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CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Olá pessoal! Espero que tenham gostado da nossa aula 1 de Contas Nacionais que, na verdade, foi a aula 02 da parte de macroeconomia do nosso curso. Nesta aula, mostrarei outra forma de resolver as questões de Contas Nacionais. É claro que poderia ter mostrado tudo de uma única vez mas a experiência em sala de aula me mostra que não são muitos que entendem a matéria quando faço dessa forma. E, na minha opinião, a melhor forma é mostrar a matéria já digerida mesmo que eu tenha que cometer alguns equívocos ou atropelos. Mas desde que esses equívocos não façam vocês errarem as questões. Ou seja, posso até mostrar alguma coisa que não esteja 100% correto, mas farei isso se a forma que eu mostrar facilitar a sua memorização para a prova e não comprometer nenhuma questão. Prefiro explicar em duas linhas algo que os livros gastam 20 páginas para fazer. Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. Prof. César Frade JUNHO/2011 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 6. Sistema de Contas Nacionais1 Como já vimos, o sistema de contas nacionais é um método de apurar o volume produzido por um país em um determinado período de tempo. É importante evitarmos a dupla contagem, pois não faria sentido colocarmos como produto o pão que é produzido por uma padaria e o trigo necessário à produção deste pão. Fazendo isto, estaríamos computando o trigo por mais de uma vez. Segundo Simonsen: "A contabilidade nacional desenvolve-se a partir de sete conceitos básicos: produto, renda, consumo, poupança, investimento, absorção e despesa." Vimos, anteriormente, as definições de produto, renda e despesa. Agora vamos tratar dos outros itens e para isso adotaremos os conceitos que estão no livro do Simonsen. Segundo Simonsen: "O consumo é o valor dos bens e serviços absorvidos pelos indivíduos para a satisfação dos seus desejos. Nele se incluem o chamado consumo pessoal, que é o valor desses bens voluntariamente adquiridos pelos indivíduos no mercado, e o consumo do Governo, que é o valor dos bens e serviços de uso coletivo gratuitamente postos à disposição dos indivíduos pelo setor público (defesa nacional, policiamento, educação gratuita, etc). O conceito de poupança é o de renda não consumida. O de investimento é o acréscimo de capital físico de capital, compreendendo a formação de capital fixo mais variação de estoque. Parte da formação bruta de capital, também denominada investimento bruto, destina-se a repor a retirada de circulação de equipamentos e instalações, por desgaste ou obsoletismo. O valor 1 O capítulo de Contas Nacionais dessas notas de aula está baseado no livro: Macroeconomia - Mário Henrique Simonsen e Rubens Penha Cysne - Editora Atlas - 3a Edição. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 2 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE dessas retiradas é estimado no item "Depreciações" da contabilidade nacional. Assim, o investimento líquido é o bruto menos depreciações. Define-se absorção como sendo a soma consumo mais investimento. Trata-se do valor dos bens e serviços que a sociedade absorve em determinado período de tempo ou para o consumo dos seus indivíduos ou para o aumento do estoque de capital. Numa economia fechada (isto é, que não transacione com o exterior), a absorção obviamente coincide com o produto. Com efeito, este ou se detina ao consumo ou à formação de capital ou à variação de estoques. Numa economia aberta, os dois agregados podem ser diferentes. Se a economia exporta mais bens ou serviços do que importa, parte da produção total não é absorvida pelo país, mas pelo exterior, ou seja, o produto é superior à absorção, e vice-versa. O excesso (positivo ou negativo) do produto sobre a absorção coincide com o saldo das exportações sobre as importações de bens e serviços." Chegamos a duas identidades fundamentais, quais sejam: Produto = Renda = Despesa Poupança = Investimento Observe que o investimento será igual à formação bruta de capital fixo mais a variação de estoque. Você deve entender como formação bruta de capital fixo as máquinas e equipamentos necessários para a produção. Por outro lado, muitos devem estar estranhando o fato de a variação de estoque estar sendo considerada como investimento. A lógica é que a empresa quando efetua a sua produção paga os salários, incorre em diversos custos inclusive com os insumos e, portanto, quando estoca o produto pronto ou semi-acabado estará investindo em seu próprio produto. A partir de agora, vamos desenvolver o raciocínio para chegarmos às equações que nos possibilitarão solucionar grande parte das questões que são propostas em provas. Inicialmente, vamos tratar uma Economia Fechada e sem Governo, depois passaremos a uma Economia Aberta e sem Governo e, por fim, incluiremos o Governo. