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Manual Vaxfacts Zoetis Avicultura

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VAXFACTS
COLEÇÃO ZOETIS
AVICULTURA
EM PRÁTICA
COLEÇÃO COLEÇÃO COLEÇÃO COLEÇÃO
ZOETIS ZOETIS ZOETIS ZOETIS ZOETIS
AVICULTURA AVICULTURA AVICULTURA AVICULTURA AVICULTURA
EM PRÁTICA EM PRÁTICA EM PRÁTICA EM PRÁTICA
Referência ABNT 6023
ZOETIS. Coleção Zoetis avicultura em prática: manual vaxfacts. 1. ed. 
Campinas(SP): Formato IB, 2020. 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Índice para catálogo sistemático:
1. Aves – Criação
2. Aves domésticas - Doenças
Zoetis
Coleção Zoetis avicultura em prática: manual vaxfacts volume 1/ 
Zoetis. – 1. ed. – Campinas, SP: Formato IB, 2020. 
192 p.; 14 x 21 cm
ISBN: 978-65-5899-011-6
1. Aves – Criação. 2. Aves domésticas – Doenças. I. 
Título: manual vaxfacts volume 1. II. Série. Zoetis
Z85c
CDD 636.5
Copyright® Zoetis Indústria de Produtos Veterinários Ltda. Todos os direitos reservados.
4 5
ÍNDICE
Introdução ...................................................................................................... 6
Questões de saúde humana na vacinação de aves ........................ 8
A Resposta Imune à Vacinação .............................................................12
Bouba Aviária ...............................................................................................18
Bronquite Infecciosa .................................................................................23
Coccidiose ....................................................................................................38
Cólera Aviária ..............................................................................................42
Coriza Infecciosa ....................................................................................... 50
Doença de Marek .......................................................................................56
Doença de Newcastle ..............................................................................63
Doença Infecciosa da Bolsa ...................................................................83
Escherichia coli ..........................................................................................115
Encefalomielite Aviária (AE) ...............................................................120
Infecções por Reovírus .......................................................................... 123
Influenza Aviária (AI) ............................................................................ 132
Laringotraqueíte Infecciosa .................................................................142
Mycoplasma gallisepticum (MG) ........................................................148
Mycoplasma synoviae (MS) .................................................................148
Pneumovírus Aviário (APV) ..................................................................161
Salmonella................................................................................................... 177
Síndrome da Queda de Postura ......................................................... 187
Vírus da Anemia Infecciosa das Galinhas (CAV) .........................189
VAXFACTS
COLEÇÃO ZOETIS
AVICULTURA
EM PRÁTICA
6 7
MANUAL DE PROGRAMAS DE VACINAÇÃO
VaxFacts é um manual sobre o desenvolvimento de 
programas de vacinação para proteção contra do-
enças avícolas comuns. Os capítulos sobre cada uma 
das enfermidades abordam primeiro o objetivo da 
vacinação, seguido pelos programas sugeridos para 
matrizes, poedeiras comerciais e frangos de corte. 
A descrição de cada um dos programas começa 
com os fatores que determinam quando é possível 
adotá-lo, passa pela explicação sobre a lógica usada 
para a sua elaboração e termina com uma lista de 
cuidados específicos no seu uso.
Muitos programas permitem a vacinação em épocas 
diferentes e com uma grande variedade de cepas 
vacinais e métodos de administração, de forma a 
flexibilizar a sua concepção para enfrentar situações 
específicas a campo. Não é realista sugerir progra-
mas de vacinação rígidos para serem adotados em 
todos os casos. É preciso analisar as condições es-
pecíficas dos lotes e o desafio de doenças em cada 
local antes de elaborar qualquer programa de vaci-
nação, cujo êxito deve se basear na avaliação dos 
resultados concretos obtidos em cada lote de aves.
As instruções de bula diferem entre vacinas seme-
lhantes disponíveis no mercado, inclusive entre as 
que contêm a mesma cepa. É importante ler a bula 
das vacinas utilizadas nos programas para o uso 
correto aprovado. As indicações de bula devem 
prevalecer sobre qualquer utilização sugerida neste 
manual sobre programas de vacinação.
VaxFacts fornece orientações gerais valiosas para a 
elaboração de programas de vacinação. Para reco-
mendações mais específicas ou assistência no de-
senvolvimento de programas completos, entre em 
contato com seu representante da Equipe Zoetis.
INTRODUÇÃO
8 9
QUESTÕES DE 
SAÚDE HUMANA NA 
VACINAÇÃO DE AVES
VACINAS VIVAS 
Vacinas contra a doença de Newcastle podem cau-
sar conjuntivite em seres humanos suscetíveis. A ad-
ministração acidental de vacinas aviárias vivas pode 
causar choque anafilático (reação de hipersensibili-
dade do tipo 1).
VACINAS INATIVADAS E BACTERINAS 
Deve-se tomar extremo cuidado durante a adminis-
tração de vacinas oleosas virais ou bacterianas ina-
tivadas. Atualmente, na indústria avícola, é comum a 
criação intensiva de grande quantidade de aves em 
uma única instalação. Algumas imunizações exigem 
o uso de vacinas com adjuvante oleoso. As equipes 
de vacinação precisam trabalhar rápido em posi-
ções quase sempre difíceis durante a administração 
de vacinas em grande número de aves. Muitos va-
cinadores não são devidamente treinados em téc-
nicas de vacinação ou se descuidam ou se cansam 
durante o processo. Em caso de autoadministração 
acidental, PROCURE IMEDIATAMENTE SOCORRO 
MÉDICO.
 
EFEITOS NOS TECIDOS 
A administração de emulsão oleosa em seres huma-
nos causa grave reação inflamatória local, sobretu-
do em áreas sem músculos ou gordura, tais como 
os dedos e as articulações. O resultado é muito 
parecido com a introdução de fluido hidráulico 
em tecidos, em caso de escape por um orifício em 
sistemas hidráulicos de alta pressão. Pelo aspecto 
externo do local da administração, o caso não apa-
renta ser grave. O fluido ou a emulsão oleosa fica 
retido e pode se deslocar pela bainha dos tendões 
ou entre as camadas musculares. O CORPO REA-
GE CONTRA A EMULSÃO, LIBERANDO ENZIMAS 
PARA QUEBRAR O ÓLEO. O processo de resposta 
do organismo da pessoa acidentada pode causar 
morte dos tecidos nos músculos e nos tendões. 
10 11
PREVENÇÃO 
As equipes de vacinação devem receber treinamento 
adequado. Os vacinadores devem manter a atenção 
no processo e fazer pausas frequentes para evitar 
cansaço e eventuais descuidos. É fundamental que o 
local da vacinação seja devidamente iluminado para 
garantir a administração correta nas aves. Como a 
maioria dos acidentes ocorre por autoadministração 
na mão que segura a ave, os vacinadores devem 
usar luvas especiais. As equipes devem receber 
sempre a devida supervisão e monitoramento para 
garantir a execução segura e correta das técnicas 
de vacinação. 
PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA EM CASO DE 
AUTOADMINISTRAÇÃO ACIDENTAL
1. Pressione ao redor do local da administração 
para tentar retirar o máximo possível da vacina.
2. Aplique bolsa de gelo no local afetado, enfaixe 
a área e mantenha-a em posição elevada para 
ajudar a reduzir o inchaço.
3. Procure imediatamente socorro médico. Quanto 
maior a demora em receber atendimento mé-
dico, maior o risco de o ferimento causar lesão 
permanente.
4. Mostre ao médico a Ficha de Informações de 
Segurança de Substâncias ou a bula da vacina e 
informe-o que você acidentalmente se autoinje-
tou uma VACINA INATIVADA EM ADJUVANTE 
OLEOSO.
12 13
A RESPOSTA IMUNE 
À VACINAÇÃO
O debate sobre programas de vacinação deve le-
var em conta doistipos de imunidade: a ativa e a 
passiva. A imunidade ativa é conferida pelo sistema 
imune da ave após vacinação ou exposição a agen-
tes patogênicos de campo, e acarreta a produção 
tanto de anticorpos como de imunidade celular, que 
a protege contra as doenças. Por sua vez, a imunida-
de passiva consiste na transferência de anticorpos 
das matrizes aos pintos por meio da gema do ovo, 
conferindo apenas proteção temporária.
IMUNIDADE ATIVA
As vacinas são constituídas de bactérias ou vírus 
vivos ou inativados, com a finalidade de estimular 
uma resposta imune ativa específica nas aves. As 
bactérias e os vírus contêm componentes estranhos 
que, na maioria das vezes, são proteínas, chamadas 
de antígenos, que são reconhecidos pelo sistema 
imune das aves como substâncias estranhas. O 
evento determinante que inicia a resposta imune 
ocorre quando as células fagocitárias, chamadas 
de macrófagos, reconhecem esses antígenos como 
agentes estranhos e tentam eliminá-los. Os macró-
fagos ativam outras células do sistema imune, os 
linfócitos B e T, para se multiplicarem e participarem 
da produção da resposta imune específica contra 
tais antígenos. Toda a resposta é orquestrada por 
mensageiros químicos, como as interleucinas e os 
interferons, coletivamente denominados linfocinas. 
Essa resposta acaba resultando na produção de an-
ticorpos específicos pelos plasmócitos e na indução 
de imunidade celular contra os antígenos. Quando o 
sistema imune reage contra os antígenos de forma 
correta, o processo é “desligado” por outros linfóci-
tos, os T supressores. 
A resposta imune também produz linfócitos de 
memória que mantêm a capacidade de reconhecer 
tais antígenos. Se a ave voltar a ser exposta a es-
ses antígenos, ocorre uma resposta imune rápida e 
amplificada. 
14 15
A RESPOSTA IMUNE RESPOSTA IMUNE PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
VÍRUS
MACRÓFAGO
OS ANTICORPOS ATACAM O 
VÍRUS NO SANGUE OU NAS 
MEMBRANAS DAS MUCOSAS 
ATACA O VÍRUS 
NAS CÉLULAS 
LINFÓCITO TLINFÓCITO B
INTERLEUCINA
INTERLEUCINA
ANTÍGENO 
LINFÓCITO 
B
LINFÓCITO 
T
LINFÓCITO T
CITOTÓXICO 
PLASMÓCITO
LINFÓCITO T
DE MEMÓRIA
LINFÓCITO B
DE MEMÓRIA
LINFÓCITO T
SUPRESSOR 
LINFÓCITO T 
AUXILIAR
As respostas imunes podem ser primárias ou se-
cundárias. A resposta imune primária ocorre após a 
primeira exposição do sistema imune da ave ao an-
tígeno. O seu desenvolvimento é lento e a duração, 
curta, de 2 a 3 semanas em geral. 
As respostas imunes secundárias ocorrem após as 
exposições seguintes ao antígeno, desenvolvendo-se 
de forma mais rápida e mais duradoura, o que se 
deve à presença de linfócitos de memória criados 
durante as exposições anteriores. 
