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LGN5809 -GenéticaMolecular MOLÉCULAS CELULARES: UM ENFOQUE NAS PROTEÍNAS Ilara Budzinski Departamento de Genética ilara@usp.br Sumário ➢ Macromoléculas celulares ➢ Proteínas–forma e função ➢ Conceito e princípios da “proteostase” ➢ Dobramento de proteínas ➢ Degradação de proteínas ➢ Proteômica 2 O QUE É A VIDA? ➢ Sistema altamente regulado de síntese e manutenção de moléculas. INTRODUÇÃO 3 ➢ Os organismos vivos utilizam o mesmo padrão molecular para assegurar o seu metabolismo, mas cada espécie possui um conjunto específico de ácidos nucléicos e consequentemente de proteínas responsáveis pela sua identidade. INTRODUÇÃO 4 INTRODUÇÃO ➢ Vida celular: interações e reações químicas ➢ Composição química da célula 5 MACROMOLÉCULAS Nucleotídeo Ácido Nucleico Aminoácido Polipeptídeo Monômero Monômero Polímero Monossacarídeo Polissacarídeo Lipídeos (ácidos graxos + glicerol) *os lipídios não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica. Monômero Monômero Polímero Polímero Monômero 6 PROTEÍNAS: DEFINIÇÃO Tradução Mais versátil composto celular: estrutura dinâmica, altamente moldável, responsável por inúmeras funções celulares. MOLÉCULAS QUE FAZEM MOLÉCULAS PROTEÍNAS PROTEÍNAS: PROPRIEDADES ➢ Aminoácidos ▪ Forma ▪ Hidrofobicidade ▪ Solubilidade 9 PROTEÍNAS: PROPRIEDADES ➢ ESTEREOQUÍMICA DOS AMINOÁCIDOS Aminoácidos são denominados "D-" ou "L-“ ✓ Os aminoácidos nas moléculas protéicas são L estereoisômeros; 10 PROTEÍNAS: PROPRIEDADES ➢ PROPRIEDADES ÁCIDO-BASE DE AMINOÁCIDOS • Podem ser classificados de acordo com a estrutura da cadeia lateral em neutros, ácidos ou básicos. Básicos: lisina, arginina e histidina, Ácidos: glutamato e o aspartato, Neutros: os demais ✓ Solúveis em água, ✓ São Anfóteros – podem doar ou receber prótons (H+), ✓ A forma predominante do aminoácido depende do pH, ✓ Ponto de fusão elevado. PROTEÍNAS: PROPRIEDADES Direcionalidade da cadeia N --- C PROTEÍNAS: PROPRIEDADES 13 Mas para que toda essa diversidade estrutural? PROTEÍNAS: DIVERSIDADE ESTRUTURAL DOI: 10.1126/science.aah404 14 A função de uma proteína é derivada da sua estrutura tridmensional, e a estrutura tridimensional especificada pela sequência de aminoácidos e interações não covalentes. PROTEÍNAS: FORMA E FUNÇÃO 15 Influência na arquitetura orgânica “FORMA É FUNÇÃO” 16 • Proteínas estruturais, • Proteínas transportadoras de membranas, • Enzimas, • Proteínas andaime (scaffold), • Proteínas reguladoras (e.x. proteínas de sinalização), • Proteínas motoras. PROTEÍNAS : FORMA E FUNÇÃO ➢CLASSES: PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERARQUICA 17 ➢ Proteínas ativas tem conformação específica PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA ➢ ESTRUTURA PRIMÁRIA ▪ Arranjo linear de aminoácidos ▪ Peptideo – até 30 resíduos de aminoácidos ▪ A massa das proteínas é calculada em Daltons (Da) ▪ Em média, o peso molecular de aminoácidos em proteínas é de 113 Da PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA 19 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA 20 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA 21 PROTEÍNAS: PRIMEIRA PROTEÍNA SEQUENCIADA 22 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA ➢ ESTRUTURA SECUNDÁRIA 23 24 25 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA 26 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA 27 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA ➢ Estrutura Terciária ▪ Arranjo tridimensional de todos os resíduos de aminoácidos ▪ Estabilizadas por pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas e hidrofílicas ▪ Não são rígidas α-hélice Folha Beta PROTEÍNAS: ESTRUTURA MOLECULAR ➢MOTIVOS ESTRUTURAIS 29 Funções como: ligação a um íon específico, ou molécula pequena (e.x. cálcio ou ATP). PROTEÍNAS: ESTRUTURA MOLECULAR ➢ DOMÍNIOS ▪ Regiões distintas das proteínas onde há dobramentos compactos do polipeptídeo. Domínios funcionais Domínios estruturais Domínios topológicos Hemaglutinina – dominioglobular e fibroso Geralmente domínios estruturais são domínios funcionais! PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA ▪ Composta por dois ou mais polipeptideos ou subunidades que podem ser iguais ou não. ➢ ESTRUTURA QUATERNÁRIA 