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 3 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE A ideia apresentada inicialmente é muito importante para que possamos desenvolver a aula sem maiores traumas. 6.1. Economia Fechada e sem Governo Segundo Simonsen: "A contabilidade nacional procura retratar o desempenho real de uma economia em determinado período de tempo, por um sistema de contas que obedeça a dois princípios: a) o do equilíbrio interno de cada conta, em que o total dos débitos deve igualar o total dos créditos; b) o do equilíbrio externo do sistema, segundo o qual a cada lançamento devedor numa conta deve corresponder igual lançamento credor em outra. Esses princípios seguem as regras gerais da contabilidade geral, baseadas no sistema de partidas dobradas inventado em 1494 por Luca Pacciolo." Para começar nossos estudos precisamos efetuar uma clara distinção entre o que iremos considerar como pessoas físicas e pessoas jurídicas. As pessoas físicas trabalham para as empresas e, portanto, recebem salários. Ao mesmo tempo, detêm a propriedade do capital das pessoas jurídicas e lhes emprestam recursos financeiros. Imagine que eu esteja sendo contratado pelo Ponto para dar uma aula a vocês. Se alunos estiverem interessados nas aulas irei receber por elas, caso contrário, não irei prestar meus serviços e, portanto, não receberei. Nesse caso, eu devo ser considerado uma pessoa jurídica pois estou prestando um trabalho como tal, sem receber no final salários. Isso significa que pessoas físicas individuais quando prestam serviço a outros indivíduos devem ser consideradas pessoas jurídicas nesse caso. De forma análoga, se uma pessoa física possui um imóvel e aufere renda com o seu aluguel, devemos considerar Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 4 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE que essa pessoa física é proprietária de uma pessoa jurídica que receberá esse aluguel e o repassará, integralmente, à pessoa física. Com isso, temos que as pessoas físicas são aqueles indivíduos que vendem seu trabalho, fornecem trabalho às pessoas jurídicas e estas os remuneram com salários. O lucro de uma empresa é igual ao valor auferido na venda de bens e serviços deduzido da compra de bens e serviços acrescido do investimento líquido2. Ou seja: Lucro = Venda de bens e Serviços - Compra de bens e Serviços + Investimento Líquido Na verdade, vemos que issonão é o lucro propriamente dito. Se pegarmos a venda menos as compras e somarmos a esse valor o investimento líquido, teremos quase que os recursos que estão na conta corrente da empresa. Quando falamos em compras consideramos também as compras de máquinas e equipamentos que, na verdade, formam o investimento. Por esse motivo, somamos o investimento líquido que, em tese, seria o valor auferido na venda das máquinas adquiridas. Transformando o investimento líquido em investimento bruto menos depreciação e manipulando a equação, temos: 2 Investimento Líquido = Investimento Bruto - Depreciações 3 Os lucros se dividem em dois: excedente operacional e lucro líquido. O excedente operacional é lucro sem contar com as receitas e despesas financeiras. No lucro líquido esses juros são computados. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 5 Venda de bens e serviços + Investimento Bruto Observe que estamos tratando das contas de uma única empresa, mas que mais à frente precisaremos somar todas as empresas dessa localidade. Como já adiantei, esse lucro não é exatamente o lucro, mas sim o excedente operacional segundo o Simonsen. Esse excedente é composto juros, lucros e aluguéis. Compra de bens e serviços + Depreciações + CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Vamos agora verificar como são divididas cada uma das contas da equação acima. Quando nos referimos às compras de bens e serviços, essa empresa poderá tanto adquirir de pessoas físicas ou de outras pessoas jurídicas. Logo, teríamos a seguinte subdivisão: As pessoas físicas só podem vender trabalho e, portanto, serão remuneradas pelo pagamento dos salários. Os lucros são divididos em três partes: lucros, juros e aluguéis. Os juros podem ser pagos às pessoas físicas e às pessoas jurídicas. Os lucros podem ser distribuídos ou retidos. Quando eles são distribuídos, significa que foram pagos às pessoas físicas e quando são retidos, temos o mesmo impacto de um pagamento às pessoas jurídicas, uma vez que são destinados a elas. Os aluguéis são pagos às pessoas físicas que, em última instância, são as proprietárias dos imóveis