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protese total imediata

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Prévia do material em texto

Prótese Total Imediata 
Desvendando a prótese total imediata 
© Wallace Barbosa 
Espero que este material te ajude na compreensão da 
Prótese Total Imediata. Objetivo desse material é chamar a 
atenção para os aspectos mais importantes deste tema 
ajudando na sua prática clínica do dia a dia. 
@wallacefbarbosa 
Av. Pedroso de Moraes, 240, Cj 61 
www.klounge.com.br 
www.kyodaiodontologia.com.br 
http://www.klounge.com.br
Prefácio 
A migo leitor, gostaria de esclarecer que este e-book tem como objetivo o simples compartilhamento gratuito de informações técnicas baseadas em evidências científicas e na minha experiência clínica não tendo em nenhum 
momento a pretensão de ser intitulado de material didático e não 
estando sujeito a ser utilizado como referência bibliográfica. Este 
e-book foi escrito com o intuito de ajudar colegas no dia a dia 
clínico e não possui vínculo com qualquer tipo de instituição, 
empresa ou escola. A utilização do conteúdo é de total 
responsabilidade do leitor não cabendo nenhum tipo de 
corresponsabilidade do autor em qualquer hipótese. 
Prótese Total Imediata 
Inicialmente gostaria de deixar bem claro minha posição com 
relação as próteses totais imediatas. Em um primeiro momento, 
essas próteses tendem a ser consideradas provisórias e por este 
motivo serem confeccionadas diferentemente de próteses totais 
convencionais. Muitos colegas se mostram surpresos quando bato 
na tecla que a PTI deve ser confeccionada seguindo-se os mesmos 
passos e critérios da prótese total convencional.
Acredito em uma odontologia focada no bem-estar do paciente. 
Muitas vezes ficamos tão concentrados em resolutividade e técnica 
que esquecemos do conforto do paciente. É evidente, que um 
tratamento por meio de PTI representa um momento de extremo 
desconforto emocional e físico para o o paciente. Ter todos os 
dentes extraídos é uma experiência traumática e tem como 
resultado perda de função mastigatória, fonética e estética 
irreversível. Evidente que próteses buscam a retomada desses 
critérios e em grande parte o fazem com sucesso. Mas com certeza, 
nada é igual a experiência dos dentes naturais. 
Tendo em vista o contexto, acredito que a PTI deva ser construída 
com muito carinho e atenção a todos esses detalhes para que a 
experiência do paciente seja atenuada. 
Assim, a moldagem anatômica, delimitação da área basal, moldeira 
individual e moldagem funcional devem seguir os mesmos 
conceitos da PT convencional para que tenhamos o melhor 
resultado possível naquilo que é essencial para próteses totais: 
retenção e estabilidade.
Na ausência de retenção e/ou estabilidade adequadas, a prótese 
torna-se muito difícil de ser usada pelo paciente o que leva a 
situações de extremo desconforto e insegurança física e emocional.
Na prótese total imediata, temos uma situação mais complexa no 
que tange a retenção e estabilidade pois estamos lidando com uma 
arcada que ainda possuí dentes e que sofrerá invariavelmente uma 
mudança de forma após a extração destes elementos devido a 
reabsorção óssea. É importante que os dentes a serem extraídos 
sejam em menor número pois em extrações muito extensas teremos 
invariavelmente uma grande dificuldade de assentamento da PTI 
sobre o rebordo pós extrações. O assentamento da PTI está 
diretamente relacionado a fidelidade das moldagens executadas 
durante a confecção da prótese e a semelhança da extração 
executada no modelo (para a montagem dos dentes da PTI) com a 
extração propriamente dita realizada no paciente. Quanto mais 
próximas forem essas duas realidades maior a fidelidade e a 
tendência de termos uma prótese com mais retenção e estabilidade. 
Dito isso, reforço que focarei este conteúdo nas etapas clínicas 
necessárias para a confecção de PTI buscando os seguintes 
objetivos:
- Conforto 
- Retenção e estabilidade 
- Eficiência mastigatória 
- Estética 
- Reparação tecidual adequada
Note que dos 5 objetivos colocados, 4 são iguais a prótese total 
convencional destacando a ideia de que a PTI deve ser trabalhada 
com os mesmos critérios da PT convencional. 