A resposta imune primária é produzida quando a ave é 
vacinada pela primeira vez. As vacinações posteriores 
ou “de reforço” geram as respostas imunes secundá-
rias. Com a maior duração da imunidade produzida 
pelas respostas imunes secundárias, os intervalos en-
tre as vacinações de reforço são normalmente maiores 
do que entre a primeira e as posteriores.
TEMPO
RE
SP
OS
TA
 IM
UN
E
PRIMÁRIA SECUNDÁRIA
VACINA VIVA
VACINA INATIVADA
1ª 2ª 3ª 4ª
Y
YYY
Y Y
16 17
IMUNIDADE PASSIVA
A imunidade passiva decorre da transferência de 
anticorpos séricos das matrizes para os pintos em 
desenvolvimento por meio da gema do ovo. Esse 
tipo de imunidade é de curta duração, prolongan-
do-se por 2 a 3 semanas em geral. Essa capacidade 
de proteção dos anticorpos maternos não é igual 
contra todas as doenças. É comum os programas de 
vacinação de matrizes serem elaborados para oti-
mizar a quantidade e a qualidade desses anticorpos 
protetores.
Os anticorpos de origem materna podem conferir 
proteção, mas também existe a possibilidade de in-
terferirem no desenvolvimento da imunidade ativa. 
Essa interferência dificulta a definição do momento 
certo da vacinação das aves jovens. Nessas situações, 
a determinação da(s) melhor(es) idade(s) para a va-
cinação deve levar em conta inúmeros fatores críti-
cos, entre os quais se incluem: a quantidade inicial 
de anticorpos maternos, a velocidade da diminuição 
dos anticorpos maternos, a homogeneidade dos ní-
veis de anticorpos maternos no lote de aves, o nível 
de patogenicidade do desafio de campo, o método 
de administração da vacina e o tipo de vacina a ser 
utilizada. Esse assunto é novamente abordado na 
parte sobre programas de vacinação contra a doen-
ça de Gumboro em frangos de corte.
PROTEÇÃO DA PROGÊNIE COM ANTICORPOS 
MATERNOS
DOENÇA
PROTEÇÃO DA 
PROGÊNIE
Doença de Gumboro +++
Anemia Infecciosa ++
Doença de Newcastle ++
Reovírus ++
Encefalomielite Aviária ++
Bronquite Infecciosa +
Pneumovírus +
Micoplasma -
Bouba Aviária -
Laringotraqueíte Infecciosa -
Doença de Marek -
18 19
BOUBA AVIÁRIA
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir o baixo crescimento e a mortalidade cau-
sados por surtos de bouba aviária em frangos de 
corte, poedeiras comerciais e matrizes.
• Prevenir perdas na produção de ovos que podem 
ocorrer em poedeiras.
• Imunizar aves em risco de infecção durante surto 
da forma clínica da bouba.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BOUBA EM 
POEDEIRAS E MATRIZES 1
• Este programa de vacinação contra bouba é válido para uso 
em lotes de matrizes e poedeiras em regiões com histórico de 
surtos dessa enfermidade. 
1ª 
(opcional)
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
VACINA VIVAVACINA VIVA
1ª 1ª/2ª
INCUBATÓRIO
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
(POX VÍRUS)
MEMBRANA 
DA ASA
CEPAS MENOS REATIVAS CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
ou
JUSTIFICATIVA
• Em regiões de baixo desafio ou com histórico 
de surtos de bouba apenas em aves mais velhas, 
pode ser suficiente uma única dose.
• Em regiões de alto desafio, com insetos sugado-
res de sangue ou histórico de surtos de bouba em 
aves jovens, são necessárias 2 doses da vacina 
para o lote ficar protegido.
• Aves com menos de 6 semanas de vida devem 
ser vacinadas com cepas altamente atenuadas da 
bouba dos pombos ou da bouba aviária.
• Cepas de bouba aviária menos atenuadas podem 
ser usadas para revacinar ou vacinar aves com 
mais de 6 semanas de vida. Essas cepas são mais 
imunogênicas.
• Vacine as frangas no mínimo 4 semanas antes do 
início da fase de postura.
• De vez em quando, vírus variantes da bouba 
causam surtos em aves. A adição de bouba dos 
pombos à bouba aviária pode conferir melhor 
proteção cruzada.
• Durante surto de bouba, é aconselhável vacinar 
aves em risco de exposição devido ao período 
longo de incubação do vírus e à sua propagação 
lenta nos galpões.
• Durante surto de bouba, ao vacinar aves em gaio-
las ou galpões não infectadas, inicie a vacinação 
20 21
na extremidade oposta do aviário onde o surto 
começou. Vacine também os lotes nos galpões 
adjacentes. Utilize cepas vacinais suaves na vaci-
nação de poedeiras.
• Sete a 10 dias pós-vacinação, as aves apresen-
tam reações teciduais brandas no local de ad-
ministração na membrana da asa, denominadas 
“pegas”. Essas reações são um bom sinal de boa 
imunização.
CUIDADOS
• Vacine todas as aves de um lote no mesmo dia.
• Evite a exposição indesejada das aves à vacina, 
retirando dos galpões frascos do medicamento e 
materiais usados para a administração na mem-
brana da asa. 
• Evite contaminar com a vacina contra bouba o pro-
cesso de debicagem ou os equipamentos de vaci-
nação. Essas exposições não controladas podem 
provocar lesões de bouba em aves suscetíveis.
• Não administre em aves jovens vacinas contra 
a bouba aviária com indicação de uso para aves 
mais velhas.
• A “pega” pós-vacinal pode ser fraca ou nula em 
aves previamente vacinadas, mas mesmo assim a 
resposta imune é reforçada.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BOUBA EM 
FRANGOS DE CORTE 1
• Este programa de vacinação contra bouba é adequado para 
frangos de corte criados em regiões com alto desafio dessa 
doença ou em regiões com alta infestação de insetos sugado-
res desangue.
VACINA VIVA
1ª
INCUBATÓRIO
1ª
0 1 2 3 4 5 6
SEMANAS DE VIDA
ADMINISTRAÇÃO 
SUBCUTÂNEA
MEMBRANA 
DA ASAIN OVO
JUSTIFICATIVA
• Em geral, a vacinação de frangos de corte é feita 
no incubatório com a administração de vacinas 
contra bouba junto com vacinas de Marek.
• Em frangos de corte basta uma dose da vacina 
para garantir a proteção.
CEPAS MENOS REATIVAS
ou
22 23
CUIDADOS
• A administração simultânea de vacinas contra 
bouba e Marek pode interferir no desenvolvimen-
to de imunidade contra a doença de Marek.
• Use somente cepas altamente atenuadas.
• Se usada a via de administração in ovo, deve-se 
atentar para o título correto para evitar reações 
pós-vacinais.
BRONQUITE INFECCIOSA
(IB)
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir a mortalidade e a morbidade associadas 
à doença respiratória causada por vírus da IB.
• Em frangas, proteger o oviduto em desenvolvi-
mento e os rins contra danos causados por infec-
ções com determinadas cepas de vírus da IB.
• Prevenir queda na produção de ovos, má quali-
dade da casca e problemas na qualidade interna 
dos ovos que podem ser causados por infecções 
de bronquite em poedeiras.
• Em lotes de matrizes, a vacinação aumenta os 
níveis de anticorpos maternos, que conferem à 
progênie proteção parcial contra desafio precoce 
de bronquite. Anticorpos maternos também re-
gulam a reatividade de vacinas contra bronquite 
administradas por spray no incubatório.
• Em frangos de corte, prevenir morbidade, baixo 
crescimento, condenação no processamento e 
mortalidade associada a surtos de IB.
24 25
CEPAS VACINAIS DE BRONQUITE INFECCIOSA E 
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO
INVASIBILIDADE RELATIVA DE 
CEPAS VIVAS DE BRONQUITE 
INFECCIOSA
INVASIBILIDADE RELATIVA DE 
MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO 
DA VACINA
Nebulização 
de Gota Fina
H52, 
Australian T
Nebulização de 
Gota Grossa
Mass II, Ark, 
Georgia 98, 4/91, 
D274, D1466, H120, 
Mass, Conn, BR-1
Água de Bebida, 
Intraocular
Ark, D274,H120, 
Mass, Conn
• Programas de vacinação contra bronquite re-
querem várias doses de vacina, sendo que na 
primeira se utilizam cepas mais suaves, como a 
H120 Massachusetts, administradas mediante uma 
via que produza menos reações. As revacinações 
posteriores em aves de vida longa podem usar 
cepas mais imunogênicas e potencialmente mais 
reativas.
• As vacinações de reforço ampliam a proteção cru-
zada e intensificam a imunidade estimulada pelas 
doses anteriores.
IN
VA
SIV
A 
/ R
EA
TIV
A
• Em aves de vida longa, as vias de administração 
mais invasivas são seguras para as vacinações de 
reforço.
• Evite mudar para uma cepa vacinal mais reativa e 
uma via de administração mais invasiva ao mesmo 
tempo.
• As vacinas disponíveis no mercado que contêm a 
mesma cepa podem diferir bastante em termos de 
imunogenicidade e reatividade, dependendo das 
manipulações em laboratório utilizadas no desen-
volvimento do vírus-semente.
• A escolha da cepa vacinal de bronquite deve se 
basear nas cepas de campo mais comuns. Não se 
devem introduzir novas cepas vacinais de bron-
quite em regiões onde não existem. Os tipos de 
vacinas utilizadas podem estar sujeitos ao contro-
le de agências reguladoras de cada país.
• Programas para aves de vida longa devem incluir 
no mínimo 2 doses com o uso de cepa que confira 
a maior proteção cruzada (varia de acordo com a 
região).
26 27
CUIDADOS
• Reações pós-vacinais são caracterizadas por es-
tertores traqueais, conjuntivite e aumento da sus-
ceptibilidade a infecções por E. coli e, em alguns 
casos, dano aos ovidutos em frangas em fase de 
crescimento. Os sinais clínicos surgem 3 a 5 dias 
pós-vacinação e se não complicados, são leves e 
desaparecem em 3 a 5 dias.
• Os fatores que agravam o desenvolvimento de 
reações pós-vacinais são:
1. Administração de vacinas pelo método de ne-
bulização de gota fina.
2. Vacinação de lotes positivos para micoplasma.
3. Vacinação de aves que apresentam imunossu-
pressão, morbidade ou comprometimento do 
sistema respiratório.
4. Utilização de cepas vacinais quentes (como a 
H52) na primovacinação.
5. Baixa imunidade causada por intervalos longos 
entre as administrações de vacinas vivas.
6. Técnica incorreta de vacinação, deixando mui-
tas aves não imunizadas.