e receberão os aluguéis. Se unirmos todas essas informações teremos: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 6 De forma análoga, podemos nos referir às vendas de bens e serviços que podem ser feitas tanto às pessoas físicas quanto jurídicas. Entretanto, quando as empresas vendem às pessoas físicas, estas devem consumir o bem, pois se revenderem não são consideradas pessoas físicas mas sim, jurídicas. CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Lembre-se que essa é a possibilidade de cada uma das empresas. No entanto, para determinarmos o valor do produto de um país, temos que somar todas as empresas. Ao fazermos isso, cancelaremos alguns itens, pois tudo que for comprado das pessoas jurídicas por uma determinada empresa, estará representado como vendas das outras pessoas jurídicas para esta PJ. Logo, a relação de compra e venda de PJ ou para PJ será cancelada. O mesmo ocorre com os juros das pessoas jurídicas. Alguma empresas receberão juros de PJ mas outras pagarão juros a PJ. Se somarmos todos os juros recebidos e pagos para as pessoas jurídicas, o resultado encontrado será igual a zero. O lucro retido também poderá ser cancelado. Portanto, teremos: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 7 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Sabemos que as empresas compram trabalho das pessoas físicas e, portanto, o remuneram com salário. Tudo que for vendido a uma pessoa física será consumido. Dessa forma, a equação fica da seguinte forma: Débito Crédito k) Compras a outras empresas n) Vendas a outras empresas a) Salários g) Vendas de bens de consumo a indivíduos e) Depreciações h) Formação bruta de capital fixo m) Excedente operacional i) Variação de estoque Dessa forma, devemos ter: k + a + e + m = n + g + h + i. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 8 O investimento bruto, como falado anteriormente, será igual à soma da formação bruta de capital fixo (FBKF) mais variação de estoques. Consumo Final + Formação Bruta de Capital Fixo + Variação dos Estoques Os balancetes apresentados no livro do Simonsen e que mostram o que foi explicado acima são os seguintes: Débito Crédito CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE k) Compras a outras empresas n) Vendas a outras empresas a) Salários g) Vendas de bens de consumo a indivíduos b) Juros líquidos de indivíduos4 h) Formação bruta de capital fixo o) Juros líquidos de empresas5 i) Variação de estoque c) Aluguéis pagos a indivíduos d) Lucros distribuídos e) Depreciações f) Lucros retidos m = b + o + c + d + f Lucro = d + f + c Representando as contas de todas as empresas por letra maiúscula, temos: Conta de Produção Débito Crédito A) Salários G) Consumo Pessoal B) Juros líquidos de indivíduos H) Formação bruta de capital fixo C) Aluguéis pagos a indivíduos I) Variação de estoques D) Lucros distribuídos E) Depreciações F) Lucros retidos 4 Juros pagos a indivíduos menos juros recebidos de indivíduos. 5 Juros pagos a empresas menos juros recebidos de empresas. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 9 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Enquanto os débitos fornecem a RENDA BRUTA = PRODUTO BRUTO da economia, os créditos correspondem à destinação do produto, sendo caracterizados portanto, como a DESPESA da economia que é igual a consumo mais investimento bruto6. Raciocinando pelo lado do indivíduo, as pessoas recebem salário, juros, aluguéis, lucros, entre outros itens e destina os recursos para consumo e poupança. Conta de Apropriação Débito Crédito G) Consumo Pessoal A) Salários J) Poupança bruta do setor privado B) Juros líquidos de indivíduos C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos E) Depreciações F) Lucros retidos Lançando as contas das pessoas e das empresas, teremos a conta consolidada de capital, conforme descrito abaixo: Conta de Consolidada de Capital Débito Crédito H) Formação bruta de capital fixo I) Variação de estoques J) Poupança bruta do setor privado 6.2. Economia Aberta e sem Governo A partir de agora a economia em questão, apesar de ainda não possuir Governo, poderá transacionar com o exterior. No Balanço de Pagamentos, o 6 Investimento bruto = formação bruta de capital fixo + variação de estoque Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 10 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE país está contabilizando a débito as importações de bens e serviços não fatores e a crédito as exportações de bens e serviços não-fatores. Ainda do lado do débito existe a conta renda líquida enviada para o exterior7 e do lado do crédito o déficit no Balanço de Pagamentos em transações correntes8. Débito Crédito K) Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços fatores fatores L) Renda líquida enviada para o exterior O) Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes Conta de Produção Débito Crédito K) Importações de bens e serviços fatores N) Exportações de bens e serviços fatores L) Renda líquida enviada para o 9 exterior9 G) Consumo Pessoal A) Salários H) Formação bruta de capital fixo B) Juros líquidos deindivíduos I) Variação de estoques C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos 7 Engloba a antiga balança de serviços fatores (atualmente balança de rendas) e a antiga conta de transferências unilaterais (atualmente, transferências unilaterais correntes). Será contabilizada com sinal positiva se a renda for enviada e com sinal negativo se recebida. 8 Se deficitário é contabilizado com sinal positivo, se superavitário, com sinal negativo. 9 A renda líquida enviada ao exterior deverá ser computada se estivermos calculando o produto interno, mas deverá ser excluída se computarmos o produto nacional. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 11 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE E) Depreciações F) Lucros retidos Importação + RLEE + Salário + Juros + Lucro + Aluguel + Depreciação Consumo Final + FBKF + Variação dos Estoques + Exportação Conta de Apropriação Débito Crédito G) Consumo Pessoal J) Poupança bruta do setor privado A) Salários B) Juros líquidos de indivíduos C) Aluguéis pagos a indivíduos D) Lucros distribuídos E) Depreciações F) Lucros retidos Sendo assim, a Conta consolidada de capital ficará da seguinte forma : Conta de Consolidada de Capital Débito Crédito H) Formação bruta de capital fixo I) Variação de estoques J) Poupança bruta do setor privado O) Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes Total do Investimento Bruto Total da Poupança Bruta Aposto que você já deve estar perguntando o que você precisa saber se eu te falei que não há a necessidade de saber esses balancetes. Te digo que o importante é saber a seguinte equação: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 12 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Importação + RLEE + RNL + Depreciação = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação 6.3. Economia Aberta e com Governo Colocamos agora o Governo10 participando da Economia. Nas contas do Governo, chamamos de impostos diretos os tributos sobre a renda, sobre a propriedade além das contribuições parafiscais destinadas a fins sociais. Os impostos considerados indiretos são os que incidem sobre o preço dos bens (IPI, ICMS, etc). 10 Entende-se por Governo as três esferas da administração pública (federal, estadual e municipal), além das autarquias. As empresas públicas e sociedades de economia mista não fazem parte do Governo e são tratadas como empresas. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 13 Conta Corrente do Governo Débito Crédito P) Consumo do Governo P.1) Bens e serviços de consumo adquiridos das empresas P.2) Bens e serviços de consumo importados P.3) Salários pagos Q) Transferências Q.1) a indivíduos Q.2) a empresas Q.3) ao exterior R) Subsídios T) Impostos Diretos T.1) Dos indivíduos T.2) Das empresas U) Impostos Indiretos V) Outras Receitas Correntes CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE O consumo do Governo compreende os salários pagos aos servidores mais os gastos em material de consumo, de produção nacional ou importados. Conta Consolidada das Empresas Débito Crédito K) Importações de bens e serviços fatores N) Exportações de bens e serviços fatores L) Renda líquida enviada para o exterior G) Consumo Pessoal A) Salários H) Formação bruta de capital fixo B) Juros líquidos de indivíduos I) Variação de estoque C) Aluguéis pagos a indivíduos Q) Transferências a empresas D) Lucros distribuídos R) Subsídios E) Depreciações P) Consumo do Governo F) Lucros retidos T.2) Impostos diretos das empresas U) Impostos indiretos V) Outras receitas correntes do Governo Conta I - Conta de Produção Débito Crédito K) Importações de bens e serviços N) Exportações de bens e serviços fatores fatores L) Renda líquida enviada para o G) Consumo Pessoal exterior Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 14 S) Saldo do Governo em conta corrente CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE A) Salários H) Formação bruta de capital fixo B) Juros líquidos de indivíduos I) Variação de estoques C) Aluguéis pagos a indivíduos P) Consumo do Governo D) Lucros distribuídos E) Depreciações F) Lucros retidos V) Outras receitas correntes do Governo T2 - Q2) Impostos diretos - transferências a empresas U - R) Impostos indiretos - subsídios Produto Interno Bruto a Preços de Mercado = L + A + B + C + D + E + F + V + T.2 - Q.2 + U - R Conta Corrente do Governo Débito Crédito P) Consumo do Governo T) Impostos diretos Q) Transferências U) Impostos indiretos R) Subsídios V) Outras Receitas do Governo S) Saldo do Governo em conta V) Outras receitas correntes do corrente Governo Conta do Setor Externo Débito Crédito N) Exportações de bens e serviços K) Importações de bens e serviços não-fatores não-fatores O) Déficit do balanço de pagamentos L) Renda Líquida enviada para o Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 15 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE em transações correntes exterior Conta Consolidada de Capital Débito Crédito H) Formação bruta de capital fixo J) Poupança bruta do Setor Privado I) Variação de estoques S) Saldo do Governo em conta corrente O) Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes 6.4. Equações Necessárias Já sei que a sua pergunta é se precisa ou não saber todos esses balancetes. Não há necessidade. Vou resumir em 4 equações o que é necessário saber. Equação 1 Importação + RLEE + RNL + Depreciação = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo Sabemos que RLEE + RNL + Depreciação é igual a PIB. Ou seja, a equação acima pode ser representada também da seguinte forma: Importação + PIB = Consumo + FBKF + AEstoque + Exportação + Governo Equação 2 PIB = Produção — Consumo Intermediário + Impostos Indiretos — Subsídios Equação 3 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 16 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE 11 Apesar de não ser exatamente isso, se você compreender dessa forma ficará mais simples e você acertará a questão. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 17 Equação 4 Essa quarta equação ainda não foi explicada. Faremos isso agora. Sabemos que a poupança é igual ao investimento. O investimento pode ser público ou privado. Enquanto isso, a poupança pode ser pública, privada ou ainda externa. Dessa forma teríamos: A diferença entre poupança pública e investimento público pode ser entendido11 como "a diferença entre quanto que o Governo recebe e quanto que o Governo gasta". Logo, se essa diferença for positiva, seu valor será igual ao montante de recursos que estará na conta do Governo. Portanto, será chamado de Saldo do Governo em Conta Corrente. E a poupança externa será chamado de saldo do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes. Na verdade, o investimento total é a soma dos investimentos público e privado e será igual à formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques. Nesse caso, será o investimento total. CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE No entanto, a questão pode colocar os valores dos investimentos e das poupanças. Se o valor da poupança pública menos o investimento público for negativo, isso significa queo gasto do Governo supera a poupança do Governo. E, nesse caso, teremos o Déficit Público. A equação ficaria da seguinte forma: Portanto, vimos que temos quatro equações importantes que acabam nos auxiliando e muito nas questões de prova. Por outro lado, podemos igualar os débitos com os créditos de qualquer um dos balancetes apresentados. Fazendo esse procedimento nos balancetes de uma economia aberta e com governo chegaríamos às equações mais completas e, a partir delas, poderíamos deduzir aquelas que seriam utilizadas quando não há a presença do governo ou quando são fechadas. QUESTÕES PROPOSTAS Questão 37 (Cesgranrio - Economista Inea - 2008) - O PIB e o PNB são medidas do produto agregado da economia de um país. Uma comparação que se pode estabelecer entre elas é: a) o PIB é sempre maior que o PNB. b) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil. c) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for positiva. d) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no Banco Central aumentarem. e) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário. Questão 38 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 18 CURSO ONLINE - TOPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE (Cesgranrio - Economista Termorio - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) de um pais a) exclui as mercadorias exportadas. b) inclui as mercadorias importadas. c) é uma medida de sua riqueza material. d) é invariavelmente crescente com o tempo. e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). Questão 39 (Cesgranrio - Economista Eletrobrás - 2010) - A variação percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nominal de um país, de um ano para o outro, a) é sempre maior que a variação do Produto Nacional Bruto entre os mesmos anos. b) é sempre maior que a variação do PIB real entre os mesmos anos. c) é igual à variação percentual dos meios de pagamentos entre os mesmos anos. d) nunca pode ser negativa, se houver inflação. e) pode ser um valor maior do que 1.000%. Questão 40 (ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200 Poupança privada: 100 Poupança do governo: 50 Déficit em transações correntes: 100 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 19 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. Questão 41 (ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50. Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente: a) 50 e 50. b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. e) 150 e 100. Questão 42 (ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - A conta de bens e serviços do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados para 2005 (em R$ 1.000.000): Produção: 3.786.683; Importação de bens e serviços: 247.362; Impostos sobre produto: 306.545; Subsídios aos produtos: 1.559; Despesas com consumo final: 1.721.783; Formação bruta de capital fixo: 342.237; Variação de estoques: 5.739; Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 20 CURSO ONLINE - TOPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Exportação de bens e serviços: 324.842 Com base nestas informações, pode-se afirmar que o consumo intermediário foi de: a) 2.133.019 b) 1.944.430 c) 1.946.019 d) 2.231.014 e) 1.942.901 Questão 43 (ESAF - STN - 2008) - Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: • Consumo do Governo: 200 • Transferências realizadas pelo Governo: 100 • Subsídios: 20 • Impostos Diretos: 300 • Impostos Indiretos: 400 • Outras Receitas Correntes do Governo: 120 • Exportações de bens e serviços: 100 • Importações de bens e serviços: 200 • Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 • Variação de Estoques: 100 • Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 21 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 22 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE QUESTÕES RESOLVIDAS Questão 37 (Cesgranrio - Economista Inea - 2008) - O PIB e o PNB são medidas do produto agregado da economia de um país. Uma comparação que se pode estabelecer entre elas é: a) o PIB é sempre maior que o PNB. b) o PIB se mede em reais e o PNB, em dólares, no Brasil. c) o PNB é maior que o PIB se a renda líquida recebida do exterior for positiva. d) o PNB é maior que o PIB se as reservas em divisas internacionais no Banco Central aumentarem. e) o PNB é maior que o PIB se o balanço comercial for superavitário. Resolução: Sabemos que a diferença entre o PIB e o PNB é a Renda Líquida Enviada ao Exterior. Enquanto o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos dentro de um país ou região, o PNB é a soma de todos os bens e serviços produzidos com recursos financeiros de um país. Se a renda recebida do exterior for maior que a renda enviada ao exterior, isso significa que a renda líquida é recebida do exterior. E, portanto, positiva. Sendo assim, o gabarito é a letra C. Gabarito: C Questão 38 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 23 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE (Cesgranrio - Economista Termorio - 2009) - O Produto Interno Bruto (PIB) de um pais a) exclui as mercadorias exportadas. b) inclui as mercadorias importadas. c) é uma medida de sua riqueza material. d) é invariavelmente crescente com o tempo. e) é sempre maior que o seu Produto Nacional Bruto (PNB). Resolução: O PIB de um país é a medida de sua produção interna dentro de um determinado período de tempo. Como não há alternativa nessa linha, vamos que podemos chamar também como uma medida da riqueza material de um determinado país. Sendo assim, o gabarito é a letra C. Gabarito: C Questão 39 (Cesgranrio - Economista Eletrobrás - 2010) - A variação percentual do Produto Interno Bruto (PIB) nominal de um país, de um ano para o outro, a) é sempre maior que a variação do Produto Nacional Bruto entre os mesmos anos. b) é sempre maior que a variação do PIB real entre os mesmos anos. c) é igual à variação percentual dos meios de pagamentos entre os mesmos anos. d) nunca pode ser negativa, se houver inflação. e) pode ser um valor maior do que 1.000%. Resolução: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 24 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIAE EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE A variação nominal do PIB de um determinado país tem a ver com a produção (preço vezes quantidade) de dois anos consecutivos. A variação real do PIB de um país mede a quantidade de bens que está sendo produzido. Se estivermos interessados na variação do produto real, devemos calcular a variação nominal do produto e retirar a inflação. Dessa forma, se a variação do produto nominal for menor que a variação de preços (inflação), o produto real poderá ser negativo. E é importante ressaltarmos que não há um limite para o crescimento real nem nominal. Sendo assim, o gabarito é a letra E. Gabarito: E Questão 40 (ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados para uma economia hipotética: Investimento privado: 200 Poupança privada: 100 Poupança do governo: 50 Déficit em transações correntes: 100 Com base nestas informações e considerando as identidades macroeconômicas básicas, pode-se afirmar que o investimento público e o déficit público são, respectivamente, a) zero e 50. b) 50 e 50. c) 50 e zero. d) zero e zero. e) 50 e 100. Resolução: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 25 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Para resolver essa questão, podemos usar a equação que foi fornecida a vocês ou então igualarmos crédito e débito no balancete abaixo: Conta Consolidada de Capital Débito Crédito H) Formação bruta de capital fixo J) Poupança bruta do Setor Privado I) Variação de estoques S) Saldo do Governo em conta corrente O) Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes É claro que é mais simples utilizarmos a equação abaixo: Dado que o Investimento Público é igual a 50 e a Poupança Pública também é igual a 50 e que o déficit público é igual ao investimento público menos poupança pública, temos: Sendo assim, o gabarito é a letra C. Gabarito: C Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 26 Ou então, podemos utilizar a seguinte equação: CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Questão 41 (ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - Considere os seguintes dados, extraídos de um sistema de contas nacionais de uma economia hipotética: Exportações de bens e serviços não fatores: 100; Importações de bens e serviços não fatores: 200; Renda líquida enviada ao exterior: 50; Variação de estoques: 50; Formação bruta de capital fixo: 260; Depreciação: 10; Saldo do governo em conta corrente: 50. Com base nestas informações, é correto afirmar que a poupança externa e a poupança líquida do setor privado são, respectivamente: a) 50 e 50. b) 100 e 150. c) 50 e 100. d) 100 e 50. e) 150 e 100. Resolução: Para fazer o cálculo dessa questão devem ser usados dois balancetes e resolvermos um sistema de equações. Os balancetes a serem utilizados são os abaixo relacionados e as incógnitas estão negritadas: Conta Consolidada de Capital Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 27 Débito Crédito CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE H) Formação bruta de capital fixo J) Poupança bruta do Setor I) Variação de estoques Privado S) Saldo do corrente O) Déficit pagamentos correntes Governo em conta do balanço de em transações Conta do Setor Externo Débito Crédito N) Exportações de bens e serviços K) Importações de bens e serviços não-fatores não-fatores O) Déficit do balanço de L) Renda Líquida enviada para o pagamentos em transações exterior correntes Colocando isso nas equações, formaríamos um sistema composto pelas duas equações abaixo: Após determinar o DBPTC, utilizamos esse cálculo para a determinação da outra incógnita existente, poupança líquida do setor privado. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 28 Inicialmente, devemos determinar o Déficit do BP em transações correntes utilizando a segunda equação para que depois possamos determinar a poupança líquida do setor privado. Exportação + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPXC) = RLEE + Importações 100 + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPXC) = 50 + 200 Déficit o BP em Transações Correntes (DBPTC) = 1 5 0 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE + Depreciação + SGCC + DBPTC = FBKF + AEstoques + 10 + 50 + 150 = 260 + 50 = 1 0 0 Como sabemos que a poupança externa é o Déficit do BP em Transações Correntes, temos que o gabarito é a letra E. Gabarito: E Questão 42 (ESAF - ESPECIALISTA - MPOG - 2008) - A conta de bens e serviços do sistema de contas nacionais no Brasil apresentou os seguintes dados para 2005 (em R$ 1.000.000): Produção: 3.786.683; Importação de bens e serviços: 247.362; Impostos sobre produto: 306.545; Subsídios aos produtos: 1.559; Despesas com consumo final: 1.721.783; Formação bruta de capital fixo: 342.237; Variação de estoques: 5.739; Exportação de bens e serviços: 324.842 Com base nestas informações, pode-se afirmar que o consumo intermediário foi de: a) 2.133.019 b) 1.944.430 c) 1.946.019 d) 2.231.014 e) 1.942.901 Resolução: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 29 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE É comum aparecerem questões com esses números enormes. Não devemos, em nenhuma hipótese, utilizar os números para fazer as operações e encontrar as repostas. Se você utilizar o número completo estará perdendo preciosos minutos que poderão lhe fazer muita falta mais à frente. Logo, iremos "jogar fora" os três últimos números. Por exemplo, a produção será igual a 3.787 e não 3.786.683 como descrito na questão. Temos que resolver um sistema também, formado pelas seguintes equações: Importação + PIB = Consumo + FBKF + PIB = Produção — Consumo Interme iário + Impostos Indiretos — Subsídios Resolvendo a primeira equação, temos: Importação + PIB = Consumo + FBKF + 247 + PIB = 1.722 + 342 + 6 + 325 PIB = 2 . 