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Psicologia Médica: Psicanálise

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Psicologia Médica 
Caso 1 
Aula 1 
Psicanálise 
O padrão esperado de atendimento de um psicanalista é com o paciente deitado falando sobre 
tudo. Segundo Freud, cabe ao psicanalista associar eventos do passado do paciente com os desafios, 
hábitos e vícios do presente. 
*Padrão de livre associação, segundo Freud, é esse mecanismo de análise da história de alguém 
com o objetivo de compreender o presente. O psicanalista estimula o paciente a falar de forma 
espontânea e traz a consciência lembranças significativas. A rememorização de fatos importantes 
é conseguida sem hipnose e permite descobrir lacunas nas memórias 
Freud 
Estudo medicina e psicologia. Como médico neurologista, interessou-se por problemas físicos 
relacionados a possíveis causas emocionais. Freud questionava por que alguns sintomas não tinham 
explicações fisiológicas, então começou a buscar uma resposta 
“Por que sob hipnose, pacientes com catatonia sem causas fisiológicas, por exemplo, voltavam a se 
movimentar novamente?” A partir disso e de trabalhos com casos de neurose e histeria, Freud 
começou a desenvolver a ideia de subconsciente 
*Estudava a sexualidade com uma força que movimenta/ motiva as pessoas 
A falha de sua teoria é analisar predominantemente aspectos psicológicos das patologias sem 
considerar tanto os biológicos 
*Atualmente se acredita que 70% da influência sore a personalidade é ambiental e 30% orgânica 
Sintoma 
Conceito criado a partir das ideias levantadas de Freud que significa um sinal, ou conjunto de sinais, 
que indicam algo e levam à etiologia de uma doença permitindo um diagnóstico. A partir daí, a 
conduta médica é de atacar o sintoma para eliminá-lo 
Freud acreditava que o sintoma tinha uma explicação que ia além da manifestação orgânica, que a 
etiologia principal das doenças era inconsciente. 
Para a psicanálise, sintoma era uma formação inconsciente que revela uma verdade do paciente. 
Pode-se dizer, então, que a psicanálise caminha na direção do resgate da subjetividade humana 
*Já é comprovado cientificamente (psicossomática) que mudanças de humor influenciam no sistema 
imunológico, o que, por consequência, pode levar ao desenvolvimento de doenças 
.
Consciente, Inconsciente e Pré-Consciente 
Segundo Freud, todas as personalidades são formadas pelo ID, Ego e Superego, e são moduladas 
pelo inconsciente, consciente e pré-consciente 
Consciente 
É a forma de contato com a realidade fruto de uma decisão consciente. Quem responde pela 
decisão de como agir diante da realidade é o Ego. 
O consciente é a parte da mente que inclui tudo o que pensamos e estamos cientes em 
determinado momento. Ele recebe informações ao mesmo tempo do mundo exterior e do interior. 
É importante na dinâmica do conflito, onde se evita conscientemente aquilo que é desagradável, e 
do tratamento 
Inconsciente 
São memórias que não se acessa, mas que impactam nos hábitos, personalidade, vícios e, 
consequentemente, na saúde 
Geralmente é onde ficam memórias muito antigas que, quando liberadas, continuam com a mesma 
força emocional de quando aconteceram. Os processos inconscientes são atemporais, uma vez 
que o tempo não os modifica. 
Nele se encontram os principais determinantes da personalidade como energias psíquicas na forma 
de instintos inexplicáveis. 
Quando um pensamento/ sentimento acontece e não parece estar relacionado a situações atuais, 
diz-se que as conexões entre eles estão no subconsciente 
Pode-se encontrar materiais excluídos, censurados ou reprimidos da consciência. Esses materiais 
não são esquecidos, somente o acesso a eles fica impossibilitado. Porém, mesmo assim continua 
afetando o consciente, mas agora de maneira indireta 
Pré-Consciente 
Compreende as memórias de curto prazo e experiências passadas que são facilmente acessíveis 
pelo consciente, mas isso só acontece eventualmente 
É o local onde se encontram as lembranças das quais a consciência precisa para desempenhar 
suas funções, por isso são de fácil acesso 
.
Ego, ID e Superego 
Sobre a personalidade em si, Freud observou que existe uma série de conflitos e acordos psíquicos, 
onde um instinto se opõe a outro para determinar como se agir. Os modos de enfrentar as 
situações se chocam, mas sempre um predomina. 
*Vale ressaltar que proibições sociais bloqueiam impulsos da personalidade 
Ego 
É quem somos e sofre influências do inconsciente na forma de ID e de Superego, por isso tenta 
equilibrar ambos. É a parte da personalidade que sempre está em contato com a realidade externa. 
