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Contas Nacionais e Macroeconomia

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CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO 
MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 
Olá pessoal! 
Espero que tenham gostado da nossa aula 1 de Contas Nacionais que, na 
verdade, foi a aula 02 da parte de macroeconomia do nosso curso. 
Nesta aula, mostrarei outra forma de resolver as questões de Contas 
Nacionais. É claro que poderia ter mostrado tudo de uma única vez mas a 
experiência em sala de aula me mostra que não são muitos que entendem a 
matéria quando faço dessa forma. 
E, na minha opinião, a melhor forma é mostrar a matéria já digerida mesmo 
que eu tenha que cometer alguns equívocos ou atropelos. Mas desde que esses 
equívocos não façam vocês errarem as questões. Ou seja, posso até mostrar 
alguma coisa que não esteja 100% correto, mas farei isso se a forma que eu 
mostrar facilitar a sua memorização para a prova e não comprometer 
nenhuma questão. Prefiro explicar em duas linhas algo que os livros gastam 20 
páginas para fazer. 
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
Prof. César Frade 
JUNHO/2011 
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6. Sistema de Contas Nacionais1 
Como já vimos, o sistema de contas nacionais é um método de apurar o 
volume produzido por um país em um determinado período de tempo. É 
importante evitarmos a dupla contagem, pois não faria sentido colocarmos 
como produto o pão que é produzido por uma padaria e o trigo necessário à 
produção deste pão. Fazendo isto, estaríamos computando o trigo por mais de 
uma vez. 
Segundo Simonsen: 
"A contabilidade nacional desenvolve-se a partir de sete conceitos 
básicos: produto, renda, consumo, poupança, investimento, absorção 
e despesa." 
Vimos, anteriormente, as definições de produto, renda e despesa. Agora 
vamos tratar dos outros itens e para isso adotaremos os conceitos que estão 
no livro do Simonsen. 
Segundo Simonsen: 
"O consumo é o valor dos bens e serviços absorvidos pelos indivíduos 
para a satisfação dos seus desejos. Nele se incluem o chamado 
consumo pessoal, que é o valor desses bens voluntariamente 
adquiridos pelos indivíduos no mercado, e o consumo do Governo, 
que é o valor dos bens e serviços de uso coletivo gratuitamente 
postos à disposição dos indivíduos pelo setor público (defesa 
nacional, policiamento, educação gratuita, etc). 
O conceito de poupança é o de renda não consumida. O de 
investimento é o acréscimo de capital físico de capital, 
compreendendo a formação de capital fixo mais variação de estoque. 
Parte da formação bruta de capital, também denominada 
investimento bruto, destina-se a repor a retirada de circulação de 
equipamentos e instalações, por desgaste ou obsoletismo. O valor 
1 O capítulo de Contas Nacionais dessas notas de aula está baseado no livro: Macroeconomia - Mário Henrique 
Simonsen e Rubens Penha Cysne - Editora Atlas - 3a Edição. 
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dessas retiradas é estimado no item "Depreciações" da contabilidade 
nacional. Assim, o investimento líquido é o bruto menos 
depreciações. 
Define-se absorção como sendo a soma consumo mais investimento. 
Trata-se do valor dos bens e serviços que a sociedade absorve em 
determinado período de tempo ou para o consumo dos seus 
indivíduos ou para o aumento do estoque de capital. Numa economia 
fechada (isto é, que não transacione com o exterior), a absorção 
obviamente coincide com o produto. Com efeito, este ou se detina ao 
consumo ou à formação de capital ou à variação de estoques. Numa 
economia aberta, os dois agregados podem ser diferentes. Se a 
economia exporta mais bens ou serviços do que importa, parte da 
produção total não é absorvida pelo país, mas pelo exterior, ou seja, 
o produto é superior à absorção, e vice-versa. O excesso (positivo ou 
negativo) do produto sobre a absorção coincide com o saldo das 
exportações sobre as importações de bens e serviços." 
Chegamos a duas identidades fundamentais, quais sejam: 
Produto = Renda = Despesa 
Poupança = Investimento 
Observe que o investimento será igual à formação bruta de capital fixo mais a 
variação de estoque. Você deve entender como formação bruta de capital fixo 
as máquinas e equipamentos necessários para a produção. Por outro lado, 
muitos devem estar estranhando o fato de a variação de estoque estar sendo 
considerada como investimento. A lógica é que a empresa quando efetua a sua 
produção paga os salários, incorre em diversos custos inclusive com os 
insumos e, portanto, quando estoca o produto pronto ou semi-acabado estará 
investindo em seu próprio produto. 
