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SOBRE O GUIAS RÁPIDOS: Olá, Seja muito bem-vindo a “Manda Praquele Lugar!” Este Ebook faz parte do Projeto Guias Rápidos, o Portal para quem quer dar o Próximo Passo! Você pode acessar nosso Portal que é atualizado semanalmente com temas sobre Empreendedorismo e Desenvolvimento pessoal por aqui. Para agradecer a oportunidade de contar com você como nosso leitor, convidamos você a se cadastrar AGORA em nossa lista para assim ganhar, gratuitamente, o GUIA RÁPIDO DA PRODUTIVIDADE. Assim, logo de cara, você já vai poder levar mais um Guia Rápido para casa, bastando assim se cadastrar por aqui: CADASTRE-SE! É isto! Muito Obrigado mais uma vez, e fique agora com “Manda Praquele Lugar!” http://www.guiasrapidos.com http://guiasrapidoslistavip.gr8.com INTRODUÇÃO O que os outros vão falar, o que meus pais vão achar, o que as pessoas vão dizer, o que vai ser de mim se as pessoas não gostarem do que eu disse, ou do que eu fiz, ou do que vou fazer... E por aí vai. Duvido que exista alguém no mundo que nunca tenha pensado assim. Uns mais, outros menos, todos temos nossos momentos de preocupação sobre a opinião alheia. Ainda mais nos dias atuais, em que as redes sociais disponibilizam as informações muito rápido para todo mundo ver, a necessidade de saber o que os outros acharam, ou o que eles vão comentar, ou se eles vão dar likes ou não, acaba levando a gente a depender desses likes pra saber se nossa vida está indo na direção certa. E claro, os likes virtuais são apenas reflexo da vida real. Afinal, eles são dados por seres humanos. Então, na nossa vida real, no almoço de domingo em família, por exemplo, ou na rodinha da escola, faculdade ou trabalho, estamos constantemente estudando o ambiente para saber se aquilo que vamos dizer vai agradar às pessoas ou não. O efeito disso é a auto-censura. A partir do momento em que abrimos mão de falar o que queremos e de ser quem somos, pelos riscos daquilo não agradar às outras pessoas, vamos abrindo mão de sermos nós mesmos. A gente deixa de pensar sobre o que nós gostaríamos de fazer, e passamos a pensar sobre o que as pessoas gostariam de saber que nós fazemos. Essa mudança vai acontecendo de forma sutil, sem a gente perceber. De repente, vão surgindo os efeitos colaterais: - O seu amor próprio começa a diminuir. Veja que ironia: quanto mais você agrada aos outros, menos aquilo te agrada pois, para fazer isso, você tem que abrir mão de ser quem realmente gostaria. - Você começa a cair na mesmice, na média, na vala comum. Já que você faz tudo igual a todos para não causar discórdias, você recebe da vida o mesmo que todos recebem, nada a mais. O mediano, também quer dizer medíocre. E é isso que você é quando não sai do meio da multidão. - Você atrai mais pessoas medianas à sua volta. A vida funciona como uma imã, você atrai pessoas que agem que nem você. Se for uma pessoa autêntica, atrairá pessoas autênticas. Se for alguém que se esconde, idem. Tem gente que vai dizer: ah... mas é fácil para você falar, você não sabe a minha situação. Olha, saber eu não sei, mas, pra ser sincero, não importa. Todas as pessoas do mundo acham que os problemas dela são únicos e maiores que dos outros. Então, quando você censura suas idéias e suas atitudes, não tem como se justificar dizendo que pra você é mais díficil, porque na real não é. Todo mundo poderia dizer isso e não passa de uma desculpa. Numa dessas, vidas inteiras são jogadas fora. Existem inúmeros casos de pessoas que não fizeram o que queriam fazer com medo do que os outros vão pensar. Vamos ver alguns casos: - Quantas pessoas já deixaram de seguir a carreira que queriam porque os pais tinham planos para elas em outra área? Ou mesmo porque acharam que a carreira “A” tinha mais chances de dar dinheiro que a carreira “B”, logo escolheram a primeira? - Quantas pessoas não ficam num emprego que não gostam, numa profissão que não gostam, num relacionamento que não gostam, tudo porque elas têm medo de mudar e serem chamadas de louco pelas outras pessoas, ou então por medo de desagradar os outros, sejam eles pessoas próximas ou mesmo a sociedade em geral. - Quantas pessoas tem medo de levantar a mão numa aula, numa reunião de trabalho, com medo de dar uma idéia que as pessoas possam achar ridícula? Depois, percebem que alguém diz algo muito parecido e todo mundo gosta. O que fez aquela pessoa não falar o que devia ter falado? O medo do que os outros vão dizer. Toda vez que nos censuramos, o que está por trás é esse medo: o que o outro vai achar. É por isso que, cansado de ver tantos amigos e amigas passando por essa situação, eu decidi criar este Ebook. Sabe, nos últimos tempos, eu tomei uma decisão difícil: resolvi abrir mão de alguns negócios nos quais tinha uma certa estabilidade, e resolvi me dedicar 100% a este negócio que é escrever. Por causa disso, criei este projeto do Guias Rápidos (veja outros livros aqui, aqui e aqui), e confesso para você que no começo foi um pouco difícil. Quando as pessoas me perguntavam como andava a vida, mesmo depois de eu já ter feito essa mudança, eu continuava a dizer que seguia com minha vida anterior, porque eu tinha medo de todas as perguntas que iam me fazer, tudo que iam me falar, e do que as pessoas iam conversar sobre mim depois que eu fosse embora. Só que eu estava (e estou) tão feliz nesse novo projeto, tão feliz por estar escrevendo, que achei que não era justo comigo mesmo não contar que tinha dado uma guinada na vida e que não era mais dono de empresa, e sim escritor. Claro que no começo muita gente estranhou, http://amzn.to/2qacGaa http://amzn.to/2pq9xGn http://amzn.to/2r5Uei perguntou se eu estava doido, se eu sabia o quanto seria difícil mudar assim do nada. Aos poucos, porém, esse espanto foi diminuindo. Eu comecei a reparar duas coisas: depois do choque inicial de alguns ao saber que tinha mudado de profissão, tudo seguia normal, como se nada tivesse mudado, e cada um ia seguir sua vida. Ou seja, as pessoas se espantavam de cara, mas, de repente, já estavam de volta em suas próprias preocupações, e não estavam mais nem aí com a minha vida. Outra coisa interesante era que, de repente, pessoas com quem eu mal falava mais voltaram a falar comigo, dessa vez para dizer que admiravam muito a coragem que eu tive de mudar, e eu acabei me tornando exemplo para elas. Veja só. Então, percebi que todo mundo quer mudar algo na vida. Pode ser uma coisinha simples, ou então uma guinada completa, mas todo mundo quer mudar algo e não o faz por medo do que vão dizer. É por isso que eu me inspirei para escrever esse livro. E é por isso que eu escolhi aqui 25 descobertas que eu tive durante esse processo de mudança de profissão. Eu espero que isto inspire você a mudar tudo que tiver que mudar na sua vida para que seja mais feliz. Afinal, espero que isso fique claro no decorrer do livro, o seu único compromisso na vida deve ser com a sua felicidade. Então, bora lá que, logo a seguir, você verá as 25 razões para não estar nem aí com o que os outros vão dizer! 1. VOCÊ VAI MORRER Imagino que isso não seja novidade para você, mas será que você lembra desse fato todos os dias quando acorda? Acredito que não. Tem até aquele piada que diz: “Viva todos os dias da sua vida como se fossem o último, pois um dia você acerta.” E é isso mesmo, a gente não vem pro mundo sabendo quando será nossa vez de partir, e é meio triste pensar que pode ser a qualquer minuto. Todo mundo conhece alguém que foi embora para o lado de lá do nada, seja por acidente, seja por um mal estar repentino, ou mesmo uma doença que o levou em questão de meses. E daí você vê que, mesmo uma doença que demore 6 meses pra te levar, já seria rápido demais! Se você soubesse que iria morrer em 6 meses, isso não te daria um desespero? Quantas coisas você ia sentir que ficariam faltando ter feito em sua vida? Imagine então se, ao invés de seis meses, estivéssemos falando de um dia, ou um minuto, ou um milésimo de segundo para sua vida ir embora? E aí, meu amigo? E aí, minhaamiga? Parece trágico demais, né? Mas todos os dias, isso acontece com um monte de gente, e eles tem que lidar com o fato de não ter vivido a vida que queriam por MEDO. Vamos imaginar que exista vida depois da morte, daquele jeito mais clichê possível: você morre e daí vai para o julgamento final lá no céu. Imagine que você esteja nessa situação. Daí você chega lá em cima e alguém te pergunta: “E aí, você viveu tudo que você queria ter vivido?”. Então você vai lá e, na maior vergonha do mundo, diz: “Então, veja bem... Não... Na verdade, eu acabei escolhendo uma profissão por pressão dos meus pais... Daí a empresa em que eu tava não me fazia muito feliz, eu não era muito identificado com ela, sabe? Mas eles tinham uns benefícios legais, tipo um seguro-saúde bom, um vale-refeição alto, então eu nunca tentei sair de lá... Depois, acabei casando meio que porque não tinha nada de melhor pra fazer, e aí fiquei num relacionamento ruim porque não consegui me separar... E daí... Bom, daí você já sabe, peguei a estrada aquele dia, o caminhão perdeu controle, veio pra cima de mim e... Tô aqui...” Parece piada né? Mas tenho certeza que você, assim como eu, também conhece gente que foi embora desse mundo de um dia para o outro, e sabe que a pessoa se foi frustrada porque não viveu uma vida plena que gostaria de ter vivido. Agora, só tem um problema nisso tudo: essa história de brincar de julgamento final, de imaginar como vai ser quando chegar lá no céu, não passa de, como o próprio verbo que usamos, uma brincadeira. NINGUÉM sabe o que acontece do lado de lá, quando a gente parte dessa vida. Tudo isso que falam sobre outras vidas, reencarnação, céu, inferno, juízo final, é o que as pessoas acham, ok? Não quero aqui entrar em discussões filosóficas sobre religião, mas, caso você acredite em próxima vida, fique ciente que a pessoa que te ensinou isso nunca foi lá do outro lado pra se certificar do que está falando. Se eu fosse você, eu