Se desenvolve a partir do ID à medida que o bebê vai adquirindo consciência de sua própria 
identidade. O Ego protege o ID e extrai sua energia. Garante a saúde, a segurança e a sanidade da 
personalidade praticando a autopreservação 
É criado pelo ID para tentar enfrentar a necessidade de reduzir a tensão e aumentar seu prazer, 
porém, regula os impulsos do ID para que não se tenha uma necessidade imediata, mas sim realista 
de se satisfazer 
ID 
Contém tudo aquilo que é herdado e está presente desde o nascimento. Compreende as ações 
instintivas (impulsos) que não são organizadas, mas sim caóticas. Está exposto tanto às exigências 
somáticas do corpo quanto aos efeitos do ego e superego 
*As leis lógicas do pensamento não se aplicam ao ID 
Ele tem poder e autoridade total sobre as atitudes, porém depende do ego e superego para usar 
seu poder. Ele é quase totalmente inconsciente e reserva materiais que existem na mente, mas 
são considerados inaceitáveis 
Por fim, vale ressaltar que sua atividade consiste em impulsos a fim de se obter prazer e gratificação 
imediata, não suportando frustrações. O ID não mede as consequências dos atos para se obter 
prazer 
Superego 
Impõe limites atuando como um juiz em relação às atividades do Ego. Sempre realiza a auto-
observação e está sempre dentro da consciência moral. 
Ele é a interiorização das censuras e exigências parentais 
Desenvolvido a partir do Ego, age principalmente para proibir, restringir e julgar as ações 
conscientes do Ego. Quando muito desenvolvido, pode se tornar inconsciente gerando proibições 
compulsivas, neuroses e sentimentos de culpa 
Personalidade e Patologias 
Baseando-se na estrutura da personalidade, pode-se relacionar o Superego com o desenvolvimento 
de neurose e Transtorno Obsessivo-Compulsivo, uma vez que ambos apresentam uma rigidez 
muito grande com diversas coisas, fruto de uma influência exagerada do Superego 
.
A psicose maníaco-depressiva é a patologia em que o paciente oscila rapidamente e 
frequentemente entre ações determinadas pelo Superego (estágio depressivo) e pelo ID (estágio 
de mania) apenas. A mania pode ser associada à euforia 
A Psicose se relaciona à ruptura do contato com a realidade. A bipolaridade apresenta oscilações 
ID/ Superego na determinação das ações. A esquizofrenia é a ruptura com a realidade associada à 
oscilação ID/ Superego na determinação das ações 
Conceitos da Psicanálise 
●Libido: é a energia aproveitável para os instintos de vida. Compreende desejos e anseios e pode 
ser facilmente deslocado entre diversas áreas de atenção. 
●Self: é o ser total, corpo, instintos, processos conscientes e inconscientes 
●Catarse: é a cura pela fala e conversa depois de um desabafo durante o momento terapêutico. 
À medida que o paciente relata suas angústias já está fazendo catarse por diminuir suas tensões. 
Pode se relacionar com a associação livre 
●Sublimação: é o mecanismo de ajuste da libido e de organização da personalidade. Ela é a defesa 
bem-sucedida do ego por reduzir impulsos e transferir a energia agressiva e sexual para finalidades 
boas como culturais, intelectuais e outras 
Aula 2 
Fases Psicossexuais do Desenvolvimento 
Muitos dos hábitos das pessoas adultas podem ser explicados, de acordo com Freud, com as fases 
psicossexuais do desenvolvimento. 
São apenas 5 pois Freud entende que a formação da personalidade/ libido se esgota após elas. As 
atitudes depois da última fase são apenas consequências das fases de formação 
A cada fase se modificaas formas e as áreas físicas de gratificação, além das mudanças no que é 
desejado e buscado por mecanismos que irão satisfazer os desejos da pessoa 
Quando a gratificação/ progressão não acontece normalmente, ocorre fixação na fase em que 
isso acontece 
*A grande patologia da psicanálise é a ansiedade. 
Fase Oral 
Vai do nascimento até 1 ano de idade e, durante essa fase, a principal funte de interação da criança 
com o mundo é a boca. 
As necessidades e gratificações são concentradas nas zonas erógenas (zonas de prazer onde se 
tem um foco da libido), que nesta fase são os lábios, língua e, posteriormente, nos dentes, pois são 
as primeiras partes do corpo que o bebê consegue controlar 
A alimentação existe para atenuar tensões de fome e sede, além disso, durante a alimentação a 
criança recebe afeto, carinho, é tocada e acolhida pelo cuidador (necessidades latentes) 
*Como a zona erógena é associada à atenuar tensões e sofrimentos, por isso é tão influente na 
vida adulta 
A boca é vital para a alimentação (necessidade básica) e, principalmente nessa fase, o bebê sente 
prazer pela estimulação oral por meio da degustação e sucção. Além do prazer, a confiança e o 
conforto dele com sua mãe são enraizados por meio da estimulação oral realizada quase 
integralmente por ela 
*Fixação é quando uma parte da libido permanece ligada a determinado estágio do 
desenvolvimento. É um congelamento no desenvolvimento psicossexual 
O principal problema/ fixação desse estágio é o processo de desmame, no qual a criança deve se 
tornar menos dependente dos cuidadores. 
Se ocorre fixação nesse estágio, Freud acreditava que o indivíduo teria problemas com 
dependência, falta de maturação psicológica ou agressão, além de problemas com beber, comer, 
fuma, mascar, morder ou roer as unhas. 