Passo a passo 
Anamnese, exame clínico e exame complementar
Como qualquer outro tratamento, na PTI é imprescindível o correto 
diagnóstico. De nada adianta executar de maneira primorosa uma 
PTI em um paciente que não tinha indicação para este tipo de 
tratamento. O diagnóstico quanto a necessidade de PTI deve ser 
confirmado somente quando não houver nenhuma outra 
possibilidade terapêutica mais conservadora como por exemplo 
uma PPR. Durante o exame clínico é importante uma análise 
oclusal completa e individualizada para cada elemento a fim de se 
planejar a melhor solução para cada caso. Em um primeiro 
momento o que antes seria uma PPR pode se tornar uma imediata 
quando verificado extrusão severa ou perda de inserção óssea 
avançada tornando o elemento inapto para ser um pilar de uma 
PPR. Por meio do exame clínico podemos traçar um prognóstico 
favorável ou desfavorável analisando os elementos a serem 
extraídos, o rebordo desdentado e a característica emocional e 
comportamental do paciente. É imprescindível que o paciente 
tenha entendimento do problema e das possíveis soluções e 
intercorrências que podem ocorrer aumentando a participação dele 
no sucesso do tratamento. 
PTI exige do paciente uma grande capacidade de aprendizado 
emocional e físico pois mastigar com próteses, sobretudo as 
mucoso suportadas, é totalmente diferente de se mastigar com 
dentes naturais. É esperado uma grande dificuldade inicial que 
deve ir diminuindo progressivamente conforme o paciente aprende 
a utilizar as próteses. É imprescindível que o paciente esteja ciente 
de todas essas dificuldades para que não haja frustrações.
1C - Anamnese, exame clínico, exame complementar – 
diagnóstico, planejamento e prognóstico
2C – Moldagem anatômica 
3L – modelo anatômico, delimitação da área basal e moldeira 
individual
4C – moldagem funcional 
5L – modelo funcional, base de prova e plano de cera
6C – Planos de orientação superior e/ou inferior – relações 
maxilomandibulares, montagem no articulador e seleção dos 
dentes artificiais
7L – montagem dos dentes parcial, enceramento e escultura 
parciais
8C – prova dos dentes e “cirurgia” no modelo funcional (remoção 
dos dentes no modelo)
9L – finalização da montagem dos dentes, enceramento e escultura 
10L – processamento 
11C – múltipla exodontia e instalação da PTI
12C – P.O. e controle posterior da PTI
C - Etapa clínica 
L - Etapa laboratorial 
 cenário multifatorial. Entretanto é quase que garantido a presença 
de um desequilíbrio oclusal neste tipo de lesão. 
Anamnese 
O histórico médico e a preexistência de doenças sistêmicas e 
bucais devem ser explorados exaustivamente nesta modalidade de 
prótese. É maior a probabilidade de uma idade mais avançada do 
paciente e da existência de doenças sistêmicas que podem interferir 
no planejamento cirúrgico da PTI. Tomar cuidado especial com 
diabetes, discrásias sanguíneas e doenças cardíacas. 
Exame clínico 
Semelhante ao da prótese total convencional somando-se a análise 
dos dentes remanescentes quanto a estrutura dental e periodontal 
além da disposição no arco e na relação oclusal com o antagonista. 
Exame complementar
Fundamental no auxílio do processo diagnóstico: radiografia 
panorâmica. Rebordos desdentados e parcialmente desdentados são 
sempre suspeitos: cistos, raízes residuais, dentes inclusos entre 
outros achados não podem ser feitos meramente com o exame 
clínico.
Prognóstico
Unindo todas as informações e achados clínicos e radiográficos 
podemos construir um plano de tratamento e um prognóstico. No 
prognóstico mensuramos a dificuldade do caso e a possibilidade 
que temos com nosso conhecimento técnico e científico em ajudar 
o paciente na melhora da sua condição atual. É fundamental que o 
paciente esteja ciente da dificuldade que você profissional e ele 
paciente enfrentarão deixando claro que os esforços conjuntos 
entre vocês interferem diretamenteno resultado do tratamento. 
