Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Apg 10 Anatomia da Visão: A luz visível se propaga em forma de ondas entre 400 e 700nm. A cor que se enxerga depende de seu comprimento dessa onda. Por exemplo, a luz com comprimento de onda de 400nm é violeta e a luz de comprimento 700nm é vermelha. Logo, um objeto possui a capacidade de absrover ou refletir determinadas ondas, e a cor que você enxergará será a cor refletida. O olho é o órgão da visão, formado pelo bulbo do olho e pelo nervo óptico. A órbita contém o bulbo do olho e as estruturas acessórias da visão; As órbitas são as cavidades ósseas que contêm e protegem os bulbos dos olhos e as estruturas acessórias da visão (pálpebras, músculos extrínsecos do bulbo do olho, nervos e vasos); Corpo adiposo da órbita: ocupa o espaço restante. Pálpebras: Função: cobrem os olhos durante o sono; protegem o olho da luz excessiva; espalham secreções lubrificantes O saco da conjuntiva é o espaço entre o bulbo e a pálpebra, que permite a livre movimentação das pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho enquanto se abrem e fecham; Tarsos superior e inferior: formam o “esqueleto” das pálpebras (faixas de tecido conectivo), além da presença das glândulas tarsais (secreção lipídica que lubrifica as margens das pálpebras e impedem a sua adesão quando se fecham); A junção das duas pálpebras forma as comissuras medial e lateral das pálpebras; Aparelho lacrimal: Função: protetora e lubrificante. O aparelho lacrimal é um conjunto de estruturas que drenam e produzem as lágrimas GLÂNDULA LACRIMAL: secreta o líquido lacrimal (solução salina, com lisozima, que umidifica e lubrifica as superfícies da conjuntiva e córnea e também fornece oxigênio e nutrientes); Ductos excretores da glândula lacrimal; Canalículos lacrimais; DUCTO LACRIMONASAL: conduz a lágrima para o meato nasal inferior; A produção de líquido lacrimal é estimulada por impulsos parassimpáticos do NC VII; Fluxo da lagrima: as glândulas lacrimais irão produz as lagrimas e através dos ductos excretores que desembocam no canal lacrimal indo em direção ao saco lacrimal e ducto lacrimonasal. O choro: nada mais é que uma produção excessiva pelas glândulas lacrimais ( devido a um efeito parassimpático) que transbordam; Bulbo do Olho: Contém o aparelho óptico do sistema visual; Suspenso por seis músculos extrínsecos que controlam o seu movimento; Composto por três camadas: 1. Túnica fibrosa do bulbo do olho: esqueleto fibroso externo; Forma e resistência; Esclera é a parte opaca e resistente, onde se fixam os músculos (“parte branca do olho”); Córnea é a parte transparente anterior. 2. Túnica vascular: Úvea ou trato uveal; Corioide: entre a esclera e a retina, reveste a maior parte da esclera; o Tem a maior taxa de perfusão por grama de tecido de todos os leitos vasculares do corpo → Reflexo do olho vermelho com flash; Corpo ciliar: une a corioide à circunferência da íris; o Local de fixação da lente; o A contração e o relaxamento do músculo liso circular do corpo ciliar controlam a espessura e o foco da lente; o Os processos ciliares secretam o humor aquoso. Íris: o Diafragma contrátil fino, com abertura central, a pupila, para dar passagem à luz; o Músculo esfíncter da pupila → Parassimpático → Miose; o Músculo dilatador da pupila → Simpático → Midríase. o Os olhos possuem uma coloração de marrom e preto devido a presença de melanina na íris cular, olhos azuis ou verdes, por exemplo, possuem uma deficiência na presença de melanina. Outro fator que podemos destacar, é que uma das principais funções da íris é controlar a quantidade e luz que e entra na pupila. 3. Túnica interna do bulbo do olho: É a retina → CAMADA NEURAL SENSITIVA DO BULBO DO OLHO; Parte óptica (estrato nervoso + estrato pigmentoso) + Parte cega; Disco do nervo óptico ou Papila óptica: área circular bem definida onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo NC II entram no bulbo (ponto cego, pois não possui fotorreceptores); Mácula lútea: do lado do disco, pequena área oval com cones fotorreceptores especiais especializada para acuidade visual (seu centro é chamado de fóvea central). A retina é suprida pela artéria central da retina (ramo da oftálmica), e drenada pela veia central da retina. Córnea: Meio refrativo primário do bulbo; Desvia a luz no máximo grau; Focaliza uma imagem invertida sobre a retina; HUMOR AQUOSO: Produzido na câmara posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar; Solução aquosa transparente que fornece nutrientes para a córnea avascular e a lente; A pressão intraocular é um equilíbrio entre a produção e a drenagem de humor aquoso; LENTE (cristalino): Estrutura biconvexa e transparente; A convexidade da lente varia constantemente para a focalização fina de objetos próximos ou distantes; É o músculo ciliar do corpo