1 4 8 Na segunda equação, teremos: 2.148 = 3.787 — Consumo Interme iário + 307 — 2 Consumo Interme iário = 1 9 4 4 Com isso, conseguimos determinar que o gabarito é a letra B. No entanto, pela proximidade das respostas você pode não ter ficado muito tranqüilo em fazer essas simplificações. É claro que há a possibilidade de acertar as questões fazendo todas as contas, mas isso complicaria muito na minha opinião. Sugiro que se não ficou satisfeito com o resultado tendo em vista a proximidade das respostas, que você calcule o último algarismo em conjunto com os cálculos efetuados. Como? Observe que a importação vale 247.362, logo, seu último algarismo é o número 2. Da seguinte forma: 2 + P I B = 3 + 7 + 9 + 2 PIB = 9 Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 30 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE No momento em que o resultado é negativo, devemos fazer -10 mais o valor encontrado, ou -20, -30 mais o valor. Logo, o resultado é zero. Gabarito: B Questão 43 (ESAF - STN - 2008) - Considere os seguintes dados, em unidades monetárias, referentes a uma economia hipotética: • Consumo do Governo: 200 • Transferências realizadas pelo Governo: 100 • Subsídios: 20 • Impostos Diretos: 300 • Impostos Indiretos: 400 • Outras Receitas Correntes do Governo: 120 • Exportações de bens e serviços: 100 • Importações de bens e serviços: 200 • Renda Líquida Enviada ao Exterior: 100 •Variação de Estoques: 100 • Poupança Bruta do Setor Privado: 200 Com base nessas informações, e considerando as identidades macroeconômicas básicas, é correto afirmar que a formação bruta de capital fixo é igual a: a) 950 b) 900 c) 700 d) 750 e) 800 Resolução: Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 31 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Nessa questão, devemos encontrar o resultado do Governo em primeiro lugar. Podemos utilizar o balancete do Governo, mas a metodologia mais simples é somarmos as receitas e subtrairmos as despesas. Veja: Receitas do Governo = Impostos Diretos + Impostos Indiretos + Outras Receitas Receitas do Governo = 300 + 400 + 120 Receitas do Governo = 820 Despesas do Governo = Consumo do Governo + Transferências + Subsídios Despesas do Governo = 200 + 100 + 20 Despesas do Governo = 320 Resultado do Governo = Receitas do Governo — Despesas do Governo Resultado do Governo = 820 — 320 Resultado do Governo = 5 0 0 Agora, vamos colocar esses dados na equação que, em geral, utilizamos: Exportação + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPTC) = RLEE + Importações Poupança Privada Bruta + Saldo do Governo em Conta Corrente + DBPTC = FBKF + AEstoque 100 + Déficit do BP em Transações Correntes (DBPT ) = 100 + 200 D B P t c = 2 0 0 200 + (820 — 320) + 200 = FBKF + 100 FBKF = 800 Sendo assim, o gabarito é a letra E. Gabarito: E Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 32 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE Bibliografia Blanchard, Olivier - Macroeconomia: Teoria e Política Econômica, Editora Campus, 1999. Byrns, R.T. & Stone, G.W. - Macroeconomia, Editora Makron Books, 5a Edição, 1995. Froyen, Richard T. - Macroeconomia, Editora Saraiva - Tradução da 5a Edição, 2001. Lopes,L.M & Vasconcellos, M.A.S. - Manual de Macroeconomia: Básico e Intermediário, Editora Atlas, 2a Edição, 2000. Mankiw, N. Gregory - Macroeconomia, Editora LTC - 3a Edição, 1998. Sachs & Larrain - Macroeconomia, Editora Makron Books - 2000. Simonsen, M.H. & Cysne R.P. - Macroeconomia, Editora Atlas - 2a Edição, 1995. Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 33 CURSO ONLINE - TÓPICOS PARA CONCURSOS DE ADMINISTRAÇÃO MACROECONOMIA, ESTATÍSTICA E PRODUÇÃO TEORIA E EXERCÍCIOS - PROF. CÉSAR FRADE GABARITO 37- C 38- C 39- E 40- C 41- E 42- B 43- E Galera, Terminamos a nossa terceira aula de macro. Deixei essa aula um pouco menor. Apesar de existirem muitos exercícios sobre o tema, eles são bastante repetitivos. Mandem mail falando a respeito e dando sugestões. Abraços, César Frade Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 34
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