31 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA 33 PROTEÍNAS: ESTRUTURA HIERÁRQUICA Hoje você identifica milhares de proteínas, o grande desafio é definir a função 34 PROTEÍNAS: DIVERSIDADE ➢ Modificações pós-traducionais Serina, Treonina e Tirosina e Histidina FosforilaçãoAcetilação Glicosilação Ubiquitinação Estabilidade e proteção das proteínas e regulação da interação DNA/Proteína Ativação/Desativação de atividade, sinalização 80% das PTM Adição de Carboidratos às proteínas Aspargina, Serina e Treonina Degradação Lisina DOBRAMENTO DE PROTEÍNAS 36 DOBRAMENTO DE PROTEÍNAS PROTEÍNAS: PROTEOSTASE 38 39 PROTEÍNAS: PROTEOSTASE PROTEÍNAS: PROTEOSTASE 41 PROTEÍNAS: PROTEOSTASE Cochaperonas auxiliam na ligação do substrato e hidrólise do ATP!! ➢Chaperonas individuais PROTEÍNAS: PROTEOSTASE 42 PROTEÍNAS: MODIFICAÇÕES PÓS-TRADUCIONAIS 43 ➢ Função é resultado da estrutura!! PROTEÍNAS: MODIFICAÇÕES PÓS-TRADUCIONAIS Quase todas as funções dependem da especificidade e afinidade das proteínas! Catalização par aoutras atividades proteícas • Fosforilação de proteínas–sinalização • Hidrólise do ATP 45 PROTEÍNAS: ENZIMAS • Alteração química do ligante (substrato) • Reduz a energia de ativação • Altamente especializadas (especificidade) Otimização do processo catalítico: • Mesma localização • Estruturas multiméricas • Coevolução 46 PROTEÍNAS: ENZIMAS ➢ ESTRUTURAS MUTIMÉRICAS ➢ Movimento celular e transporte intracelular PROTEÍNAS: MOVIMENTO Nas células tudo é controlado - palavra de ordem é otimização! PROTEÍNAS: ALOSTERIA Alosteria: qualquer alteração na estrutura terceária ou quartenária induzida pela ligação à um ligante. 48 PROTEÍNAS: ALOSTERIA ➢ Cálcio: modulador da atividade protéica PROTEÍNAS: SINALIZAÇÃO 50 PROTEÍNAS: UBIQUITINAÇÃO ➢ Há também o controle da quantidade de proteínas 51 52 53 PROTEÔMICA: O INÍCIO Qual é a diferença? 54 PROTEÔMICA: O INÍCIO Como esses genes são “usados” ? ✓ As proteínas fornecem informações, em nível molecular, sobre a variabilidade genética que é efetivamente expressa pelo genoma !!! PROTEÔMICA: O INÍCIO 56 • Conjunto de todas as proteínas de uma célula, organela, tecido, ou organismo em um dado momento/ condição. ❖ PROTEOMA ❖ PROTEÔMICA • Metodologia, conjunto de técnicas utilizadas para se estudar o Proteoma. PROTEÔMICA: DEFININDO CONCEITOS Análise qualitativa e quantitativa; identificação de modificações pós-traducionais (PTMS), identificação de proteoformas ... PROTEÔMICA: O INÍCIO Marc Wilkins em 1994. “The entire protein complement expressed by a genome, or by a cell or tissue type” 58 PROTEÔMICA: POSSIBILIDADES http://mmbr.asm.org/content/66/1/39/F1.large.jpg 60 PROTEÔMICA: ABORDAGENS EM PROTEÔMICA ➢ BOTTOM-UP E TOP-DOWN • Identificação de amostras complexas. • Limitação na identificação de MPT. • Separa proteoformas. • Identificação de proteínas desconhecidas e MPT PROTEÔMICA: BOTTOM-UP E TOP-DOWN 61 Gel-based Gel-free ➢ BOTTOM-UP 62 PROTEÔMICA: ESTRATÉGIAS DE QUANTIFICAÇÃO Anal Chem. 2016 Jan 5; 88(1): 74–94. 63 PROTEÔMICA: EXEMPLO • Quantitative atlas 30 tissues • more than 18,000 proteins, representing 66% of the annotated protein-coding genes • 43,000 sites phosphorylation 64 PROTEÔMICA: EXEMPLO • Obtained 1,058 candidates for NE-enriched proteins • Identified ~200 potential candidates for plant nuclear envelope 65 PROTEÔMICA: EXEMPLO PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA Extração e Separação das Proteínas Cromatografia e Espectrometria de Massas Processamento Análise de Dados Estatística 66 PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA Coleta Extração Análise dos dados Análise da amostra (separação e detecção) • Interrupção RÁPIDA do metabolismo (Quenching)Minimizar a formação ou a degradação de proteínas e metabólitos após a coleta • Repetição biológica • Armazenamento em -80ºC 67 PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA ➢ EXTRAÇÃO ✓ Romper as interações macromoleculares (interações covalentes). ✓ Evitar modificações pos-traducionais. 