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Legislação brasileira de produtos cosméticos APRESENTAÇÃO O registro de determinado produto é o ato legal que reconhece a sua adequação à legislação sanitária, e sua concessão é dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para que os produtos sujeitos à vigilância sanitária sejam registrados, é necessário atender aos critérios estabelecidos em leis e à regulamentação específica estabelecida pela agência. Tais critérios visam a minimizar eventuais riscos associados ao produto. Cabe à empresa fabricante ou importadora a responsabilidade pela qualidade e segurança dos produtos registrados junto à Anvisa. Para isso, o detentor do produto deve apresentar dados comprobatórios que atestem a qualidade, segurança e eficácia de seus produtos e a idoneidade dos respectivos dizeres de rotulagem, bem como os requisitos técnicos estabelecidos. Deve, ainda, garantir que o produto não constitui risco à saúde quando utilizado em conformidade com as instruções de uso e demais medidas constantes da embalagem de venda do produto durante o seu período de validade. A compreensão das normas que regem assuntos relacionados à área e saúde é extremamente relevante para atuar com ética, além de proporcionar conhecimento técnico. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá quais são as normas vigentes, suas atualizações para registro e notificação de cosméticos e sua devida rotulagem. Além disso, conhecerá o Guia para avaliação de segurança de cosméticos da Anvisa e sua importância para os dizeres de rotulagem. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar a legislação sanitária vigente para registro e notificação de cosméticos.• Reconhecer os dizeres obrigatórios de rotulagem de cosméticos.• Relacionar o Guia para avaliação de segurança de cosméticos da Anvisa aos dizeres de rotulagem. • DESAFIO A classificação voltada a registro ou notificação identifica produtos de higiene pessoal, cosméticos, perfumes e produtos infantis em dois graus: Produtos de Grau 1 e Produtos de Grau 2. Os critérios para essa classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados em sua utilização. Com base nos resultados encontrados no site da Anvisa, responda: A) Que produtos representam os rótulos A e B? B) Qual produto necessita de registro e qual precisa de notificação? Explique com base na classificação Grau 1 e Grau 2. INFOGRÁFICO A segurança de um produto cosmético é responsabilidade da empresa fabricante, que deve apresentar à Anvisa termo de responsabilidade com dados que atestam a eficácia e segurança do produto. Se o cosmético se propõe a ter determinadas características, o fabricante deve apontar testes específicos para esses fins. O guia de segurança da Anvisa apresenta sugestões de análises de segurança. No Infográfico, veja a relação de algumas indicações específicas em rótulos de cosméticos e seus respectivos ensaios de segurança. CONTEÚDO DO LIVRO A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população. Em seu site, é possível ter acesso à legislação vigente sobre diversos assuntos relacionados à saúde, inclusive acerca dos produtos cosméticos. No capítulo Legislação brasileira de produtos cosméticos, do livro Formulações em cosmetologia, você verá as normas que tratam do registro e notificação dos produtos cosméticos e como são classificados, bem como os requisitos de rotulagem dos produtos. Além disso, conhecerá a relação do Guia para avaliação de segurança de cosméticos da Anvisa, com os dizeres de rotulagem. FORMULAÇÕES EM COSMETOLOGIA Alexandra Allemand Legislação brasileira de produtos cosméticos Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar a legislação sanitária vigente para registro e notificação de cosméticos. � Reconhecer os dizeres obrigatórios de rotulagem de cosméticos. � Relacionar o Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cos- méticos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária aos dizeres de rotulagem. Introdução Neste capítulo, você estudará a legislação vigente sobre registro e no- tificação de cosméticos, como estes se classificam para fins de registro, quais são eles e por que alguns precisam de registro e outros apenas de notificação. Você aprenderá também qual legislação trata da sua rotulagem, quais são os dizeres obrigatórios gerais e os produtos que necessitam de dizeres mais específicos, bem como a importância do Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e sua relação com os dizeres de rotulagem. Registro e notificação de cosméticos No site da Anvisa, existe uma série de informações necessárias à regularização tanto de empresas como dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfu- mes, como informações sobre autorizações e licenças de funcionamento, Boas Práticas de Fabricação e Certificado de Boas Práticas de Fabricação, registro e comunicação prévia de fabricação, certificados, entre outros. O registro de um produto se trata do ato legal que reconhece