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O Papel da Cultura Afro-Brasileira e Indígena


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pedagogia
natália cristina de oliveira silva
produção textual
O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL
Valparaíso - SP
2020
natália cristina de oliveira silva
produção textual
O PAPEL DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA PARA A DEMOCRATIZAÇÃO SOCIAL
Trabalho apresentado à Universidade Anhanguera, como requisito parcial à aprovação no 2º semestre do curso de Pedagogia.
Valparaíso - SP
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	8
REFERÊNCIAS	9
INTRODUÇÃO
A produção textual interdisciplinar faz refletir sobre o papel da escola como promotora de ações justas e igualitárias trazendo como tema o papel da cultura afro-brasileira e indígena para a democratização social.
A problematização geradora da aprendizagem é na escola estadual Machado de Assis onde os gestores apontam a relevância de um projeto que aborde a importância da cultura afro-brasileira e indígena assegurada como temática curricular na lei 11.645/08 e na BNCC, assim, realizando os reajustes no currículo escolar foi apresentado aos professores organizar esse projeto onde foram construídos um texto com o tema a importância da cultura afro-brasileira e indígena na construção de uma escola democrática e uma postagem formativa na rede social na página da escola de um filme que mostra a segregação racial.
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DESENVOLVIMENTO 
A IMPORTÂNCIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA NA CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA
A inclusão da cultura afro-brasileira e indígena no currículo da Educação Básica se deu através das leis 10.639/03 e 11.645/08 o que foi um momento muito importante para ensinar a diversidade cultural e valorizar a cultura afro-brasileira e indígena fazendo com que buscasse reparos nos danos causados à identidade e direitos de negros e índios e seus descendentes.
Isso fez com que os currículos da educação básica ampliassem o foco para a diversidade cultural, racial, social e econômica fazendo com que a escola ficasse mais democrática.
A cultura afro e a indígena são bem predominantes no Brasil, porém, ainda é bem nítido as ideologias, desigualdades e estereótipos racistas. A etnia racial ainda vê o branco como raça superior valorizando as raízes europeias.
Essa inclusão da cultura negra e a indígena foi de grande repercussão pedagógica primeiramente para a formação de professores porque o próprio currículo escolar é um documento de desigualdades sociais.
Existem diversos livros que contribuem com o professor para que possa trabalhar com a história dos negros e índios os quais tiveram papéis fundamentais na formação da nação brasileira e isso implica no compromisso e na responsabilidade do sociocultural da escola na formação de cidadãos democráticos que possam compreender as relações étnico-raciais desfazendo paradigmas, mudando o jeito de agir e de pensar fazendo uma sociedade mais justa.
A escola precisa e deve constituir um espaço democrático de produção e divulgação de conhecimento para combater o racismo, o preconceito e a discriminação.
O sistema educacional brasileiro nunca contemplou a herança cultural do Brasil, ou seja, a visão que sempre se teve da história da sociedade brasileira principalmente nos conteúdos dos livros didáticos perpetuou estereótipos e preconceitos.
A implantação das leis em favor à cultura afro-brasileira e indígena veio para promover e valorizar a diversidade cultural mostrando as origens da nação brasileira.
Essas leis promoveram desafios na educação através de novas produções de conhecimento sobre africanidades, luta dos negros, Consciência Negra, a resistência indígena contra a cultura e domínio do branco, por isso há a necessidade de materiais sobre essas temáticas e formação continuada para os professores trabalharem com elas.
O impacto dessas leis deixa bem claro o papel da escola em relação aos seus saberes transmitidos por isso é preciso trabalhar essas temáticas de forma interdisciplinar.
Em outubro de 2004 o MEC implantou as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana com o objetivo de corrigir injustiças, eliminar discriminações e promover a inclusão social e a cidadania para todos no sistema educacional brasileiro e democratizar a educação mobilizando toda a sociedade.
Muitas injustiças foram feitas aos negros no Brasil desde o período colonial até a promulgação da República onde a discriminação e o racismo atingiram a população afrodescendente.
Com isso a LDB9394/96 através das leis da cultura afro-brasileira e a indígena alterou o artigo 26-A onde passou a vigorar a seguinte redação a partir de 2008:
Art. 26-A.  Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1o  O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. § 2o  Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras.
Nessa contextualização em 21 de dezembro de 2017 foi promulgada a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) o qual é um documento de caráter normativo, de aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas em toda Educação Básica.
