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Aula 6 Melhoramento espécies propagação assexuada 2023 alunos

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08/05/2023 
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Melhoramento de espécies 
de propagação assexuada 
Fernando Angelo Piotto 
Professor Doutor 
Disciplina LGN 0313: Melhoramento genético 
Universidade de São Paulo 
Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” 
Departamento de Produção Vegetal 
2023 
Métodos baseados em hibridação 
• Modo de reprodução das plantas: 
– Autógamas 
– Alógamas 
– Intermediárias 
 
Introdução 
Sexuada 
ou 
 Assexuada 
0% 5% 95% 100% 
Autofecundação 
Alógamas Autógamas Intermediárias 
• Propagação Assexuada 
– Algumas espécies de plantas possuem a 
alternativa de serem propagadas 
vegetativamente / assexuadamente 
 
Introdução 
• Pode ser realizada através de: 
– Bulbos 
– Tubérculos 
– Rizomas 
– Manivas 
– Colmos 
– Estacas 
– Ramas 
 
Propagação Assexuada 
 
 
 
Propagação Assexuada 
Clones 
Reprodução integral 
do Genótipo 
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• Não inclui meiose 
– O genótipo é transmitido de forma integral para a 
geração seguinte 
Propagação Assexuada: Clone Exemplos 
http://painelflorestal.com.br/noticias/eucalipto/ 
• Eucalyptus ssp 
 
• Cana-de-Açúcar 
 
Exemplos 
http://www.pirainfo.com.br/portal/noticias-tecnologia-ciencia/24-noticias/tecnologia-a-ciencia/5726-
modelo-matem%C3%A1tico-analisa-expans%C3%A3o-da-cana-de-a%C3%A7%C3%BAcar.html 
• Mandioca 
 
Exemplos 
http://www.portaldoagronegocio.com.br/arquivos/n_p
roducao_2008_846930886.jpg 
• Batata 
 
Exemplos 
http://batatinhapirada.blogspot.com.br/ 
• Espécies propagadas assexuadamente 
– Batata-Doce 
– Mandioquinha-Salsa 
– Bananeira 
– Citrus 
– Palmeiras 
• Pupunha 
– Essências florestais 
– Plantas medicinais 
 
 
Exemplos 
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• Conveniente: Florescimento Normal 
– Florescimento (meiose, recombinação, segregação) é a 
fonte principal de variabilidade genética (também para 
espécies apomíticas facultativas) 
• Citrus, cacau, Eucalyptus 
 
• Compensatória: Florescimento Restrito 
– Cana-de-Açúcar, batata, mandioca 
 
• Obrigatória: Florescimento Inexistente 
– Alho*, banana, etc 
 
Propagação Assexuada 
• Características 
– Geralmente plantas alógamas 
– Elevado grau de heterozigose (AaBbCc) 
– Elevada carga genética e depressão por 
endogamia 
– Apresentam alta heterose 
– Multialelismo – A1, A2, A3, A4, ... 
– Muitas são poliploides 
 
Propagação Assexuada 
Propagação Assexuada 
• Clones: Não há variabilidade genética 
http://www.sermateczaninionline.com.br/media/uploads/fotodestaque/cana_18.jpg 
Geração da Variabilidade Genética 
• Geração de Variabilidade Genética por meios 
de cruzamentos 
x 
 
F1 
 
¼ A1A3 : ¼ A1A4 : ¼ A2A3 : ¼ A2A4 
 
Variabilidade genética 
disponível para seleção 
Clone 1 
(A1A2) 
Clone 2 
(A3A4) 
• Variabilidade Genética 
– Genitores diferem em 1 loco 
• 4 genótipos diferentes 
 
– Genitores diferem em 50 locos 
• 1030 genótipos diferentes 
 
 
Geração da Variabilidade Genética 
Elevada Variabilidade Genética Disponível 
• Assim, a magnitude da variabilidade 
genética liberada pelo cruzamento de 
cultivares é função da heterozigose e do 
número de alelos diferentes por loco 
Geração da Variabilidade Genética 
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• Necessário considerar 
– Genealogias 
– Divergência Genética 
– Complementaridade 
– Performance 
 
• Genitores 
– Cultivares comerciais 
– Genótipos elite 
– Bancos de germoplasma 
 
Seleção de Genitores 
Evitar cruzamentos aparentados: 
 
Maximizar variabilidade genética 
e a heterose 
 
Reduzir a endogamia 
 
• Na escolha de genitores para cruzamentos 
geralmente utilizam-se cultivares comerciais 
 
• Objetivos: 
– Aproveitar os benefícios já conseguidos com o melhoramento 
genético 
• Resistências a doenças, pragas, acamamento, etc 
– Aumentar a probabilidade de concentração de alelos favoráveis 
em um genótipo 
 
• Menor variabilidade para caracteres menos 
complexos 
– Seleção mais intensa para produtividade nos ensaios finais 
Seleção de Genitores 
• População base é formada a partir de 
cruzamentos 
 