sua adequação à legislação sanitária, e sua concessão é dada pela Anvisa. Para que ele seja registrado, deve-se atender aos critérios estabelecidos em leis e à regulamen- tação específica da agência. Tais critérios visam minimizar eventuais riscos associados ao produto. Cabe à empresa fabricante ou à importadora a responsabilidade pela quali- dade e segurança dos produtos registrados junto a Anvisa. Para isso, o detentor do produto deve possuir dados comprobatórios que atestem sua qualidade, segurança e eficácia, a idoneidade dos dizeres de rotulagem, bem como os requisitos técnicos estabelecidos na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº. 07, de 2015, os quais deverão ser apresentados aos órgãos de vigilância sanitária, sempre que solicitados ou durante as inspeções. Deve ainda garantir que o produto não constitui risco à saúde quando utilizado em conformidade com as instruções de uso e demais medidas constantes da embalagem de venda durante o período de validade. A empresa deverá, então, anexar à transação o Termo de Responsabilidade, disponível na RDC, devidamente assinado pelo responsável técnico e representante legal da empresa (BRASIL, 2015a). Os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes estão descritos na RDC nº. 07, de 2015. De acordo com essa normativa: Produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são preparações constituí- das por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes, membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores corporais ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (BRASIL, 2015a, p. 6). A classificação para fins de registro ou notificação identifica os produtos de higiene pessoal, cosméticos, perfumes e os infantis em dois graus: 1 e 2. Seus critérios foram definidos em função da probabilidade de ocorrência de efeitos não desejados devido ao seu uso inadequado, sua formulação, finalidade de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados ao utilizá-los. Os produtos Grau 1 “[...] se caracterizam por possuírem propriedades bási- cas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto” (BRASIL, 2015a, p. 7). Portanto, esses cosméticos não podem ter indicações específicas, como açãoanticaspa, antiqueda, antiperspirante, antiacne, anticelulite, antirrugas, etc. Já os produtos Grau 2 “[...] possuem indicações específicas, cujas caracterís- ticas exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações Legislação brasileira de produtos cosméticos2 e cuidados, modo e restrições de uso” (BRASIL, 2015a, p. 7), apenas eles estão sujeitos ao procedimento de registro. Você pode ver alguns desses produtos a seguir: ANEXO VIII Produtos Grau 2 sujeitos a Registro 1. Bronzeador. 2. Protetor solar. 3. Protetor solar infantil. 4. Gel antisséptico para as mãos. 5. Produto para alisar os cabelos. 6. Produto para alisar e tingir os cabelos. 7. Repelente de insetos. 8. Repelente de insetos infantil. (BRASIL, 2015a, p. 20–21). Os demais produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são isentos de registro e estão sujeitos ao procedimento de comunicação prévia a Anvisa, que é o procedimento administrativo a ser aplicado para informar a intenção de comercialização de um produto isento de registro por meio de notificação (BRASIL, 2015a). As legislações podem sofrer mudanças ao longo do tempo, como alterações, revisões ou serem revogadas. Por exemplo, a RDC nº. 07, de 2015, já sofreu uma modificação pela RDC nº. 237, de 2018 (BRASIL, 2018). Para manter-se atualizado, consulte sempre o portal da Anvisa, observando o status da norma. Rotulagem de cosméticos A rotulagem tem como objetivo estabelecer as informações indispensáveis que devem figurar nos rótulos dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, concernentes a sua utilização, assim como toda a indicação ne- cessária referente a eles. Ela também não deve conter indicações e menções 3Legislação brasileira de produtos cosméticos terapêuticas, nem denominações e indicações que induzam a erro, engano ou confusão quanto à sua procedência, origem, composição, finalidade ou segurança (BRASIL, 2015a). Antes de você compreender quais são os dizeres obrigatórios exigidos pela Anvisa para a rotulagem dos cosméticos, é preciso entender alguns conceitos descritos na RDC nº. 07, de 2015, Anexo V (BRASIL, 2012a; 2015a, p. 16–17): 1. Embalagem Primária: envoltório ou recipiente que se encontra em contato direto com os produtos. Considera-se material de embalagem primária: ampola, bisnaga, envelope, estojo, flaconete, frasco de vidro ou de plástico, frasco- -ampola, cartucho, lata, pote, saco de papel e outros. Não deve haver qualquer interação entre o material de embalagem primária e o seu conteúdo capaz de alterar a concentração, a qualidade ou a pureza do material acondicionado. 