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MONITORIA SOI II APG 10 - Anatomia e histologia da visão; - Embriologia da visão; - Fisiologia da visão; - Principais malformações e fatores de risco; - O olho é o órgão da visão, formado pelo bulbo do olho e pelo nervo óptico. A órbita contém o bulbo do olho e as estruturas acessórias da visão; - As órbitas são as cavidades ósseas que contêm e protegem os bulbos dos olhos e as estruturas acessórias da visão (pálpebras, músculos extrínsecos do bulbo do olho, nervos e vasos); - Corpo adiposo da órbita: ocupa o espaço restante. ANATOMIA DA VISÃO PÁLPEBRAS E APARELHO LACRIMAL: - Protegem a córnea e o bulbo do olho contra lesão e irritação; - Pálpebras: - Cobrem o bulbo do olho, protegendo-o contra lesão e contra a luz excessiva; - Mantém a córnea úmida por espalhamento do líquido lacrimal; - O saco da conjuntiva é o espaço entre o bulbo e a pálpebra, que permite a livre movimentação das pálpebras sobre a superfície do bulbo do olho enquanto se abrem e fecham; - Tarsos superior e inferior: formam o “esqueleto” das pálpebras (faixas de tecido conectivo), além da presença das glândulas tarsais (secreção lipídica que lubrifica as margens das pálpebras e impedem a sua adesão quando se fecham); - A junção das duas pálpebras forma as comissuras medial e lateral das pálpebras; - Aparelho lacrimal: - GLÂNDULA LACRIMAL: secreta o líquido lacrimal (solução salina, com lisozima, que umidifica e lubrifica as superfícies da conjuntiva e córnea e também fornece oxigênio e nutrientes); - Ductos excretores da glândula lacrimal; - Canalículos lacrimais; - DUCTO LACRIMONASAL: conduz a lágrima para o meato nasal inferior; - A produção de líquido lacrimal é estimulada por impulsos parassimpáticos do NC VII; BULBO DO OLHO: - Contém o aparelho óptico do sistema visual; - Suspenso por seis músculos extrínsecos que controlam o seu movimento; - Coberto por três túnicas: - Túnica fibrosa do bulbo do olho: esqueleto fibroso externo; - Forma e resistência; - Esclera é a parte opaca e resistente, onde se fixam os músculos (“parte branca do olho”); - Córnea é a parte transparente anterior. - Túnica vascular: - Úvea ou trato uveal; - Corioide: entre a esclera e a retina, reveste a maior parte da esclera; - Tem a maior taxa de perfusão por grama de tecido de todos os leitos vasculares do corpo → Reflexo do olho vermelho com flash; - Corpo ciliar: une a corioide à circunferência da íris; - Local de fixação da lente; - A contração e o relaxamento do músculo liso circular do corpo ciliar controlam a espessura e o foco da lente; - Os processos ciliares secretam o humor aquoso. - Íris: - Diafragma contrátil fino, com abertura central, a pupila, para dar passagem à luz; - Músculo esfíncter da pupila → Parassimpático → Miose; - Músculo dilatador da pupila → Simpático → Midríase. - Túnica interna do bulbo do olho: - É a retina → CAMADA NEURAL SENSITIVA DO BULBO DO OLHO; - Parte óptica (estrato nervoso + estrato pigmentoso) + Parte cega; - Disco do nervo óptico ou Papila óptica: área circular bem definida onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo NC II entram no bulbo (ponto cego, pois não possui fotorreceptores); - Mácula lútea: do lado do disco, pequena área oval com cones fotorreceptores especiais especializada para acuidade visual (seu centro é chamado de fóvea central). - A retina é suprida pela artéria central da retina (ramo da oftálmica), e drenada pela veia central da retina. CÓRNEA: - Meio refrativo primário do bulbo; - Desvia a luz no máximo grau; - Focaliza uma imagem invertida sobre a retina; HUMOR AQUOSO: - Produzido na câmara posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar; - Solução aquosa transparente que fornece nutrientes para a córnea