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Racismo na saúde
O racismo impacta de maneira profunda e prejudicial o acesso à saúde da população negra no Brasil. 
Estudos mostram que pessoas negras enfrentam diversos obstáculos e desigualdades no sistema de 
saúde, desde a qualidade do atendimento até a forma como seus sintomas e condições de saúde são 
percebidos e tratados pelos profissionais médicos.
Um exemplo claro dessa realidade é a alta taxa de mortalidade materna entre mulheres negras, que 
chega a ser até três vezes maior do que entre mulheres brancas. Isso se deve a diversos fatores, como o 
menor acesso aos serviços de pré-natal, a falta de sensibilidade dos profissionais de saúde às 
especificidades da saúde da mulher negra e o preconceito racial que leva à negligência e à 
subestimação de suas queixas.
Outro dado preocupante é a maior incidência de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, entre 
a população negra. Isso está relacionado não apenas a questões socioeconômicas, mas também à forma 
como o racismo estrutural prejudica o acesso dessa população a informações, exames e tratamentos 
adequados. Além disso, a própria falta de representatividade de profissionais negros na área da saúde 
dificulta a construção de uma relação de confiança e cuidado apropriado.
Ações afirmativas e políticas de 
inclusão
Combate às Desigualdades
As ações afirmativas são políticas 
públicas e privadas que visam promover 
a igualdade de oportunidades e 
combater as desigualdades históricas e 
estruturais enfrentadas por grupos 
marginalizados, como a população negra, 
indígena e outras minorias. Essas 
iniciativas buscam criar condições para 
que esses grupos tenham maior acesso a 
espaços e recursos, como educação, 
emprego e representação política.
Diversidade e 
Representatividade
As políticas de inclusão têm como 
objetivo aumentar a diversidade e a 
representatividade de grupos 
historicamente sub-representados em 
diferentes setores da sociedade. Isso 
envolve, por exemplo, a implementação 
de cotas raciais e sociais em 
universidades, concursos públicos e 
empresas, bem como a promoção de 
ações de valorização da cultura, história 
e identidade desses grupos.
Combate ao Racismo Estrutural
Além de promover o acesso e a representatividade, as ações afirmativas e as políticas de 
inclusão também têm um papel fundamental no combate ao racismo estrutural, isto é, 
ao conjunto de práticas, normas e instituições que perpetuam a discriminação e a 
desigualdade racial de forma sistêmica. Essas iniciativas buscam transformar esse 
cenário, garantindo maior equidade e justiça social.

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