Para a obtenção de uma prótese total imediata com boa retenção e 
estabilidade, recomenda-se extrações prévias quando o paciente 
ainda possuir muitos elementos na arcada. Extrações prévias 
permitem a confecção da prótese já sobre regiões de rebordo 
desdentados, permitindo uma melhor adaptação da prótese e 
fidelidade da moldagem quando feita sobre muitos elementos 
dentários que serão removidos no modelo funcional antes da 
acrilização causando uma discrepância muito grande entre o 
modelo e a boca do paciente. 
Moldagem anatômica 
A moldagem anatômica para próteses totais imediatas segue os 
mesmos conceitos da moldagem anatômica de próteses totais 
convencionais. Devemos utilizar um material pesado como a 
godiva de alta temperatura de fusão ou o silicone pesado (de 
condensação ou adição) para que afastem os tecidos moldes em 
torno do rebordo e se copie os freios e bridas tencionados a fim de 
se localizar no modelo todos os detalhes anatômicos pertinentes a 
delimitação da área basal. São eles:
Maxila: túber, limite entre palato duro e palato mole, fundo de 
sulco, freio labial e bridas que podem ou não existir.
Mandíbula: linha milo-hióidea, papilas piriforme, frio lingual, freio 
labial, fundo de sulco e bridas que podem ou não existir. 
No caso de próteses totais imediatas, podemos variar a técnica de 
moldagem de acordo com a quantidade de dentes remanescentes na 
arcada. Como possuímos dentes a serem moldados, devemos 
utilizar moldeiras tipo vernes para dentados e muito cuidado ao 
usar materiais anelásticos como a godiva pois estes materiais não 
são indicados para moldagem de elementos dentais. Em casos em 
que a godiva é utilizada, essa deve moldar apenas as regiões 
desdentadas evitando-se os elementos dentais. Caso opte pelo uso 
do silicone pesado poderemos moldar a parte desdentada e dentada 
ao mesmo tempo. Quando utilizamos a godiva então, necessitamos 
de dois tempos de moldagem: uma para as regiões de rebordo 
desdentado, palato e fundo de sulco e um segundo tempo de 
moldagem utilizando-se alginato para cópia das regiões dentadas 
colocado sobre a totalidade do molde (sobre a godiva e sobre a 
moldeira) obtendo um molde final 100% homogêneo e sem 
degraus ou interfaces visíveis entre o alginato e a godiva. 
Moldagem anatômica de próteses totais imediatas superior e inferior utilizando-se 
silicone pesado de condensação (moldagem em um único tempo clínico).
Apesar de usarmos moldeiras verdes (devido a presença de dentes) 
devemos pensar nesta moldagem como se fosse a de um arco 
desdentado, copiando o fundo de sulco, freios e bridas. Para tal, 
precisamos de uma grande quantidade de material, proporcional ao 
tamanho e quantidade de dentes remanescentes no rebordo. Deve-
se realizar tração do lábio na moldagem superior para se copiar os 
freios e bridas tencionados. No inferior não é necessário tração. 
Modelo anatômico, delimitação da área basal e moldeira 
individual
O modelo anatômico de PTI pode ser vazado com gesso comum 
assim como nas próteses totais convencionais. Porém, como temos 
elementos dentários é recomendado o vazamento com gesso pedra 
para de evitar a fratura dos dentes do modelo de gesso durante a 
separação do molde e do modelo. 
Modelo anatômico (com alívios e delimitação) a esquerda; moldeira individual 
confeccionada com resina fotopolimerizável e com aplicação de adesivo de moldeira 
para moldagem com poliéter.
Seguimos as regras de delimitação da área basal exatamente como 
na PT convencional e tomamos o cuidado de se contrair uma 
muralha em cera 7 em torno dos dentes antes da confecção da 
moleira individual. 
A moleira individual deve ser confeccionada seguindo também os 
mesmos conceitos da PT convencional e incluindo as muralhas de 
cera dentro da área basal guardando assim espaço para a moldagem 
dos dentes durante a moldagem funcional. 