2. Embalagem Secundária: é a embalagem destinada a conter a embalagem primária ou as embalagens primárias. É a que possibilita total proteção do material de acondicionamento nas condições usuais de transporte, armazena- gem e distribuição. Considera-se embalagem secundária: caixas de papelão, cartuchos de cartolina, madeira ou material plástico ou estojo de cartolina, dentre outros. 3. Rótulo: identificação impressa ou litografada, bem como dizeres pintados ou gravados, decalco sob pressão ou outros, aplicados diretamente sobre recipientes, embalagens, invólucros, envoltórios ou qualquer outro protetor de embalagens. 4. Folheto de Instruções: texto impresso que acompanha o produto, contendo informações complementares. 5. Nome/Grupo/Tipo: designação do produto para distingui-lo de outros, ainda que da mesma empresa ou fabricante, da mesma espécie, qualidade ou natureza. 6. Marca: elemento que identifica um ou vários produtos da mesma empresa ou fabricante e que os distingue de produtos de outras empresas ou fabricantes, segundo a legislação de propriedade industrial. 7. Origem: lugar de produção ou industrialização do produto. 8. Lote ou Partida: Quantidade de um produto em um ciclo de fabricação, devidamente identificado, cuja principal característica é a homogeneidade. 9. Prazo de Validade: tempo em que o produto mantém suas propriedades, quando conservado na embalagem original e sem avarias, em condições adequadas de armazenamento e utilização. 10. Titular de registro: pessoa jurídica ou denominação equivalente definida no ordenamento jurídico nacional que possui registro de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. 11. Elaborador/Fabricante: empresa que possui as instalações necessárias para a fabricação/elaboração de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. 12. Importador: pessoa jurídica ou denominação equivalente definida no ordenamento jurídico nacional responsável pela introdução em um país, de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes estrangeiros. 13. Número de Registro do Produto: corresponde ao número de identificação de empresa e o número de Resolução ou Autorização de comercialização do produto. Legislação brasileira de produtos cosméticos4 14. Ingredientes/Composição: descrição qualitativa dos componentes da fórmula através de sua designação genérica, utilizando a codificação de substâncias estabelecida pela Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos (INCI). Advertências e Restrições de Uso: são as estabelecidas nas listas de substân- cias quando exigem a obrigatoriedade de informar a presença das mesmas no rótulo e aquelas estabelecidas no Anexo V desta Resolução “Regulamen- to Técnico sobre Rotulagem Específica para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes”. O Anexo V da RDC nº. 07, de 2015, dispõe sobre o regulamento técnico sobre rotulagem obrigatória geral para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, o qual tem como objetivo estabelecer as informações indispensáveis que devem figurar nos rótulos desses produtos, concernentes a sua utilização, assim como toda a indicação necessária referente a eles. Fonte: Adaptado de Brasil (2015a, p. 17–18). Rotulagem Obrigatória Geral REF. ITEM EMBALAGEM 1 Nome do produto e grupo/tipo a que pertence no caso de não estar implícito no nome. Primária e Secundária 2 Marca Primária e Secundária 3 Número de registro do produto Secundária 4 Lote ou Partida Primária 5 Prazo de Validade Secundária 6 Conteúdo Secundária 7 País de origem Secundária 8 Fabricante/Importador/Titular Secundária 9 Domicílio do Fabricante/Importador/Titular Secundária 10 Modo de Uso (se for o caso) Primária ou Secundária 11 Advertências e Restrições de uso (se for o caso) Primária e Secundária 12 Rotulagem Específica Primária e Secundária 13 Ingredientes/Composição Secundária Quadro 1. Rotulagem obrigatória 5Legislação brasileira de produtos cosméticos Algumas observações devem ser consideradas quanto à rotulagem obri- gatória geral: � quando não existir embalagem secundária, toda a informação requerida deve figurar na embalagem primária; � o modo de uso poderá figurar em folheto anexo por meio de indicação na embalagem primária, por exemplo, “Ver folheto anexo”; � quando a embalagem for pequena e não permitir a inclusão de adver- tências e restrições de uso, estas poderão figurar em folheto anexo, por meio de indicação na embalagem primária — “Ver folheto anexo”. Já o Anexo VI da RDC nº. 07, de 2015 (BRASIL, 2015), trata do regula- mento técnico sobre rotulagem específica para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. � Aerossóis: ■ inflamável, não pulverizar perto do fogo; ■ não perfurar, nem incinerar; ■ não expor ao sol nem a temperaturas superiores a 50º C; ■ proteger os olhos durante a aplicação; ■ manter fora do alcance de crianças. � Neutralizantes, produtos para ondular e alisar os cabelos: ■ não aplicar se o couro cabeludo estiver irritado ou lesionado; ■ manter fora do alcance das crianças. � Agentes clareadores de cabelos e tinturas capilares: ■ pode causar reação alérgica. Fazer a Prova de Toque; ■ não usar nos cílios e sobrancelhas; ■ não aplicar se o couro cabeludo estiver irritado ou lesionado; ■ em caso de contato com os olhos, lavar com água em abundância; ■ manter fora do alcance das crianças.