avascular e a lente; - A pressão intraocular é um equilíbrio entre a produção e a drenagem de humor aquoso; LENTE: - Estrutura biconvexa e transparente; - A convexidade da lente varia constantemente para a focalização fina de objetos próximos ou distantes; - É o músculo ciliar do corpo ciliar que modifica o formato da lente; - Parrassimpática→ NC III → Contração do músculo ciliar → Lente mais convexa → Focaliza para visão p/ perto (acomodação); - A espessura da lente aumenta com a idade, de modo que a capacidade de acomodação costuma ser limitada depois dos 40 anos; HUMOR VÍTREO: - Líquido aquoso contido no corpo vítreo; - o corpo vítreo é uma substância gelatinosa transparente na região posterior do bulbo; - Da passagem a luz, mantém a retina no lugar e sustenta a lente. ANATOMIA DA VISÃO MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO BULBO DO OLHO: atuam juntos para movimentar as pálpebras superiores e os bulbos ANATOMIA DA VISÃO NERVOS DA ÓRBITA ANATOMIA DA VISÃO VASCULATURA DA ÓRBITA ARTÉRIAS: - A irrigação provém principalmente da artéria oftálmica (ramo da carótida interna); - Artéria infraorbital (ramo da carótida externa); - Artéria oftálmica → Artéria central da retina → Artérias terminais (arteríolas → face interna da retina). VEIAS: - A drenagem venosa da órbita se faz através das veias oftálmicas superior e inferior, que atravessam a fissura orbital superior e entram no seio cavernoso. ANATOMIA DA VISÃO APLICAÇÕES CLÍNICAS HISTOLOGIA HISTOLOGIA DA RETINA BASTONETES: são extremamente sensíveis à luz, são os principais receptores para baixos níveis de luz, mas possibilitam uma visão menos precisa. CONES: tem como função a percepção da luz em intensidade normal e possibilitam grande acuidade visual. 1. As células do epitélio pigmentado absorvem a luz e apresentam processos semelhantes a tentáculos, que impedem a dispersão da luz entre os fotorreceptores; 2. Cones e bastonetes; 3. Núcleos dos fotorreceptores; 4. Camada sináptica que contém os elementos pré e pós- sinápticos dos fotorreceptores e os interneurônios da retina; 5. Corpos celulares dos interneurônios da retina: A – Células amácrinas B – Células bipolares H – Células horizontais 6. Segunda camada sináptica, entre os interneurônios e as células ganglionares; 7. Corpos celulares das células ganglionares (G) 8. Axônios das células ganglionares EMBRIOLOGIA DO SISTEMA VISUAL - Os olhos começam a se desenvolver com 22 dias, com o surgimento dos sulcos ópticos; - Os olhos surgem do neuroectoderma, ectoderma superficial, mesoderma e células da crista neural; - Neuroectoderma → retina, parte posterior da íris e nervo óptico; - Ectoderma de superfície → cristalino e epitélio da córnea; - Mesoderma → envoltórios fibrosos e vasculares; - Células da crista neural → corioide, esclera e endotélio da córnea. - Sulcos ópticos nas pregas neurais → Fusão das pregas → Evaginação dos sulcos → Vesiculas ópticas → Entram em contato com o ectoderma de superfície. - Formação dos pedículos ópticos ocos; - Espessamento do ectoderma de superfície → Placoide do cristalino; - Fosseta do cristalino → Vesículas do cristalino (vão perdendo a conexão com a ectoderma da superfície); - As vesículas ópticas se invaginam → Cálice óptico (conectado ao encéfalo pelo pedículo); - O CÁLICE ÓPTICO FORMA A RETINA E O PEDÍCULO FORMA O NERVO ÓPTICO; DESENVOLVIMENTO DA RETINA - Desenvolve-se a partir das paredes do cálice óptico; - Duas camadas: - Camada pigmentada → externa e fina (a melanina surge na sexta semana); - Camada neural: interna e espessa. - Durante o período embrionário e fetal inicial, as duas camadas estão separadas por um espaço intrarretiniano, que gradualmente desaparece conforme as duas camadas se fundem; - A mielinização dos axônios