contaria apenas com o pior cenário possível, aquele que acredita que não existe porra nenhuma depois que você morre. Que a vida é essa aqui, nesse universo onde estamos, e que depois tudo se resume a virar pó! A partir disso, conforme você se dá conta dessa realidade, você consegue então refletir como nosso tempo aqui é escasso, como estamos todos os dias lidando com a fragilidade que é viver. A qualquer momento, podemos partir. Então, quando você fica estacionado no mesmo lugar, sem fazer o que deveria fazer, é como se você estivesse parado num táxi com o taxímetro ligado, e a vida fosse te cobrar esse preço no final. Quanto mais tempo parado, maior será o seu arrependimento. Conforme você vai enxergando isso, fica mais fácil colocar em perspectiva a opinião de outras pessoas, pois você sabe que um dia você vai morrer e virar pó. Sabe aqueles dias em que você está muito ocupado, ou atrasado, e está indo em algum lugar quando alguém tenta te interromper e você responde: “Agora num dá, não consigo falar”? Então, é isso o que acontece quando você se dá conta de que seu tempo aqui nesta vida é passageiro e que não pode desperdiça-lo estacionado fazendo o que não gosta. Você se dá conta de que todas as interrupções, inclusive as opiniões de outras pessoas, são só obstáculos que você tem que ultrapassar para ir atrás de aproveitar o seu tempo o máximo possível por aqui. Você vai passar por este planeta por um período de tempo mínimo, se considerarmos a idade da Terra, do sistema solar, do Universo, etc... Você viverá, se tudo der certo, de 70 a 100 anos. É uma quantia de tempo ridícula. Então, você deve se certificar de que, ao passar por aqui, sua existência tenha valido a pena, e que você tenha deixado o seu legado para os que ficam. Supondo que você tenha interesse nisso, ou seja, de deixar um legado positivo nesse planeta, saiba que as únicas pessoas que conseguiram fazer isso foram aqueles que deram a cara a tapa, opinaram, contrariaram, transgrediram, mudaram o status quo de algo. Escrevo esta página no dia do Aniversário do Freud, pai da psicanálise. Ele morreu há quase cem anos, escreveu muitos textos durante toda sua vida e, até hoje, é lembrado e estudado diariamente por milhares de pessoas no mundo inteiro. Você acha que isso foi fácil? Claro que não. Na época dele, ao vivo, e hoje, após sua morte, muita gente o considerou e ainda o considera louco, pervertido, desequilibrado, e por aí vai. Mas ele entendeu o sentido da vida, que é deixar um legado para quem passar por aqui depois, e fez isso mesmo que colocasse a sua vida nos holofotes. Por isso, vamos brincar aqui de imaginar o seu velório. Desculpe se isso parece um pouco tétrico, mas a idéia é essa mesma. Talvez assim você entenda que seus dias na Terra estão contados, e que, a cada dia que passa, eles estão mais próximos do fim. No dia do seu velório, imagine que dois conhecidos seus apareceram lá, em frente ao seu caixão e comecem a falar sobre você. O que eles falarão? Que ensinamentos você deixou para eles? Como você foi um motivo de orgulho para eles? Procure pensar a respeito disso, e ver qual legado você vai deixar quando descobrir o seu dom e compartilha-lo com o mundo, custe o que custar. Isso com certeza vai gerar críticas, oposição, inimizades, o que for, mas você vai ver que deixar um legado às pessoas está acima disso. É importante então que você perceba que constatar que você vai morrer um dia não deve gerar uma atitude irresponsável, como se, já que tudo vai acabar um dia, posso ligar o foda-se e mandar todo mundo se ferrar. Não é isso. É exatamente o contrário. Entender que a vida é finita serve para que você pare de desperdiçar tempo vivendo uma vida que não vale a pena e que não te agrada, só porque você tem medo do que os outros vão dizer. Se existem pessoas que gostam de desperdiçar a vida imobilizadas graças às opiniões dos outros, azar o delas, você não precisa ser assim. A partir de hoje, toda vez que alguém criticar a sua opinião, ou você deixar de fazer algo porque tem medo do que irão falar, pense que é a sua vida, pense no taxímetro ligado e que seu carro está estacionado precisando partir, pense no seu legado que está em jogo, e assim você vai conseguir agir! 2. VOCÊ NÃO TEM TODO O TEMPO DO MUNDO Ao contrário do que dizem aqueles concursos sobre talentos de terceira idade, ou aqueles textos exaltando empreendedores que brilharem depois de mais velhos, esse papo de que você tem todo o tempo do mundo é balela. Ou, como dizem em inglês, BULLSHIT. Mas calma, que dessa vez não vamos falar sobre o fato de que você irá morrer. Agora, vamos considerar o oposto de morrer. Como diria meu avô, quando já estava bem velhinho, o oposto de morrer é envelhecer. Não sei quantos anos você tem, mas o que eu te garanto é que, quanto mais velho você vai ficando, os desafios para sair da sua zona de conforto e tomar decisões importantes só aumentam, pois as responsabilidades da sua vida também aumentam, ao mesmo tempo que o tempo disponível e a disposição para lutar contra os obstáculos vão diminuindo. Sabe quando você empurra aqueles planos para o futuro, dizendo que quando tiver X mil reais na conta, vai largar tudo e fazer aquela viagem? Ou quando diz que o dia em que completar X anos de idade, vai sair do emprego estável e realizar o sonho de empreender? Então, quantas pessoas não fazem esse tipo de plano, no qual dizem que daqui a alguns anos vão tomar a coragem que não tem hoje para fazer o que sonham? Então, sem querer ser estraga-prazeres mas, se você não tem coragem de tomar uma atitude hoje, com certeza não são os X anos de prazo que você colocou para viver de verdade que vão te trazer isso. Normalmente, quando colocamos prazos dessa forma em nossa vida, o que estamos fazendo é simplesmente nos enganar um poquinho a cada dia, e fazer com que a nossa existência medíocre de hoje seja mais aceitável já que, em tese, ela terá um prazo de validade. Daí, numa dessas, a gente aceita ser omisso, aceita não mudar de emprego, não se separar, não se casar, não realizar um sonho,seja qual for, tudo porque se tem medo de mudar, e medo do que os outros vão achar se nos verem saindo do normal. Mesmo que você alegue que está trabalhando hoje pelo seu futuro, é preciso tomar muito cuidado com isso. Já ouvi muitas vezes gente dizendo que estava guardando dinheiro para previdências privadas para que, quando chegassem lá, na velhice, tivessem a segurança de ter uma vida confortável. Pare para pensar no que elas estão dizendo: basicamente, elas estão aceitando não ter uma vida que sonhavam hoje, para que um dia, quando já não forem mais as mesmas, quando já estiverem idosos e com pouca disposição, elas tenham dinheiro para aproveitar a vida. Tem coisa errada aí. No lendário discurso que fez em Stanford, anos antes de morrer, Steve Jobs falou em um trecho exatamente isso, veja: “Você não tem todo o tempo do mundo, então pare de perder seu tempo vivendo a vida de outras pessoas. Não deixe que a opinião dos outros apague sua voz interna e o seu coração. Eles, de alguma maneira, já sabem o que você quer ser”. A cada dia que você passa jogando do modo seguro, com medo do que os outros iriam falar sobre você, e pensando na sua previdência, mais você cai na vala comum, e mais difícil fica de sair. A zona de conforto, com o perdão da obviedade, é confortável demais, e ela vai dragando a gente pra dentro. Quando você vê, suas responsabilidades são cada vez maiores, seus custos fixos são cada vez maiores, seu medo de agir é cada vez maior e daí, meu amigo, minha amiga, fica impossível de sair de lá de dentro. Você ficou tão preocupado com o que os outros iam achar, mas tão preocupado, que preferiu não sair do lugar. E daí, quando você tiver 85 anos com dinheiro na conta mas sem o pique que tem hoje, vai olhar para trás e ver que podia ter feito muito mais na vida. Está na dúvida se isso é verdade ou não? Simples: converse com pessoas mais velhas, seja seus pais ou seus avós, e pergunte para eles se, caso eles pudessem voltar no passado, se eles se preocupariam com a opinião dos outros novamente. Tenho certeza que eles vão dizer que NÃO! 3. VOCÊ JÁ TEM O QUE PRECISA PARA COMEÇAR HOJE Se tem algo que costuma travar as pessoas que querem viver seu sonho mas não tem a coragem é aquele sentimento de que ainda não estão prontas para começar. Então, do mesmo jeito que elas dizem que quando tiverem X reais, irão largar tudo para viver seu sonho, elas também dizem que o dia que forem especialistas em tal assunto, também darão essa guinada na vida. E é balela igual. Existem dois tipos de pessoas: as que tomam atitude hoje, e as que acham que precisam se capacitar um pouco mais antes de começar. E sabe o que acontece com esse segundo grupo? Eles passam a vida inteira, inteirinha, se capacitando, achando que sempre falta mais um pouquinho para saberem tudo que precisa. Má notícia: você nunca vai saber tudo que precisa para começar. Boa notícia: Dane-se! Não importa o que seja que você quer fazer, sabe o que vai acontecer no começo? Você vai se dar mal, vai cometer erros, vai ter gente que vai rir da sua cara. Dane- se eles. Mas você só vai saber disso a hora que começar. Inclusive só vai saber o que os outros vão dizer a seu respeito na hora que começar. Já reparou o quanto de tempo as pessoas perdem antes de começar algo, imaginando o que as pessoas vão dizer quando isso acontecer? E daí, só esse medo do que TALVEZ as pessoas pensem, já é suficiente para que a pessoa fique imobilizada e não faça o que precisa fazer. Isso comprova que, na maioria das vezes, a preocupação sobre a opinião dos outros é prévia e imaginária, ou seja, perdemos tempo com N suposições que não acontecerão na vida real. Por isso, comece. A única coisa que você precisa para tal é tomar coragem, respirar fundo e começar a sua jornada. O que for para acontecer depois, lide conforme a demanda. Evite preocupações por antecedência. Quantas vezes você já não achou que alguém ia ficar muito bravo com algo que você queria fazer e, quando você fez, a pessoa nem ligou? Então, conforme você age mais, você se dá conta de que isso acontece mais vezes do que você imagina. 