� Tinturas capilares com acetato de chumbo: ■ não aplicar se o couro cabeludo estiver irritado ou lesionado; ■ o uso inadequado pode provocar intoxicação por absorção de chumbo; ■ aplicar somente no couro cabeludo (cabelos); ■ depois do uso, lavar as mãos com água em abundância para evitar a ingestão acidental; ■ manter fora do alcance das crianças. Legislação brasileira de produtos cosméticos6 � Depilatórios e epilatórios: ■ não aplicar em áreas irritadas ou lesionadas; ■ não deixar aplicado por tempo superior ao indicado nas instruções de uso; ■ não usar com a finalidade de se barbear; ■ em caso de contato com os olhos, lavar com água em abundância; ■ manter fora do alcance das crianças. � Dentifrícios e enxaguatórios bucais com flúor: ■ indicar o nome do composto de flúor utilizado e sua concentração em ppm (parte por milhão); ■ indicar o modo de uso, quando necessário; ■ não usar em crianças menores de 06 anos. (somente para enxagua- tórios bucais). � Produtos antiperspirantes/antitranspirantes: ■ usar somente nas áreas indicadas; ■ não usar se a pele estiver irritada ou lesionada; ■ caso ocorra irritação e/ou prurido no local da aplicação, suspender o uso imediatamente. � Tônicos capilares: ■ em caso de eventual irritação do couro cabeludo, suspender o uso. Além das advertências na rotulagem específica, deve-se acrescentar, obri- gatoriamente, nas embalagens primária e secundária, os dizeres específicos apresentados a seguir (BRASIL, 2015a, p. 4): I- AEROSSÓIS: “Evite a inalação deste produto”. II- NEUTRALIZANTES, PRODUTOS PARA ONDULAR E ALISAR OS CABELOS: “Este preparado somente deve ser usado para o fim a que se destina, sendo PERIGOSO para qualquer outro uso”. III- AGENTES CLAREADORES DE CABELOS E TINTURAS CAPI- LARES: Os rótulos das tinturas e dos agentes clareadores de cabelos que contenham substâncias capazes de produzir intoxicações agudas ou crônicas deverão conter as advertências: “CUIDADO. Contém substâncias passíveis de causar irritação na pele de determinadas pessoas. Antes de usar, faça a prova de toque”. IV- BRONZEADORES SIMULATÓRIOS: Os rótulos dos produtos destinados a simular o bronzeamento da pele deverão conter a advertência “Atenção: não protege contra a ação solar”. 7Legislação brasileira de produtos cosméticos Veja na Figura 1 um exemplo de rotulagem obrigatória geral na embalagem primária, a qual fica em contato direto com o produto. Quando não existir a embalagem secundária, toda a informação requerida deve figurar na primária. Figura 1. Exemplo de rotulagem obrigatória geral na embalagem primária. Fonte: Santos (2016, documento on-line). Os cosméticos para crianças são cada vez mais populares, e o Brasil é um dos maiores mercados mundiais desses produtos, que incluem maquiagens, esmaltes, sabonetes, batons, entre outros. As crianças devem utilizar apenas produtos infantis, pois eles são elaborados respeitando as necessidades específicas dessa faixa etária. A RDC nº. 15, de 24 de abril de 2015, e suas atualizações dispõem sobre os requisitos técnicos para a rotulagem de produtos infantis, bem como para sua formulação. Para saber mais detalhes, acesse o link a seguir. https://goo.gl/m3WM92 Legislação brasileira de produtos cosméticos8 Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos A empresa fabricante do cosmético é responsável pela segurança desse produto, conforme assegurado pelo Termo de Responsabilidade disponível no Anexo VII da RDC nº. 07, de 2015 (BRASIL 2015a) que deve ser apresentado no ato da sua regularização e no qual ela declara possuir dados comprobatórios que atestam sua eficácia e segurança. A avaliação da segurança deve preceder a colocação do produto cosmético no mercado (BRASIL, 2012b). Com o intuito de não limitar as empresas de apresentarem alternativas de avaliações, a Anvisa elaborou um Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos, com sugestões de critérios para avaliar a segurança dos produtos e fornecer os subsídios para esse fim. Como já observado, na rotulagem, alguns dizeres obrigatórios em pro- dutos específicos são relacionados a advertências e restrições de uso, bem como elaborados de acordo com os resultados apresentados por eles após os testes necessários para avaliar sua segurança. Essa avaliação está baseada na avaliação do risco e deve considerar os parâmetros toxicológicos dos ingredientes com base em dados atualizados, as condições de uso do produto cosmético e o perfil do consumidor alvo (ROGIERS; PAUWELS, 2008 apud BRASIL, 2012b). Quanto à avaliação dos riscos, você deve compreender os seguintes con- ceitos: (BRASIL, 2012b, p. 11): Perigo: propriedade intrínseca de um ingrediente. É o potencial de causar um dano, sem relação com a dosagem ou a exposição. Dano: é a lesão ou reação causada pelo ingrediente ou associação de ingre- dientes de