7. Intervalos longos entre as administrações de 
vacinas vivas em aviários com poedeiras de vá-
rias idades.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BRONQUITE 
INFECCIOSA EM POEDEIRAS E MATRIZES 1
• Este programa com vacinas vivas contra bronquite é vantajo-
so em lotes de matrizes e poedeiras para proteger o oviduto, 
os rins e os tecidos do trato respiratório em frangas em fase 
de crescimento e manter boa imunidade (local) da mucosa do 
trato respiratório em poedeiras.
• Em matrizes, a transferência de anticorpos maternos à progê-
nie é normalmente baixa e não homogênea.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
H2O ÁGUA SPRAY COM 
GOTA GROSSA INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA FINA
1ª/2ª 2ª/3ª 3ª/4ª1ª
30-60 dias
POSTURA
H2O
H2OH2O
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
VACINA VIVA
CEPAS MENOS REATIVAS
JUSTIFICATIVA
• Vacinas vivas contra bronquite estimulam respos-
ta imune local nos tecidos imunes associados à 
mucosa que produzem imunidade do trato respi-
ratório superior. Essas vacinas também estimulam 
resposta imune sistêmica.
ou ou ou
ou ou
ouou
28 29
• O intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 
2 a 3 semanas, devido à curta duração da respos-
ta imune primária. Respostas imunes secundárias 
produzidas pelas vacinações posteriores induzem 
imunidade de maior duração, o que permite inter-
valos mais longos (4 a 6 semanas) entre as doses 
de reforço.
• É comum as vacinas contra bronquite disponí-
veis no mercado serem associadas a vacinas de 
Newcastle devido às mesmas épocas de vacina-
ção e às vias de administração.
• A via intraocular de administração é vantajosa, 
pois permite a vacinação individual das aves e a 
aplicação de dose mais homogênea da vacina em 
comparação à água de bebida e à nebulização.
• Os lotes de poedeiras devem receber vacinas 
vivas em intervalos de 30 a 60 dias (doses de re-
forço) para manter a imunidade elevada durante 
a fase de postura e minimizar o risco de reações 
pós-vacinais. Em geral, são utilizadas cepas vaci-
nais mais suaves (como Massachusetts) para essa 
finalidade.
CUIDADOS
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A vacinação de todos os lotes de aves em um local 
no mesmo dia minimiza a ocorrência de reações 
pós-vacinais (rolagem).
• A administração de vacinas vivas em poedeiras 
pode causar queda passageira da produção de 
ovos e afetar a qualidade destes. Isso é comum 
quando há intervalos longos entre as vacinações, 
que possibilita a diminuição da imunidade dos 
lotes, ou quando técnicas incorretas de vacina-
ção deixam aves sem vacinar. Reduzir o intervalo 
entre as vacinações pode eliminar esse efeito na 
produção de ovos.
• A administração simultânea de vacinas monova-
lentes (fração única) contra bronquite e Newcastle 
requer cautela, pois ambos os vírus podem in-
terferir na replicação um do outro. Os títulos de 
Newcastle e bronquite em vacinas associadas são 
devidamente ajustados para evitar interferências 
entre si.
30 31
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BRONQUITE 
INFECCIOSA EM POEDEIRAS E MATRIZES 2
• Este programa com vacinas vivas e inativadas serve para lotes 
de matrizes e poedeiras como alternativa à utilização de vaci-
nas vivas contra bronquite durante a fase de postura.
• Em poedeiras, a vacina inativada produz imunidade duradoura.
• Em matrizes, este programa induz níveis altos e homogêneos 
de anticorpos maternos na progênie.
• Os anticorpos maternos contra bronquite conferem proteção 
parcial à progênie contra desafio e reduzem a incidência de 
reações pós-vacinais após a administração de vacinas contra 
bronquite via nebulização (spray) no incubatório.0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
1ª/2ª 2ª/3ª 1ª1ª
H2OH2O
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
VACINA VIVA
CEPAS MENOS REATIVAS
VACINA INATIVADA
H2O ÁGUA SPRAY COM 
GOTA GROSSA INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA FINA
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• Uma alternativa ao uso de vacinas vivas em lotes 
de poedeiras é a administração de vacina inati-
vada contra bronquite antes do início da fase de 
postura.
• Aves bem imunizadas (primovacinadas) com va-
cinas vivas contra bronquite respondem melhor a 
vacinas inativadas contra essa enfermidade.
• Para obter uma resposta satisfatória, é necessário 
um intervalo mínimo de 4 semanas entre a última 
dose da vacina viva e a administração da inativada 
contra bronquite, de preferência 6 semanas.
• Em geral, as vacinas inativadas contra bronquite 
são administradas 4 semanas antes do início da 
produção de ovos, de forma a dar tempo para o 
desenvolvimento completo da resposta imune.
• No caso de poedeiras em muda, pode ser admi-
nistrada uma segunda dose da vacina inativada 
durante essa fase.
CUIDADOS
• As vacinas contra bronquite podem apresentar au-
mento da patogenicidade (reversão à virulência), 
quando o vírus vacinal é submetido a passagens 
repetidas de aves vacinadas para aves suscetíveis.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A vacinação de todos os lotes de aves em um local 
no mesmo dia minimiza a ocorrência de reações 
pós-vacinais (rolagem).
• A primovacinação incorreta das frangas com va-
cinas vivas pode induzir resposta imune fraca ou 
ou ou ou ou ou
32 33
não homogênea após a administração de vacina 
inativada contra bronquite
• É possível identificar, durante várias semanas pós-
-vacinação, reações teciduais e residuais causadas 
por vacinas inativadas em adjuvante oleoso.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS PROGRAMAS DE VACINAÇÃO 
CONTRA BRONQUITE INFECCIOSA COM VACINAS VIVAS E VIVAS/
INATIVADAS
 PROGRAMAS DE VACINAÇÃO COM VACINAS VIVAS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Boa imunidade local
• Aumento da pro-
teção cruzada
• Aumento da imunidade 
em lotes de poedei-
ras mais velhas
• Administração em 
massa da vacina
• Exige a administração 
de vacinas vivas durante 
a fase de produção
• Possibilidade de reações 
pós-vacinais que causam 
perdas na produção de ovos 
e redução da sua qualidade
• Semeadura no ambiente 
e reversão à virulência
• Queda da imunidade 
durante o pico de 
produção de ovos
 PROGRAMAS DE VACINAÇÃO COM 
VACINAS VIVAS/INATIVADAS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Imunidade de maior duração
• Vacinas inativadas não têm 
capacidade de propagação 
nem de reversão à virulência
• Minimiza a necessidade 
de as aves em produção 
receberem vacinas vivas
• Aumento da imunida-
de durante o pico da 
produção de ovos
• Vacinas polivalentes admi-
nistram muitos antígenos 
em uma única dose
• Todas as aves são 
imunizadas
• Aumento do custo 
de administração
• Exige o manuseio in-
dividual das aves
• Possibilidade de ad-
ministração acidental 
em seres humanos
• Possível diminuição da 
proteção durante a segunda 
metade da fase de postura
34 35
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BRONQUITE 
INFECCIOSA EM FRANGOS DE CORTE 1
• Este programa é útil em lotes de frangos de corte quando é 
feita vacinação no incubatório.
1ª
INCUBATÓRIO 0 1 2 3 4 5 6
SEMANAS DE VIDA
H2O ÁGUA
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
VACINA VIVA
CEPAS MENOS REATIVAS
2ª (opcional)
INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA GROSSA
H2O
JUSTIFICATIVA
• A vacinação contra bronquite no incubatório 
é normalmente administrada por nebulização 
(spray) de gota grossa, que estimula a imunidade 
local nos tecidos da mucosa do trato respiratório 
superior.
• A imunidade conferida pela vacinação no incuba-
tório não é homogênea (2 a 6 semanas) e se limita 
ao trato respiratório superior.
• Em algumas situações é preciso revacinar em re-
giões de alto desafio.
• A época certa para revacinar depende em grande 
parte da idade em que as aves são comercializadas.
• As aves pequenas são revacinadas até as 2 sema-
nas de vida e as grandes, mais tarde às 3 semanas 
de vida.
• O nível de imunidade e a intensidade das reações 
aumentam quanto maior for a idade das aves à 
época da vacinação.
• BR-1, Arkansas, GA98, D274, D1466 e outras cepas 
regionais são utilizadas onde conferem a melhor 
proteção cruzada.
CUIDADOS
• A imunidade conferida pela vacinação no incuba-
tório não é homogênea (2 a 6 semanas) e se limita 
ao trato respiratório superior.
• O uso de vacinas sem indicação para uso no incu-
batório pode causar reações pós-vacinais severas. 
• Pintos sem anticorpos maternos contra Bronquite 
Infecciosa podem apresentar reações pós-vaci-
nais mais intensas após a administração de vacina 
contra essa enfermidade pelo método de nebuli-
zação (spray) no incubatório.
• As vacinas contra bronquite podem apresentar au-
mento da patogenicidade (reversão à virulência) 
quando o vírus vacinal é submetido a passagens 
repetidas de aves vacinadas para aves suscetíveis.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
ou ou ou
36 37
• A vacinação de todos os lotes de aves em um local 
no mesmo dia minimiza a ocorrência de reações 
pós-vacinais (rolagem).
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA BRONQUITE 
INFECCIOSA EM FRANGOS DE CORTE 2
• Este programa é útil em lotes de frangos de corte quando não 
é feita vacinação no incubatório.
0 1 2 3 4 5 6
SEMANAS DE VIDA
H2O ÁGUA
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA GROSSA
1ª 2ª
H2O
JUSTIFICATIVA
• A vantagem de vacinar frangos de corte em idade 
mais avançada é que o sistema imune está mais 
desenvolvido.
• É comum ser necessário revacinar em regiões de 
alto desafio.
• A época certa para revacinar depende em grande 
parte da idade em que as aves são comercializadas.
• BR-1, Arkansas, GA98, D274, D1466 e outras cepas 
regionais são utilizadas onde conferem a melhor 
proteção cruzada.
CUIDADOS
• As vacinas contra bronquite podem apresentar au-
mento da patogenicidade (reversão à virulência) 
quando o vírus vacinal é submetido a passagens 
repetidas de aves vacinadas para aves suscetíveis.
• A intensidade das reações aumenta à medida que 
aumenta também a idade das aves à época da 
vacinação.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A vacinação de todos os lotes de aves em um local 
no mesmo dia minimiza a ocorrência de reações 
pós-vacinais (rolagem).
ou ou
38 39
COCCIDIOSE
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir a morbidade e a mortalidade associadas 
à infecção por coccídeas.
• Estimular a imunidade natural contra a coccidiose 
para a vida toda.
• A substituição dos oocistos virulentos selvagens 
é alcançada quando se utilizam vacinas durante 
vários ciclos de produção.