A partir de agora, vamos desenvolver o raciocínio para chegarmos às equações 
que nos possibilitarão solucionar grande parte das questões que são propostas 
em provas. Inicialmente, vamos tratar uma Economia Fechada e sem Governo, 
depois passaremos a uma Economia Aberta e sem Governo e, por fim, 
incluiremos o Governo. 
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A ideia apresentada inicialmente é muito importante para que possamos 
desenvolver a aula sem maiores traumas. 
6.1. Economia Fechada e sem Governo 
Segundo Simonsen: 
"A contabilidade nacional procura retratar o desempenho real de uma 
economia em determinado período de tempo, por um sistema de 
contas que obedeça a dois princípios: 
a) o do equilíbrio interno de cada conta, em que o total dos débitos 
deve igualar o total dos créditos; 
b) o do equilíbrio externo do sistema, segundo o qual a cada 
lançamento devedor numa conta deve corresponder igual 
lançamento credor em outra. 
Esses princípios seguem as regras gerais da contabilidade geral, 
baseadas no sistema de partidas dobradas inventado em 1494 por 
Luca Pacciolo." 
Para começar nossos estudos precisamos efetuar uma clara distinção entre o 
que iremos considerar como pessoas físicas e pessoas jurídicas. As pessoas 
físicas trabalham para as empresas e, portanto, recebem salários. Ao mesmo 
tempo, detêm a propriedade do capital das pessoas jurídicas e lhes emprestam 
recursos financeiros. 
Imagine que eu esteja sendo contratado pelo Ponto para dar uma aula a 
vocês. Se alunos estiverem interessados nas aulas irei receber por elas, caso 
contrário, não irei prestar meus serviços e, portanto, não receberei. Nesse 
caso, eu devo ser considerado uma pessoa jurídica pois estou prestando um 
trabalho como tal, sem receber no final salários. Isso significa que pessoas 
físicas individuais quando prestam serviço a outros indivíduos devem ser 
consideradas pessoas jurídicas nesse caso. De forma análoga, se uma pessoa 
física possui um imóvel e aufere renda com o seu aluguel, devemos considerar 
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que essa pessoa física é proprietária de uma pessoa jurídica que receberá esse 
aluguel e o repassará, integralmente, à pessoa física. 
Com isso, temos que as pessoas físicas são aqueles indivíduos que vendem seu 
trabalho, fornecem trabalho às pessoas jurídicas e estas os remuneram com 
salários. 
O lucro de uma empresa é igual ao valor auferido na venda de bens e serviços 
deduzido da compra de bens e serviços acrescido do investimento líquido2. Ou 
seja: 
Lucro = Venda de bens e Serviços - Compra de bens e Serviços + 
Investimento Líquido 
Na verdade, vemos que issonão é o lucro propriamente dito. Se pegarmos a 
venda menos as compras e somarmos a esse valor o investimento líquido, 
teremos quase que os recursos que estão na conta corrente da empresa. 
Quando falamos em compras consideramos também as compras de máquinas 
e equipamentos que, na verdade, formam o investimento. Por esse motivo, 
somamos o investimento líquido que, em tese, seria o valor auferido na venda 
das máquinas adquiridas. 
Transformando o investimento líquido em investimento bruto menos 
depreciação e manipulando a equação, temos: 
2 Investimento Líquido = Investimento Bruto - Depreciações 
3 Os lucros se dividem em dois: excedente operacional e lucro líquido. O excedente operacional é lucro sem contar com 
as receitas e despesas financeiras. No lucro líquido esses juros são computados. 
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Venda de bens e serviços + Investimento Bruto 
Observe que estamos tratando das contas de uma única empresa, mas que 
mais à frente precisaremos somar todas as empresas dessa localidade. 
Como já adiantei, esse lucro não é exatamente o lucro, mas sim o excedente 
operacional segundo o Simonsen. Esse excedente é composto juros, lucros e 
aluguéis. 
Compra de bens e serviços + Depreciações + 
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Vamos agora verificar como são divididas cada uma das contas da equação 
acima. 
Quando nos referimos às compras de bens e serviços, essa empresa poderá 
tanto adquirir de pessoas físicas ou de outras pessoas jurídicas. Logo, teríamos 
a seguinte subdivisão: 
As pessoas físicas só podem vender trabalho e, portanto, serão remuneradas 
pelo pagamento dos salários. 
Os lucros são divididos em três partes: lucros, juros e aluguéis. 
Os juros podem ser pagos às pessoas físicas e às pessoas jurídicas. Os lucros 
podem ser distribuídos ou retidos. Quando eles são distribuídos, significa que 
foram pagos às pessoas físicas e quando são retidos, temos o mesmo impacto 
de um pagamento às pessoas jurídicas, uma vez que são destinados a elas. 