ciliar que modifica o formato da lente; Parrassimpática → NC III → Contração do músculo ciliar → Lente mais convexa → Focaliza para visão p/ perto (acomodação); A espessura da lente aumenta com a idade, de modo que a capacidade de acomodação costuma ser limitada depois dos 40 anos a lente é dividida em duas camadas: 1 – Camada do segmento anterior: é a camada anterior da lente, sendo ela subdividida em anterior e posterior, a anterior sendo antes da íris e a posterior após a irias e antes da lente (ambas são preenchidas por humor aquoso, um liquido que nutre a lente e a córnea) 2 – Camada vítrea: se encontra posteriormente a lente, também chamada de camada postrema, dentro dessa camada temos o humor vítreo e ao contrario do humor aquoso esse não é constantemente reposto Obs: a pressão intramoleuclar é produzida principalmente pelo humor aquoso (antes da lente) e parcialmente pelo humor vítreo (após a lente) e possui cerca de 16mmhg. Vale salientar que a pressão intramolecular necessária para pressionar e evitar o deslocamento da retina. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO BULBO DO OLHO: atuam juntos para movimentar as pálpebras superiores e os bulbos NERVOS DA ÓRBITA VASCULATURA DA ÓRBITA ARTÉRIAS: A irrigação provém principalmente da artéria oftálmica (ramo da carótida interna); Artéria infraorbital(ramo da carótida externa); Artéria oftálmica → Artéria central da retina → Artérias terminais (arteríolas → face interna da retina). VEIAS: A drenagem venosa da órbita se faz através das veias oftálmicas superior e inferior, que atravessam a fissura orbital superior e entram no seio cavernoso. Histologia: Histologia da retina: BASTONETES: são extremamente sensíveis à luz, são os principais receptores para baixos níveis de luz, mas possibilitam uma visão menos precisa. CONES: tem como função a percepção da luz em intensidade normal e possibilitam grande acuidade visual. Embriologia do Sistema Visual: Os olhos começam a se desenvolver com 22 dias, com o surgimento dos sulcos ópticos; Os olhos surgem do neuroectoderma, ectoderma superficial, mesoderma e células da crista neural; - Neuroectoderma → retina, parte posterior da íris e nervo óptico; - Ectoderma de superfície → cristalino e epitélio da córnea; - Mesoderma → envoltórios fibrosos e vasculares; - Células da crista neural → corioide, esclera e endotélio da córnea. Sulcos ópticos nas pregas neurais → Fusão das pregas → Evaginação dos sulcos → Vesiculas ópticas → Entram em contato com o ectoderma de superfície. Formação dos pedículos ópticos ocos; Espessamento do ectoderma de superfície → Placoide do cristalino; Fosseta do cristalino → Vesículas do cristalino (vão perdendo a conexão com a ectoderma da superfície); As vesículas ópticas se invaginam → Cálice óptico (conectado ao encéfalo pelo pedículo); O CÁLICE ÓPTICO FORMA A RETINA E O PEDÍCULO FORMA O NERVO ÓPTICO; DESENVOLVIMENTODA RETINA Desenvolve-se a partir das paredes do cálice óptico; Duas camadas: - Camada pigmentada → externa e fina (a melanina surge na sexta semana); - Camada neural: interna e espessa. - Durante o período embrionário e fetal inicial, as duas camadas estão separadas por um espaço intrarretiniano, que gradualmente desaparece conforme as duas camadas se fundem; A mielinização dos axônios dentro dos nervos ópticos começa no final do período fetal, e acaba depois de os olhos terem sido expostos a luz por 10 semanas; DESENVOLVIMENTO DE OUTRAS ESTRUTURAS CORPO CILIAR: - Extensão da corioide; - A porção pigmentada do epitélio ciliar vem da camada externa do cálice óptico (contínuo com a camada pigmentada da retina); ÍRIS: - Se desenvolve a partir da borda do cálice óptico; - O seu epitélio representa ambas as camadas do cálice; - Seu tecido conjuntivo vem das células da crista neural; - Os músculos dilatadores da pupila e esfíncter da pupila vem do neuroectoderma do cálice óptico; CRISTALINO: - Vem da vesícula do cristalino, derivado do ectoderma de superfície; - Inicialmente é irrigado pela parte distal da artéria hialoidea, no entanto, torna-se avascular quando essa parte da artéria se degenera → Nutrição depende da difusão do humor aquoso e do humor vítreo; - O cristalino em desenvolvimento é coberto pela túnic vascular do cristalino, cuja porção anterior é a membrana pupilar (degenederam-se); Fisiologia: Via óptica: Estrutura da retina: Retina: neuroepitélio que reveste internamente a cavidade do globo ocular, posterior á íris; Nela se encontra os receptores visuais e os neurônios I, II e III da via optica Camada nervosa da retina = é onde se diferenciam os neurônios Na parte posterior da retina há a mácula lútea, e dentro há uma depressão, a fóveaa central. o Macula: onde a visão é mais distinta A retina tem 10 camadas, e a situada externamente é a camada pigmentar As outras camadas são