um produto. Risco: é a probabilidade de ocorrência do dano, em função do nível de ex- posição. Segundo o Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos (BRASIL, 2012b), o risco cosmético se trata da probabilidade de ocorrência de uma das reações apresentadas a seguir (SAMPAIO; RIVITTI, 2007; CA- SARETT, KLAASSEN, DOULL, 2008): Irritação: processo inflamatório que ocorre na área de contato com o produto, podendo ocorrer após a primeira aplicação (irritação primária) ou com a con- tinuidade do uso (irritação acumulada). É determinada por um dano tecidual agudo ou crônico de intensidade variada. É dependente da concentração dos 9Legislação brasileira de produtos cosméticos ingredientes no produto final, da formulação como um todo, quantidade aplicada, frequência e modo de aplicação. Sensibilização: processo inflamatório que envolve mecanismo imunológico, do tipo celular, com tempo de contato variável, de alguns dias ou mesmo alguns anos, até que o organismo reconheça um ou mais ingredientes como alergênicos. Em geral, é uma resposta que não ocorre nas primeiras aplicações, a não ser que o indivíduo já se encontre sensibilizado a um dos ingredientes do produto, podendo aparecer em outra área, diferente da área de aplicação. O processo alérgico pode decorrer tanto em função dos ingredientes isola- dos, quanto da interação entre eles no produto, formando novo componente. As respostas de irritação e sensibilização do ponto de vista clínico são seme- lhantes, caracterizadas pela ocorrência de um ou mais dos seguintes sinais clínicos: eritema, edema, pápula e pústula. Diferenciam-se pelo fato da irrita- ção ser dose dependente, enquanto que a sensibilização não: o indivíduo uma vez sensibilizado desenvolverá a reação a toda exposição ao(s) ingrediente(s). Sensações de desconforto: são reações comuns a cosméticos, caracterizadas por sintomas subclínicos que podem sinalizar uma irritação: ardência, prurido/ coceira, dor, pinicação, etc. Efeito sistêmico: resulta da passagem de quaisquer ingredientes do produto, para a corrente circulatória, independentemente da via de aplicação. O risco sistêmico é avaliado a partir dos dados relativos aos ingredientes. A maioria das informações necessárias na avaliação do risco potencial de um produto cosmético resulta do conhecimento dos ingredientes que compõem sua fórmula, porém, a associação entre os insumos pode influenciar nesse risco e, por conta disso, a avaliação de segurança pressupõe uma abordagem caso a caso, observando-se, preliminarmente, todas as informações disponíveis que contribuam para o conhecimento do risco potencial, em condições normais ou razoavelmente previsíveis de uso. Embora os cosméticos sejam aplicados topicamente, um ou mais de seus ingredientes podem permear a barreira cutânea; já outros, devido à sua apresentação e ao modo de uso, podem ser até inalados, por exemplo, o spray para cabelos (BRASIL, 2012b). De acordo com o Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cos- méticos (BRASIL, 2012b), caso não haja risco previsível decorrente do uso, avalia-se a fórmula per si paradeterminar a aceitabilidade dos ingredientes nas condições de utilização do produto acabado. Por razões éticas, quando o risco previsível não pode ser suficientemente conhecido, recorre-se, segundo o nível de conhecimento, aos métodos experimentais, in vitro ou in vivo (BRASIL, 2012b). As metodologias utilizadas para demonstrar a segurança dos produtos cosméticos propostas pelo Guia para Avaliação de Segurança são divididas em dois grupos: os ensaios pré-clínicos (in vitro e em animais) e os clínicos. A seguir, você pode ver a relação dos testes recomendados em cada grupo. Legislação brasileira de produtos cosméticos10 Ensaios pré-clínicos In vitro � Avaliação do potencial de irritação ocular: membrana cório-alantoide; permeabilidade e opacidade de córnea bovina/olho isolado de galinha (BCOP/ICE); red blood cell (RBC); citotoxicidade pelo método de vermelho neutro (NRU) e citotoxicidade pelo método MTT. � Avaliação do potencial de irritação cutânea: epiderme reconstituída. � Avaliação do potencial fototóxico: teste de fototoxicidade. � Avaliação da permeação e retenção cutâneas. In vivo � Toxicidade aguda oral: método de doses fixas, método up and down, método de classes. � Irritação/corrosividade ocular. � Irritação/corrosividade cutânea. � Avaliação da irritação primária. � Avaliação da irritação acumulada. � Sensibilização dérmica. � Teste de irritação da mucosa oral. � Teste de irritação da mucosa vaginal. � Teste de irritação da mucosa peniana. � Teste de comedogenicidade. Ensaios clínicos Produtos cosméticos podem necessitar de estudos clínicos em humanos para que as empresas ofereçam aos consumidores o máximo de segurança, com o menor risco, garantindo suas melhores condições de uso. A partir das infor- mações pré-clínicas, deve ser confirmada a evidência de segurança com o uso por humanos. Essas informações também são importantes para estabelecer