CEPAS VACINAIS
• Há 8 espécies de coccídeas que geralmente in-
fectam os frangos. Eimeria acervulina, E. brunetti, 
E. maxima, E. necatrix e E. tenella são as 5 mais 
patogênicas.
• As vacinas disponíveis no mercado são constituí-
das de doses baixas padronizadas de oocistos es-
porulados das diversas espécies e podem conter 
de 1 a 8 espécies de coccídeas, atenuadas ou não. 
A imunidade total requer 2 ou 3 ciclos de replica-
ção da vacina.
ESPÉCIES DE COCCÍDEAS EM AVES
PRINCIPAIS ESPÉCIES 
PATOGÊNICAS
OUTRAS ESPÉCIES
Eimeria acervulina Eimeria mitis
Eimeria brunetti Eimeria mivati
Eimeria maxima Eimeria praecox
Eimeria necatrix 
Eimeria tenella
CUIDADOS
• A imunidade contra 1 espécie de coccídea não 
confere proteção cruzada contra outras espécies.
• Em frangos de corte, geralmente se utiliza terapia 
medicamentosa com anticoccidianos como alter-
nativa à vacinação para promover o crescimento 
rápido e a eficiência alimentar com o mínimo de 
doença.
• Frangas destinadas para postura em gaiolas po-
dem sertratadas com anticoccidianos em vez de 
vacinadas.
• Evite o uso de medicamentos ou a desinfecção da 
tubulação de água durante pelo menos 24 horas 
antes e após a administração de vacinas vivas 
contra coccidiose.
• Não trate sinais discretos de infecção causada 
pela vacina, pois pode comprometer a imunidade.
40 41
• Em geral, não se deve usar, por pelo menos várias 
semanas pós-vacinação, ração medicamentosa 
em aves vacinadas. 
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• Nunca congele vacinas vivas contra coccidiose.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA COCCIDIOSE 
EM POEDEIRAS, MATRIZES E FRANGOS DE CORTE 1
• Este programa com vacina viva é válido para uso em lotes de 
poedeiras, matrizes e frangos de corte.
• A administração de uma dose padronizada de oocistos vivos 
em idade precoce produz imunidade contra as espécies de 
coccídeas usadas, pois repetem o seu ciclo de vida natural nas 
2 semanas seguintes.
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
DIAS DE VIDA
VACINA VIVA
SPRAY COM 
GOTA GROSSA H2O ÁGUA GEL
1ª
H2O
INCUBATÓRIO
JUSTIFICATIVA
• Em frangos de corte, este programa é uma alter-
nativa ao uso de medicamentos terapêuticos ou 
aditivos anticoccidianos.
• Em poedeiras e matrizes, é produzida imunidade 
para a vida toda.
ou
ou ou
42 43
CÓLERA AVIÁRIA
(PASTEURELLA MULTOCIDA)
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir a ocorrência de altos índices de mortali-
dade, morbidade e perdas na produção de ovos 
associados a surtos de cólera aviária em matrizes 
e poedeiras comerciais.
• Reduzir os custos de medicamentos associados 
ao tratamento de cólera aviária aguda e crônica.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA CÓLERA 
AVIÁRIA EM POEDEIRAS E MATRIZES
• Este programa de vacinação com bacterina é útil em lotes de 
matrizes e poedeiras comerciais em regiões com histórico 
de surtos de cólera aviária.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
INATIVADA - BACTERINA
2ª1ª
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULUAR OU 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• Aves jovens não são suscetíveis à cólera aviária, 
não sendo, portanto, necessário vacinar antes das 
8 semanas de vida de modo geral.
• São necessárias duas doses de vacina de bacteri-
na para o lote criar imunidade.
• O intervalo mínimo entre as duas doses de bacte-
rina é de 4 semanas, o que permite o desenvolvi-
mento completo da resposta imune.
• A segunda bacterina deve ser administrada pelo 
menos 4 semanas antes do início da fase de pos-
tura, de forma a dar tempo para o desenvolvimen-
to completo da resposta imune.
• Em situações em que as aves não estão protegi-
das contra a doença por bacterinas de vacinas 
disponíveis no mercado, é possível preparar uma 
bacterina autógena a partir de isolado de campo.
• Os sorotipos de campo mais comuns são 1, 3, 4, 
3x4, 5 e 7.
• As bacterinas autógenas e de vacinas disponíveis 
no mercado produzem imunidade sorotipo-espe-
cífica, que pode não conferir proteção cruzada 
contra cepas de outros sorotipos. Por esse moti-
vo, as bacterinas contêm antígenos de 2 ou mais 
sorotipos para melhorar a proteção cruzada.
44 45
CUIDADOS
• As bacterinas de cólera aviária podem causar 
severo edema pós-vacinal no local da administra-
ção, torcicolo e cabeça inchada. A probabilidade 
de ocorrência dessas reações é maior quando a 
vacina é aplicada próximo demais da cabeça ou 
dos músculos do pescoço.
• Não vacine aves na fase de postura.
• Podem ocorrer nas aves vacinadas infecções for-
tíssimas, causando doença. A probabilidade de 
ocorrências de tais falhas de vacinação é maior 
em caso de condições sanitárias inadequadas, eli-
minação indevida de aves mortas ou presença de 
vetores silvestres.
• A imunogenicidade das bacterinas autógenas pre-
cisa ser confirmada por estudos com desafio em 
laboratório.
• As bacterinas autógenas devem ser submetidas 
a teste de contaminação por agentes estranhos 
antes do uso.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA CÓLERA 
AVIÁRIA EM POEDEIRAS E MATRIZES 2
• Este programa com vacinas vivas e inativadas é adequado 
para lotes de matrizes e poedeiras em regiões com histórico 
de surtos de cólera aviária. Este programa é indicado para 
atenuar reações pós-vacinais com o uso de vacinas vivas.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
VACINA INATIVADA - BACTERINA VACINA VIVA
1ª1ª
MEMBRANA 
DA ASA
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• Reações pós-vacinais à administração de vacina 
viva contra cólera aviária podem evoluir para có-
lera crônica.
• O uso de bacterina inativada antes da adminis-
tração de vacina viva pode reduzir as reações 
pós-vacinais e a posterior incidência de cólera 
crônica.
• Aves jovens não são suscetíveis à cólera aviária, 
não sendo, portanto, necessário vacinar antes das 
8 semanas de vida de modo geral.
• São necessárias duas doses de vacina de bacteri-
na para o lote desenvolver imunidade.
46 47
• Em situações em que as aves não estão protegi-
das contra a doença por bacterinas de vacinas 
disponíveis no mercado, é possível preparar uma 
bacterina autógena a partir de isolado de campo.
• Os sorotipos de campo mais comuns são 1, 3, 4, 
3x4, 5 e 7.
• As bacterinas autógenas e de vacinas disponíveis 
no mercado produzem imunidade sorotipo-espe-
cífica, que pode não conferir proteção cruzada 
contra cepas de outros sorotipos. Por esse motivo, 
as bacterinas contêm antígenos de 2 ou mais soro-
tipos para melhorar a proteção cruzada.
• As cepas PM-1 e CU são mais imunogênicas, sen-
do utilizadas nas revacinações. Elas podem causar 
reações pós-vacinais severas, sendo a cepa PM-1 
menos reativa que a CU.
• Muitas vacinas vivas contra cólera são do sorotipo 
3x4.
• As vacinas vivas contra cólera induzem imunidade 
que confere proteção cruzada contra cepas de ou-
tros sorotipos.
CUIDADOS
• As bacterinas de cólera aviária podem causar se-
vero edema pós-vacinal no local da administração, 
torcicolo e cabeça inchada. 
• A probabilidade de ocorrência dessas reações é 
maior quando a bacterina é aplicada próximo de-
mais da cabeça ou dos músculos do pescoço.
• Não vacine aves na fase de postura.
• Podem ocorrer nas aves vacinadas infecções 
fortíssimas, causando doença. A probabilidade de 
ocorrência dessas falhas de vacinação é maior em 
caso de condições sanitárias inadequadas, elimi-
nação indevida de aves mortas ou presença de 
vetores silvestres.
• A imunogenicidade das bacterinas autógenas pre-
cisa ser confirmada por estudos com desafio em 
laboratório.
• As bacterinas autógenas devem ser submetidas 
a teste de contaminação por agentes estranhos 
antes do uso.
• As vacinas vivas contra cólera podem causar sinais 
clínicos da doença crônica em aves vacinadas.
• As reações pós-vacinais são mais comuns quando 
a primeira dose é administrada após as 12 sema-
nas de vida.
• Os lotes de aves não devem receber antibióticos 
no intervalo de 7 dias antes ou após a administra-
ção de vacinas vivas contra cólera.
• Não aplique outras vacinas vivas no intervalo de 
10 dias pós-administração de vacina viva contra 
cólera.
48 49
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA CÓLERA 
AVIÁRIA EM POEDEIRAS E MATRIZES 3
• Este programa com vacinas vivas contra cólera aviária é con-
veniente para uso em matrizes e poedeiras em regiões com 
histórico de surtos dessa enfermidade.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
VACINA VIVA
2ª1ª
MEMBRANA 
DA ASA
JUSTIFICATIVA
• Em geral, a cepa suave M-9 é reservada para a 
primovacinação em matrizes machos. Ela induz 
imunidade de curta duração, mas não é associada 
a reações pós-vacinais.
• A cepa PM-1 também é usada na primovacinação.
• As cepas PM-1 e CU são mais imunogênicas, sendo 
utilizadas nas revacinações. Elas podem causar 
severas reações pós-vacinais, sendo a cepa PM-1 
menos reativa que a CU.
• Muitas vacinas vivas contra cólera são do sorotipo 
3x4.
• As vacinas vivas contra cólera induzem imunida-
de que confere proteção cruzada contracepas de 
outros sorotipos.
• São necessárias duas doses de vacina viva para 
o lote adquirir imunidade, cuja duração ainda é 
relativamente curta.
CUIDADOS
• As vacinas vivas contra cólera podem causar sinais 
clínicos da doença crônica nas aves vacinadas.
• As reações pós-vacinais são mais comuns quando 
a primeira dose é administrada após as 12 sema-
nas de vida.
• Os lotes de aves não devem receber antibióticos 
no intervalo de 7 dias antes ou após a administra-
ção de vacinas vivas contra cólera.
• Não aplique outras vacinas vivas no intervalo de 
10 dias pós-administração de vacina viva contra 
cólera.
FRANGOS DE CORTE
• É comum os frangos de corte serem comercia-
lizados antes de se tornarem suscetíveis à cólera 
aviária. Surtos dessa enfermidade em frangos 
de corte são geralmente tratados com agentes 
antimicrobianos.
50 51
CORIZA INFECCIOSA
(IC, AVIBACTERIUM PARAGALLINARUM )
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir quedas bruscas na produção de ovos as-
sociadas a surtos de coriza infecciosa em matrizes 
e poedeiras comerciais.