Os aluguéis são pagos às pessoas físicas que, em última instância, são as 
proprietárias dos imóveis e receberão os aluguéis. 
Se unirmos todas essas informações teremos: 
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De forma análoga, podemos nos referir às vendas de bens e serviços que 
podem ser feitas tanto às pessoas físicas quanto jurídicas. Entretanto, quando 
as empresas vendem às pessoas físicas, estas devem consumir o bem, pois se 
revenderem não são consideradas pessoas físicas mas sim, jurídicas. 
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Lembre-se que essa é a possibilidade de cada uma das empresas. No entanto, 
para determinarmos o valor do produto de um país, temos que somar todas as 
empresas. Ao fazermos isso, cancelaremos alguns itens, pois tudo que for 
comprado das pessoas jurídicas por uma determinada empresa, estará 
representado como vendas das outras pessoas jurídicas para esta PJ. Logo, a 
relação de compra e venda de PJ ou para PJ será cancelada. O mesmo ocorre 
com os juros das pessoas jurídicas. Alguma empresas receberão juros de PJ 
mas outras pagarão juros a PJ. Se somarmos todos os juros recebidos e pagos 
para as pessoas jurídicas, o resultado encontrado será igual a zero. O lucro 
retido também poderá ser cancelado. Portanto, teremos: 
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Sabemos que as empresas compram trabalho das pessoas físicas e, portanto, 
o remuneram com salário. Tudo que for vendido a uma pessoa física será 
consumido. Dessa forma, a equação fica da seguinte forma: 
Débito Crédito 
k) Compras a outras empresas n) Vendas a outras empresas 
a) Salários g) Vendas de bens de consumo a 
indivíduos 
e) Depreciações h) Formação bruta de capital fixo 
m) Excedente operacional i) Variação de estoque 
Dessa forma, devemos ter: k + a + e + m = n + g + h + i. 
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O investimento bruto, como falado anteriormente, será igual à soma da 
formação bruta de capital fixo (FBKF) mais variação de estoques. 
Consumo Final + Formação Bruta de Capital Fixo + Variação dos Estoques 
Os balancetes apresentados no livro do Simonsen e que mostram o que foi 
explicado acima são os seguintes: 
Débito Crédito 
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k) Compras a outras empresas n) Vendas a outras empresas 
a) Salários g) Vendas de bens de consumo a 
indivíduos 
b) Juros líquidos de indivíduos4 h) Formação bruta de capital fixo 
o) Juros líquidos de empresas5 i) Variação de estoque 
c) Aluguéis pagos a indivíduos 
d) Lucros distribuídos 
e) Depreciações 
f) Lucros retidos 
m = b + o + c + d + f 
Lucro = d + f + c 
Representando as contas de todas as empresas por letra maiúscula, temos: 
Conta de Produção 
Débito Crédito 
A) Salários G) Consumo Pessoal 
B) Juros líquidos de indivíduos H) Formação bruta de capital fixo 
C) Aluguéis pagos a indivíduos I) Variação de estoques 
D) Lucros distribuídos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
4 Juros pagos a indivíduos menos juros recebidos de indivíduos. 
5 Juros pagos a empresas menos juros recebidos de empresas. 
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Enquanto os débitos fornecem a RENDA BRUTA = PRODUTO BRUTO da 
economia, os créditos correspondem à destinação do produto, sendo 
caracterizados portanto, como a DESPESA da economia que é igual a consumo 
mais investimento bruto6. 
Raciocinando pelo lado do indivíduo, as pessoas recebem salário, juros, 
aluguéis, lucros, entre outros itens e destina os recursos para consumo e 
poupança. 
Conta de Apropriação 
Débito Crédito 
G) Consumo Pessoal A) Salários 
J) Poupança bruta do setor privado B) Juros líquidos de indivíduos 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
Lançando as contas das pessoas e das empresas, teremos a conta consolidada 
de capital, conforme descrito abaixo: 
Conta de Consolidada de Capital 
Débito Crédito 
H) Formação bruta de capital fixo 
I) Variação de estoques 
J) Poupança bruta do setor privado 
6.2. Economia Aberta e sem Governo 
A partir de agora a economia em questão, apesar de ainda não possuir 
Governo, poderá transacionar com o exterior. No Balanço de Pagamentos, o 
6 Investimento bruto = formação bruta de capital fixo + variação de estoque 
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país está contabilizando a débito as importações de bens e serviços não fatores 
e a crédito as exportações de bens e serviços não-fatores. Ainda do lado do 
débito existe a conta renda líquida enviada para o exterior7 e do lado do 
crédito o déficit no Balanço de Pagamentos em transações correntes8. 