4. VOCÊ NÃO PRECISA DA UNANIMIDADE Existem muitas pessoas que vivem na ilusão de que a unanimidade é possível. Deixa te contar a real: não é. Não há unanimidade. Não existe absolutamente nada no mundo, nenhum assunto, nenhuma pessoa, nada, nada, nada que consiga ter uma unanimidade. Até a Madre Teresa de Calcutá tinha odiadores! Até Jesus Cristo tem odiadores. Pense nisso! A partir do momento que você dá uma opinião ou toma uma atitude, você vai receber oposição. Que seja 1% de oposição, mas vai ter! É sempre assim. O que você precisa não é conseguir unanimidade. O que você precisa é se tocar de que ela não existe e nem é necessária. Pensa comigo: se um dia você tivesse o sonho de ser presidente do Brasil, você precisaria ter apenas 50% + 1 de votos para ser eleitos. Sabe o que isso significa? Que você pode ter 50% - 1 votos contrários e ainda assim ser eleito presidente, ou seja, é possível que você ganhe a eleição mesmo sendo odiado por praticamente metade do país. Não é incrível pensar isso? Num universo de 100 milhões de votos válidos, você poderia ter 49.999.999 milhões de pessoa que te odeiam que, mesmo assim, as outras teriam feito você se eleger presidente. Só que o cenário é melhor ainda, pois na sua vida, no que você quer fazer, você precisa de muito menos do que 50% dos votos dos brasileiros. Você nem percebe, mas, às vezes, você não precisa nem de 0,0001% disso. Pensa, se você criar um canal de Youtube, ou largar tudo para criar uma empresa, ou simplesmente colocar sua opinião na Internet. O que você precisa é de algumas centenas de opiniões positivas, talvez milhares. Dependendo da empresa que você decida criar, o que você precisa para ter sucesso é de uns mil clientes, e já estaria milionário... Já pensou nisso? E daí eu te pergunto: o que são mil pessoas perto do universo dos brasileiros? É um número ridículo! Então pare de se precoupar com a unanimidade. Nelson Rodrigues dizia que a unanimidade é burra. Eu diria que se preocupar com a unanimidade é burrice. 5. VOCÊ JÁ SABE QUAL DECISÃO TOMAR Todo mundo gosta de pedir opiniões, e eu nem estou falando para você não fazer mais isso na vida. Sempre vão existir pessoas que a gente respeita e que gostaria de ouvir a respeito de um determinado assunto. Agora, me responda com calma: porque você quer ouvir a opinião dessas pessoas? Talvez a resposta automática seja que assim você teria a chance de ouvir pessoas que confia, ou de assim ter uma opinião mais embasada. Só que não é bem por aí. Na verdade, quanto pedíamos opiniões, estamos apenas buscando pessoas que concordem com a decisão que, lá no fundo, já tomamos. Apenas estamos precisando de um apoio moral para tal. Citando outro trecho do discurso de Steve Jobs na Faculdade de Stanford, tem a parte em que ele diz o seguinte: “E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.” Sempre lembro deste trecho pois ele mostra isso: no fundo, no fundo, todos nós já sabemos o que queremos, já sabemos qual decisão nosso coração gostaria de tomar. Todo o resto, ou seja, escutar a opinião dos outros, é só uma tentativa de conseguir um aceitação deles sobre algo que nosso coração já decidiu. Outro ponto importantíssimo sobre este tema é que, quando estamos com medo de tomar uma decisão, é comum postergarmos cada vez mais o assunto e escutar o maior número de opiniões possíveis, como se isso fosse fazer alguma diferença. Mas não vai, pois nosso coração já decidiu. No livo “Blink: A Decisão num Piscar de Olhos”, o autor Malcom Gladwell delibera sobre o processo de tomada de decisão e conclui que as pessoas levam às vezes milésimos de segundo para criar um ponto de vista sobre algo. Depois, elas podem analisar o caso por horas, dias, semanas, ouvir dezenas de pessoas, mas, no final, elas vão estarsempre buscando, com todo esse estudo, comprovar que aquela opinião inicial estava correta, e acabam optando por ela. Assim, o processo de procurar ouvir as opiniões das pessoas não tem nenhuma utilidade em si, isto não vai te ajudar a tomar a sua decisão. Ele só é feito para que você tente comprovar que o que você quer fazer é de fato aceito pelas pessoas que estão ao seu redor. 6. A VIDA É SUA, ENTÃO O PROBLEMA É SEU Vamos supor que você, por ser uma pessoa educada, e por levar a opinião de algumas pessoas em consideração, resolve ouvi-las a respeito de um determinada assunto e descobre que elas pensam diferente de você. Isso pode acontecer de diversas formas, como familiares que acham que você não deve trocar de emprego, pais que acham que você não deve fazer um curso, esposa que não gosta da idéia de você começar a praticar um Hobby. Sei lá, acho que teriam infinitos exemplos de temas nos quais pessoas que você ama e é próximo não concordam com você. Pois bem, mesmo que você ame essas pessoas, mesmo que elas te mostrem opiniões racionais, educadas, bem-intencionadas... No fim das contas, quem vai arcar com as as consquências da sua escolha é VOCÊ. Por mais que essa escolha afete de algum modo pessoas ao seu redor, você não pode se colocar como responsável por elas. Você é responsável pelo que você faz, e não por como as pessoas ao seu redor agem em relação a isso. Essa parte é problema delas. Por mais que isso possa parecer um pouco duro, especialmente com as pessoas ao seu redor, você precisa sempre ter em mente que, quanto mais pessoas dependerem de você para serem felizes, mais complicado será você exercer a sua felicidade, pois ela sempre dependerá de agradar aos outros, o que já vimos que é algo bem difícil, pois cada pessoa é de um jeito. Além disso, muitas pessoas aceitam essa realidade como uma forma de fugir do seu destino e fugir de tomar suas próprias decisões. Elas partem do princípio de que não podem fazer algo diferente pois desagradariam pessoas próximas, logo melhor não mudar nada e seguir como está. Esta é a receita da infelicidade. No caso de pessoas que opinam a seu respeito mas não são atingidas pela sua decisão, ou seja, estão opinando só pelo esporte de opinar mesmo, bom, nesse caso, aí sim que você não precisa leva-las em consideração, pois é você que vai arcar com as consequências, e não elas. Vamos pensar num exemplo bem besta: você vai no restaurante com um amigo e diz que quer comer carne, mas ele diz que acha que você deve pedir frango. Você diz que prefere carne, mas ele insiste no Frango. O que você precisa pensar é: o fato de você optar por frango não vai interferir em nada a vida dele, mas vai interferir em muito a sua, pois é você quem vai comer! Então, você deve escolher pensando apenas em você, pois é você quem vai sofrer as consequências dessa escolha. Agora pegue esse exemplo besta e aumente as proporções: quantas vezes você não deu ouvidos à opinião de pessoas sobre temas importantes, sobre aonde trabalhar, aonde morar, aonde comprar uma casa e praia, sendo que quem lhe deu essa opção só estava opinando por opinar, mas era a sua vida que estava em jogo o tempo todo? 7. OPINIÃO É QUE NEM BUNDA... Todo mundo tem a sua. Com o tempo você percebe que todas as pessoas do mundo tem opinião sobre todos os assuntos do mundo. Especialmente na era das redes sociais, em que todas as páginas de Internet convidam você a comentar, a dar likes, a responder pesquisa, entre outras coisas, sempre existe essa preocupação social em dar a sua maldita opinião em tudo. Isso estimula que as pessoas falem sobre a vida alheia, e sobre assuntos alheios, mesmo quando elas não tem a menor idéia do que estão fazendo. Já reparou como, a cada semana, na Internet, existe algum tema que está em destaque, e todos, de repente, se tornam especialistas nele? Se é um avião que caiu, de repente todos entendem de aviação. Se é a reforma da previdência, todos agora são especialista em previdência. Se é Copa do Mundo, todo mundo de repente entende tudo sobre futebol. Daí, basta o assunto sair dos holofotes, que todos esquecem sobre aquilo, e só sobra no assunto quem realmente entende dele. Se dar opinião já é o natural do ser humano desde a antiguidade, hoje em dia, com a Internet, essa opinião corre bem mais rápido e, uma hora ou outra, cai no seu ouvido. Agora, já que citamos alguns assuntos por aí, como a Copa do Mundo, por exemplo, vamos lembrar de um outro assunto que, de vez em quando, ganha os holofotes, todo mundo tem uma opinião a respeito e, de repente, todo mundo esquece. Sabe do que estou falando? Ou melhor, sabe de QUEM estou falando? Sim, de VOCÊ! É isso mesmo, quando você vira o tema do almoço de domingo, o que as pessoas estão fazendo é simplesmente opinar sobre algo que elas não entendem direito, que é a sua vida, que é você, apenas porque é o assunto da vez naquele momento. Logo que o tema mudar, e sempre muda, elas vão esquecer daquilo que estavam falando e focar no outro assunto da vez. Por isso, você nunca deve ficar desesperado por ser o tema da conversa das pessoas, sejam seus familiares, amigos, sejam as redes sociais. Elas estão apenas comentando o assunto do momento, sem ter a menor profundidade e conhecimento sobre ele, simplesmente porque as regras sociais dizem que é hora delas falarem daquele assunto. 