Pode ser usado resina acrílica ativada quimicamente (RAAQ) ou 
fotopolimerizável. 
A borda, espessura e cabo da moldeira individual seguem também 
os mesmos padrões das moldeira individuais de próteses totais 
convencionais. 
Polimento e acabamento da moldeira são fundamentais.
Moldagem funcional
A moldagem funcional em próteses totais imediatas pode ser 
realizada com diferentes materiais seguindo também os mesmos 
conceitos preconizados na moldagem funcional da PT 
convencional. Caso você esteja com dúvidas nestes conceitos, 
recomendo voltar um pouco e estudar a PT tradicional antes da 
imediata. 
Assim como na moldagem anatomia, devemos considerar aqui a 
moldagem em duas etapas (rebordo desdentado e dentes). Na 
moldagem funcional utilizamos matérias fluídos com alto poder de 
cópia passivo como pasta OZE (Lysanda) ou silicone de adição 
leve ou ainda, poliéter. 
Na moldagem funcional menos custosa, utilizamos a pasta OZE na 
regiões desdentadas e nas bordas da primeira camada da moldagem 
funcional fazendo assim o ajuste da moldeira com relação as zonas 
de Pendleton (compressão e alívio). Em seguida, diferentemente da 
moldagem funcional de pt convencionais, utilizaremos um material 
elásticos para que possamos ao mesmo tempo copiar a segunda 
camada da região desdentada juntamente com a região dentada. 
Podemos utilizar alginato (perfurando toda a moldeira antes da 
segunda camada) em uma fina camada para a obtenção do molde 
final. Não é fácil utilizar alginato na moldagem funcional devido 
ao farto de não haver uma adesão natural entre o alginato e o 
acrílico da moldeira dificultando essa etapa clínica. Por isso, as 
perfurações são fundamentais caso você opte por usar este 
material. 
Ao utilizar silicone de adição ou poliéter a história será diferente. 
Realizamos a moldagem da primeira camada apenas nas regiões 
desdentadas e na segunda camada incluímos além da regi!ao 
desdentada os espaços dentados dentro da moldeira individual. Por 
serem materiais elásticos mão temos aqui a preocupação com o 
molde da região dentada mas é importante ressaltar que tanto o 
silicone de adição leve quanto o poliéster podem ser difíceis de 
remover dependendo da anatomia e da disposição dos dentes na 
arcada devendo ser cuidadosa a indicação destes materiais em 
arcadas com dentes severamente afetados por periodontite e com 
mobilidade elevada. 
A técnica aqui é semelhante a de PT convencional apenas se 
atentando para a presença dos dentes remanescentes e para a 
correta moldagem destes. 
Aqui o modelo de gesso deve ser confeccionado em gesso especial. 
Próximo passo será a construção de uma base de prova e rolete de 
cera. 
Moldagem funcional (1º camada) e moldagem funcional (2º camada e post damming com 
cera 7) utilizando poliéter.
Moldagem funcional (1º camada) e moldagem funcional (2º camada e post damming com 
cera 7) utilizando lysanda e alginato.
A técnica aqui é semelhante a de PT convencional apenas se 
atentando para a presença dos dentes remanescentes e para a 
correta moldagem destes. 
Aqui o modelo de gesso deve ser confeccionado em gesso especial. 
Próximo passo será a construção de uma base de prova e rolete de 
cera.
Relações maxila mandibulares em próteses imediatas 
Aqui é onde a PTI pode seguir diferentes direções. A depender do 
numero de dentes remanescentes no arco durante esta etapa, 
detalhes da técnica podem variar como a forma e tamanho do 
plano de orientação e a tomada da DVO. 
Cabe aqui um exercício de bom senso quanto a utilização ou não 
do articulador. Recomendo sempre a utilização deste instrumento 
para a diminuição de intercorrências principalmente em próteses 
imediatas por facilitar a visualização de dentes extruídos e o 
planejamento da futura prótese. 