• Prevenir mortalidade, morbidade e perdas de peso 
e de uniformidade do lote causadas por surtos de 
coriza infecciosa em frangas.
• Reduzir os custos com medicamentos associados 
ao tratamento dos lotes doentes.
• Limitar a propagação da coriza infecciosa em avi-
ários com aves de diferentes idades. 
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA CORIZA 
INFECCIOSA EM POEDEIRAS E MATRIZES 1
• Este programa de vacinação com bacterina é vantajoso para 
uso em lotes de frangas, poedeiras comerciais e matrizes em 
regiões com alto risco de coriza infecciosa.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
2ª/3ª1ª/2ª1ª
INATIVADA - BACTERINA ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• Focos de IC geralmente ocorrem em lotes após 
transferência para aviários de aves de postura 
de diversas idades onde essa enfermidade está 
presente.
• Em geral, as vacinações com duas bacterinas são 
suficientes para conferir imunidade ao lote.
• O intervalo mínimo entre as vacinações com bac-
terina é de 4 semanas, de forma a dar tempo para 
o desenvolvimento completo da resposta imune.
• A última bacterina é administrada 4 semanas an-
tes do início da produção de ovos, de modo que 
o pico da imunidade coincida com o início da fase 
de postura.
• Em regiões de alto desafio ou com histórico de 
52 53
surtos de coriza em idade precoce, pode ser ad-
ministrada uma terceira bacterina.
• Em situações em que os lotes não estão prote-
gidos contra a doença por bacterinas de vacinas 
disponíveis no mercado, é possível preparar uma 
bacterina autógena a partir do isolado de campo.
• As bacterinas disponíveis no mercado e as autó-
genas induzem imunidade sorovar-específica, que 
geralmente não oferece ampla proteção cruzada 
contra cepas de outros sorovares. Por esse mo-
tivo, muitas bacterinas contêm antígenos de 2 
ou mais cepas de Avibacterium paragallinarum, 
muitas vezes de vários sorotipos, para melhorar a 
proteção cruzada.
CUIDADOS
• Os programas de vacinação para coriza muitas 
vezes não dão bons resultados em lotes com in-
fecções por micoplasma não controladas.
• A imunogenicidade das bacterinas autógenas pre-
cisa ser confirmada por estudos com desafio em 
laboratório.
• As bacterinas autógenas devem ser submetidas 
a teste de contaminação por agentes estranhos 
antes do uso.
• A vacinação com bacterinas de coriza pode causar 
edema pós-vacinal no local da administração, 
torcicolo e cabeça inchada. A probabilidade de 
ocorrência dessas reações é maior quando bacte-
rinas em adjuvante oleoso são aplicadas próximo 
demais da cabeça ou dos músculos do pescoço.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA CORIZA 
INFECCIOSA EM POEDEIRAS 2
• Este programa com vacinas vivas e inativadas é válido para 
uso em aviários de poedeiras comerciais de várias idades com 
repetidos surtos de coriza infecciosa que não são controlados 
por programas de vacinação com bacterinas.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
1ª/2ª1ª
INATIVADA - BACTERINA
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
H2O ÁGUA
H2O
VACINA VIVA
AUTÓGENA
JUSTIFICATIVA
• A infecção controlada com o microrganismo cau-
sador da doença em lotes de frangas garante que 
os surtos ocorram antes do início da fase de pos-
tura. Em geral, as frangas estão protegidas contra 
54 55
surtos da doença quando matrizes, mas continu-
am sendo portadoras da enfermidade.
• A exposição controlada dos lotes de frangas a 
cepas vivas de campo (muitas vezes autógenas) 
da Avibacterium paragallinarum se beneficia da 
imunidade de proteção cruzada induzida pelo 
crescimento in vivo das bactérias.
• A vacinação com bacterinas garante que todas as 
aves tenham imunidade contra coriza no momen-
to da exposição ao microrganismo vivo causador 
dessa enfermidade.
• Isso atenua os efeitos patogênicos da exposição a 
agente patogênico vivo a campo e induz imunida-
de mais duradoura.
• Deve haver um intervalo de no mínimo 4 semanas 
entre as 2 doses da vacina.
CUIDADOS
• É comum a exposição de frangas a isolado vivo 
de campo provocar doença respiratória. A exposi-
ção controlada a agente patogênico vivo é válida 
apenas para granjas com problemas constantes 
de IC que não são controlados com programas de 
vacinação com bacterinas.
• Materiais de inóculos utilizados para exposição a 
agentes vivos devem ser submetidos a teste de 
contaminação por agentes estranhos.
• Não se devem administrar outras vacinas vivas no 
intervalo de 10 dias após a exposição a microrga-
nismos vivos de coriza.
• A imunogenicidade de isolados vivos autógenos 
deve ser confirmada por estudos de desafio em 
laboratório.
• Algumas aves podem apresentar reações severas 
quando expostas à vacina viva contra coriza e po-
dem necessitar de tratamento com antibióticos.
FRANGOS DE CORTE
• A baixa incidência de coriza infecciosa em fran-
gos de corte e a inexistência de vacinas vivas no 
mercado inviabilizam a vacinação nessas aves. 
O tratamento dos lotes doentes com antibióticos 
e o sistema de manejo “todos dentro/todos fora” 
nos aviários de frangos de corte são os meios mais 
práticos de controle.
56 57
DOENÇA DE MAREK
(MD)
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir a mortalidade, a morbidade e a imunos-
supressão associadas à forma neural, visceral, 
ocular ou cutânea da doença de Marek em poe-
deiras comerciais e matrizes.
• Em frangos de corte, prevenir condenações cau-
sadas pela forma visceral ou cutânea da doença 
de Marek durante o processamento e melhorar o 
desempenho do crescimento.
CEPAS VACINAIS
• Foram desenvolvidas vacinas comerciais a partir 
de todos os 3 sorotipos do vírus da doença de 
Marek.
• As vacinas do sorotipo 1 e do sorotipo 3 são utili-
zadas como monovalentes ou bivalentes.
• As vacinas do sorotipo 2 são usadas com as do 
sorotipo 3 como bivalentes ou associadas.
• Por causa da sinergia, as vacinas bivalentes geral-
mente conferem mais proteção do que as mono-
valentes sozinhas.
SOROTIPO CEPA
ESPÉCIE DE 
ORIGEM
CAPACIDADE DE 
PROPAGAÇÃO 
HORIZONTAL
USADA COMO 
VACINA 
MONOVALENTE
1 CVI 988 GALINHA + +
2 SB 1 GALINHA + -
2 301B/1 GALINHA + -
3 FC 126 (HVT) PERU - +
CEPAS VACINAIS DE MAREK PARA POEDEIRAS E 
MATRIZES
• A escolha da cepa vacinal para uso em matrizes 
e poedeiras se baseia na virulência do desafio de 
campo em cada região, no grau de contaminação 
e no tempo de exposição ao vírus de campo.
• As vacinas bivalentes associadas com Marek são 
utilizadas em regiões onde as vacinas monovalen-
tes não foram eficazes.
58 59
VACINAS MONOVALENTES
VACINAS ASSOCIADAS 
BIVALENTES E TRIVALENTES
CVI 988
HVT (ASSOCIADA A CÉLULAS)
HVT (LIVRE DE CÉLULAS)
CIV 988 + HVT + 301/B OU SB1
CVI 988 + HVT 
HVT + 301B/1
HVT + SB1
DE
SA
FIO
 D
E C
AM
PO
CONSIDERAÇÕES SOBRE VACINAS DE MAREK EM 
FRANGOS DE CORTE
HVT BIVALENTE
TAXA DE CONDENAÇÃO BAIXA ALTA
CONVERSÃO ALIMENTAR BAIXA ALTA
IMUNOSSUPRESSÃO BAIXAALTA
VENTILAÇÃO BOA INADEQUADA
CAMA NOVA USADA
INTERVALOS ENTRE OS LOTES LONGOS CURTOS
DESINFECÇÃO COMPLETA INADEQUADA
• A decisão de usar vacinas de Marek monovalentes 
ou bivalentes em frangos de corte depende dos 
fatores mostrados no quadro.
• A diluição de vacinas de Marek utilizadas em fran-
gos de corte é comum a campo, mas esse uso não 
tem indicação de bula.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA MAREK EM 
POEDEIRAS, MATRIZES E FRANGOS DE CORTE 1
• Este programa com vacinas vivas é válido para uso em po-
edeiras comerciais, matrizes e frangos de corte quando é 
necessário conferir proteção contra a doença de Marek.
1ª
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
INCUBATÓRIO
IN OVOVACINA VIVA
 JUSTIFICATIVA
• As vacinas de Marek são administradas no incuba-
tório ou in vivo logo após o nascimento ou in ovo 
no 18o dia de incubação.
ADMINISTRAÇÃO 
SUBCUTÂNEA
ou
60 61
 CUIDADOS
• As vacinas do sorotipo 2 utilizadas sozinhas, sem 
HVT, não são eficazes.
• Técnicas de vacinação incorretas, que deixam 
aves sem vacinar, podem causar surtos da doença 
de Marek.
• Pintos colocados em ambiente altamente con-
taminado com vírus da doença de Marek de alta 
patogenicidade podem se infectar antes do de-
senvolvimento da devida imunidade vacinal.
• Não dilua vacinas de Marek indicadas para uso em 
matrizes ou poedeiras comerciais.
• A diluição excessiva de vacinas de Marek utiliza-
das em frangos de corte pode provocar surtos da 
doença.
• A potência das vacinas de Marek pode diminuir 
com a adição de outras vacinas, vitaminas, coran-
tes ou antimicrobianos não aprovados para uso 
em associação.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
MAREK EM POEDEIRAS E MATRIZES 2
• Este programa com vacinas vivas é bom para uso em matrizes 
ou poedeiras comerciais em regiões com elevada pressão a 
campo.
• Este programa também é utilizado quando os pintos de matri-
zes são transportados para longas distâncias.
1ª
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
INCUBATÓRIO
IN OVOVACINA VIVA ADMINISTRAÇÃO 
SUBCUTÂNEA
2ª
JUSTIFICATIVA
• Sob condições de estresse, a revacinação no míni-
mo 7 dias após a administração do vírus vacinal no 
incubatório aumenta a proteção contra a doença 
de Marek.
ou
62 63
CUIDADOS
• As vacinas do sorotipo 2 utilizadas sozinhas, sem 
HVT, não são eficazes.
• Técnicas de vacinação incorretas, que deixam 
aves sem vacinar, podem causar surtos da doença 
de Marek.
• Pintos colocados em ambiente altamente con-
taminado com vírus da doença de Marek de alta 
patogenicidade podem se infectar antes do de-
senvolvimento da devida imunidade vacinal.
• Não dilua vacinas de Marek com indicação de uso 
em matrizes ou poedeiras comerciais.