68 Diferentes protocolos para a extração de proteínas totais: Extração com ácido tricloroacético (TCA)/Acetona (Damerval et al., 1986): rápida inativação de proteases; Extração fenólica (Hurkman & Tanaka, 1986): própria para tecidos ricos em compostos fenólicos; Extração fenólica + TCA/Acetona (Wang et al., 2003): própria para tecidos ricos em fenóis, lipídeos e pigmentos; Extração de proteínas com remoção da rubico; Da-Gin et al. 2014. bio-protocol.org/e1277 PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA 69 PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA ➢ SOLUBILIZAÇÃO DAS PROTEÍNAS: ✓ Agentes caotrópicos (e.x. uréia, tiouréia) • Rompem as interações não covalentes (ex: interações hidrofóbicas) ✓ Agentes redutores (e.x. DTT, β-mercaptoetanol) • Rompem as pontes dissulfeto ✓ Detergentes (e.x. CHAPS e Triton) •Rompem as interações hidrofóbicas, promovendo a solubilização de proteínas de membrana e o rompimento das interações entre proteínas. PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA Amicon Ultra-0.5 mL Centrifugal Filters for DNA and Protein Purification and Concentration ✓ DESSALINIZAÇÃO ✓ QUANTIFICAÇÃO DE PROTEÍNAS * NanoDrop * Bioanalyzer* Método de Bradford ✓ DIGESTÃO DE PROTEÍNAS: Tripsina SDS (dodecil-sulfato de sódio) - PAGE (poliacrilamida) ➢ GEL SDS-PAGE PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA ➢ Separação das proteínas em gel de sds-page PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA 73 PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA ➢ ELETROFORESE BIDIMENSIONAL (2DE) PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA Pool proteico • Focalização Isoelétrica (1D): SEPARAÇÃO POR CARGA • Eletroforese Bidimensional (2D): SEPARAÇÃO POR MASSA Sarcófago Focalizador isoelétrico 75 http://www.clker.com/clipart-10885.html PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICAPROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA pH 3 pH 10 Omics Technol. Bio-Eng. 2018, Pages 317-351 76 Ácido BásicoPrimeira Dimensão Se gu n d a D im en sã o Alto MW Baixo MW PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA 77 PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA CONTROLE TRATAMENTO ➢ ANÁLISE DOS GÉIS Análise de imagens (ImageMaster) 78 PROTEÔMICA: PUBLICAÇÕES 2-DE 2018 2017 2020 2022 79 Amostras 0,2% Rapigest SF DTT 100mM Iodocetamida 300mM Tripsina 1:100 enzima/proteína TFA 5% Enolase 100fmol. μL-1 200 ng.uL Desnaturação Redução Alquilação Digestão Overnight 37ºC Hidrólise do Rapigest PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA ➢ Digestão Shotgun (Amostra Complexa) 80 http://www.clker.com/clipart-10885.html ➢ DIGESTÃO PROTEÔMICA: FLUXO DE ANÁLISE EM PROTEÔMICA 81 PROTEÔMICA: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA E ESPECTROMETRIA PROTEÔMICA: CROMATOGRAFIA LIQUIDA E ESPECTROMETRIA DE MASSAS (LC-MS) 82 • Métodos físico-químico de separação dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases: a fase móvel (líquidos ou gases) e a fase estacionária (sólidos ou líquido). • Separação de compostos considerando o tempo necessário para que eles eluam da fase estacionária. PROTEÔMICA: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA 83 Colunas entre 10 e 30 cm e 3-5 mm diâmetro PROTEÔMICA: CROMATOGRAFIA LÍQUIDA nanoEase M/Z HSS T3 Column 84 PROTEÔMICA: ESPECTROMETRIA DE MASSAS 85 • Ferramenta analítica para determinar a composição molecular de uma amostra, através da relação massa/carga (m/z) da molécula ionizada. • O requisito básico para uma análise por espectrometria de massas é a formação de íons livres em fase gasosa. • Em resumo, o MASSAS permite identificar a estrutura molecular e a composição qualitativa e quantitativa de moléculas. PROTEÔMICA: ESPECTROMETRIA DE MASSAS 86 PROTEÔMICA: FRAGMENTAÇÃO DE PEPTÍDEOS 87 PROTEÔMICA: BUSCA EM BANCO DE DADOS 88 PROTEÔMICA: IDENTIFICAÇÃO BANCO DE DADOS 89 ➢PEPTIDE MASS FINGERPRINTING ➢ MS/MS ion search PROTEÔMICA: IDENTIFICAÇÃO BANCO DE DADOS 90 PROTEÔMICA: IDENTIFICAÇÃO BANCO DE DADOS 91 92 PROTEÔMICA: RESULTADOS PROTEÔMICA: QUANTIFICAÇÃO 93 94 PROTEÔMICA: ESTATÍSTICA •Univariada: Teste t, Anova, Volcano Plot •Multivariada: PCA e PLS 95 PROTEÔMICA: ESTATÍSTICA HIERARCHICAL CLUSTERING 96 PROTEÔMICA: ESTATÍSTICA ➢ CATEGORIZAÇÃO FUNCIONAL INTERAÇÃO PROTEÍNA-PROTEÍNA PROTEÔMICA: REPOSITÓRIO 97 Seção Padrão Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88 Slide 89 Slide 90 Slide 91 Slide 92 Slide 93 Slide 94 Slide 95 Slide 96 Slide 97