advertências de rotulagem e orientações para o serviço de atendimento ao consumidor. � Estudos de compatibilidade (condições maximizadas): avaliação da irritação cutânea primária e acumulada; avaliação da comedogeni- cidade em patch; avaliação da sensibilização dérmica; avaliação de 11Legislação brasileira de produtos cosméticos fotoirritação; avaliação de fotossensibilização. Elas devem anteceder os estudos de aceitabilidade. � Estudos de aceitabilidade (condições reais de uso): avaliação de acne- genicidade e comedogenicidade em uso; avaliação de produto para pele sensível; verificação da aceitabilidade ocular. Rótulos com atributos de segurança Geralmente, os rótulos dos cosméticos apresentam descrições como der- matologicamente testado, não comedogênico, hipoalergênico, entre outras especificações. Além desses dizeres, considerados atributos de segurança, é crescente o número de produtos cujos rótulos têm indicação para públicos específicos, por exemplo, pessoas alérgicas, com pele sensível, gestante e público infantil. O Guia da Anvisa, por meio do Anexo IV, descreve os atributos de segurança e os ensaios recomendados em humanos para estes produtos. Por exemplo, um cosmético que apresenta no rótulo “dermatologicamente testado” significa que ele foi avaliado em seres humanos sob controle do dermatologista. De acordo com o Guia, os ensaios recomendados são estudos de compatibilidade cutânea conforme o grupo de produto e/ou aceitabilidade cutânea, em condições normais de uso com avaliação clínica, no mínimo, inicial e final. Já o ensaio de irritação dérmica primária não pode ser usado isoladamente para a comprovação do atributo “dermatologicamente testado” (BRASIL, 2012b). Acesse a RDC nº. 07, de 2015, e suas atualizações no link a seguir. https://goo.gl/uEyVMv Legislação brasileira de produtos cosméticos12 1. Aspectos legais relacionados à saúde da população, como medicamentos e cosméticos, podem ser obtidos por meio do site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no link legislação, e é importante sempre observar a vigência da norma, se houve alguma alteração ou se foi revogada. Com base nessa informação, qual das alternativas a seguir está correta? a) Atualmente, os produtos sujeitos a registro podem ser encontrados na RDC nº. 07, de 2015. b) A RDC nº. 237, de 2018, altera os dizeres obrigatórios sobre a rotulagem dos cosméticos. c) A RDC nº. 237, de 2015, dispõe sobre a regularização dos cosméticos e sua atualização, já a RDC nº. 07, de 2018, altera o Anexo VIII que lista os produtos Grau 2 sujeitos a registro. d) Os dizeres obrigatórios para rotulagem encontram-se na RDC nº. 237, de 2018. e) A RDC nº. 07, de 2015, dispõe sobre a regularização dos cosméticos e sua atualização, já a RDC nº. 237, de 2018, altera o Anexo VIII que lista os produtos Grau 2 sujeitos a registro. 2. Para registro e notificação, os cosméticos são classificados em graus 1 e 2. Pesquise na legislação vigente quais dos produtos a seguir são Grau 1 ou Grau 2, quais deles necessitam de registro ou notificação e marque a alternativa correta. a) Um gel esfoliante facial é considerado Grau 2, pois necessita de uma indicação específica quanto ao seu uso. b) Um desodorante antitranspirante é classificado como Grau 1, pois apresenta propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não é inicialmente necessária. c) Os produtos classificados com Grau 1 e Grau 2 necessitam de registro. d) Apenas os produtos classificados como Grau 2 estão sujeitos ao procedimento de registro, os demais estão sujeitos ao procedimento de comunicação prévia a Anvisa, que é o processo de notificação. e) O protetor solar e os produtos para alisar cabelo são exemplos de cosméticos que necessitam de notificação. 3. A RDC nº. 07, de 2015, estabelece os requisitos para as rotulagens obrigatórias geral e específica. Por exemplo, você comprou dois demaquilantes, um deles vem embalado em uma caixinha, e o outro não, quanto à rotulagem desses produtos, você poderá observar os seguintes dizeres: a) o nome do produto, a marca e o modo de uso poderão ser lidos tanto na caixinha como no frasco do demaquilante. b) como a caixa é a embalagem primária, você poderá ler informações como conteúdo, prazo de validade e fabricante. 13Legislação brasileira de produtos cosméticos c) o lote do produto deverá estar escrito obrigatoriamente na embalagem secundária, no frasco que contém o demaquilante. d) os dizeres obrigatórios para a embalagem secundária não precisarão estar escritos no frasco do demaquilante sem caixa. e) o nome do fabricante ou importador são considerados dizeres específicos e não fazem parte da rotulagem obrigatória geral. 