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Tipos de Execução Contratual

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• De exec instantânea: o cumprimento da prestação se dá na hora da conclusão do 
contrato. Exemplo: compra e venda à vista. 
• De exec continuada: quando o cumprimento da prestação se dá de modo continuado, 
em cotas periódicas de prestação. Exemplo: compra parcelada. 
• De exec diferida: quando o cumprimento se dá de uma vez só e de modo integral, mas 
no futuro. 
• A teoria da imprevisão só cabe nos casos de contratos de execução continuada ou 
diferida. 
• TEORIA DA IMPREVISÃO OU DA ONEROSIDADE EXCESSIVA 
o É originada na inovação do CC/2002 quando traz a mitigação do princípio do 
pacta sunt servanda. Antigamente, os contratos tinham a cláusula rebus sic 
standibus. Ou seja, o cumprimento do contrato que continha essa cláusula era 
vinculado a uma não-mudança na situação fática que envolvia o contrato. O 
cumprimento era devido se a coisa assim ficar, se rebus sic standibus. Essa 
idéia trazida para o CC/2002 resultou na teoria da imprevisão, inovando ao 
dizer que fatos supervenientes e imprevisíveis que tornem o contrato 
excessivamente oneroso a uma das partes pode resultar em pedido de 
resolução deste contrato. Isso pois esses fatos tornam o contrato 
excessivamente vantajoso a uma parte, e excessivamente oneroso a outra, em 
evidente desequilíbrio da relação contratual. Esse princípio está colocado no 
Art. 478 do CC. Não precisa haver cláusula expressa. 
 
o Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a 
prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com 
extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos 
extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do 
contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. 
o Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar 
eqüitativamente as condições do contrato. 
o Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, 
poderá ela pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de 
executá-la, a fim de evitar a onerosidade excessiva. 
 
Contratos que produzem efeitos em relação a terceiros 
• Princípio da relatividade dos efeitos do contratos. 
o Os contratos produzem efeitos inter-partes. A relação obrigacional que daí 
nasce diz respeito apenas às partes, de modo que nenhuma outra pessoa pode 
contrair obrigação de contrato do qual não fez parte. No entanto, um contrato 
pode produzir efeitos que atingem terceiros. Por isso fala-se em relativização 
dos efeitos dos contratos pois, em que pese a relação jurídica obrigacional ser 
inter-partes, os efeitos que o contrato produz nem sempre são inter-partes. 
Exemplo: seguro de vida: contrato celebrado entre um sujeito e uma 
seguradora, em que a morte do contratante produz efeito para um beneficiário 
que não fez parte do contrato.

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