Por fim, depois do aparecimento dos dentes começam manifestações de instintos agressivos, como 
morder o seio materno 
Fase Anal 
Durante esse estágio, que vai do 1 aos 3 anos (pode ir até os 4 anos) de idade, o foco da libido 
está no ânus, em controlar os esfincteres, os movimentos da bexiga e intestino. 
O poder/ necessidade de controle dos esfíncteres se relaciona ao poder de agradar ou desagradar 
seus cuidadores 
O principal conflito nesse estágio é o treinamento para ir ao banheiro sozinho, visto que a criança 
precisa aprender a controlar suas necessidades corporais. Os pais devem dar autonomia e amparo 
na medida certa 
O sucesso nesse estágio depende da maneira como o aprendizado de controle será treinado com 
os pais. Se utilizam elogios e recompensas pelo uso do banheiro no momento apropriado, há um 
incentivo aos resultados positivos e uma ajuda para a criança se sentir capaz e produtiva. 
Desenvolver esse controle adequadamente leva a um sentimento de realização e independência 
*Elogios de mais produzem indivíduos exibicionistas 
As experiências positivas durante esse estágio servirão de base para as pessoas se tornarem 
adultos competentes, coordenados, produtivos e criativos. 
Em situações em que os pais punem, ridicularizam ou envergonham uma criança por acidentes, 
sendo todas abordagens brandas demais, uma personalidade anal-expulsiva poderia se desenvolver, 
na qual o indivíduo tem uma personalidade confusa, esbanjadora ou destrutiva. 
Se os pais são muito rígidos ou começam cedo demais o treinamento, personalidade anal-retentiva 
se desenvolve na qual o indivíduo é rigoroso, ordenado, rígido e obsessivo 
Fase Fálica 
Indo de 3 a 6 anos, a zona erógena compreende os genitais e é o momento em que se descobre 
a diferença entre “homem” e “mulher”. É um momento em que, geralmente, os meninos começam 
a ver seus pais como um rival pelos afetos da mãe. 
O Complexo de Édipo descreve os sentimentos de querer possuir a mãe e de substituir (matar) 
o pai. No entanto, o menino também teme que seja punido pelo pai por esses sentimentos, um 
medo que Freud denominou de ansiedade de castração. Cabe ao Superego reprimir esse 
complexo 
O Complexo de Electra descreve os mesmos sentimentos do complexo de Édipo, porém nas 
meninas. A necessidade de reprimir os desejos é menos severa que nos meninos pois elas não 
temem a castração. 
Freud apresenta a ideia de que as meninas vivenciam uma “inveja do pênis” desde crianças e que 
era um sentimento que nunca seria perdido. Fixações nas meninas fazem com que elas se sintam 
castradas por terem “uma parte a menos no corpo” e isso influencia diretamente na relação da 
mulher adulta com o sexo e o prazer 
*Há quem acredite que os homens vivenciem a “inveja do útero” por não serem capazes de “gerar 
a vida” como as mulheres 
Nesse estágio, a criança começa a se identificar com o pai do mesmo sexo como um meio de 
possuir indiretamente o outro genitor 
Fase Latente 
Vai dos 6 anos à puberdade e é o momento onde habilidades sociais, valores e relacionamentos 
fora do ambiente familiar são desenvolvidos. É um estágio que começa na época em que as 
crianças entram na escola e se preocupam mais com relacionamentos com colegas, hobbies e 
outros interesses além da família 
Surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa, moralidade a fim de fazer frente a puberdade 
É um período de exploração no qual a libido muda seu foco do corpo (fica adormecida para o 
corpo) para o desejo de aprender, com isso, é uma etapa importante no desenvolvimento de 
habilidades sociais, de comunicação e autoconfiança. 
Problemas aqui podem resultar em imaturidade, problemas de comunicação e incapacidade/ 
dificuldade de formar relacionamentos satisfatórios como um adulto. 
Estágio Genital 
As neuroses, os quadros patológicos, os conteúdos reprimidos e outros são formados até a fase 
de latência. A partir da fase genital se vivencia tudo que foi experimentado nas fases anteriores 
Sendo o último estágio, indo da puberdade à morte, é o momento de amadurecimento dos 
interesses sexuais. A puberdade, pela produção hormonal, torna a libido ativa e voltada aos genitais 
(agora com o interesse sexual envolvido) novamente e um forte interesse sexual é desenvolvido. 
Se os outros estágios tiverem sido completados com sucesso, o indivíduo deve estar bem 
equilibrado e carinhoso. O objetivo deste estágio é estabelecer um equilíbrio entre as várias áreas 
da vida além de se desenvolver um interesse pelo bem-estar dos outros. 
Os adolescentes no estágio genital do desenvolvimento são capazes de equilibrar seus impulsos 
mais básicos contra a necessidade de se conformar às exigências da realidade e das normas sociais 
*A necessidade dessa fase é o prazer sexual, e a necessidade latente é ser amado

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