8. QUANDO PEDRO FALA SOBRE PAULO... Sei mais sobre Pedro, do que sobre Paulo. Este é, na minha opinião, o melhor ditado da história, pois é o mais real de todos. Cada ser humano é um universo em si. Todos temos temos uma história própria, uma infância de um jeito, uma família de um jeito, estudamos em uma escola diferente, de modo a sermos totalmente diferentes um do outro. Isso significa também que nós vemos o mundo de um jeito muito próprio e único. Se eu te peço para pensar numa cadeira, você vai pensar na primeira que veio a sua mente, e vai descrevê-la. Essa cadeira que veio na sua cabeça diz respeito a sua vida. Pode ser uma que você viu na sua infância, uma que você use hoje, uma que lembra a sua avó. Sei lá, só sei que vai ser completamente diferente da minha, pois eu terei as minhas referências para falar sobre a minha cadeira. Agora, se ao invés de falarmos sobre um cadeira, e pensarmos em um acontecimento da sua vida, o que vai acontecer é exatamente a mesma coisa. Por exemplo, vamos supor que você decida que quer largar a carreira de advogado para se dedicar à gastronomia. A partir do momento que abre-se na sua família o festival de opiniões sobre a sua decisão, vai ser igualzinho a se você pedisse para cada um descrever a sua própria cadeira. Para dar uma opinião, as pessoas vão procurar no histórico delas situações similares e a partir daí vão sair opininando a respeito. Aquela pessoa que é frustrada, porque nunca conseguiu se destacar em nada na vida, vai te desencorajar, vai dizer que é burrada, que não vai dar em nada, e que no fim você vai se frustrar. Aquela pessoa que foi corajosa na vida, seguiu seus sonhos e conseguiu ser feliz, vai te encorajar, e dizer que você deve ir atrás dos seus sonhos também. Vai ter aquela pessoa que vai te dizer que é muito perigoso, e que é melhor ficar onde está, provavelmente porque ela agiu assim nas horas que ela teve que tomar decisões. Ou seja, toda vez que uma pessoa emite uma opinião a seu respeito, ela está apenas falando dela própria, de como ela agiu, ou de como ela agiria, ou do que aconteceu na vida dela. A última coisa que está em jogo ali é você. É como se ela estivesse falando com ela mesma usando o seu tema como um intermediário. Isso vale também para fofocas e para pensamentos negativos em geral. Você deve conhecer pessoas que acham motivos para criticar e fazer fofoca em tudo. O problema não são os outros, mas sim elas mesmas, que devem estar com problemas internos muito sérios, e por isso só conseguem enxergar a parte ruim de tudo. Por isso, antes de se desesperar com a opinião dos outros, tente entender porque cada um deles está falando aquilo, e vocêverá que, dessa forma, conseguirá entender mais sobre aquela pessoa do que sobre você. 9. OPINAR É FÁCIL, TOMAR A DECISÃO É DIFÍCIL Opinar é a coisa mais fácil que existe: você pega um tema, pensa 10 segundos a respeito, fala qualquer coisa, vai embora e no dia seguinte já esqueceu o que falou. E daí aquela opinião descompromissada que você recebe, e que a pessoa nem pensou direito para dar, acaba influindo numa decisão importante que você tem para tomar. Tem um curso que fiz certa vez, no qual o professor dizia que, para você descobrir se um produto vai fazer sucesso, não adianta apenas fazer uma pesquisa e perguntar se as pessoas o comprariam. Não. Ele dizia que, para o teste ser eficaz, você precisava criar o produto, mesmo que em pouca quantidade, e colocar a venda para ver se vende, e só assim saberia se ele seria bem aceito ou não. E qual a diferença entre um método e outro? É que no primeiro as pessoas só precisavam opinar, e daí tudo fica mais fácil. Quando o pesquisador chegava e dizia, por exemplo: “Você compraria um curso online de inglês para aprender o idioma escutando todos os dias no almoço?” e as respostas diziam que sim, que comprariam. Daí o mesmo pesquisador dizia: “Tá bom. O curso está aqui, a venda, você quer passar no crédito ou no débito?”. Nessa hora, a maior parte das pessoas se recusava a comprar. Por que? Porque quando você tem que tomar uma decisão, tudo muda! É muito mais fácil opinar, especialmente quando se trata de uma opinião que não muda em nada as nossas vidas. Isso é muito comum de acontecer quando somos jovens e criticamos algo que nossos pais fazem ou fizeram. Daí, conforme vamos envelhecendo, a gente vai vendo que eles agiam daquela forma porque tinham uma razão importante e que, agora, se tivéssemos que dar uma opinião a respeito, não só concordaríamos como fazemos igual quando é nossa vez. Por isso, toda vez que uma pessoa quiser muito dar uma opinião a seu respeito, veja até que ponto ela só está opinando por esporte, e se ela pensaria da mesma forma se estivesse no seu lugar. 10. OPINIÕES MUDAM Já aconteceu alguma vez com você de tomar uma decisão baseada na opinião dos outros e daí, um dia, tempos depois, descobrir que aquela pessoa mudou de opinião? Comigo sim, várias vezes. Teve uma vez inclusive, que faz pouco tempo, e aconteceu o seguinte: estava junto com minha esposa comprando um tênis para mim, quando fiquei na dúvida entre 2. Um deles era a opção mais segura, diríamos assim, e o outro era um pouco mais colorido. Nada demais, era vermelho, mas era algo que eu não fazia sempre, pois costumo usar roupas mais discretas. Na hora de opinar, minha esposa disse que o vermelho era horrível, que eu nunca ia usar, que era feio, que chamava muita atenção, etc... Ela falou tanta coisa que, no fim, na hora de decidir, aquilo acabou influenciando minha decisão, e eu acabei decidindo pela opção mais discreta. Pouco tempo depois, estávamos na Internet, vendo um site juntos que ela estava me mostrando, quando apareceu num banner de anúncio o mesmo tênis que eu não havia comprado daquela vez. Eu comentei que era ele e, quando minha mulher o viu, ela disse: “Nossa, sabe que desde aquele dia eu comecei a ver várias pessoas usando esse tênis e agora eu gosto dele?” Na hora eu comentei que não havia comprado o vermelho por causa da opinião dela, e ela apenas respondeu de que no dia, na loja, não achou legal, mas que depois quando viu direito mudou de opinião. Não adiantava eu ficar irritado com ela, pois a culpa de levar a opinião dela em conta foi minha. Mais uma vez, este parece apenas mais um exemplo simples e corriqueiro, coisa do dia-a-dia, mas daí eu te pergunto: quantas vezes a gente já não tomou decisões sérias, que mudam o rumo de nossas vidas, baseadas em opiniões de terceiros, para tempos depois descobrir que aquela pessoa já não pensa exatamente a mesma coisa sobre aquilo? Isso tem muito a ver também com aquilo que já citamos de que, quando uma pessoa não está envolvida num assunto, é muito mais simples para ela dar uma opinião, e ela não precisa pensar muito para dar. E você leva isso em conta. Depois, com mais calma, a pessoa começa a se aprofundar no assunto e, quando você vai ver, percebe que ela já não pensa a mesma coisa. Só que agora já é tarde demais para você que já tomou a sua decisão. Então, nunca leve a opinião de uma pessoa como uma verdade absoluta, lembre-se sempre que ela pode mudar a qualquer momento, e por isso ela não deve ter um peso relevante na sua decisão. 11. O QUE É BOM PARA OS OUTROS PODE NÃO SER BOM PARA VOCÊ Eu tenho três irmãos mais velhos, então eu tenho propriedade para falar sobre isso. É muito comum as pessoas serem educadas de forma padronizada. Em especial no caso de irmãos, é normal que os pais utilizem exemplos de coisas que deram certo com os irmãos mais velhos e repliquem para os filhos mais novos. Então, se o mais velho gostou de natação, o mais novo nasce já destinado a fazer natação também. Se o mais velho gostou de roupa verde, é normal que o mais novo use verde também, às vezes até mesmo porque a roupa passa de um irmão para o outro. Só que, como você deve saber, a vida não é tão simples assim. A gente pode ter os mesmos pais que nossos irmãos, a mesma educação, estudar na mesma escola, e mesmo assim sermos pessoas completamente diferentes. E daí, é comum que a gente também tenha gostos próprios e queira fazer escolhas diferentes. Dado esse universo complexo em que vivemos, no qual pessoas que nasceram na mesma casa podem ser completamente diferentes, imagine expandir essa análise para imaginar as diferenças de pensamento entre você e seu amigo, você e seu cônjugue, você e seu colega de trabalho. Viu como todos nós somos muito diferentes? Pois bem, são essas pessoas completamente diferentes de você cuja opinião você está levando em conta na hora de tomar uma decisão para sua vida. Imagine eu, que no começo do livro lhe contei que tinha parado tudo que estava fazendo para começar a escrever. Se eu for atrás do meu irmão, dentista, e perguntar a ele o que ele acha disso, ele vai dizer o que? Simples, que eu sou um louco. É porque pra ele, que ama ser dentista e tem talento para aquilo, imaginar largar a carreira dele para se dedicar a escrever seria coisa de louco. Ele está pensando na vida dele. E daí, fica mais uma reflexão: se com pessoas próximas a gente já acha muitas coisas diferentes, imagine então como é com opiniões que a gente vê na Internet a nosso respeito? É claro que vamos achar muitas coisas que não batem com a gente, especialmente porque sempre teremos muitas diferenças com o próximo. 12. TENHA SEUS SONHOS BEM CLAROS NA SUA CABEÇA Para que sua cabeça seja sempre resistente a críticas perjorativas (pois tenha certeza que elas sempre vão acontecer), você tem que estar sempre muito ciente de quem é, aonde está e aonde quer chegar. Tudo isso. Bem claro na sua cabeça. Só no seu sonho você vai conseguir realizar o seus objetivos sem dar com a cara na parede algumas vezes. Talvez muitas. A gente sempre acha que tudo vai cair do céu, que um dia vão descobrir nosso talento e reconhecer nossa genialidade, mas a vida de verdade não é bem assim. Como diz o ditado, a vida é 1% inspiração e 99% transpiração. Para se ter sucesso, é preciso ralar muito. São muitos erros que você precisa cometer para aprender, e com eles muita gente vai te dizer que você não em talento, que você não devia nem ter começado, que você devia desistir, que você está passando vexame. De modo que é muito difícil não se deixar abalar por algumas ou por vários dessas opiniões. Sua única chance de ultrapassar essa barreira é sabendo exatamente o que você quer para sua vida. Tem que ser algo claro, genuíno, que você consiga visualizar e que dê tesão só de imaginar a possibilidade de alcançar aquilo. Tem que ser algo que, todo dia quando você acorde, e todo dia quando você vai dormir, esteja fixado na sua cabeça, e você saiba que é só uma questão de tempo a dar certo. Quando você está vidradoem algo, quando você fica obsessivo por algo, é muito mais difícil que agentes externos, como, e especialmente, a opinião alheia, te tirem o foco. Já aconteceu com você de estar tão concentrado em algo que alguém tentou te chamar algumas vezes e você nem ouviu? Então, é mais ou menos essa a sensação de estar focado nos seus objetivos. Você fica tão concentrado, mas tão concetrado neles, que as pessoas que vem falar à sua volta quase que passam despercebido. Aquele cara que vem te criticar, acaba quase que como um mosquitinho que você só dá uns petelecos pra ele ir embora e depois esquece que ele existe. Por isso, este insight também tem muito a ver com o legado que você quer deixar no mundo. A partir do seu legado, você passa a ter um objetivo, que é construir este legado. E é este objetivo que você vai desenhar e visualizar na sua mente, para que, todos os dias, você faça a coisa acontecer não estando nem aí para o que os outros vão achar a seu respeito. 