Débito Crédito 
K) Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços 
fatores fatores 
L) Renda líquida enviada para o exterior O) Déficit do balanço de pagamentos 
em transações correntes 
Conta de Produção 
Débito Crédito 
K) Importações de bens e serviços 
fatores 
N) Exportações de bens e serviços 
fatores 
L) Renda líquida enviada para o 
9 
exterior9 
G) Consumo Pessoal 
A) Salários H) Formação bruta de capital fixo 
B) Juros líquidos deindivíduos I) Variação de estoques 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos 
7 Engloba a antiga balança de serviços fatores (atualmente balança de rendas) e a antiga conta de transferências 
unilaterais (atualmente, transferências unilaterais correntes). Será contabilizada com sinal positiva se a renda for 
enviada e com sinal negativo se recebida. 
8 Se deficitário é contabilizado com sinal positivo, se superavitário, com sinal negativo. 
9 A renda líquida enviada ao exterior deverá ser computada se estivermos calculando o produto interno, mas deverá ser 
excluída se computarmos o produto nacional. 
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E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
Importação + RLEE + Salário + Juros + Lucro + Aluguel + Depreciação 
Consumo Final + FBKF + Variação dos Estoques + Exportação 
Conta de Apropriação 
Débito Crédito 
G) Consumo Pessoal 
J) Poupança bruta do setor privado 
A) Salários 
B) Juros líquidos de indivíduos 
C) Aluguéis pagos a indivíduos 
D) Lucros distribuídos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
Sendo assim, a Conta consolidada de capital ficará da seguinte forma : 
Conta de Consolidada de Capital 
Débito Crédito 
H) Formação bruta de capital fixo 
I) Variação de estoques 
J) Poupança bruta do setor privado 
O) Déficit do balanço de pagamentos 
em transações correntes 
Total do Investimento Bruto Total da Poupança Bruta 
Aposto que você já deve estar perguntando o que você precisa saber se eu te 
falei que não há a necessidade de saber esses balancetes. Te digo que o 
importante é saber a seguinte equação: 
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Importação + RLEE + RNL + Depreciação = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação 
6.3. Economia Aberta e com Governo 
Colocamos agora o Governo10 participando da Economia. Nas contas do 
Governo, chamamos de impostos diretos os tributos sobre a renda, sobre a 
propriedade além das contribuições parafiscais destinadas a fins sociais. Os 
impostos considerados indiretos são os que incidem sobre o preço dos bens 
(IPI, ICMS, etc). 
10 Entende-se por Governo as três esferas da administração pública (federal, estadual e municipal), além das autarquias. 
As empresas públicas e sociedades de economia mista não fazem parte do Governo e são tratadas como empresas. 
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Conta Corrente do Governo 
Débito Crédito 
P) Consumo do Governo 
P.1) Bens e serviços de consumo 
adquiridos das empresas 
P.2) Bens e serviços de consumo 
importados 
P.3) Salários pagos 
Q) Transferências 
Q.1) a indivíduos 
Q.2) a empresas 
Q.3) ao exterior 
R) Subsídios 
T) Impostos Diretos 
T.1) Dos indivíduos 
T.2) Das empresas 
U) Impostos Indiretos 
V) Outras Receitas Correntes 
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O consumo do Governo compreende os salários pagos aos servidores mais os 
gastos em material de consumo, de produção nacional ou importados. 