4. Além da rotulagem obrigatória geral, alguns produtos necessitam de uma específica, com dizeres específicos sobre o uso e as advertências. Por exemplo, um desodorante aerossol, uma tintura capilar e um produto depilatório devem conter, respectivamente, os seguintes dizeres específicos na sua rotulagem: a) não expor ao sol nem a temperaturas superiores a 50 ºC; não usar em crianças menores de 6 anos; fazer à prova de toque. b) inflamável; fazer à prova de toque; não deixar aplicado por tempo superior ao indicado nas instruções de uso. c) não perfurar, nem incinerar; pode causar reação alérgica; não usar nos cílios e sobrancelhas. d) evite a inalação deste produto; proteger os olhos durante a aplicação; não usar com a finalidade de se barbear. e) todos devem dizer “manter fora do alcance das crianças e fazer à prova de toque”. 5. O que é necessário para que a empresa comprove a segurança de um cosmético e que este apresente, por exemplo, no rótulo o seguinte dizer “dermatologicamente testado”? a) A comprovação da segurança e suas indicações específicas são realizadas por meio de testes pela Anvisa. b) A empresa é responsável pela segurança do produto cosmético e deve apresentar a Anvisa um Termo de Responsabilidade, o qual se encontra no Guia para Avaliaçãode Segurança de Produtos Cosméticos. c) A empresa deve apresentar à Anvisa um Termo de Responsabilidade com dados comprobatórios indicando que o produto foi avaliado em seres humanos sob controle do dermatologista. d) O Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos contém todos os testes obrigatórios que a empresa fabricante deve realizar. e) O Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos, elaborado pela Anvisa, apresenta apenas sugestões de ensaios clínicos para avaliação in vivo da segurança dos produtos cosméticos. Legislação brasileira de produtos cosméticos14 BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário nacional da farmacopeia brasileira. 2. ed. Brasília: Anvisa, 2012a. 224 p. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/259372/FNFB+2_Revisao_2_COFAR_se- tembro_2012_atual.pdf/20eb2969-57a9-46e2-8c3b-6d79dccf0741>. Acesso em: 13 out. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia para avaliação de segurança de produtos cosméticos. 2. ed. Brasília: Anvisa, 2012b. 71 p. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/documents/106351/107910/Guia+para+Avalia%C3%A7% C3%A3o+de+Seguran%C3%A7a+de+Produtos+Cosm%C3%A9ticos/ab0c660d-3a8c- 4698-853a-096501c1dc7c>. Acesso em: 13 out. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 07, de 10 de fevereiro de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a regularização de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e dá outras providências. Anvisa, Brasília, 2015. Disponível em: <http://portal.anvisa. gov.br/documents/10181/2867685/RDC_07_2015_.pdf>. Acesso em: 13 out. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº 15, de 24 de abril de 2015. Dispõe sobre os requisitos técnicos para a concessão de registro de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes infantis e dá outras providências. Anvisa, Brasília, 2015. Disponível em: <http:// portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2798795/RDC_15_2015_COMP.pdf/7be44226- 2698-4ce6-92be-5e665bbd947b>. Acesso em: 13 out. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 237, de 16 de julho de 2018. Altera a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 07, de 10 de fevereiro de 2015, e a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 15, de 24 de abril de 2015. Anvisa, Brasília, 2018. Disponível em: <http://portal. anvisa.gov.br/documents/10181/4881763/RDC_237_2018_.pdf/50b54103-1b51-41c5- 8c92-af50f4444038>. Acesso em: 13 out. 2018. CASARETT, L. J.; DOULL, J.; KLAASSEN, C. D. Casarett and Doull’s toxicology: the basic science of poisons. 7. ed. New York: McGraw-Hill, 2008. 1310 p. SAMPAIO, S. A. P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3. ed. São Paulo: Artes Médicas, 2007. 1585 p. SANTOS, C. O que a Anvisa diz sobre a qualidade dos cosméticos infantis. Cosmethica!: a beleza por trás do rótulo, [s.l.], 12 out. 2016. Disponível em: <http://www.cosmethica. com.br/qualidade-dos-cosmeticos-infantis/>. Acesso em: 13 out. 2018. 15Legislação brasileira de produtos cosméticos Conteúdo: DICA DO PROFESSOR No site da Anvisa, você pode consultar os cosméticos Grau 2 que são registrados e os Grau 1 notificados. No entanto, também existem os cosméticos multifuncionais, que têm enquadramento diferente. Na Dica do Professor, veja como funciona a regularização desses produtos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Aspectos legais relacionados à saúde da população, como os ligados a medicamentos e cosméticos, podem ser obtidos pelo site da Anvisa. É importante observar a vigência da norma, se houve alteração ou foi revogada. Com base na norma RDC (Resolução da Diretoria Colegiada), qual das alternativas abaixo está correta? A) Atualmente, os produtos sujeitos a registro podem ser encontrados na RDC 07, de 2015 B) A RDC 237/2018 altera os dizeres obrigatórios sobre a rotulagem dos cosméticos C) A RDC 237, de 2015, dispõe sobre a regularização dos cosméticos e sua atualização; a RDC 07/2018 altera o anexo VIII, que lista os produtos GRAU 