13. TENHA UMA CAUSA QUE TE MOVE Pode parecer que causa e missão sejam a mesma coisa, mas não são. Uma causa é algo maior, que normalmente complementa a sua missão. Já reparou como tem pessoas que estão tão preocupadas com uma causa específica, que qualquer barreira na frente delas parece mínima e facilmente ultrapassável? Normalmente, estas pessoas com causas fortes, e que levam às últimas consequências a luta por elas, acabam entrando para a história em forma de lendas. Podemos citar aqui Marthin Luther King, por exemplo. Ele se foi há muito tempo, e seu nome continua tão atual como se ainda estivesse vivo. Porque será? Porque ele tinha uma causa muito forte por trás de cada passo que dava, e cada frase que falava. Hoje em dia, fala-se muito em causa. Todas empresas abraçam causas, e são vários os empreendedores que dizem abraçar uma causa também. Só é preciso tomar cuidado para que isso não se torne apenas um discurso vazio que não se reflete no seu dia-a-dia. Quanto mais forte e verdadeira uma causa, mais inabalável vai ser sua mente perante às críticas, perante opiniões conflitantes, perante as adversidades do dia-a- dia. Agora, quanto mais rasa a causa, quanto menos você acreditar nela, aí o efeito será o contrário: mais sucestível à críticas você vai estar, pois cedo ou tarde as pessoas vão se dar conta de que você não acredita no que está pregando. Então, minha dica é que você só abrace uma causa se ela for genuína, de preferência algo que te acompanha desde sempre, que você acredite desde que você se entenda por gente, pois aí é certeza de que ela faz parte da sua essência. Uma vez que você tenha essa causa clara, use-a para complementar a sua missão, dê um sentido coletivo e de bem maior para tudo que você fizer. E aí, pode ter certeza, você vai começar a trabalhar em outro nível. 14. APRENDA SUAS FORÇAS E FRAQUEZAS Primeiro de tudo, você não é perfeito. Espero que a essa altura do campeonato você já tenha se dado conta disso. Agora, um passo além de entender que nem tudo que você faz é perfeito, é analisar fria e objetivamente tudo que você faz para saber o que você faz bem e o que você faz mal. É engraçado que existem profissões nas quais os talentos das pessoas são facilmente identificados e falados muito a respeito, não é mesmo? Pense por exemplo no Neymar. Mesmo quem não seja especialista em futebol, sabe que o Neymar é bom de drible, e que ele não seria bom para jogar na zaga, certo? Ou o Woody Allen. Por mais que ele tenha feito alguns dramas bons na carreira, quem lembra dele logo pensa no cara engraçado fazendo piada de si próprio. Ou o Jimmy Hendrix. Você sabe que ele era um mestre da guitarra. Então, se você tivesse que montar uma banda dos sonhos, você não colocaria ele na bateria, certo? Viu que, nessas profissões, é muito fácil de entender o talento de uma pessoa? Agora, quando vamos para as profissões “normais”, diríamos assim, isso não acontece. Fala-se muito pouco a respeito dos talentos das pessoas nas profissões mais comuns. O motivo disso é falta de cultura mesmo, temos pouca cultura de feedback e de auto-conhecimento. Se eu te perguntasse: no que você é bom? Você saberia me responder? Se sim, ótimo. Se não, vamos pensar melhor a respeito. Tenha você pensado sim ou não, faça este exercício comigo: 1) Quais são as atividades que você ama fazer, e que é reconhecido pelos outro por isso? 2) Quais são as atividades que você passa horas fazendo e nem vê o tempo passar? 3) Quais as atividades que as pessoas costumam pedir para que você as ajude, pois elas reconhecem o seu talento nela? 4) Quais as atividades que você faria mesmo se não precisasse ser pago por isso? 5) Quais as atividades que você daria total prioridade no seu dia-a-dia se pudesse escolher? Ao responder essas perguntas, tenho certeza absoluta que algumas atividades surgiram automaticamente na sua cabeça. Pode ser que você seja bom em números, pode ser que seu talento seja vender, pode ser que você seja muito bom em estratégias, ou ao contrário, você seja bom em execução, mas com certeza você é bom em algo, e com certeza também você é melhor nesse algo do que em todo o resto. E porque é importante que você saiba no que você é bom? Vamos lembrar dos exemplos que eu dei lá em cima. Pode ser que você seja o Neymar da estratégia, mas esteja sendo escalado fora da sua posição. Imagina se o técnico do Barcelona não soubesse os talentos do Neymar e o escalasse de lateral esquerdo. Obviamente que isso não ia dar certo. É comum vermos até mesmo pessoas autônomas e empreendedores, que não tem chefes e podem escolher em que área atuar, se escalando em posições erradas, pois não sabem direito aonde deveriam estar jogando. E o que é que tudo isso se encaixar com não estar nem aí com o que os outros pensam? É Simples. Quanto mais você estiver adaptado, entrosado e seguro do seu trabalho, menos suscetível você vai estar às críticas, porque você vai estar desempenhando melhor e mais confiante no que está fazendo. Vou citar novamente o Neymar. Imagine que ele passe 10 jogos escalado na lateral esquerda, uma posição que ele não tem nenhuma afinidade. O que vai acontecer? Ele vai jogar de forma insegura, vai errar, vai receber críticas e vai se sentir abalado por elas, pois sabe que muitas terão razão. Agora, se você o coloca para jogar no ataque, ele se sente em casa. Ele começa o jogo confiante, faz o que sabe fazer melhor, vai receber diversos elogios e, mesmo quando jogar mal e vierem as críticas, ele vai saber lidar melhor com elas, pois sabe que sempre vai depender só dele para que as coisas melhorem. É por isso que saber os seus talentos é fundamental para que você não esteja nem aí para o que os outros estejam falando sobre você! 15. NÃO ALIMENTE OS HATERS Se você já deu uma opinião na vida, com certeza você já encontrou algum tipo de oposição. Isso pode ter sido na mesa de família, na sala de aula, no trabalho ou na Internet. E daí, grandes chances de você ter encontrado em algum desses lugares o chamado “Hater”, que é aquela pessoa cujo único propósito na vida, naquele momento é discutir com você, ou te criticar, ou reclamar, ou te pertubar, ou tudo isso ao mesmo tempo. Estas pessoas estão por aí sempre, especialmente na Internet, como que à caça de algum assunto ou alguém para criticar e, fique tranquilo, existem haters para todos os gostos. Na política, por exemplo, se você é de esquerda e dá uma opinião de esquerda, vão surgir os haters de direita. Se você é de direita e da opinião de direita, vão surgir haters de esquerda. Isso vale também sobre futebol, música, TV, qualquer coisa! Primeiro de tudo, os haters se encaixam muito bem no nosso insight passado sobre Pedro e Paulo. Afinal, uma pessoa que passa o dia procurando alguém para discutir e criticar, com certeza não está bem consigo mesma e precisaria muito de uma ajuda profissional. Com certeza ela precisa entender porque precisa atacar os outros tantas vezes por dia e com tanta agressividade. Agora, como os haters são críticos em excesso,vale tomar um cuidado especial com eles. A partir do momento que você percebe que eles só vieram para te criticar e que eles nunca vão estar satisfeitos com o que você tem para dizer, você consegue ter uma estratégia melhor contra eles. O que eles querem é sempre atenção. Eles passam o dia xingando pessoas para ver quem xinga de volta e, quando isso acontce, eles se sentem realizados e voltam lá para discutir. Dessa forma, você percebe que a última coisa que você precisa dar para eles é atenção, e daí que vem o ditado: “Não alimente os haters”. Sei que isso não é fácil, pois muitas vezes eles pegam pesado, fazem críticas e acusações pessoais e sem sentido, mas você precisa ter cabeça fria para lidar. Afinal, como já falamos algumas vezes aqui, a partir do momento que você resolver opinar, vão surgir pessoas que discordam de você. Conforme você não alimenta os haters, eles aos poucos vão sumindo, até que desaparecem. O que acontece é que alguma outra pessoa “mordeu a isca”, ou seja, alguém não se aguentou e deu trela para o hater, que agora foca todas as atenções nela e esquece que você existe. Dadas essas circunstâncias, creio que fica claro que esses haters não passam de pessoas completamente perturbadas, não é mesmo? Sendo assim, também fica claro que a opinião que eles têm a seu respeito deva ser totalmente ignorada. 