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A-Conquista-Geografia_-6-ano-78-115-píginas-20

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Elaborado com base em: VERNIER, Andrea 
Magale Berro; DUTRA, Carlos Maximiliano. Uso 
tecnologia móvel para o estudo do Movimento 
Aparente do Sol. Ensino & Pesquisa – Revista 
multidisciplinar de licenciatura e formação 
docente, [s. l.], v. 17, n. 14, p. 36-48, 2019. 
p. 39. Disponível em: http://periodicos.unespar.
edu.br/index.php/ensinoepesquisa/article/
view/2345/1755. Acesso em: 11 abr. 2022.
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N
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SA
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N
A
SC
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EN
TO
OS ELEMENTOS ESPACIAIS
A orientação espacial e os pontos 
de referência
A percepção do espaço está relacionada 
à maneira como observamos e percebemos os 
lugares. Quando vamos à escola ou à casa de 
parentes e de amigos, por exemplo, identificamos 
pontos de referência: uma padaria, uma praça, 
entre outros. Esses pontos nos auxiliam na elabo-
ração de um mapa mental que irá nos orientar na 
localização espacial.
Os astros como referência: 
movimento aparente do Sol
Como referências para nossa orientação, 
também podemos considerar os elementos natu-
rais, como um rio, uma colina, a vegetação de 
determinado lugar, bem como as estrelas, a Lua 
e o Sol.
Acompanhando o ciclo natural da sucessão 
dos dias e das noites, os seres humanos perce-
beram que o Sol, ao amanhecer, aparece no céu 
de um lado e desaparece, ao fim do dia, no lado 
oposto. Com base nessa constatação, compreen-
deram que era possível se orientar pela trajetória 
aparente do Sol.
Essa impressão de que o Sol, em razão de seu 
movimento aparente, surge de um lado, chamado 
nascente, e desaparece de outro, chamado 
poente, acontece porque a Terra gira em torno 
de seu próprio eixo (movimento de rotação).
Durante o ano, em razão dos movimentos de rotação e translação do planeta, nota-se 
que a trajetória aparente do Sol no céu se modifica. Dessa forma, o nascente e o poente 
não ocorrem exatamente na mesma direção, e é por isso que não podemos afirmar que 
indicam exatamente o leste e o oeste, mas sim o horizonte leste e o horizonte oeste e, 
consequentemente, a direção leste-oeste.
PA
U
LO
 N
IL
SO
N
Mapa mental
Movimento aparente do Sol
sentido do movimento de rotação
LO
IMAGEM FORA 
DE PROPORÇÃO.
AS CORES NÃO 
SÃO REAIS.
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ENCAMINHAMENTO
Com base no movimento 
aparente do Sol, é possível 
preparar uma aula prática de 
observação do céu, seja levando 
os estudantes para a janela da 
sala de aula, seja realizando uma 
aula ao ar livre, seja trabalhando 
com o elemento orientação 
espacial. Faça com que os estu-
dantes verifiquem de que lado 
o Sol está no céu e peça-lhes 
que anotem o horário em que 
realizaram a observação. Com 
todos reunidos, estimule a ima-
ginação. Em que lado o Sol 
estaria se estivéssemos no final 
da tarde? E se estivéssemos no 
início da manhã? Os prédios da 
escola ou do bairro podem ser 
usados como pontos de refe-
rência, uma vez que o Sol pode 
estar “atrás” ou “na frente” de 
um prédio ou outra construção. 
A essa atividade de observação 
e descrição é possível relacio-
nar posteriormente as direções 
cardeais e aprofundar o desen-
volvimento de habilidades de 
orientação espacial.
De forma complementar e 
introdutória, pode ser apre-
sentada a relação dos termos 
“orientação” e “orientar-se” 
com o termo “oriente”, que 
está relacionado à direção na 
qual o Sol nasce. Por isso, o lado 
onde se vê o nascer do Sol cha-
mamos de nascente (oriente); o 
lado onde se vê o pôr do Sol 
chamamos de poente. Esses 
dois termos, nascente e poente, 
relacionam-se com o movi-
mento aparente do Sol, que, na 
verdade, é um deslocamento ocasionado pela rotação da Terra, o qual ocorre de oeste para leste e nos dá a impressão, aqui na 
Terra, de que o Sol percorre a trajetória leste-oeste (oriente-ocidente).
Outra possibilidade muito interessante é o uso de mapas mentais. Ao desenharmos um trajeto com os nossos pontos de 
referência e outros detalhes que achamos fundamentais, estamos elaborando um mapa mental com base em nossas lembran-
ças sobre o percurso realizado. É uma importante ferramenta do processo de alfabetização cartográfica iniciado nos Anos 
Iniciais do Ensino Fundamental, tornando-se base para a interpretação dos elementos espaciais.
Quando os estudantes compreendem que os seus desenhos podem ser utilizados para representar objetos, estabelecendo 
uma relação entre ambos, um amplo sistema gráfico de representação é iniciado, criando uma conexão entre a escrita e as 
formas de representação gráfica. Dessa forma, o uso e a elaboração do mapa mental podem aproximar os conteúdos carto-
gráficos dos lugares, sendo possível construir representações da realidade, o que valoriza o universo dos estudantes.
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