A confecção da base de prova e do plano de cera guarda alguma 
semelhança com a de PPR’s pois iremos trabalhar com o arco 
ainda parcialmente dentado. Fazemos o plano de cera desviando 
dos dentes presentes e levamos o conjunto base de prova e rolete a 
boca do paciente para que possamos definir o corredor bucal, 
suporte labial, curvas de compensaçãoe DVO. 
Se o paciente tiver uma estabilidade oclusal presente graças aos 
dentes remanescentes o nosso trabalho é facilitado pois poderemos 
usar essa referência para a DVO e P.O. 
Em casos em que os remanescentes não são mais capazes de trazer 
uma estabilidade oclusal devemos construir uma nova posição 
vertical e horizontal para a confecção da prótese total. Nestes 
casos, o procedimento é semelhante a próteses totais convencionais 
e devemos ignorar os dentes remanescentes visualizando e 
trabalhando o plano de cera como se eles não existissem. 
Obtenção da D.V.O. e P.O. 
Usando a técnica da equação de Saboté (DVO = DVR - EFL) 
podemos obter uma DVO confiável para a confecção do plano de 
cera. 
Para a P.O. recomendamos utilizar a posição de oclusão habitual 
(MIH) quando ela ainda existir ou obtê-la utilizando a técnica de 
House ou da mordida (mesma técnica de próteses totais 
convencionais). 
Em casos de próteses totais imediatas bimaxilares recomendamos 
sempre a confecção da PTI superior antes da PTI inferior. Claro 
que podemos fazer as duas próteses ao mesmo tempo mas apenas 
recomendamos essa abordagem em casos com poucos dentes 
remanescentes em que possamos trabalhar a moldagem e as 
relações maxilomandibulares de maneira semelhante a um caso de 
PT convencional. 
Sempre podemos simplificar a confecção de PTI’s realizando uma 
extração prévia de elementos e confeccionando uma PPR 
provisória a um custo maior de tempo e investimento. 
Planos de cera montados no ar.culador para confecção de PTI inferior. Marcação com 
lápis indica a quan.dade de extrusão dos dentes inferiores que deve ser ignorada para a 
montagem dos dentes ar.ficiais. 
Resumindo:
- Base de prova e modelo funcional
- Confecção do plano de cera superior 
- Utilização da MIH e DVO dos dentes remanescentes ou tomada 
da DVO e P.O. semelhante a PT convencional. 
- Montagem no articulador 
- Linhas de referência para seleção dos dentes artificiais. 
Seleção dos dentes artificias 
Em próteses totais imediatas via de regra seguimos 3 caminhos 
distintos quando da seleção dos dentes artificiais:
1 - Montagem de uma arcada ideal (padrão) 
A montagem seguirá uma disposição de coloração mais próxima 
possível do ideal. Aqui buscamos todos os critérios estéticos ideais 
como linha média paralela a linha media facial e alinhamento ideal 
dos dentes. 
2 - Montagem de uma arcada semelhante aos dentes que serão 
extraídos.
Alguns pacientes gostam da idéia de se confeccionar uma PTI com 
as mesmas características de cor e de disposição e alinhamento dos 
dentes que possuem atualmente. É uma opção de construção de 
prótese viável desde que possamos trabalhar os critérios de oclusão 
ideal sem problemas maiores. 
3 - Montagem da arcada caracterizada porém diferente dos 
dentes naturais 
Uma abordagem intermediária entre as outras duas. Podemos criar 
diastemas ou modificar a cor dos dentes originais porém não 
construindo ainda uma prótese padrão. 
É muito importante escutar a opinião do paciente e entender de que 
maneira podemos diminuir a dor da perda dos dentes naturais. 
A montagem dos dentes será feita mantendo-se os dentes naturais 
no modelo funcional para que possamos fazer uma prova dos 
dentes.
Após a prova dos dentes a prótese em cera retorna para o modelo 
funcional e o articulador para que possamos fazer a “extração" dos 
dentes no modelo de gesso e a finalização da montagem dos 
dentes.
A remoção dos dentes do modelo funcional deve ser feita levando 
em consideração o volume do rebordo que permanecerá após as 
extrações para que não tenhamos que aliviar eventuais 
compressões excessivas da prótese acrilizada sobre o rebordo 
alveolar. 