2, sujeitos a registro. D) Os dizeres obrigatórios para rotulagem encontram-se na RDC 237/2018. E) A RDC 07, de 2015, dispõe sobre a regularização dos cosméticos e sua atualização; a RDC 237/2018 altera o anexo VIII, que lista os produtos GRAU 2, sujeitos a registro. Para registro e notificação, os cosméticos são classificados em Grau 1 e 2. Na 2) legislação vigente, pesquise quais dos produtos abaixo são Grau 1 ou Grau 2, quais necessitam de registro ou notificação e marque a alternativa correta. A) Um gel esfoliante facial é considerado Grau 2, pois necessita de indicação específica quanto ao uso. B) Um desodorante antitranspirante axilar é classificado como Grau 1, pois apresenta propriedades básicas ou elementares cuja comprovação não é inicialmente necessária. C) Os produtos classificados com Grau 1 e Grau 2 necessitam de registro. D) Apenas produtos classificados como Grau 2 estão sujeitos ao procedimento de registro; os demais estão sujeitos ao procedimento de comunicação prévia à Anvisa, ou seja, processo de notificação. E) São exemplos de produtos que necessitam de notificação: protetor solar e produto para alisar cabelo. 3) A RDC 07, de 2015, estabelece os requisitos para a rotulagem obrigatória geral e específica. Você compra 2 demaquilantes, um deles vem embalado em uma caixinha, e o outro não. Quanto à rotulagem desses produtos, é possível observar os seguintes dizeres. A) Nome do produto, marca e modo de uso poderão ser lidos tanto na caixinha quanto no frasco do demaquilante. B) Sendo a caixa a embalagem primária, você poderá ler informações como conteúdo, prazo de validade e fabricante. C) O lote do produto deverá estar escrito obrigatoriamente na embalagem secundária, ou seja, no frasco que contém o demaquilante. D) Os dizeres obrigatórios para a embalagem secundária não precisarão estar escritos no frasco do demaquilante sem caixa. E) O nome do fabricante ou importador são considerados dizeres específicos, ou seja, não fazem parte da rotulagem obrigatória geral. 4) Além da rotulagem obrigatória geral, alguns produtos necessitam de rotulagem específica, com dizeres específicos sobre o uso e advertências. Por exemplo, desodorante aerossol, tintura capilar e produto depilatório devem conter, respectivamente, os seguintes dizeres específicos na rotulagem. A) Não expor ao sol nem a temperaturas superiores a 50oC; não usar em crianças menores de 06 anos; fazer a prova de toque. B) Inflamável; fazer a prova de toque; não deixar aplicado por tempo superior ao indicado nas instruções de uso. C) Não perfurar, nem incinerar; pode causar reação alérgica; não usar nos cílios e sobrancelhas. D) Evite a inalação deste produto; proteger os olhos durante a aplicação; não usar com a finalidade de se barbear. E) Todos devem dizer: manter fora do alcance das crianças e fazer a prova de toque. 5) O que é necessário a fim de a empresa comprovar a segurança de determinado cosmético e apresentar, por exemplo, o seguinte dizer no rótulo: dermatologicamente testado? A) A comprovação da segurança e suas indicações específicas são feitas por meio de testes realizados pela Anvisa. B) A empresa é responsável pela segurança do produto cosmético e deve apresentar à Anvisa um termo de responsabilidade, que se encontra no Guia para avaliação de segurança de cosméticos. C) A empresa deve apresentar à Anvisa termo de responsabilidade com dados comprobatórios, indicando que o produto foi avaliado em seres humanos sob controle de dermatologista. D) O Guia para avaliação de segurança de cosméticos contém todos os testes obrigatórios que a empresa fabricante deve realizar. E) O Guia para avaliação de segurança de cosméticos,elaborado pela Anvisa, apresenta apenas sugestões de ensaios clínicos para avaliação in vivo da segurança dos produtos cosméticos. NA PRÁTICA Segundo a RDC 07/2015, existem dizeres que constituem a rotulagem obrigatória geral e outros mais específicos para cada produto e forma farmacêutica. No caso de um desodorante, além dos dizeres gerais obrigatórios, como nome, marca, registro, fabricante e validade, entre outros, existem dizeres específicos por ser antitranspirante e outros por ser aerossol. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Seguridade Social aprova regras para registro e comercialização de cosméticos orgânicos Neste link, você verá matéria sobre a proposta que cria regras para o registro e a comercialização de cosméticos orgânicos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Anvisa: cosméticos Neste link, você acessa a área de cosméticos da Anvisa e fica por dentro das últimas notícias sobre produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Guia para avaliação de segurança de produtos cosméticos Neste link, você acessa um guia sobre os diferentes tipos de testes que podem ser realizados nos cosméticos com foco na comprovação de sua eficácia e segurança. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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