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CNV JR MEDIAÇÃO

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Para que se possa aplicar a comunicação não-violenta no meu ambiente de trabalho, deve-se fazer uso dos quatro componentes que se tornam base de qualquer comunicação, seja na hora de se expressar ou ao ouvir. O intuito destas técnicas não é reverter características instintivas do ser humano, como o julgamento, mas mudar a maneira como processamos essas informações.
Na observação, há a declaração de ações e fatos concretos que que passo a observar. A primeira etapa consiste em atentar-se aos julgamentos estabelecidos precocemente. Deve se realizar um exercício de manter-se apenas no campo da observação, com o intuito de aprender e entender a situação e outro, ao invés de adotar uma postura defensiva ou julgadora.
No sentimento há a explicação do que venho sentindo em relação ao que posso estar observando. Nesta etapa, é importante entender a reação diante da comunicação com o outro. O que aquela interação provoca? Desta forma, o colaborador consegue entender que não está mais no campo racional, mas que aquela situação despertou sentimentos que podem interferir na forma de reagir.
Apresento a necessidade que está gerando o sentimento supracitado. Nessa etapa cabem diversas reflexões: qual é o meu objetivo com essa comunicação? O que eu efetivamente preciso? Qual necessidade eu buscava quando eu agi da forma que agi? O que eu queria alcançar? Eu consegui? E a que custo? Para conseguir o que eu gostaria, eu prejudiquei a relação? Eu machuquei a outra pessoa?
Em seguida, peço ações concretas que irão me ajudar a resolver a situação exposta. Uma vez identificada a necessidade, quais ações podem ser tomadas para alcançá-la? Qual pedido específico eu posso fazer para resolver a situação? É importante ressaltar que o pedido claro exige uma resolução prática para ele. Por exemplo, ao invés de: “preciso de mais espaço de fala” para “para mim, é importante concluir minha fala antes de ouvir a sua” Desta forma, há indicação clara do pedido e de como ele pode ser atendido.
Na Justiça Restaurativa são as partes que ocupam o papel principal na solução dos conflitos, e, por meio da CNV, que perpassa todo o processo, as mesmas são estimuladas a reconhecer sentimentos e necessidades, bem como, adotar uma postura de pleno respeito e escuta ativa dos demais, o que contribui para o estabelecimento de vínculos, da retomada da consciência e de auto responsabilização.
Pode-se concluir que a CNV contribui para a construção da solução consensual e pacífica de conflitos no interior do procedimento de mediação, através de atitudes, falas e comportamentos voltados para a não-violência, sendo uma forma pacifica para elucidação de duvidas e resolução de problemas dos mais variados níveis institucionais.

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