Conta Consolidada das Empresas 
Débito Crédito 
K) Importações de bens e serviços 
fatores 
N) Exportações de bens e serviços 
fatores 
L) Renda líquida enviada para o 
exterior 
G) Consumo Pessoal 
A) Salários H) Formação bruta de capital fixo 
B) Juros líquidos de indivíduos I) Variação de estoque 
C) Aluguéis pagos a indivíduos Q) Transferências a empresas 
D) Lucros distribuídos R) Subsídios 
E) Depreciações P) Consumo do Governo 
F) Lucros retidos 
T.2) Impostos diretos das empresas 
U) Impostos indiretos 
V) Outras receitas correntes do 
Governo 
Conta I - Conta de Produção 
Débito Crédito 
K) Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços 
fatores fatores 
L) Renda líquida enviada para o G) Consumo Pessoal 
exterior 
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S) Saldo do Governo em conta 
corrente 
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A) Salários H) Formação bruta de capital fixo 
B) Juros líquidos de indivíduos I) Variação de estoques 
C) Aluguéis pagos a indivíduos P) Consumo do Governo 
D) Lucros distribuídos 
E) Depreciações 
F) Lucros retidos 
V) Outras receitas correntes do 
Governo 
T2 - Q2) Impostos diretos -
transferências a empresas 
U - R) Impostos indiretos - subsídios 
Produto Interno Bruto a Preços de Mercado = L + A + B + C + D + E + F + V 
+ T.2 - Q.2 + U - R 
Conta Corrente do Governo 
Débito Crédito 
P) Consumo do Governo T) Impostos diretos 
Q) Transferências U) Impostos indiretos 
R) Subsídios V) Outras Receitas do Governo 
S) Saldo do Governo em conta V) Outras receitas correntes do 
corrente Governo 
Conta do Setor Externo 
Débito Crédito 
N) Exportações de bens e serviços K) Importações de bens e serviços 
não-fatores não-fatores 
O) Déficit do balanço de pagamentos L) Renda Líquida enviada para o 
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em transações correntes exterior 
Conta Consolidada de Capital 
Débito Crédito 
H) Formação bruta de capital fixo J) Poupança bruta do Setor Privado 
I) Variação de estoques S) Saldo do Governo em conta 
corrente 
O) Déficit do balanço de pagamentos 
em transações correntes 
6.4. Equações Necessárias 
Já sei que a sua pergunta é se precisa ou não saber todos esses balancetes. 
Não há necessidade. Vou resumir em 4 equações o que é necessário saber. 
Equação 1 
Importação + RLEE + RNL + Depreciação 
= Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo 
Sabemos que RLEE + RNL + Depreciação é igual a PIB. Ou seja, a equação 
acima pode ser representada também da seguinte forma: 
Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo 
Equação 2 
PIB = Produção — Consumo Intermediário + Impostos Indiretos — Subsídios 
Equação 3 
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11 Apesar de não ser exatamente isso, se você compreender dessa forma ficará mais simples e você acertará a questão. 
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Equação 4 
Essa quarta equação ainda não foi explicada. Faremos isso agora. Sabemos 
que a poupança é igual ao investimento. O investimento pode ser público ou 
privado. Enquanto isso, a poupança pode ser pública, privada ou ainda 
externa. Dessa forma teríamos: 
A diferença entre poupança pública e investimento público pode ser 
entendido11 como "a diferença entre quanto que o Governo recebe e quanto 
que o Governo gasta". Logo, se essa diferença for positiva, seu valor será igual 
ao montante de recursos que estará na conta do Governo. Portanto, será 
chamado de Saldo do Governo em Conta Corrente. E a poupança externa será 
chamado de saldo do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes. 
Na verdade, o investimento total é a soma dos investimentos público e privado 
e será igual à formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques. 
Nesse caso, será o investimento total. 
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No entanto, a questão pode colocar os valores dos investimentos e das 
poupanças. Se o valor da poupança pública menos o investimento público for 
negativo, isso significa queo gasto do Governo supera a poupança do 
Governo. E, nesse caso, teremos o Déficit Público. A equação ficaria da 
seguinte forma: 
Portanto, vimos que temos quatro equações importantes que acabam nos 
auxiliando e muito nas questões de prova. Por outro lado, podemos igualar os 
débitos com os créditos de qualquer um dos balancetes apresentados. Fazendo 
esse procedimento nos balancetes de uma economia aberta e com governo 
chegaríamos às equações mais completas e, a partir delas, poderíamos deduzir 
aquelas que seriam utilizadas quando não há a presença do governo ou 
quando são fechadas. 
QUESTÕES PROPOSTAS 
Questão 37 
(Cesgranrio - Economista Inea - 2008) - O PIB e o PNB são medidas do 
produto agregado da economia de um país. Uma comparação que se pode 
estabelecer entre elas é: 
a) o PIB é sempre maior que o PNB. 
b) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil. 
c) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for positiva. 
d) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no Banco 
Central aumentarem. 
e) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário. 
Questão 38 
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CURSO ONLINE - TOPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO 
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(Cesgranrio - Economista Termorio - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) 
de um pais 
a) exclui as mercadorias exportadas. 
b) inclui as mercadorias importadas. 
c) é uma medida de sua riqueza material. 
d) é invariavelmente crescente com o tempo. 
e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). 
Questão 39 
(Cesgranrio - Economista Eletrobrás - 2010) - A variação percentual do 
Produto Interno Bruto (PIB) nominal de um país, de um ano para o outro, 
a) é sempre maior que a variação do Produto Nacional Bruto entre os mesmos 
anos. 
b) é sempre maior que a variação do PIB real entre os mesmos anos. 
c) é igual à variação percentual dos meios de pagamentos entre os mesmos 
anos. 
d) nunca pode ser negativa, se houver inflação. 
e) pode ser um valor maior do que 1.000%. 