A BNCC procura uma base curricular com igualdade, diversidade e equidade onde as escolas precisam elaborar suas propostas pedagógicas no contexto de identidades linguísticas, étnicas e culturais, então, específica para cada área de conhecimento incluindo algo interdisciplinar em relação a cultura afro-brasileira e indígena onde há conteúdos sobre o respeito a diversidade, identidade, cultura, etnias entre outros.
Assim, trabalhar com a cultura afro-brasileira e indígena na escola é construir uma escola democrática respeitando as culturas, as diversidades, religiões, crenças, diminuir o preconceito, a discriminação e o racismo através de projetos de conscientização sobre os negros e os índios que são os principais contribuidores da formação da raça brasileira.
POSTAGEM FORMATIVA SOBRE A CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
	FILME
Nome do Filme: Estrelas além do tempo
Diretor: Theodore Melfi
Atores: Taraji P. Henson; Janelle Monae; Octavia Spencer; Kevin Costner; Jim Parsons; Kirsten Dunst.
O filme é baseado em fatos reais lançado no Brasil em 2 de fevereiro de 2017. O filme mostra o racismo contra negros onde Estados Unidos e Rússia competiam através de uma corrida espacial durante a Guerra Fria.
Uma equipe de cientistas da Nasa era formada exclusivamente por mulheres negras norte-americanas.
Uma delas provou ser de extrema importância e primordial realizando um cálculo que faltava na equação para que os Estados Unidos liderassem uma das maiores operações tecnológicas indo ao espaço na história americana e ela se tornou uma das principais heroínas da Nasa.
As mulheres que trabalhavam na Nasa foram mais ousadas do que aquelas que as representaram no filme.
Nos anos 60 as leis de segregação racial ainda vigoravam nos Estados Unidos, porém, um grupo de mulheres negras foram fundamentais no avanço tecnológico o qual permitiu que o primeiro astronauta americano fosse ao espaço. Elas atuavam com cálculos matemáticos que eram primordiais para a missão.
O racismo contra negros é bem visível nessa época da segregação racial nos Estados Unidos onde havia um departamento segregado, banheirosó para negros em outro prédio, cafeteria para negros, mostra o computador que a Nasa utilizava na época que era um IBM e as lutas constantes das três estrelas para conseguirem seus sonhos.
Os negros eram tratados como raça inferior, tudo era separado dos brancos. Todas as estrelas tinham sonhos e se concretizaram após muitas lutas, preconceitos, racismo, humilhações, porém, no final cada uma consegue aquele sonho para qual tanto lutaram.
Uma fez os cálculos para o foguete decolar e voltar corretamente para a Terra, a outra conseguia manusear o computador da IBM onde nem os próprios técnicos sabiam a potencialidade dele e a terceira estrela conseguiu vaga numa universidade no horário noturno mediante a ordem judicial porque naquela época os negros eram proibidos de estudarem cursos superiores com os brancos somente se o juiz autorizasse.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao terminar a produção textual considera-se que as leis sobre a cultura afro-brasileira e indígena são muito importantes para auxiliar no combate ao preconceito, ao racismo e a discriminação e democratizar a escola onde é combatido qualquer forma de preconceito. É preciso que os conteúdos relacionados a essa temática sejam aplicados para reflexão e correção de injustiças cometidas há 338 anos atrás com negros e índios. Ressaltando que ainda estão presentes na sociedade brasileira o racismo, o preconceito e a discriminação de formas explícitas e nas formas ocultas. Cabe a cada escola, cada professor realizar projetos que envolvam a cultura afro-brasileira e a indígena mostrando sua beleza, suas características e principalmente suas influências na cultura e na diversidade do Brasil.
REFERÊNCIAS
BORGES, Elizabeth Maria de Fátima. A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da educação básica. Vassouras. v. 12. n. 1. p. 71-84. 2010. Disponível em: https://www2.olimpiadadehistoria.com.br/vw/1IN8l5YjrMDY_MDA_606d5_/05A_Incl usaodahistoriaculturaafro.pdf. Acesso em: 02 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF. 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embai xa_site_110518.pdf. Acesso em: 02 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais Brasília, DF, p. 1-37, 2004. Disponível em: http://portal.inep.gov.br/informacao-da-publicacao/. Acesso em: 02 nov. 2020.
Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Diário Oficial da União, DF. 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007- 2010/2008/Lei/L11645.htm. Acesso em: 02 nov. 2020.
MORISAWA, Mariane. Estrelas além do tempo: história real é ainda mais otimista. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/e-tudo-historia/estrelas-alem--do-tempo-historia-real-e-ainda-mais-otimista/. Acesso em: 02 nov. 2020.

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