16. IMAGINE O PIOR CENÁRIO POSSÍVEL Um exercício que é muito famoso em empresas, para análise de riscos, é analisar o pior cenário possível de algo acontecer. Por exemplo, imagine que uma empresa vai lançar um produto no mercado, todos estão receosos pois não sabem o que vai acontecer, então alguém vai lá e analisa o pior cenário possível. Para isso, eles tem que avaliar quanto terão que investir, custos de pesquisa e desenvolvimento, custos de produção do produto, e daí comparam isso com o pior cenário possível, que seria um fracasso total nas vendas. Com esses números em mãos, eles conseguem tomar uma decisão de prosseguir ou parar. Por exemplo, eles fazem as contas e concluem que, se tudo der errado e o produto não vender, eles vão ter um prejuízo de 10 milhões de reais. A partir daí, eles analisam se eles estariam dispostos a correr esse risco, e se eles teriam como sobreviver com esse prejuízo. Para algumas empresas, 10 milhões de reais não é nada, para outras significaria falência. A partir dessa constatação, elas tomam a decisão de seguir em frente ou não. Porque analisar esse pior cenário possível é importante? Porque ele te dá mais segurança para agir. Às vezes demoramos uma vida para tomar uma decisão, com medo de tudo que poderia acontecer e daí, quando analisamos o pior cenário possível, percebemos que ele é ridículo ou nem mesmo existe. Por exemplo, imagine o exemplo do tênis vermelho que eu fiquei em dúvida se comprava ou não. Qual era o pior cenário possível ali? Eu comprar e não usar, certo? Se eu chegasse a essa conclusão, eu perceberia que existiam vários cenários possíveis. Eu poderia simplesmente ficar com o prejuízo de R$ 250,00, que era o preço do tênis. Paciência, ninguém ia morrer por causa disso. Eu poderia dar para alguém, e daí aproveitava para fazer uma caridade. Ou, se quisesse ganhar algo de volta, poderia vender nos brechós que minha esposa sempre participa. Viu como ficar horas pensando qual decisão tomar pode ser uma grande perda de tempo? Ao analisar o pior cenário possível, rapidamente você já vê tudo de ruim que poderia acontecer, e a partir daí já pensa nas saídas, fazendo com que as opiniões sobre a decisão sejam menos relevantes e a decisão seja mais fácil de ser tomada. Então, da próxima vez que se sentir pressionado, com um monte de gente querendo opinar sobre o que você poderia fazer, tampe os ouvidos e pense: qual seria o pior cenário possíve?. Você verá que, assim, muitos fantasmas vão desaparecer e tomar essa decisão vai se tornar bem mais simples. 17. ERRO É FEEDBACK Este é um conceito que aprendi quando estudei Programação Neuro-Linguística, e diz respeito a forma como nós lidamos com nossos erros. Parte da demora para se agir quando queremos tomar decisões ocorre por estarmos levando a sério demais a decisão a ser tomada, como se tudo fosse um caso de vida ou morte. Não é. Lembro sempre de minha mãe que ficava em dúvida sobre fazer determinada dieta que viu na revista pois tinha dúvidas se ela iria funcionar ou não. Daí eu perguntava: “porque você não tenta?” E ela respondia: “Porque eu não sei se vai funcionar”. Pensa comigo, se ela tentasse e não funcionasse, o que iria acontecer? Ela apenas aprenderia que aquilo não funciona e teria outros caminhos, como fazer ajustes na dieta ou tentar uma próxima. Ao não tentar, aquilo permanecia na cabeça dela e incentivava a procrastinação. Temos esse terrível hábito de tratar tudo na vida como se fosse definitivo, como se não pudéssemos nunca errar. Este perfeccionismo nos torna medrosos, faz com que levemos tudo em consideração, em especial a opinião dos outros e, de preferência, as opiniões mais cautelosas. Veja meu caso, eu poderia passar minha vida inteira achando que seria legal escrever, ou posso tentar escrever agora e ver se dar certo. Se o livro não vender, vou analisar aonde errei e fazer ajustes, e seguirei nesse ritmo constante até que eu consiga ser um escritor de sucesso. Daqui a 5 anos, tenho certeza que serei um escritor de sucesso, e daí todo mundo vai achar que a coisa aconteceu do nada. Não, não foi do nada. A “coisa” aconteceu conforme eu cometia os erros, aprendia com eles (ou seja, transformando-os em feedback) e a partir daí ia melhorando meu trabalho. É comum escutarmos histórias de pessoas de sucesso que dizem que, no começo da carreira, alguém chegou para eles e disse: “Desista, porque você não tem talento para isso”. Se não me engano, o último que vi contar essa história foi o ator Harrison Ford, que escutou isso de um produtor. Infelizmente, especialmente quando estamos começando, a maioria de nós tem um mindset menos preparado. Ainda estamos inseguros fazendo aquela atividade como principiantes, e isso faz com que uma opinião dessa, especialmente de alguém da área, nos derrube. Imagine quantas pessoas não receberam o mesmo feedback que o Harrison Ford recebeu, de que não tinha talento para ser um ator, e desistiu da carreira achando que aquela pessoa tinha autoridade para falar isso, logo estava certa? Tenho certezas que dezenas de milhares. Isso acontece todos os dias, em todas as áreas. Pessoas são desencorajadas a seguir em frente na carreira porque alguém diz a elas que elas não tem talento para tal. Qual a forma correta de se levar uma crítica como essa? Bom, se for uma crítica construtiva, é tentar entender porque a pessoa acha aquilo, quais são os pontos que precisam ser melhorados, e ir atrás de melhorar. Se for uma crítica negativa, perjorativa, de alguém que só quer te levar pra baixo, MANDA PRAQUELE LUGAR!!! Siga em frente, sempre. Só você saberá dizer ao certo se é hora de desistir de algo ou se você pode ir além! 18. ESCOLHA QUAIS LUTAS LUTAR Infelizmente, a gente não consegue ser bom em tudo. Indo além, a gente talvez não consiga nem ser bom eu algumas coisas ao mesmo tempo. O mais comum é conseguirmos ser bons em apenas uma única coisa na vida. E isso na verdade não é algo ruim, pois força a gente a focar em algo para tentar ser excelente naquilo. E o que isso tem a ver com não estar nem aí para o que os outros pensam? Vamos lá: Tinha um colega de trabalho, certa vez, que era um cara muito idealista, e que queria lutar por justiça em todos os cantos em que se metia. Sem exageros, teve uma época em que, ao mesmo tempo, ele estava: brigando com três professores diferentes da pós-graduação por razões diferentes, brigando com a operadora de telefonia, brigando com a empresa por questões trabalhistas e brigando com o plano de saúde por causa de problemas de saúde da mãe dele. Conforme a gente conversava para eu tentar entender se, de alguma maneira, eu poderia ajuda-lo, eu comecei a reparar que parte dasbrigas que ele estava tendo, eram totalmente dispensáveis ou pelo menos adiáveis. De modo que ele estava dispersando energias em várias áreas diferentes ao mesmo tempo, quando muitas brigas poderiam esperar e apenas uma delas era urgente. No caso, era o plano da saúde da mãe, que estava prejudicando o tratamento dela. Aos poucos, ele percebeu isso e começou a se livrar dos outros problemas para cuidar apenas do de saúde e deu certo. Em questão de 10 dias focando num problema só ele resolveu a questão e sua mãe pode receber o tratamento que precisava. Às vezes, a gente dispersa muitas atenções em vários campos diferentes, sem fazer o fundamental exercício de priorização. A cada “campo de batalha” que abrimos em nossa vida, temos que nos preparar para: diferentes preocupações, diferentes esforços, diferentes investimentos e, por fim, diferentes opiniões ao nosso respeito. Tanto que, já que citamos “campo de batalha” acima, uma das estratégias mais simples de guerra na antiguidade era qual? Atingir o inimigo em várias áreas diferentes ao mesmo tempo, pois isso fazia com que a defesa se dispersasse. Quando você decide lutar várias lutas ao mesmo tempo, é isso que está acontecendo com a sua defesa: ela está se dispersando. Você vai ter que gastar mais energia, pois cada área vai exigir uma estratégia diferente, ao mesmo tempo que, mesmo que você dê o seu máximo em todas as áreas, em alguma delas algo vai escapar do seu controle e sua reputação vai ficar em risco. Foque sempre. Tenha poucas e boas prioridades. 19. NÃO FIQUE SE COMPARANDO COM QUEM JÁ CHEGOU LÁ Se existe um exercício de masoquismo que as pessoas adoram fazer, é ficar se comparando com pessoas que já “chegaram lá”, para ficar se sentindo mal a respeito. Todos fazemos isso em algum ponto: olhamos alguém que está nas alturas, em capas de revista e de jornal, e pensamos: “Puts, nunca vou conseguir ser como esse cara.” Daí, quando estamos naquela rodinha entre amigos, começam a falar novamente daquele profissional, e logo começam a exalta-lo. É comum escutarmos, ou mesmo falarmos: “É, a gente nunca conseguiria fazer que nem ele fez”. E isso é uma besteira imensa, uma das maiores maneiras de se auto-sabotar que existem. Todo mundo que já chegou lá passou pelas mesmas dúvidas, dilemas e dificuldades que você. Teve que lidar com a críticas de pessoas próximas, da opinião pública em geral, e até mesmo o discurso que ele está dizendo ali na capa da revista, nunca é tão simples como parece. Não é nem que ele esteja mentindo ali, é apenas que a função do jornalista é dar ares de épico para a jornada daquele empreendedor. Então você começa a ler aquela história sensacional, em que tudo deu certo, em que o cara tinha um dom para o que fazia, e pensa: “Isso nunca vai acontecer comigo”, e as pessoas a sua volta te dizem a mesma coisa. Pare já com isso! Por dois motivos: - Primeiro, isso que já falamos. Aquela história de sucesso que está na capa da revista não é tão bonita quanto parece. Ela foi romantizada para estar ali, pois faz parte do show contar uma história bonitinha sempre. - Segundo, nunca compare o seu degrau 1 ao degrau 10 de alguém. O jeito mais fácil de você se desmotivar é ficar impressionado com o crescimento de alguém, com a velocidade que ele chegou lá, com o tamanho que ele tem hoje. Mesmo que a história da pessoa seja de fato impressionante, lembre-se que ele é uma exceção, não a regra, e que lá fora existem milhões de pessoas lutando suas próprias batalhas na vida real. Se você for se comparar com um Mark Zuckenberg, por exemplo, é óbvio que vai se sentir para baixo, é óbvio que a trajetória dele vai parecer mais brilhante que a sua. Mas o que você ganha ao fazer isso? Nada. Eu até acho importante que você se compare com outras pessoas, desde seja para se inspirar. Caso encontre algum caso de sucesso na sua área, procure entender quais passos fizeram essa pessoa chegar lá e veja o que você pode aprender e implementar no seu dia-a-dia com isso. Só não utilize esse exercício de comparação para se colocar para baixo, ou para deixar que os outros te coloquem para baixo. 