• Não vacine no intervalo de 7 dias pós-vacinação 
no incubatório para evitar interferência e diminui-
ção da proteção.
DOENÇA DE NEWCASTLE
(ND)
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Criar imunidade local e sistêmica suficiente para 
prevenção da morbidade e da mortalidade asso-
ciadas à doença de Newcastle.
• Prevenir danos ao trato respiratório causados por 
infecção de Newcastle e que muitas vezes permi-
tem a sua colonização secundária por bactérias 
patogênicas.
• Em poedeiras, prevenir a queda na produção de 
ovos associada à infecção de Newcastle.
• Em matrizes, estimular o desenvolvimento de altos 
níveis de anticorpos maternos para transferência 
à progênie.
64 65
CEPAS VACINAIS
CEPA /
PATOGENICIDADE
IMUNOGE-
NICIDADE
REAÇÕES
PÓS-VACINAIS
USO EM 
LOTES C/ 
MICOPLASMA
USADAS NA 
PRIMOVACINAÇÃO OU 
VACINAÇÃO DE REFORÇO
MUKTESWAR
MESOGÊNICA
- REFORÇO
KOMAROV
MESOGÊNICA
- REFORÇO
ROAKIN
MESOGÊNICA
- REFORÇO
B1 LASOTA
LENTOGÊNICA
+/-
PRIMOVACINAÇÃO/
REFORÇO
B1 B1
LENTOGÊNICA
+ PRIMOVACINAÇÃO
VG/GA 
LENTOGÊNICA
+ PRIMOVACINAÇÃO
ULSTER
LENTOGÊNICA
+ PRIMOVACINAÇÃO
CEPA F
LENTOGÊNICA
+ PRIMOVACINAÇÃO
V4
LENTOGÊNICA
+ PRIMOVACINAÇÃO
• Cepas lentogênicas (de baixa patogenicidade) e 
mesogênicas (de patogenicidade intermediária) 
são usadas como vacinas vivas.
• Algumas cepas lentogênicas da vacina de 
Newcastle são adequadas para a primovacinação 
com vacina viva, enquanto outras são conside-
radas muito reativas, sendo usadas apenas na 
revacinação.
• Devido à patogenicidade, as cepas vacinais me-
sogênicas são usadas em situações de desafio 
com cepa velogênica (de alta patogenicidade) ou 
como vacinas inativadas.
• A vacinação de lotes positivos para micoplasma 
com cepas mesogênicas ou algumas cepas len-
togênicas pode implicar reações pós-vacinais 
severas.
• As vacinações de reforço aumentam a imunidade 
estimulada pelas vacinações anteriores.
• As vacinações de reforço podem ser administra-
das com segurança por vias mais invasivas.
• Vacinas disponíveis no mercado que contêm a 
mesma cepa podem diferir bastante em termos 
de imunogenicidade e reatividade, dependendo 
das manipulações em laboratório utilizadas no 
desenvolvimento do vírus-semente.
• São também comercializadas vacinas vetorizadas. 
Novas tecnologias podem levar ao desenvolvi-
mento de outras opções de vacina.
66 67
• As empresas fabricantes de vacinas vetorizadas 
devem ser consultadas sobre indicações de pro-
gramas de vacinação específicos.
CUIDADOS
• Podem ocorrer reações pós-vacinais após o uso 
de vacinas vivas contra a doença de Newcastle. 
As reações se caracterizam por estertores traque-
ais, conjuntivite e aumento da suscetibilidade a 
infecções por E. coli. Os sinais clínicos surgem 3 
a 5 dias pós-vacinação e, se não complicados, são 
leves e desaparecem em 3 a 5 dias.
• Os fatores que agravam a ocorrência de reações 
pós-vacinais são:
1. Administração de vacinas pelo método de ne-
bulização de gota fina.
2. Vacinação de lotes positivos para micoplasma.
3. Vacinação de aves com imunossupressão, 
morbidade ou comprometimento do sistema 
respiratório.
4. Uso de cepas vacinais mesogênicas ou lento-
gênicas quentes na primovacinação.
5. Baixa imunidade causada por intervalos longos 
entre as doses de vacinas vivas.
6. Técnicas incorretas de vacinação, deixando 
muitas aves não imunizadas.
7. Intervalos longos entre as administrações de 
vacinas vivas em aviários com poedeiras de vá-
rias idades.
8. Grandes quantidades de amônia ou poeira no 
ambiente.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
NEWCASTLE EM POEDEIRAS E MATRIZES 1
• Este programa com vacina viva contra doença de Newcastle é 
vantajoso para uso em lotes de matrizes e poedeiras para es-
timular a imunidade nas mucosas (local) das galinhas durante 
a fase de postura.
• Em matrizes, o nível de anticorpos maternos transferidos para 
a progênie é geralmente baixo e não homogêneo.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
30-60 dias
POSTURA
1ª 1ª/ 2ª 2ª/3ª 3ª/4ª
SPRAY COM 
GOTA GROSSA H2O ÁGUA INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA FINA
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
VACINA VIVA
CEPAS MENOS REATIVAS
H2O H2O
H2O
ou ou
ou ou
ou ou ou
68 69
JUSTIFICATIVA
• A primovacinação é feita a partir de 1 a 3 semanas 
de vida, dependendo da necessidade de proteção 
precoce. Ela prepara o sistema imune das aves 
para responder de modo ideal às vacinações pos-
teriores contra Newcastle.
• As vacinas vivas contra Newcastle estimulam res-
posta imune local nos tecidos imunes associados 
à mucosa, gerando imunidade no trato respira-
tório superior. Essas vacinas também estimulam 
respostas imunes sistêmicas.
• O intervalo entre a primeira e a segunda dose é de 
2 a 3 semanas devido à curta duração da resposta 
imune primária. Respostas imunes secundárias 
produzidas pelas vacinações posteriores criam 
imunidade de maior duração, o que possibilita 
intervalos mais longos (4 a 6 semanas) entre as 
doses de reforço.
• Lotes de aves previamente imunizados podem 
receber vacinas com cepas mais quentes. Em re-
giões de alto risco da doença de Newcastle, po-
de-se utilizar a cepa velogênica LaSota na primo-
vacinação. No entanto, ela pode implicar aumentodo risco de reações pós-vacinais.
• A via intraocular é vantajosa, pois permite a va-
cinação individual das aves e a administração de 
dose mais homogênea da vacina em comparação 
à água de bebida ou nebulização (spray).
• É comum as vacinas contra a doença de Newcastle 
disponíveis no mercado serem associadas a vaci-
nas contra bronquite devido às mesmas épocas 
de vacinação e vias de administração.
• Os lotes de poedeiras devem receber vacinas vivas 
aos 30 a 90 dias (doses de reforço) para manter o 
nível de imunidade elevado durante a fase de pos-
tura e minimizar o risco de reações pós-vacinais. 
São geralmente utilizadas as cepas mais suaves, 
como a B1.
CUIDADOS
• O uso de vacinas mais suaves, como B1B1 ou Ulster, 
minimiza o risco de reações pós-vacinais.
• A administração de vacinas vivas em lotes de po-
edeiras pode causar queda passageira da produ-
ção de ovos, o que é comum em caso de longos 
intervalos entre as vacinas, que causam queda da 
imunidade nos lotes, ou em caso de uso de técni-
cas incorretas de vacinação, que deixam aves sem 
vacinar. Diminuir o intervalo entre as vacinações 
pode eliminar esse efeito na produção de ovos.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A administração de vacinas vivas em todos os lo-
tes de aves de um local no mesmo dia minimiza a 
ocorrência de reações pós-vacinais rolantes.
70 71
• Os anticorpos maternos têm capacidade de inter-
ferir na imunização sistêmica das aves com menos 
de 3 semanas de vida. Essa interferência não tem 
muito impacto no desenvolvimento da imunidade 
local no trato respiratório.
• A administração simultânea de vacinas monova-
lentes (fração única) contra bronquite e Newcastle 
requer cautela, pois ambos os vírus podem in-
terferir na replicação um do outro. Os títulos de 
Newcastle e bronquite em vacinas associadas são 
devidamente ajustados para evitar interferências 
entre si.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
NEWCASTLE EM POEDEIRAS E MATRIZES 2
• Este programa de vacinação com vacina viva/inativada é útil 
em matrizes e poedeiras como alternativa para o uso de va-
cinas vivas contra a doença de Newcastle durante a fase de 
postura.
• Em matrizes, esse programa induz níveis elevados e unifor-
mes de anticorpos maternos na progênie.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
1ª 1ª/ 2ª 2ª/3ª 1ª
H2O ÁGUA INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA FINA
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
VACINA VIVA
CEPAS MENOS REATIVAS
H2O H2O
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• Uma alternativa para o uso de vacinas vivas em 
lotes de poedeiras é a administração de vacinas 
inativadas contra Newcastle antes do início da 
fase de postura.
• Aves bem imunizadas (primovacinadas) com 
vacinas vivas contra a doença de Newcastle res-
pondem melhor a vacinas inativadas contra essa 
enfermidade.
• Em poedeiras, as vacinas inativadas induzem imu-
nidade duradoura.
• A melhor resposta requer um intervalo mínimo de 
4 semanas entre a última dose da vacina viva e a 
administração da inativada.
• Em geral, as vacinas inativadas contra a doença 
de Newcastle são administradas 4 semanas antes 
do início da fase de postura para dar tempo para 
o desenvolvimento completo da resposta imune.
INATIVADA
ou ou ou ouou
SPRAY COM 
GOTA GROSSA
72 73
• Na maioria das situações, as vacinas inativadas 
contra Newcastle criam imunidade suficiente para 
1 ciclo de postura.
• No caso de poedeiras em muda, pode ser admi-
nistrada uma segunda dose da vacina inativada 
durante essa fase.
CUIDADOS
• É possível identificar, durante várias semanas pós-
-vacinação, reações teciduais e residuais causadas 
por vacinas inativadas em adjuvante oleoso.
• Respostas imunes fracas ou não homogêneas em 
aves tratadas com vacina inativada contra a do-
ença de Newcastle podem ser causadas pela pri-
movacinação incorreta das frangas com vacinas 
vivas.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A administração de vacinas vivas em todos os lo-
tes de aves de um local no mesmo dia minimiza a 
ocorrência de reações pós-vacinais rolantes.
• Os anticorpos maternos têm capacidade de inter-
ferir na imunização sistêmica das aves com menos 
de 3 semanas de vida. Essa interferência não tem 
grande impacto no desenvolvimento da imunida-
de local no trato respiratório.