simplificadas em 3 (onde estão cada neurônio – de fora para dentro) o Camada de célula fotossensível = sinapse = células bipolares = sinapse = células ganglionares = seus axônios constituem o nervo optico (contem mais de um milhão de fibras) o Prolongamentos periféricos das celulas fotossensíveis = receptores da visão (cones ou bastonetes) o Luz = excitação dos cones ou bastonetes = impulsos nervosos (fototradução) Bastonetes: adaptados para a visão com pouca luz; o Número 20x maior que cone, porém a distribuição não é uniforme o Predominam nas partes periféricas da retina o Na periferia Vários bastonetes = sinapse com uma célula bipolar Varias células bipolares = sinapse com uma célula ganglionar Uma fibra no nervo optico relaciona-se com ate 100 receptores Cones: adaptados para a visão com luz de maior intensidade e para a visão de cores: o 3 tipos de cones: cada um sensível a um espectro luminoso diferente o Seu numero aumenta progressivamente a medida que se aproxima da mácula, e ao nível da fóvea so há cones. o Na macula: N° de cones = n° de células bipolares e gânglios Para cada cone há uma fibra no nervo optico Isso explica a grande acuidade visual da macula e que, apesar de pequena contribui com muitas fibras para que o nervo optico e tem uma representação cortical grande Nervo optico: o Formado pelos axônios das células ganglionares o Inicialmente amielinicos = convergem = papila optica (posterior a retina, medial a macula) = atravessam as túnicas media e externa = tornam-se mielínicos = nervo optico o Papila optica: Não há fotorreceptores – ponto cego da retina Por ela penetram os vasos que nutrem a retina Vias opticas: Os axônios das células ganglionares da retina formam os nervos ópticos, e os tratos ópticos fazem sinapse no núcleo geniculado lateral do tálamo e ascendem até o córtex visual pelo trato geniculocalcarino os campos visuais temporais se projetam para a retina nasal e que os campos nasais se projetam para a retina temporal. As fibras nervosas de cada hemirretina nasal se cruzam no quiasma óptico e ascendem contralateralmente As fibras nervosas de cada hemirretina temporal não se cruzam e ascendem ipsilateralmente. Assim, as fibras da hemirretina nasal esquerda e as fibras da hemirretina temporal direita formam o trato óptico direito, fazendo sinapses com o núcleo geniculado lateral direito. Por outro lado, as fibras da hemirretina nasal direita e as fibras da hemirretina temporal esquerda formam o trato óptico esquerdo, fazendo sinapses com o núcleo geniculado lateral esquerdo. As fibras do núcleo geniculado lateral formam o trato geniculocalcarino, que ascende até o córtex visual (área 17 do lobo occipital). As fibras do núcleo geniculado lateral direito formam o trato geniculocalcarino direito; as fibras do núcleo geniculado lateral esquerdo formam o trato geniculocalcarino esquerdo. Axônios das células ganglionares saem do olho no nervo óptico → No quiasma óptico (formado de X) uma parte sofre decussação → seguem para o trato óptico. (a decussação é importante pois está associada a percepção de profundidade (visão tridimensional) Outra parte dos axônios que estão do lado da fóvea não decussam → vão até o trato óptico ipsolateral do trato óptico irão fazer uma volta em torno do hipotálamo → enviar maior parte dos seus axônios para o núcleo geniculado lateral do tálamo, que irão formar sinapses com neurônios talâmicos → axônios projetam-se para a cápsula interna e formam a radiação óptica na substância branca do cérebro, chegando ao córtex visual primário, no lobo occipital, que irá ocorrer a percepção consciente das imagens visuais. 1. Nervo óptico. A secção do nervo óptico causa cegueira do olho ipsilateral (do mesmo lado). Assim, a secção do nervo óptico esquerdo causa cegueira no olho esquerdo. Toda a informação sensorial vinda desse olho é perdida, já que o corte ocorre antes que as fibras cruzem o quiasma óptico. 2. Quiasma óptico. A secção do quiasma óptico causa hemianopsia heterônima (de ambos os olhos) bitemporal (de ambos os campos visuais temporais). Em outras palavras, toda a informação das fibras que se cruzam é perdida. Assim, a informação dos campos visuais temporais de ambos os olhos se perde porque suas fibras se cruzam no quiasma óptico. 3. Trato óptico. A secção do trato óptico causa hemianopsia homônima contralateral. Como mostrado na figura, o corte do trato óptico esquerdo leva à perda do campo visual temporal do olho direito (cruzado) e perda do campo visual nasal do olho esquerdo (não cruzado). 4. Trato geniculocalcarino. A secção do trato geniculocalcarino causa hemianopsia homônima contralateral, poupando a mácula (o campo visual da mácula fica intacto). A mácula é poupada, porque as lesões do córtex visual não destroem todos os neurônios que representam a mácula.
Compartilhar