20. PENSE NO QUANTO VALE A PENA DISCUTIR Se você já teve a chance de cuidar de um bebê, mesmo que seja por alguns minutos, ajudando algum familiar, vai entender o que eu quero dizer: Eu costumo dizer que a opinião das outras pessoas é como um bebê, ou mesmo uma criança pequena, que a gente coloca num cercadinho, ou no berço, e fica assistindo ele brincar. Eu já fiz isso algumas vezes com meus sobrinos e o que eu aprendi é o seguinte: se eu fosse me preocupar com cada gesto ou cada ação que eles faziam, eu ia ficar doido. Imagine, se eles engatinham pra esquerda, eu fico preocupado com o que tem na esquerda, se vão para a direita, eu me preocupo com o que tem na direita. Se eles pegam um carrinho, eu fico preocupado com ele engulir o carrinho, se ele levanta no berço, já fica a preocupação se ele vai tentar pular. Ou seja, se você ficar muito neurótico com tudo o que o bebê ou a criança fizer, você entra em pânico. Então, conforme eu fui ficando mais experiente nisso, eu aprendi a deixar meus sobrinhos mais a vontade. Eu ficava por perto, deixava ele brincar totalmente livre, e só intervinha em casos extremos, como quando ele tentava pular do cercadinho, por exemplo. O que eu aprendi com isso? Que ao deixa-los mais livres, os meus sobrinhos se divertiam mais, choravam menos, e eu ficava bem mais tranquilo cuidando deles. Quando a gente pensa na opinião dos outros, por incrível que pareça, a situação é parecida. Todo mundo vai ter uma opinião a seu respeito, e isso é algo que você nunca vai conseguir controlar. Vou mais longe, todo mundo vai ter opinião sobre tudo na vida. Quando você vai no almoço de família, é normal você escutar um monte de coisa da qual não concorda. Pode ser opinião sobre política, sobre outros familiares, sobre trabalho, sobre a vida. Eu diria que é humamamente impossível haver um consenso num almoço em família de domingo. Isso nunca vai acontecer. Agora, a forma como você lida com as divergências, pode mudar, pode ser de dois jeitos: - Você pode ser aquela pessoa chata, que quer discutir tudo, e que não aceita de forma alguma que alguém não pense exatamente como você. - Você pode entender que as pessoas vão ter opiniões diferentes, aceitar isso e não se preocupar com todos os assuntos possíveis. Apenas quando achar muito necessário intervir, você intervem. Voltando para a história do bebê, é a mesma coisa: eu só ia lá interromper o bebê, quando via que ele ia fazer alguma coisa muito errada. Agora, no estado normal, enquanto ele não estava fazendo mal nenhum a ninguém, não tinha porque interrompe-lo. Se fizesse isso, ele ia chorar, espernear, dar trabalho, e eu ia ter que lidar com isso. No caso da opinião das pessoas, ainda, tem um outro ponto: as pessoas não vão mudar porque você quer que elas mude, e quanto mais rude for a sua intromissão, maiores as chances de elas ficarem bravas com você e fazerem questão de não mudar. Não é a toa que os psicanalistas são famosos por não emitirem opiniões. Se você já fez análise, sabe que os analistas costumam apenas falar: “Porque?”, “Fala mais sobre isso...”, etc... Porque eles fazem isso? Não é porque eles não sabem o que dizer. Isso eles sabem, com certeza. Mas, antes, eles sabem que não adianta eles falaram aonde o analisante está errando sem que o próprio analisante perceba isso antes. Por último, algo fundamental que os psicanalistas entendem e, na verdade, qualquer pessoa que atinja a maturidade também, é nosso próximo item: 21. VOCÊ NÃO É O DONO DA VERDADE Sim, muita gente se incomoda com o que os outros dizem, pois elas tem muita certeza de que elas é que estão certas. Mas é tanta, mas tanta certeza, que elas não admitem nem a remota hipótese de que as outras pessoas possam ter um pingo de razão. Bom, imagino que você já tenha passado por situações em que você achava uma coisa sobre um assunto e, depois de um tempo, sua opinião mudou, certo? Sim,do mesmo jeito que já falamos aqui que você não deve levar opiniões em conta pois elas mudam, lembre-se que isso também se aplica a você! Quantas vezes você já não deu palpite na vida alheira baseado em opiniões suas? Quantas vezes você não deu conselhos em que, se fosse você a pessoa a tomar a decisão, talvez agisse diferente do que falou? Isso quer dizer, essencialmente, que este livro não é apenas sobre você ignorar a opinião das outras pessoas e se sentir uma pessoa superior ao resto da humanidade. Não, nada disso. O que espero que você veja também é que tudo que você aprender aqui para brecar a opinião dos outros na sua vida, sirva também para que você breque a sua opinião na vida das outras pessoas. Como dizia um programa de TV de anos atrás, para não ligar para o que os outros pensam, é preciso vestir as sandálias da humildade. Explico: é muito díficil para a gente achar que não está certo em determinado assunto. Nossa opinião reflete o que? Nossas crenças, nosso valores, nossa educação, nossas preferências. Então, é muito difícil julgar que podemos estar errados em algo, já que isso significaria um choque em tudo que acreditamos. Por isso, é normal, sempre que nossa opinião é confrontada, acharmos imediatamente que estamos certos e que a outra pessoa está errada. Isso pode acontecer em diversas situações: como quando estamos em família e achamos que alguém na mesa falou uma besteira. Ou quando estamos no trabalho e alguém dá uma opinião e já fazemos uma careta para aquilo antes mesmo da pessoa terminar de falar, pois temos certeza que ela está errado. E daí, cedo ou tarde, vem a vida e nos mostra que nós podemos estar errados. Já parou para pensar quantas vezes você perdeu um precioso tempo do seu dia julgando o que os outros estavam falando? Mesmo que você estivesse certo, na maioria das vezes não vale a pena discutir. Quando se trata apenas de uma opinião sua então, que você nem sabe ao certo se está certo ou não, aí, convenhamos, você está procurando discórdia. Por isso, liberte-se de achar que você precisa saber de tudo e que precisa estar sempre certo. Quando você abre mão de ser o dono da verdade, e dá aos outros o benefício da dúvida, você consegue enxergar a tudo e a todos com mais serenidade, e assim a opinião do outro passa a ter menos influência na sua vida e causa menos distração. 22. O MUNDO NÃO GIRA AO SEU REDOR Muitas vezes essa preocupação de saber o que os outros pensam sobre nós vem mais da gente do que dos outros. Quanto mais importância damos para isso, mais iremos atrás de saber o que as outras pessoas pensam a nosso respeito. E daí que vem uma grande lição para você aprender aqui: o mundo não gira ao seu redor. Como já falamos, nossa presença aqui nesse planeta é insignificante se levarmos em conta o tempo que passamos aqui, e insignificante também se levarmos em conta o nosso tamanho perante ao universo. Somos literalmente pequenas formigas andando por um pequeno planeta no meio de um sistema muito maior que nem sabemos mensurar direito ainda. E tudo isso já existia antes de nós nascermos, e vai continuar existindo depois que nós morrermos. Mesmo as pessoas que mais te amam, que dizem que não conseguriam viver sem você... Más notícias: se você morresse hoje, elas com certeza ficariam muito tristes mas, uma hora ou outra, elas teriam que recomeçar a viver a vida delas. Então, pare de achar que você é a última bolacha do pacote, e que cada decisão que você toma é algo que a humanidade deve parar para opinar a respeito, porque não é. As pessoas, na verdade... Desculpa falar assim dessa forma, mas não estão nem aí para você! Você acha que elas estão muito preocupadas com você, mas elas não estão. Cada ser humano tem um cérebro que fica o dia inteiro pensando a respeito da própria vida, do próprio mundinho dela. Se em algum momento você passou pela cabeça dela, foi bem rápido. Ela pensou em você, pensou na situação, deu a opinião dela e ponto, tudo volta ao normal e ela volta a se preocupar com a vida dela. É assim, rápido mesmo. Logo em seguida ela já lembrou do email que tem pra mandar, da conta que tem pra pagar, de checar como tá o Instagram dela, de assistir a novela, etc... Então, não tem porque você ter vergonha de dar uma opinião, vergonha de levantar a mão, vergonha de fazer o que quiser, pois a maioria das pessoas não vai nem reparar. Quem reparar, é capaz que repare no momento mas que, logo em seguida, já esqueça. Lembra daquela vez em que você achou que todo mundo lembrava da sua presença, até que alguém disse: “Qual seu nome mesmo?” Sabe o que gira ao seu redor? O SEU MUNDO. Só ele. As suas escolhas, os seus desejos, a suas decisões que você toma todos os dias. Você é o personagem principal da sua história e é só ela que deve te preocupar. Entenda essa sutil diferença: achar que todos estão te observando porque o mundo gira ao seu redor é arrogante, te prende, te censura, causa preocupação e aflição. Agora, ter consciência de que o SEU mundo gira ao SEU redor, isso sim te liberta, te torna o criador da sua história, e faz com que todo o resto (ou seja, a opinião dos outros), se torne algo menor. Lembre-se que tudo isso não significa que você deve parar de se preocupar com outras pessoas ou sentir empatia por elas. Apenas mostra que o seu universo é sua responsabilidade e que tudo que não está certo no seu mundo deve ser feito algo a respeito. Se o emprego está ruim... Mude. Se a carreira escolhida foi errada… Mude. Se quer falar algo ma tem vergonha, fale! Quando você aceita que cada pessoa é o centro do seu próprio universo, isso faz com que você se sinta mais responsável com a sua vida e deixa as outras pessoas cuidarem do universo delas. Você desiste de tentar mudar os outros pois entende que a mudança na vida é algo bastante complexo, que só ocorre quando você se dá conta de que é preciso mudar. Pode vir o Papa, o Obama e Jesus Cristo aqui te dizer que você precisa fazer algo que, se você não se convencer disso, nada será feito. Com todo mundo é assim. E ao constatar isso, que todas as pessoas estão preocupadas demais com o próprio unvierso delas, aí sim que fica mais claro que a opinião delas sobre você não importa em absolutamente nada. Você é apenas um pensamento que passou pela cabeça dela enquanto ela estava distraída de cuidar da própria vida. Rapidamente, porém, ela se dá conta de alguma preocupação ao próprio respeito e voltar a se preocupar com ela mesma. 