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Novembro azul com sintomas silenciosos e tabus sobre prevenção câncer de próstata é o 2 mais comum e

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Novembro azul: com sintomas silenciosos e tabus sobre
prevenção, câncer de próstata é o 2º mais comum entre
brasileiros
Com sintomas silenciosos e cheio de tabus em relação ao exame de prevenção, o tumor de próstata é o
segundo mais comum entre homens no Brasil – ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Só em 2020, cerca de 30% dos casos de câncer masculino foram de próstata.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam 65,8 mil novos casos por ano no triênio 2020-
2022 no Brasil. Todos os anos, o câncer de próstata tem 75% dos casos registrados em homens com 65
anos ou mais – e o número de mortes chega a 15,5 mil.
Questões culturais também impactam nesses números: os homens costumam cuidar menos da saúde e
ir pouco ao médico para exames de rotina. Com a pandemia, esse cenário se agravou. Segundo dados
do hospital A.C. Camargo Cancer Center, houve uma queda de 30% nos atendimentos da área de
urologia.
O Novembro Azul traz anualmente campanhas de conscientização sobre o câncer de próstata e, neste
ano, tem uma mensagem principal: os homens precisam retomar os cuidados com a saúde e a
prevenção deste tipo de tumor.
“O câncer de próstata, na maioria das vezes, cresce de maneira lenta, levando alguns anos para chegar
a 1 cm³. Por isso, é interessante a realização de exames a partir dos 50 anos para quem não tem
histórico familiar e dos 45 anos para quem tem”, explica o líder do Centro de Referência em Tumores
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Urológicos do A.C. Camargo, Stênio de Cássio Zequi. “Quando diagnosticado precocemente, a chance
de sucesso no tratamento dos casos favoráveis pode atingir os 90%”, completa.
Antonio Corrêa Lopes Neto, urologista do Hcor – hospital multiespecialista de São Paulo – ressalta que a
ida aos consultórios e a realização de exames de sangue e toque permitem não só o diagnóstico
precoce do câncer de próstata, como também a identificação de quadros de prostatite (infecção ou
inflamação da próstata) e hiperplasia benigna da próstata (aumento de tamanho da glândula).
Segundo o especialista, a realização apenas do exame PSA não é suficiente na decisão de condutas
clínicas. Por isso, a comunidade médica defende uma avaliação mais completa, com análise de fatores
de risco e histórico familiar, além da realização do toque retal e outros exames complementares,
conforme as necessidades de cada caso.
Abaixo, o urologista do Hcor esclarece as dúvidas mais frequentes sobre câncer de próstata:
Quanto tempo dura o exame de toque retal?
 Trata-se de um procedimento muito rápido, que dura em torno de 10 segundos. Nesse breve espaço de
tempo, o médico consegue verificar se há regiões irregulares na próstata, principalmente nódulos e
áreas endurecidas.
O câncer na próstata causa incontinência urinária? 
 Não necessariamente. A perda da capacidade de controlar a urina é comum em homens que já
passaram por cirurgia ou radioterapia para tratamento do câncer de próstata. Entretanto, hoje há
tecnologias que permitem que esses quadros sejam temporários, e o paciente pode recuperar o controle
total da bexiga.
Todo tipo de tratamento contra câncer urológico pode causar impotência sexual? 
Não é todo câncer urológico que causa impotência sexual após o tratamento. O quadro depende da
condição física prévia do paciente, assim como o tipo e o nível do tumor. “Hoje, muitos médicos utilizam
a cirurgia robótica para operar tumores de próstata. Essa técnica minimamente invasiva ajuda a proteger
os tecidos e músculos da região. Além disso, existem alternativas para amenizar o problema, como
tratamentos hormonais, medicamentos ou próteses penianas”, reforça o urologista.
Posso ficar infértil após o tratamento contra um câncer urológico? 
A possibilidade existe, mas tudo depende do tipo do câncer, da saúde e idade do paciente, bem como do
tratamento adotado. Portanto, recomenda-se que o paciente converse com o médico para pensar em
alternativas de preservação de espermatozoides, se for necessário.
Vasectomia causa câncer de próstata?
Não. Esse método de contracepção não tem nenhuma influência no desenvolvimento desse tipo de
tumor.

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