dentro dos nervos ópticos começa no final do período fetal, e acaba depois de os olhos terem sido expostos a luz por 10 semanas; DESENVOLVIMENTO DE OUTRAS ESTRUTURAS CORPO CILIAR: - Extensão da corioide; - A porção pigmentada do epitélio ciliar vem da camada externa do cálice óptico (contínuo com a camada pigmentada da retina); ÍRIS: - Se desenvolvea partir da borda do cálice óptico; - O seu epitélio representa ambas as camadas do cálice; - Seu tecido conjuntivo vem das células da crista neural; - Os músculos dilatadores da pupila e esfíncter da pupila vem do neuroectoderma do cálice óptico; CRISTALINO: - Vem da vesícula do cristalino, derivado do ectoderma de superfície; - Inicialmente é irrigado pela parte distal da artéria hialoidea, no entanto, torna-se avascular quando essa parte da artéria se degenera → Nutrição depende da difusão do humor aquoso e do humor vítreo; - O cristalino em desenvolvimento é coberto pela túnica vascular do cristalino, cuja porção anterior é a membrana pupilar (degenederam-se); DEFEITOS CONGÊNITOS COLOBOMA: - Fechamento incompleto da fissura da retina; - Podem ocorrer em qualquer estrutura ocular, da córnea ao nervo óptico; - Coloboma da íris; - Pode ser causado por fatores ambientais, mas muitas vezes é hereditário (autossômico dominante); DESCOLAMENTO DA RETINA: - Quando as camadas interna e externa do cálice óptico não se fundam para formar a retina e obliterar o espaço intrarretiniano; - Ocorre associado a outras anomalias, como a Síndrome de Down e a Síndrome de Marfan; - As camadas não se encontram em perfeita aposição; - A camada pigmenta é firmemente aderida à corioide; - Visão fica prejudicada. MICROFTALMIA: - Grupo heterogêneo de defeitos nos olhos; - O lado da face afetado é subdesenvolvido e a órbita é pequena; - Padrão pode ser autossômico dominante ou recessivo ligado ao X; - Agentes infecciosos: rubéola, toxoplasmose, herpes simples... ANIRIDIA: - Anomalia rara, falta de tecido da íris ou quase total ausência da íris; - Parada no desenvolvimento na borda do cálice óptico na 8ª semana; - Associado à glaucoma, catarata e outras anomalias; - Pode ser familiar, padrão dominantes, mutação no gene PAX6. DEFEITOS CONGÊNITOS MEMBRANA PUPILAR RESISTENTE: - Resquícios da membrana pupilar que persistem como uma rede de fibras de tecido conjuntivo, especialmente em prematuros; - Raramente interfere na visão e tende a se atrofiar. GLAUCOMA CONGÊNITO: - Desenvolvimento anormal do mecanismo de drenagem do humor aquoso durante o período fetal; - Desenvolvimento anormal do seio venoso da esclera; - Geneticamente heterogêneo; - Infecção por rubéola na fase inicial da gravidez. CATARATA CONGÊNITA: - Cristalino é opaco, e sem tratamento leva à cegueira; - Pode ser herdada com padrão recessivo ou dominante; - Algumas são causadas por agentes teratogênicos, como o vírus da rubéola (4ª e 7ª semanas); - Radiação, galactosemia congênita. CICLOPIA (fusão dos olhos) e SINOFTALMIA (fusão dos olhos): - Espectro de anomalias em que os olhos são fundidos parcial ou totalmente; - Associadas a uma anomalia cerebral denominada holoprosenfefalia (hemisférios cerebrais fusionados); - Etilismo, diabetes materno e mutações genéticas. VIA ÓPTICA VIA ÓPTICA VIA ÓPTICA VIA ÓPTICA VIA ÓPTICA REFERÊNCIAS MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007. Moore, Keith L.; DALLEY, Arthur F.. Anatomia orientada para a clínica. 6 ed. Rio De Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 2011. MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 8ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. SADLER, T. W. Langman Embriologia Médica. 9ª edição. Editora Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro, 2005. (Biblioteca Central – Número de Chamada: 611-013 L289e).