, o crescimento do produto nominal foi de 31,14% 
Ocorreu um crescimento do produto nominal menor do que a inflação medida 
pelo índice acima, portanto, concluímos que não houve crescimento do produto 
real. 
O índice de inflação medido por Laspeyres-preço foi da ordem de 45,90%, 
portanto, maior do que 30% conforme enuncia a questão. Sendo assim, o item 
d é falso. 
O índice de Fisher é a média geométrica dos índices de Laspeyres e Paasche. 
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Resolução: 
Sendo assim, o produto nominal do período 2 foi maior que o do período 1. 
Laspeyres - preço 
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No entanto, sabemos que não precisamos calcular o índice de Fisher dessa 
forma. Basta fazermos uma média aritmética entre Laspeyres e Paasche. 
Fazendo a média aritmética teríamos: 1,4567 
Não houve crescimento do produto real, pois o valor da inflação foi maior que 
o crescimento do produto nominal. 
DICA: No item B, o examinador pergunta se a variação do produto nominal foi 
de, aproximadamente, 31%. Para resolver, simplesmente dividimos o produto 
nominal do período 2 pelo produto nominal do período 1 e subtraímos 1. Vendo 
a solução, parece simples de ser feito mas fazer uma divisão no meio da prova 
não é nada tranqüilo. Como a questão não quer saber qual o valor da variação 
do produto nominal mas apenas se ele variou 31%, ao invés de fazer a divisão, 
você pode aumentar 30% do denominador e verificar se ele fica próximo do 
numerador. 
Como fazer? Assim. A operação que tem que ser feita é dividir 160 por 122. 
Como 10% de 122 é igual a 12,2, 30% vale 36,6. Portanto, 122 + 36,6 = 
158,6. Isso significa que se dividirmos 158,6 por 122 o resultado será de 1,30. 
Como temos que fazer 160 por 122, o resultado deve ser próximo de 31%. 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
Gabarito: D 
Questão 29 
(ESAF - Auditor Fiscal da Previdência Social - 2002) - Considere uma 
economia hipotética que só produza dois bens finais: A e B, cujos dados de 
preço e quantidade encontram-se a seguir: 
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Bem A Bem B 
Preço Quantidade Preço Quantidade 
Período 1 2,00 10 3,50 15 
Período 2 2,50 11 3,80 15 
Com base nessas informações, a inflação medida pelo índice de Paasche de 
preços entre os períodos 1 e 2 foi de, aproximadamente: 
a) 13,42 % 
b) 17,42 % 
c) 09,30 % 
d) 20,45

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