• Tipos de Cruzamentos 
– Biparentais (2 genitores) 
– Multiparentais (3 ou mais genitores) 
Formação das Populações Cruzamentos 
C1 C2 
F1(C1 x C2) 
C1 C2 
F1(C1 x C2) C3 
F1(C1 x C2) x C3 
Multiparentais Biparentais 
População 
Base 
Cruzamentos 
C1 C2 C3 C4 
F1(C1 x C2) F1(C3 x C4) 
F1(C1 x C2)(C3 x C4) 
Multiparentais 
População 
Base 
• Obtenção de número elevado de indivíduos F1 
Formação das Populações 
µ 
Genótipos 
Inferiores 
Genótipos 
Superiores 
Grande Variabilidade Genética 
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• Obtenção de número elevado de indivíduos F1 
• Ex.: batata – peso médio de tubérculos 
Formação das Populações 
Peso médio de tubérculos (g.tubérculo-1) 
F
re
q
u
ê
n
c
ia
 
0 50 100 150 200 250 
0
 
1
0
 
2
0
 
3
0
 
4
0
 
Etapas da Seleção 
1ª Etapa 
• Semeadura dos indivíduos F1 
• Avaliação: Plantas individuais 
• Seleção: 
– Caracteres de alta h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
1ª Etapa 
• Semeadura dos indivíduos F1 
• Avaliação: Plantas individuais 
• Seleção: 
– Caracteres de alta h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
2ª Etapa 
• Poucas repetições 
• Avaliação: Médias de parcelas 
• Seleção: 
– Caracteres de alta h² 
– Caracteres de média h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
2ª Etapa 
• Poucas repetições 
• Avaliação: Médias de parcelas 
• Seleção: 
– Caracteres de alta h² 
– Caracteres de média h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
3ª Etapa 
• Aumento no número de repetições 
• Avaliação: Médias de parcelas 
• Seleção: 
– Maior intensidade para 
caracteres de média h² 
– Menor intensidade para 
caracteres de baixa h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
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Etapas da Seleção 
3ª Etapa 
• Aumento no número de repetições 
• Avaliação: Médias de parcelas 
• Seleção: 
– Maior intensidade para 
caracteres de média h² 
– Menor intensidade para 
caracteres de baixa h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
4ª Etapa 
• Aumento no número de repetições 
• Avaliação em diversos locais 
• Avaliação: Médias de parcelas e locais 
• Seleção: 
– Maior intensidade para caracteres 
de baixa h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
4ª Etapa 
• Aumento no número de repetições 
• Avaliação em diversos locais 
• Avaliação: Médias de parcelas e locais 
• Seleção: 
– Maior intensidade para caracteres 
de baixa h² 
• Clonagem 
• Multiplicação 
Procedimentos 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
5ª Etapa 
• Aumento no número de repetições 
• Aumento no número de locais 
• Avaliação: Médias de parcelas e locais 
 
• Seleção do genótipo superior 
Procedimentos 
Nova Cultivar 
Bordadura 
Etapas da Seleção 
5ª Etapa 
• Aumento no número de repetições 
• Aumento no número de locais 
• Avaliação: Médias de parcelas e locais 
 
• Seleção do genótipo superior 
Procedimentos 
Nova Cultivar 
Bordadura 
 
 
Hibridação e Fixação Clonal da F1 
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Exemplo: Batata 
• Baseado na seleção individual 
– Definir os critérios de seleção 
– Intensidade e extensão dependem da variabilidade genética 
– Pode ser dentro de indivíduo – mutação em ramo 
 
• Assexuadas restritas 
– Introdução de germoplasma 
– Mutação, variações somaclonais, poliploidia 
– Seleção entre os clones 
 
• Assexuadas facultativas 
– Considerar se é autógama ou alógama 
– Efeitos genéticos e hibridação 
 
 
Aspectos Importantes 
• Vantagens 
– Seleção e multiplicação apenas do melhor clone 
– Fixa o efeito genético de todos os caracteres 
– Melhoramento relativamente fácil e rápido 
 
• Desvantagens 
– Alto custo dos propágulos 
– Redução drástica da variabilidade (vulnerabilidade 
genética) 
• Solução: Ampliar a base genética com introdução de 
materiaisexóticos com potencial para integrar programas de 
melhoramento 
 
 
Vantagens e Desvantagens 
• Alves SJ, Fonseca Jr NS e Sera T (1999) Melhoramento 
genético de plantas de reprodução vegetativa. In: 
Destro D e Montalván R (Ed.) Melhoramento genético 
de plantas. Editora UEL, Londrina, p. 345-368. 
 
• Borém A e Miranda GV (2013) (6ed.) Melhoramento de 
plantas. Editora UFV, Viçosa, 523p. (Cap. 27) 
 
• Valois ACC, Paiva JR, Ferreira FR, Filho WSS e Dantas JLL 
(2001) Melhoramento de espécies alógamas. In: Nass 
LL et al (Ed.) Recursos genéticos e melhoramento - 
plantas. Editora Fundação MT, Rondonópolis, p. 283-
291. 
 
 
Referências

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