Questão 40 
(ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados para 
uma economia hipotética: 
Investimento privado: 200 
Poupança privada: 100 
Poupança do governo: 50 
Déficit em transações correntes: 100 
Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas 
básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, 
respectivamente, 
a) zero e 50. 
b) 50 e 50. 
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c) 50 e zero. 
d) zero e zero. 
e) 50 e 100. 
Questão 41 
(ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados, 
extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: 
Exportações de bens e serviços não fatores: 100; 
Importações de bens e serviços não fatores: 200; 
Renda líquida enviada ao exterior: 50; 
Variação de estoques: 50; 
Formação bruta de capital fixo: 260; 
Depreciação: 10; 
Saldo do governo em conta corrente: 50. 
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a 
poupança líquida do setor privado são, respectivamente: 
a) 50 e 50. 
b) 100 e 150. 
c) 50 e 100. 
d) 100 e 50. 
e) 150 e 100. 
Questão 42 
(ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - A conta de bens e serviços do 
sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados para 
2005 (em R$ 1.000.000): 
Produção: 3.786.683; 
Importação de bens e serviços: 247.362; 
Impostos sobre produto: 306.545; 
Subsídios aos produtos: 1.559; 
Despesas com consumo final: 1.721.783; 
Formação bruta de capital fixo: 342.237; 
Variação de estoques: 5.739; 
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Exportação de bens e serviços: 324.842 
Com base nestas informações, pode-se afirmar que o consumo intermediário 
foi de: 
a) 2.133.019 
b) 1.944.430 
c) 1.946.019 
d) 2.231.014 
e) 1.942.901 
Questão 43 
(ESAF - STN - 2008) - Considere os seguintes dados, em unidades 
monetárias, referentes a uma economia hipotética: 
• Consumo do Governo: 200 
• Transferências realizadas pelo Governo: 100 
• Subsídios: 20 
• Impostos Diretos: 300 
• Impostos Indiretos: 400 
• Outras Receitas Correntes do Governo: 120 
• Exportações de bens e serviços: 100 
• Importações de bens e serviços: 200 
• Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 
• Variação de Estoques: 100 
• Poupança Bruta do Setor Privado: 200 
Com base nessas informações, e considerando as identidades 
macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital 
fixo é igual a: 
a) 950 
b) 900 
c) 700 
d) 750 
e) 800 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
Questão 37 
(Cesgranrio - Economista Inea - 2008) - O PIB e o PNB são medidas do 
produto agregado da economia de um país. Uma comparação que se pode 
estabelecer entre elas é: 
a) o PIB é sempre maior que o PNB. 
b) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil. 
c) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for positiva. 
d) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no Banco 
Central aumentarem. 
e) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário. 
Resolução: 
Sabemos que a diferença entre o PIB e o PNB é a Renda Líquida Enviada ao 
Exterior. 
Enquanto o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos dentro de um 
país ou região, o PNB é a soma de todos os bens e serviços produzidos com 
recursos financeiros de um país. 
Se a renda recebida do exterior for maior que a renda enviada ao exterior, isso 
significa que a renda líquida é recebida do exterior. E, portanto, positiva. 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 38 
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(Cesgranrio - Economista Termorio - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) 
de um pais 
a) exclui as mercadorias exportadas. 
b) inclui as mercadorias importadas. 
c) é uma medida de sua riqueza material. 
d) é invariavelmente crescente com o tempo. 
e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). 
Resolução: 
O PIB de um país é a medida de sua produção interna dentro de um 
determinado período de tempo. Como não há alternativa nessa linha, vamos 
que podemos chamar também como uma medida da riqueza material de um 
determinado país. 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
Questão 39 
(Cesgranrio - Economista Eletrobrás - 2010) - A variação percentual do 
Produto Interno Bruto (PIB) nominal de um país, de um ano para o outro, 
a) é sempre maior que a variação do Produto Nacional Bruto entre os mesmos 
anos. 
b) é sempre maior que a variação do PIB real entre os mesmos anos. 
c) é igual à variação percentual dos meios de pagamentos entre os mesmos 
anos. 
d) nunca pode ser negativa, se houver inflação. 
e) pode ser um valor maior do que 1.000%. 
Resolução: 
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A variação nominal do PIB de um determinado país tem a ver com a produção 
(preço vezes quantidade) de dois anos consecutivos. 
A variação real do PIB de um país mede a quantidade de bens que está sendo 
produzido. Se estivermos interessados na variação do produto real, devemos 
calcular a variação nominal do produto e retirar a inflação. Dessa forma, se a 
variação do produto nominal for menor que a variação de preços (inflação), o 
produto real poderá ser negativo. 