23. AO SE PREOCUPAR MUITO COM ALGO, VOCÊ ACABA ATRAINDO Pode ser que os mais céticos não acreditem isso. Se este é o seu caso, calma que, mesmo sendo cético, você vai entender o que eu estou querendo dizer aqui. Existe um negócio que chama Lei Da Atração, que parte do princípio de que tudo que a gente pensa é uma espécie de imã para nossas vidas. Se nossa mente está repleta de pensamentos bons e de prosperidade, nossa vida tende a presenciar situações boas e de prosperidade. Se nossa mente estiver cheia de pensamentos negativos e de escassez, estas coisas aparecerão em nossas vidas. Muita gente acredita na lei da atração, outros nem tanto, mas eu vou te mostrar como ela funciona sem que você precise acreditar no sobrenatural. Imagine que você quer fazer uma viagem de carro que seus familiares acham perigoso. Uns dizem que você vai ser assaltado, outros que o carro vai quebrar, outros que o pneu vai furar, o dinheiro vai acabar, você vai sentir saudade. Conforme você começa a dar muito ouvido para todas essas preocupações, elas deixam de ser preocupações dos seus familiares e passam a ser suas. Daí, o que era pra ser uma viagem de lazer, se torna algo negativo. Você fica com medo de pegar estrada, revê o seu trajeto e fica com medo de ser assaltado. Pensa melhor no roteiro e evita lugares que você acha que possam dar problemas. Quando você menos espera, essas preocupações acabam prejudicando sua viagem, pois você não vai mais viajar com a intenção de se divertir, e sim viajar preocupado com medo de que coisas ruins aconteçam na sua vida.De tanto medo que você ficou de sua viagem ser uma tragédia, você acaba conseguindo que ela seja. Então, veja sempre que um problema só um problema a partir do momento que você o enxerga como tal. Neste caso, o que era um motivo de diversão, uma viagem, se torna um problema, por causa de todos os medos que colocaram na sua cabeça. Não deixe nunca que isso aconteça. Se as pessoas quiserem dar a opinião delas e você se dispuser a escutar, até que tudo bem, você está sendo educado. Agora, uma vez ouvidas, elimine as opiniões negativas da sua cabeça e não deixa que nada daquilo influencie a sua vida. É como aquele ditado que eu escutava muito minha avó dizer: “Entra por um ouvido e sai pelo outro”. 24. FALEM MAS FALEM DE MIM Este é, talvez, o insight mais complexo de todos, pois pode ser mal interpretado e difícil de entender. Eu tenho um amigo, que é jornalista relativamente famoso, e que costuma dar opiniões na Internet. Como todo jornalista, ele acaba expressando bastante de suas opiniões por aí, só que ele faz isso mais do que os colegas, pois ele investe num marketing pessoal para ser uma referência como um jornalista com opinião. Como já vimos anteriormente, quanto mais você dá opiniões, mais está dando a cara tapa. E quanto mais forte for a sua opinião, mais você vai gerar polarizações entre os que amam o que você falou, e os que odeiam. Então, se já vimos aqui que a unanimidade não existe, e que você não precisa dela, este aqui é um passo avançado, não recomendado para principiantes: quanto mais pessoas estiverem falando mal de você, isso pode significar que você está se tornando mais popular e seu nome está ficando mais forte. Este amigo meu reparava isso pois, toda vez que ele emitia uma opinião polêmica e os haters “caíam matando”, ou seja, entravam na página dele e xingavam até a última encarnação da família dele, algo curioso acontecia. Aos olhos de quem está vendo de fora, parecia que aquela repercussão estava sendo horrível para ele. Uma pessoa comum olharia aquilo e diria: “Nossa, o fulano se deu mal, ele tá sendo muito criticado e isso vai acabar com a carreira dele.” Essa era a impressão para quem estava de fora. Agora, o que ele percebia é que, quanto mais pessoas o xingando, simultaneamente, mais fãs ele ganhava. Pessoas que ia dando likes na página dele, pessoas que mandavam mensagens privadas dizendo que não o conheciam mas que agora iriam acompanha-lo, pessoas que diziam que ele estava certo naquela briga que ele comprou. Ou seja, enquanto era criticado na superfície, ele ganhava fãs engajados na surdina. O que acontece são duas coisas: - Todo assunto que polariza, gera pessoas que odeiam o que você falou, mas geram também as pessoas que amam o que você falou. - O ódio gera um convite maior à ação do que o amor. Tanto que existem estudos que dizem que, uma pessoa que odiou um produto, tem até 10 vezes mais chances de falar dele para uma outra pessoa (pra dizer que aquilo é ruim), do que uma pessoa que gostou de um produto (pra dizer que ele é bom). Então, é normal que quem odeie algo faça um estardalhaço a respeito. O que a gente não percebe vendo de fora é essa leva de fãs menos barulhenta que vai se formando a cada vez que você expõe sua opinião mesmo sabendo que ela vai gerar controvérsias. Neste caso, é quase que uma obrigação que você não esteja nem aí para o que vão dizer, pois você já sabe que vão te xingar muito. Só existem duas ressalvas éticas para se fazer a respeito desta estratégia: - Assim como quando falamos de se ter uma causa, toda opinião que você expressa deve ser genuína. O risco de se criar polêmica só por criar, ou só para dar audiência, é que você corre o risco de atrair os fãs errados para sua página: pessoas que só gostem de ver o circo pegar fogo. Daí você vai ser reconhecido por ser uma pessoa sensacionalista que gosta de fazer alardes, apenas isso. - Tome muito cuidado com as opiniões que você dá. Uma coisa é você ter uma opinião forte, sincera, mas que é polêmica. Até aí, tudo bem. Outra, completamente diferente, é você ser babaca. Difícil de dar um exemplo, pois isso envolve discussões maiores, como a famosa pergunta: “Qual o Limite do Humor?”, e não é minha intenção aqui advogar pelo politicamente correto, pois nem gosto disso. Acho que cada pessoa deve seguir o seu bom senso, por isso convido você sempre a refletir antes de postar alguma coisa, para sentir se aquilo é algo seu e genuíno, ou se está fazendo só para gerar polêmica. Se for a segunda opção, eu deixaria para lá. 25. PARE COM O OVERTHINKING Em resumo, tudo que você leu aqui nesse livro diz respeito a pensar antes de fazer ou de falar. Com certeza este é um hábito saudável, que você não deve abandonar de jeito nenhum. Pensar nos ajuda a ter idéias, a formular conceitos, nos ajuda a sermos racionais, a tomar melhores decisões e formular melhores opiniões. Agora, como todo excesso é ruim, quando você pensa demais sobre um assunto, você está praticando o que em inglês se chama “Overthinking”. Por este ser um tema complexo, e que resume um pouco do que vimos até aqui, ele não é apenas um insight, como uma conclusão para este livro. Overthinking, na tradução, pode ser interpretado como “Pensar Demais”, ou “Pensar em Excesso”. Assim, o que poderia significar algo bom, que fizesse você tomar melhores decisões, acaba se tornando uma maldição, pois deixa você num estado de repetição de dúvidas, medos e preocupações que não te deixam dar um passo adiante. Existem 6 efeitos nocivos do overthinking para a sua vida: a) Excesso de Drama para cada passo que você quer dar na sua vida: Com o overthinking, é comum que as pessoas dramatizem demais todos os tipos situações pelos quais elas passam. Cada escolha é motivo de mil deliberações, é motivo para se escutar várias opiniões e demora muito tempo para ser tomada. Tudo é feito num ambiente de dúvidas e incertezas tão grande que, mesmo após a decisão tomada, aquelas incertezas não acabam, e se tornam arrependimentos, pois a pessoa passa a achar que, se tivesse tomado outra decisão, o resultado teria sido melhor. b) Várias Oportunidades interessantes são perdidas: Conforme você pensa demais sobre um assunto, é comum que você perca o timing certo para tomar a atitude. Isso vale para uma oportunidade de emprego que deixa passar, uma paquera que você demora demais para se aproximar e vai embora, ou uma opinião que você poderia dar mas a discussão se encerrou. Então, um sentimento muito comum entre os “Overthinkers” é o de se arrepender pelo que não fez, já que estava ocupado demais pensando se deveria fazer ou não. c) Causa Ansiedade e Depressão: Conforme as sensações ruins de não agir vão se acumulando, é normal que pessoas que pensam demais comecem a desenvolver problemas mais séries, como crises de ansiedade e até mesmo depressão. Isso porque ela passa a viver como se cada fato de sua vida fosse passível de gerar desconfortos e ameaças apra elas. d) Causa Pessimismo e Infelicidade: Outro efeito de pensar demais é gastar muito tempo analisando os contras. Se pensarmos bem, você vai ver que pessoas que pensam demais normalmente estão pensando mais nas partes negativas. Se elas pensassem demais só nas coisas positivas, elas tomariam a atitude rapidamente. Mas não. Ela fica num looping de pensamentos negativos, no que pode dar errado, no que os outros vão dizer. Então, é normal que essas pessoas se tornem pessimistas, e que isso leve à infelicidade. e) Insônia: Se tem um lugar em que os pensamentos em excesso tem espaço livre para atrapalhar, é quando você vai dormir. A insônia é causada pela mente que não consegue descansar e, quando isso acontece, é porque ela está cheia de preocupações. Uma dica para se resolver isso é ter um bloco de notas no criado-mudo, e anotar todos os problemas para que eles não fiquem “vagando” pela sua cabeça a noite inteira. Conforme você os anota, pelo menos você não fica preocupado de esquece-los no dia seguinte, o que já ameniza a insônia. f)
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