Ainda na etapa da prova dos dentes escolhemos a cor da gengiva 
utilizando a escala Tomás Gomes (STG). 
Agora a prótese imediata pode ser acrilizada. 
Instalação 
A grande diferença da instalação de próteses totais imediatas está 
justamente nas extrações necessárias para isso.
Pacientes que recebem próteses totais imediatas via de regra são 
portadores de doenças crônicas e todo o cuidado deve ser tomado 
referente a cirurgia para as extrações dos elementos remanescentes. 
Em casos em que o rebordos alveolar fica muito irregular após as 
extrações é indicado a cirurgia de regularização de rebordo 
alveolar para melhorar a cicatrização e facilitar a adaptação do 
paciente ao uso de PT. 
Após as extrações e sutura a protese total deve ser instalada 
imediatamente.
A recomendações para os pacientes são as mesmas de próteses 
totais convencionais porém acrescidas das recomendações pós 
operatórias. 
Adicionalmente recomendamos controle com 48 horas para o 
mínimo de desconforto possível para o paciente. Do dia da cirurgia 
até as 48 horas recomendamos não remover a prótese da boca e 
uma dieta prioritariamente liquida e pastosa. 
Após uma semana realizamos o pós operatório com remoção da 
sutura e o controle da prótese. É muito comum termos lesões 
ulceradas nas regiões mais volumosas do rebordo como túber e 
bossa canina (principalmente se os caninos tiverem sido extraídos 
agora). Outra região em que normalmente encontramos lesões é na 
região da borda da prótese assim como em próteses totais 
convencionais. 
Aspecto de pós cirúrgico imediato após extrações múl.plas para instalação de PTI 
Reembasar ou não a prótese total imediata após as extrações?
O reembasamento será sempre necessário em próteses totais 
imediatas. Segunda a literatura, a reabsorção óssea pós extrações 
múltiplas se dá em ate 6 meses após as extrações. Recomendamos 
um reembasamento com 3 e outro com 6 meses caso essa PTI vá 
ser a PT definitiva. Quando outra prótese for confeccionada após a 
imediata recomendamos apenas o reembasamento com 3 meses e a 
substituição da PTI com 6 meses pela PT convencional. 
A necessidade de reembasamento no dia da instalação ocorrerá 
apenas em casos em que as moldagens prévias não forem bem 
sucedidas ou o rebordo alveolar for profundamente modificado 
devido a extração de múltiplos elementos, por alveoloplastia ou 
ambos. 
Via de regra o reembasamento imediato não é necessário.
Uso de cimentos cirúrgicos ou resina soft
Não recomendamos o uso de cimentos cirúrgicos em casos de PTI 
bem adaptadas sobre o rebordo. 
Não recomendamos o uso de resinas “soft”. Essas resinas são 
porosas e via de regra favorecem o acúmulo de placa e prejudicam 
a cicatrização do rebordo alveolar. Todo reembasamento deve ser 
realizado com uma nova moldagem funcional e acrilizado em 
laboratório para que tenhamos o melhor resultado.
Espero que este conteúdo seja de muita utilidade no seu dia a dia 
clínico e que traga boas práticas para você e seus pacientes.
Lembramos que a utilização das informações contidas nesse 
Ebook é de inteira responsabilidade do cirurgião dentista 
responsável pelo atendimento do paciente. 
Obrigado por ler nosso material e até uma próxima.
Autor: 
 
Dr. Wallace F Barbosa é graduado em Odontologia na 
FOUSP e possuí mestrado em clínicas odontológicas - 
prótese dentária também pela FOUSP. Foi professor de 
Prótese Dentária da UNINOVE por 7 anos e é atualmente 
CEO do grupo Kyodai. Acredita em uma nova abordagem 
do ensino e no poder do ensino a distância associado ao 
ensino presencial em novos formatos substituindo modelos 
obsoletos de cursos e de ensino na graduação. 
	Prefácio
	Prótese Total Imediata
	Passo a passo
	Autor:

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