E é importante ressaltarmos que não há um limite para o crescimento real nem 
nominal. 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
Questão 40 
(ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados para 
uma economia hipotética: 
Investimento privado: 200 
Poupança privada: 100 
Poupança do governo: 50 
Déficit em transações correntes: 100 
Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas 
básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, 
respectivamente, 
a) zero e 50. 
b) 50 e 50. 
c) 50 e zero. 
d) zero e zero. 
e) 50 e 100. 
Resolução: 
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Para resolver essa questão, podemos usar a equação que foi fornecida a vocês 
ou então igualarmos crédito e débito no balancete abaixo: 
Conta Consolidada de Capital 
Débito Crédito 
H) Formação bruta de capital fixo J) Poupança bruta do Setor Privado 
I) Variação de estoques S) Saldo do Governo em conta 
corrente 
O) Déficit do balanço de pagamentos 
em transações correntes 
É claro que é mais simples utilizarmos a equação abaixo: 
Dado que o Investimento Público é igual a 50 e a Poupança Pública também é 
igual a 50 e que o déficit público é igual ao investimento público menos 
poupança pública, temos: 
Sendo assim, o gabarito é a letra C. 
Gabarito: C 
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Ou então, podemos utilizar a seguinte equação: 
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Questão 41 
(ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados, 
extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: 
Exportações de bens e serviços não fatores: 100; 
Importações de bens e serviços não fatores: 200; 
Renda líquida enviada ao exterior: 50; 
Variação de estoques: 50; 
Formação bruta de capital fixo: 260; 
Depreciação: 10; 
Saldo do governo em conta corrente: 50. 
Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a 
poupança líquida do setor privado são, respectivamente: 
a) 50 e 50. 
b) 100 e 150. 
c) 50 e 100. 
d) 100 e 50. 
e) 150 e 100. 
Resolução: 
Para fazer o cálculo dessa questão devem ser usados dois balancetes e 
resolvermos um sistema de equações. Os balancetes a serem utilizados são os 
abaixo relacionados e as incógnitas estão negritadas: 
Conta Consolidada de Capital 
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Débito Crédito 
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H) Formação bruta de capital fixo J) Poupança bruta do Setor 
I) Variação de estoques 
Privado 
S) Saldo do 
corrente 
O) Déficit 
pagamentos 
correntes 
Governo em conta 
do balanço de 
em transações 
Conta do Setor Externo 
Débito Crédito 
N) Exportações de bens e serviços K) Importações de bens e serviços 
não-fatores não-fatores 
O) Déficit do balanço de L) Renda Líquida enviada para o 
pagamentos em transações exterior 
correntes 
Colocando isso nas equações, formaríamos um sistema composto pelas duas 
equações abaixo: 
Após determinar o DBPTC, utilizamos esse cálculo para a determinação da outra 
incógnita existente, poupança líquida do setor privado. 
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Inicialmente, devemos determinar o Déficit do BP em transações correntes 
utilizando a segunda equação para que depois possamos determinar a 
poupança líquida do setor privado. 
Exportação + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPXC) = RLEE + Importações 
100 + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPXC) = 50 + 200 
Déficit o BP em Transações Correntes (DBPTC) = 1 5 0 
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+ Depreciação + SGCC + DBPTC = FBKF + AEstoques 
+ 10 + 50 + 150 = 260 + 50 
= 1 0 0 
Como sabemos que a poupança externa é o Déficit do BP em Transações 
Correntes, temos que o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
Questão 42 
(ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - A conta de bens e serviços do 
sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados para 
2005 (em R$ 1.000.000): 
Produção: 3.786.683; 
Importação de bens e serviços: 247.362; 
Impostos sobre produto: 306.545; 
Subsídios aos produtos: 1.559; 
Despesas com consumo final: 1.721.783; 
Formação bruta de capital fixo: 342.237; 
Variação de estoques: 5.739; 
Exportação de bens e serviços: 324.842 
Com base nestas informações, pode-se afirmar que o consumo intermediário 
foi de: 
a) 2.133.019 
b) 1.944.430 
c) 1.946.019 
d) 2.231.014 
e) 1.942.901 
Resolução: 
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É comum aparecerem questões com esses números enormes. Não devemos, 
em nenhuma hipótese, utilizar os números para fazer as operações e 
encontrar as repostas. Se você utilizar o número completo estará perdendo 
preciosos minutos que poderão lhe fazer muita falta mais à frente. Logo, 
iremos "jogar fora" os três últimos números. Por exemplo, a produção será 
igual a 3.787 e não 3.786.683 como descrito na questão. 