• A administração simultânea de vacinas monovalen-
tes (fração única) contra bronquite e Newcastle 
requer cautela, pois ambos os vírus podem in-
terferir na replicação um do outro. Os títulos de 
Newcastle e bronquite em vacinas associadas são 
devidamente ajustados para evitar interferências 
entre si.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS PROGRAMAS 
DE VACINAÇÃO CONTRA A DOENÇA DE NEWCASTLE 
COM VACINAS VIVAS E VIVAS/INATIVADAS
PROGRAMAS COM VACINAS VIVAS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Boa imunidade local
• Aumento da pro-
teção cruzada
• Aumento da imunidade 
em lotes de poedei-
ras mais velhas
• Administração em 
massa da vacina
• Exige a administração de 
vacinas vivas na fase 
de produção de ovos
• Possibilidade de reações 
pós-vacinais que causam 
perdas na produção de ovos 
e queda na sua qualidade
• Queda da imunidade 
durante o pico de 
produção de ovos
74 75
PROGRAMAS COM VACINAS VIVAS/INATIVADAS
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Imunidade de maior duração
• Vacinas inativadas não têm 
capacidade de propagação
• Minimiza a necessidade 
de as poedeiras rece-
berem vacinas vivas
• Aumento da imunida-
de durante o pico de 
produção de ovos
• Vacinas polivalentes admi-
nistram muitos antígenos 
em uma única dose
• Todas as aves são 
imunizadas
• Aumento do custo 
de administração
• Exige o manuseio in-
dividual das aves
• Possibilidade de ad-
ministração acidental 
em seres humanos
• Possível diminuição da 
proteção durante a segunda 
metade da fase de postura
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
NEWCASTLE EM POEDEIRAS E MATRIZES 3
• Este programa com uso simultâneo de vacina viva/inativada 
contra Newcastle é válido para uso em lotes de matrizes e 
poedeiras em regiões com risco elevado de desafio com cepa 
velogênica de Newcastle.
• Em matrizes, o nível de anticorpos maternos transferidos à 
progênie costuma ser baixo e não homogêneo.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
1ª 2ª 3ª
2ª (dose em aves adultas)1ª (dose em pintos)
H2O ÁGUA INTRAOCULARSPRAY COM 
GOTA FINA
VACINA VIVA
CEPAS MENOS REATIVAS
H2O H2O
ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
ADMINISTRAÇÃO 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• A administração simultânea é complementar, pois a 
vacina viva contra Newcastle gera imunidade local 
rápido, enquanto a inativada cria imunidade mais 
intensa e duradoura.
• Quando administrada em associação, a vacina 
viva de Newcastle é aplicada pela via intraocular.
• Em geral, a vacinação simultânea é administrada 
até as 3 semanas de idade, mas pode ser feita já 
no primeiro dia de vida.
INATIVADA
ououououou
76 77
CUIDADOS
• Utilize vacinas inativadas de Newcastle especificamen-
te formuladas para aves com menos de 10 dias de vida.
• Quando a vacina inativada contra a doença de 
Newcastle for aplicada no incubatório, utilize um 
local de administração diferente do usado para a 
vacina da Marek.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A administração de vacinas vivas em todos os lo-
tes de aves de um local no mesmo dia minimiza a 
ocorrência de reações pós-vacinais rolantes.
• Os anticorpos maternos têm capacidade de inter-
ferir na imunização sistêmica das aves com menos 
de 3 semanas de vida. Essa interferência não tem 
grande impacto no desenvolvimento da imunida-
de local no trato respiratório.
• A administração simultânea de vacinas monova-
lentes (fração única) contra bronquite e Newcastle 
requer cautela, pois ambos os vírus podem in-
terferir na replicação um dooutro. Os títulos de 
Newcastle e bronquite em vacinas associadas são 
devidamente ajustados para evitar interferências 
entre si.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
NEWCASTLE EM FRANGOS DE CORTE 1
• Este programa é útil em lotes de frangos de corte criados em 
regiões com baixa pressão de infecção.
1ª
INCUBATÓRIO 0 1 2 3 4 5 6
SEMANAS DE VIDA
1ª (opcional)
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
VACINA VIVA
CEPAS ENTEROTRÓPICAS MENOS REATIVAS
H2O
SPRAY COM 
GOTA GROSSA H2O ÁGUA INTRAOCULAR
JUSTIFICATIVA
• A administração de vacina viva contra Newcastle 
no 1o dia de vida estimula a imunidade local nos 
tecidos da mucosa do trato respiratório superior.
• A imunidade da vacinação no incubatório é de 
curta duração (de 2 a 3 semanas) e se limita ao 
trato respiratório superior.
ouou ou
78 79
CUIDADOS
• Os anticorpos maternos têm capacidade de inter-
ferir em diferentes graus na imunização sistêmica 
de aves com menos de 3 semanas de vida. Essa in-
terferência não tem grande impacto no desenvol-
vimento da imunidade local no trato respiratório.
• O uso de vacinas sem indicação para uso no incu-
batório pode causar reações pós-vacinais severas.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
NEWCASTLE EM FRANGOS DE CORTE 2
• Este programa é usado em lotes de frangos de corte quando 
não há opção de vacinação no incubatório.
0 1 2 3 4 5 6
SEMANAS DE VIDA
3ª (opcional)2ª1ª
H2O
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
SPRAY COM 
GOTA GROSSA H2O ÁGUA INTRAOCULAR
JUSTIFICATIVA
• As vantagens da vacinação de frangos de corte 
com mais idade são a menor probabilidade de 
ocorrer interferência dos anticorpos maternos e 
o maior desenvolvimento do sistema imune das 
aves.
• Os anticorpos maternos conferem proteção 
precoce.
• A primeira dose geralmente utiliza vacinas mais 
suaves, mas a LaSota pode ser usada em regiões 
de alto desafio.
• Em geral, é necessário revacinar para criar imunida-
de suficiente durante toda a fase de crescimento.
• Pode ser necessária uma terceira dose em frangos 
de corte de vida longa (do tipo roaster) ou em 
regiões de alto desafio.
CUIDADOS
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A administração de vacinas vivas em todos os lo-
tes de aves de um local no mesmo dia minimiza a 
ocorrência de reações pós-vacinais rolantes.
• Os anticorpos maternos têm capacidade de inter-
ferir em diferentes graus na imunização sistêmica 
de aves com menos de 3 semanas de vida. Essa 
ou ou
80 81
interferência não tem muito impacto no desenvol-
vimento da imunidade local no trato respiratório.
• A administração simultânea de vacinas monova-
lentes (fração única) contra bronquite e Newcastle 
requer cautela, pois ambos os vírus podem in-
terferir na replicação um do outro. Os títulos de 
Newcastle e bronquite em vacinas associadas são 
devidamente ajustados para evitar interferências 
entre si.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
NEWCASTLE EM FRANGOS DE CORTE 3
• Este programa com uso simultâneo de vacina viva/inativada 
contra Newcastle é vantajoso para uso em lotes de matrizes 
criadas em regiões com risco elevado de desafio com cepa 
velogênica de Newcastle.
VACINA VIVA
CEPAS MAIS OU MENOS REATIVAS
SPRAY COM 
GOTA GROSSA H2O ÁGUA INTRAOCULAR ADMINISTRAÇÃO 
SUBCUTÂNEA
INCUBATÓRIO 0 1 2 3 4 5 6
SEMANAS DE VIDA
1ª (dose em 
aves adultas)
1ª (dose 
em pintos)
1ª 2ª1ª
H2O
INATIVADA
JUSTIFICATIVA
• A administração simultânea se complementa, pois 
a vacina viva contra Newcastle cria imunidade lo-
cal rápido, enquanto a inativada gera imunidade 
mais intensa e duradoura.
• Quando administrada em associação, a vacina 
viva de Newcastle é aplicada pela via intraocular.
CUIDADOS
• Utilize vacinas inativadas de Newcastle especificamen-
te formuladas para aves com menos de 10 dias de vida.
• Quando a vacina inativada contra a doença de 
Newcastle for aplicada no incubatório, utilize um 
local de administração diferente do usado para a 
vacina da Marek.
• É necessário usar técnicas de vacinação corretas 
para garantir a imunização total dos lotes.
• A administração de vacinas vivas em todos os lo-
tes de aves de um local no mesmo dia minimiza a 
ocorrência de reações pós-vacinais rolantes.
• Os anticorpos maternos têm capacidade de interfe-
rir em diferentes graus na imunização sistêmica de 
aves com menos de 3 semanas de vida. Essa interfe-
rência não tem grande impacto no desenvolvimento 
da imunidade local no trato respiratório.
ou
ou
ou
82 83
• A administração simultânea de vacinas monovalentes 
(fração única) contra bronquite e Newcastle requer 
cautela, pois ambos os vírus podem interferir na repli-
cação um do outro. Os títulos de Newcastle e bronquite 
em vacinas associadas são devidamente ajustados para 
evitar interferências entre si.
DOENÇA INFECCIOSA 
DA BOLSA
(IBD, DOENÇA DE GUMBORO)
OBJETIVO DA VACINAÇÃO
• Prevenir a morbidade, a mortalidade e a imunos-
supressão associadas a infecções causadas pela 
IBD.
• Em matrizes, estimular o desenvolvimento de 
níveis altos de anticorpos a serem transferidos à 
progênie durante a fase de postura.
CEPAS VACINAIS
• As vacinas vivas contra IBD podem ser classificadas 
como fortes, intermediárias ou suaves, de acordo 
com as características mostradas no gráfico. As 
vacinas fortes contra IBD geralmente causam mais 
lesões na bolsa, resposta sorológica mais intensa e 
maior redução dos títulos da doença de Newcastle 
(ND). As vacinas suaves contra IBD são mais fáceis 
84 85
SUAVEINTERMEDIÁRIAFORTE
de serem neutralizadas pelos anticorpos maternos, 
causam menos atrofia da bolsa e precisam de doses 
maiores para imunizar as aves.
• Em todos os tipos dessa vacina há grandes varia-
ções nas características.
• A escolha da vacina depende da virulência e/ou 
da natureza antigênica do vírus de desafio a cam-
po, dos níveis de anticorpos maternos e da idade 
das aves à época da vacinação.
• Há também vacinas vetorizadas e de imunocom-
plexo. Novas tecnologias podem levar ao desen-
volvimento de outras opções de vacina.
• As empresas fabricantes de vacinas vetorizadas 
devem ser consultadas sobre indicações de pro-
gramas de vacinação específicos.
Lesões Microscópicas 
na Bolsa
 Resposta
 Sorológica
Interferência dos
 Anticorpos Maternos
Relações Peso da 
Bolsa/Peso Vivo
Redução dos 
Títulos de ND
Dose Imunizante
CARACTERÍSTICAS DAS VACINAS DE GUMBORO
O EFEITO DOS ANTICORPOS MATERNOS (AM) NA 
IMUNIZAÇÃO CONTRA IBD
LOTES COM NÍVEIS HOMOGÊNEOS DE AM
0 5 10 15 20 25 30
DIAS DE VIDA
N
ÍV
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O
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O
S
 
M
A
T
E
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N
O
S
SUSCETÍVEL À 
VACINAÇÃO
• Em pintos, os anticorpos maternos recebidos da 
galinha diminuem de acordo com a meia-vida 
do anticorpo. A meia-vida é o tempo necessário 
para a quantidade de anticorpos séricos cair pela 
metade. Esses anticorpos protegem os pintos 
contra exposição precoce ao vírus de Gumboro. 