Temos que resolver um sistema também, formado pelas seguintes equações: 
Importação + PIB = Consumo + FBKF + 
PIB = Produção — Consumo Interme iário + Impostos Indiretos — Subsídios 
Resolvendo a primeira equação, temos: 
Importação + PIB = Consumo + FBKF + 
247 + PIB = 1.722 + 342 + 6 + 325 
PIB = 2 . 1 4 8 
Na segunda equação, teremos: 
2.148 = 3.787 — Consumo Interme iário + 307 — 2 
Consumo Interme iário = 1 9 4 4 
Com isso, conseguimos determinar que o gabarito é a letra B. No entanto, 
pela proximidade das respostas você pode não ter ficado muito tranqüilo em 
fazer essas simplificações. É claro que há a possibilidade de acertar as 
questões fazendo todas as contas, mas isso complicaria muito na minha 
opinião. Sugiro que se não ficou satisfeito com o resultado tendo em vista a 
proximidade das respostas, que você calcule o último algarismo em conjunto 
com os cálculos efetuados. Como? Observe que a importação vale 247.362, 
logo, seu último algarismo é o número 2. Da seguinte forma: 
2 + P I B = 3 + 7 + 9 + 2 
PIB = 9 
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No momento em que o resultado é negativo, devemos fazer -10 mais o valor 
encontrado, ou -20, -30 mais o valor. Logo, o resultado é zero. 
Gabarito: B 
Questão 43 
(ESAF - STN - 2008) - Considere os seguintes dados, em unidades 
monetárias, referentes a uma economia hipotética: 
• Consumo do Governo: 200 
• Transferências realizadas pelo Governo: 100 
• Subsídios: 20 
• Impostos Diretos: 300 
• Impostos Indiretos: 400 
• Outras Receitas Correntes do Governo: 120 
• Exportações de bens e serviços: 100 
• Importações de bens e serviços: 200 
• Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 
•Variação de Estoques: 100 
• Poupança Bruta do Setor Privado: 200 
Com base nessas informações, e considerando as identidades 
macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital 
fixo é igual a: 
a) 950 
b) 900 
c) 700 
d) 750 
e) 800 
Resolução: 
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Nessa questão, devemos encontrar o resultado do Governo em primeiro lugar. 
Podemos utilizar o balancete do Governo, mas a metodologia mais simples é 
somarmos as receitas e subtrairmos as despesas. Veja: 
Receitas do Governo = Impostos Diretos + Impostos Indiretos + Outras Receitas 
Receitas do Governo = 300 + 400 + 120 
Receitas do Governo = 820 
Despesas do Governo = Consumo do Governo + Transferências + Subsídios 
Despesas do Governo = 200 + 100 + 20 
Despesas do Governo = 320 
Resultado do Governo = Receitas do Governo — Despesas do Governo 
Resultado do Governo = 820 — 320 
Resultado do Governo = 5 0 0 
Agora, vamos colocar esses dados na equação que, em geral, utilizamos: 
Exportação + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPTC) = RLEE + Importações 
Poupança Privada Bruta + Saldo do Governo em Conta Corrente + DBPTC = FBKF + AEstoque 
100 + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPT ) = 100 + 200 
D B P t c = 2 0 0 
200 + (820 — 320) + 200 = FBKF + 100 
FBKF = 800 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
Gabarito: E 
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Bibliografia 
Blanchard, Olivier - Macroeconomia: Teoria e Política Econômica, Editora 
Campus, 1999. 
Byrns, R.T. & Stone, G.W. - Macroeconomia, Editora Makron Books, 5a Edição, 
1995. 
Froyen, Richard T. - Macroeconomia, Editora Saraiva - Tradução da 5a Edição, 
2001. 
Lopes,L.M & Vasconcellos, M.A.S. - Manual de Macroeconomia: Básico e 
Intermediário, Editora Atlas, 2a Edição, 2000. 
Mankiw, N. Gregory - Macroeconomia, Editora LTC - 3a Edição, 1998. 
Sachs & Larrain - Macroeconomia, Editora Makron Books - 2000. 
Simonsen, M.H. & Cysne R.P. - Macroeconomia, Editora Atlas - 2a Edição, 
1995. 
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GABARITO 
37- C 38- C 39- E 40- C 41- E 
42- B 43- E 
Galera, 
Terminamos a nossa terceira aula de macro. Deixei essa aula um pouco 
menor. Apesar de existirem muitos exercícios sobre o tema, eles são bastante 
repetitivos. 
Mandem mail falando a respeito e dando sugestões. 
Abraços, 
César Frade 
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