Eles também são capazes de bloquear o estímulo 
à imunidade ativa com as vacinas vivas.
• Se os níveis de anticorpos maternos forem homo-
gêneos no lote das aves, é possível atingir uma 
boa imunização com uma única dose.
86 87
• Na maioria das situações, os níveis de anticorpos 
maternos não são iguais em todos os pintos dos 
lotes.
• Os motivos dessa não homogeneidade dos níveis 
de anticorpos maternos são:
1. A mistura de pintos de vários lotes de matrizes 
no incubatório, que podem ser de linhagem ou 
idade diferentes ou utilizar programas de vaci-
nação distintos.
2. As diferenças na quantidade de anticorpos 
transferidos das galinhas para cada um dos 
seus pintos.
3. As diferenças entre as galinhas na quantidade 
de anticorpos transferidos.
• Como as vacinas suaves e intermediárias não neu-
tralizam o mesmo nível de anticorpos maternos 
que os vírus de campo,geralmente são necessárias 
várias doses para o desenvolvimento completo da 
LOTES COM NÍVEIS NÃO HOMOGÊNEOS DE AM
0 5 10 15 20 25 30
DIAS DE VIDA
N
ÍV
E
L
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 A
N
T
IC
O
R
P
O
S
 
M
A
T
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R
N
O
S
imunidade nos lotes de aves. A administração das 
doses deve ser planejada de forma que a maioria 
das aves esteja suscetível à imunização. Uma boa 
imunização é sinônimo de estímulo da resposta 
imune ativa.
O EFEITO DO DESAFIO DE CAMPO NOS AM
0 5 10 15 20 25 30
DIAS DE VIDA
N
ÍV
E
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P
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S
 
M
A
T
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R
N
O
S
ALTO DESAFIO 
DE CAMPO
BAIXO DESAFIO 
DE CAMPO
• Condições de alto desafio podem significar carga 
infectante elevada de vírus de campo (cama reu-
tilizada), vírus de alta patogenicidade (vvIBDV) 
ou vírus de desafio antigenicamente diferente 
(variante do IBDV).
• A capacidade de o vírus de campo causar infecção 
na presença de anticorpos maternos tem impacto na 
época certa para a vacinação e na escolha da vacina 
(potência ou tipo de antígeno).
• Níveis mais altos de desafio de campo costumam 
exigir vacinação mais precoce.
SUSCETÍVEL À 
VACINAÇÃO
SUSCETÍVEL À 
VACINAÇÃO
88 89
• A meia-vida dos anticorpos maternos de IBD é de 
3 a 4 dias nas linhagens de frangos de corte e de 
6 a 7 dias nas linhagens Leghorn e em outras aves 
de vida longa.
• Como a meia-vida dos anticorpos maternos é mais 
curta nas linhagens de frangos de corte, essas 
aves podem ser vacinadas em idade mais precoce 
do que a progênie das linhagens Leghorn.
O EFEITO DA LINHAGEM NOS AM
0 5 10 15 20 25 30
DIAS DE VIDA
N
ÍV
E
L
 D
E
 A
N
T
IC
O
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O
S
 
M
A
T
E
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N
O
S
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
GUMBORO EM POEDEIRAS OU MATRIZES 1
• Este programa contempla 3 tipos de vacinas diferentes: vacina 
imunocomplexo, vacina via água de bebida e vacina inativada. 
É conveniente para uso em lotes de matrizes.
• O objetivo é proteger as frangas contra a forma clínica e os 
efeitos imunossupressores da doença de Gumboro, e produzir 
altos níveis de anticorpos para a progênie. 
1ª
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22
SEMANAS DE VIDA
VACINA VIVA
2ª
H2O
INCUBATÓRIO
3ª
VACINA INATIVADAVACINA DE IMUNOCOMPLEXO 
OU VETORIZADA
H2O ÁGUA SPRAY COM 
GOTA GROSSA INTRAOCULAR ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
IN OVO
SUSCETÍVEL À 
VACINAÇÃO
ou
ou ou
90 91
JUSTIFICATIVA
• As vacinas imunocomplexos atuam de forma 
sinérgica com a queda dos anticorpos maternais. 
Desse modo, a resposta é personalizada para cada 
indivíduo, gerando uma grande vantagem, além 
de reduzir muito a mão de obra.
• A utilização da vacina viva via água de bebida 6 
semanas antes do uso da vacina inativada serve 
como primer, melhorando assim os títulos para 
progênie.
• Em geral, as vacinas inativadas contra Gumboro 
são administradas 4 semanas antes do início da 
fase de postura, de forma a dar tempo para o de-
senvolvimento completo da resposta imune. Os tí-
tulos de anticorpos atingem o pico 4 a 6 semanas 
pós-vacinação.
• Produção de títulos altos e uniformes para 
progênie.
CUIDADOS
• A administração de vacinas vivas tipo imunocomplexo 
deve ser muito precisa, pois a falha no processo 
de vacinação pode acarretar perdas em locais de 
desafio.
PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
GUMBORO EM POEDEIRAS E MATRIZES 2
• Este programa é útil em poedeiras e matrizes com níveis não 
homogêneos de anticorpos maternos. 
• O objetivo é proteger contra infecções causadas por vírus de 
IBD que causam doença clínica e subclínica.
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SEMANAS DE VIDA
4ª Matrizes apenas1ª 2ª 3ª
H2OH2O
VACINA VIVA
CEPAS FORTES OU 
INTERMEDIÁRIAS PLUS
VACINA VIVAVACINA VIVA
CEPAS FORTES, INTERMEDIÁRIAS 
PLUS OU INTERMEDIÁRIAS
CEPAS INTERMEDIÁRIAS OU SUAVES
H2O ÁGUA SPRAY COM 
GOTA GROSSA INTRAOCULAR
JUSTIFICATIVA
• A administração correta de vacina viva confere às 
frangas proteção contra a doença de Gumboro.
• Em regiões de baixo desafio, pode ser conveniente 
a vacinação aos 30 até 35 dias, quando acabaram 
todos os anticorpos maternos.
• As vacinas suaves podem ser usadas em regiões 
de baixo desafio para prevenir os efeitos poten-
cialmente negativos das vacinas intermediárias e 
fortes na bolsa.
ou ou
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• Os perfis não homogêneos de anticorpos mater-
nos em lotes de frangas jovens causam imuniza-
ção parcial das aves, tornando necessária a admi-
nistração de pelo menos 3 doses de vacina viva 
para conferir proteção total ao lote. Em regiões de 
alto desafio, pode ser necessária a administração 
de mais de 3 doses de vacina.
• É justificada a vacinação antes dos 7 dias em caso 
de níveis baixos ou não homogêneos de anticor-
pos maternos e de desafio precoce.
• As vacinas suaves contra IBD são neutralizadas 
por níveis relativamente baixos de anticorpos 
maternos, tornando necessário o planejamento de 
vacinações posteriores, depois de 14 dias.
• No caso de matrizes, as vacinas vivas sozinhas 
não induzem níveis altos de anticorpos maternos 
na progênie.
• As vacinas fortes costumam ser usadas em poe-
deiras em regiões com desafio muito virulento e 
em matrizes para obter a melhor resposta às vaci-
nas inativadas.
• As vantagens da via intraocular são o menor nú-
mero de aves não vacinadas e a administração de 
uma dose mais homogênea da vacina. A adminis-
tração intraocular é adotada onde o custo da mão 
de obra é baixo.
• A última (quarta) dose só é administrada em 
matrizes.
CUIDADOS
• A administração de vacinas contra IBD por spray 
não é tão eficaz quanto via água de bebida ou 
intraocular. Vacinas contra IBD administradas por 
nebulização (spray) devem usar gota grossa.
• As linhagens Leghorn são mais suscetíveis aos 
efeitos adversos das vacinas vivas contra IBD. 
Utilize vacinas fortes somente se for necessário 
combater mortalidade causada por vvIBD.
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PROGRAMA DE VACINAÇÃO CONTRA DOENÇA DE 
GUMBORO EM MATRIZES 3
• Este programa com vacinas vivas e inativadas é válido para 
uso em lotes de matrizes para conferir às frangas proteção 
contra a forma clínica e os efeitos imunossupressores da IBD 
e estimular títulos altos de anticorpos maternos na progênie.
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SEMANAS DE VIDA
2ª/3ª 1ª1ª 1ª/2ª
H2OH2O
VACINA VIVA
CEPAS FORTES OU 
INTERMEDIÁRIAS PLUS
VACINA VIVAVACINA VIVA
CEPAS FORTES, INTERMEDIÁRIAS 
PLUS OU INTERMEDIÁRIAS
CEPAS INTERMEDIÁRIAS OU SUAVES
VACINA INATIVADA
H2O ÁGUA SPRAY COM 
GOTA GROSSA INTRAOCULAR ADMINISTRAÇÃO 
INTRAMUSCULAR OU 
SUBCUTÂNEA
JUSTIFICATIVA
• O objetivo da administração das vacinas vivas é 
proteger as frangas contra IBD e preparar o siste-
ma imune das matrizes para responder de forma 
ideal à vacina inativada.
• As vacinas fortes costumam ser usadas em ma-
trizes para obter a melhor resposta às vacinas 
inativadas.
• Em matrizes, o uso de vacinas inativadas contra 
IBD induz níveis elevados de anticorpos maternos 
que geram na progênie imunidade passiva.
• Em geral, as vacinas inativadas contra Gumboro 
são administradas 4 semanas antes do início da 
fase de postura, de forma a dar tempo para o de-
senvolvimento completo da resposta imune. Os tí-
tulos de anticorpos atingem o pico 4 a 6 semanas 
pós-vacinação.
• Algumas vacinas inativadas contra IBD contêm 
várias cepas, inclusive variantes, para ampliar o 
espectro da proteção por anticorpos maternos na 
progênie.
• Vacinas inativadas contra IBD que contêm cepas 
variantes são seguras para uso em qualquer re-
gião, pois o vírus foi neutralizado (inativado).
• As vantagens da via intraocular são o menor nú-
mero de aves não vacinadas e a administração de 
uma dose mais homogênea da vacina. A adminis-
tração intraocular é adotada onde o custo da mão 
de obra é baixo.
CUIDADOS
• Em matrizes, os títulos de IBD podem diminuir a 
partir das 40 a 45 semanas de vida.
• A administração de vacinas contra IBD por spray 
não é tão eficaz quanto via água de bebida ou 
intraocular. Vacinas contra IBD administradas

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