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EXTRA_-_COVID-19

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EXTRA - COVID-19 1
🦠
EXTRA - COVID-19
Doença: COVID-19.
Agente: SARS-CoV-2.
ENTENDENDO O VÍRUS:
Proteína S (spike) → ligação à ECA-2. 
Pessoas que usam i-ECA não tem mais chance de adquirir COVID-19 (por terem 
mais receptores ECA-2). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
Tosse.
Febre.
Mialgia.
Cefaleia.
Diarreia.
Dor de garganta.
Anosmia.
Disgeusia. 
As variantes modificaram a dinâmica das manifestações. 
COMPLICAÇÕES:
Foram os pacientes que fizeram reações inflamatórias maiores que o necessário. 
Síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Tromboembólicas.
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Inflamatórias (MIS-C ou SIM-P): síndrome inflamatória multissistêmica da pediatria. 
MIS-C OU SIM-P:
Desregulação imunológica:
Febre.
Sintomas GI.
Rash.
Cefaleia. 
Confusão.
Conjuntivite.
Edema mão e pé.
Linfadenopatia. 
Critérios diagnósticos: 
São 6 critérios, a criança deve ter os 6. 
C → clínica multissistêmica (hipotensão, rash, coagulopatia, queixas GI).
O → outro diagnóstico (SEM!!). 
V → vírus (evidência de SARS-CoV-2, o contato com outra pessoa com o 
diagnóstico basta). 
I → inflamação (PCR, VHS ou pró-calcitonina).
D → dias de febre (≥ 3).
10 → < 19 anos.
DIAGNÓSTICO:
Diagnóstico microbiológico: 
RT-PCR (padrão-ouro); antígeno viral (pessoa sintomática, se o exame der 
negativo tem que fazer RT-PCR; mas assintomática positivo ou negativo pode 
confiar).
Ideal: até 7 - 8 dias do início dos sintomas. 
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Imunológico:
Sorologia (IgA, IgM, IgG).
Ideal: ≥ 8 dias do início dos sintomas. 
Atualmente procurar os anticorpos perdeu muito apelo, em relação ao 
COVID-19.
TRATAMENTO:
Hipoxemia (suporte):
Cânula nasal de baixo fluxo (1 - 6 L/min). 
REFRATÁRIO 
Máscara com reservatório não-reinalante. 
REFRATÁRIO
Cânula nasal de alto fluxo (HFNC) / VNI (full-face é melhor, dissemina 
menos).
Ambas disseminam muito vírus para o ambiente. 
Por isso antes falava-se muito em IOT precoce. 
Atualmente pode assumir esse risco. 
REFRATÁRIO 
Intubação (EPI, indução, ventilação).
O ideal é que não ventile antes da IOT, para diminuir a transmissão. 
Modo: assistocontrolado (VCV ou PCV).
Evitar volume muito aumentado e pressão muito aumentada para evitar 
lesão na via aérea → mais lesão = mais inflamação (estratégia de 
ventilação protetora).
Volume corrente: 6 ml/kg (peso predito) → estratégia de ventilação 
protetora.
REFRATÁRIO 
ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea).
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Fez de tudo e mesmo assim não está trocando gás, pois a membrana 
pulmonar está muito inflamada.
Consequências:
Hemólise. 
Formação de trombos. 
Tratamento específico:
Depende da fase da doença. 
Fase de replicação → antiviral (sintomáticos de alto risco). 
Nirmatrelvir / Ritonavir (≤ 5 dias de sintomas) → mais usado.
Molnupiravir (≤ 5 dias de sintomas) → provoca uma mutação no vírus, 
não atua na replicação viral como nos outros, por isso tem um receio 
em utilizar. Quem fez uso dessa medicação deve ficar meses em 
contracepção, devido ao medo de mutação em humanos. 
Rendesivir (≤ 7 dias de sintomas). 
Anticorpo monoclonal (boa parte não funciona mais, pois grande parte 
só funciona bem para variantes antigas, por isso muitos já foram 
retirados do mercado. Não atuam tão bem contra novas variantes). 
Fase de inflamação → anti-inflamação (hipoxemia).
Corticoide.
A pessoa que está tratando COVID-19 em casa não usa corticoide, 
pois ela não está inflamada. Não está com hipoxemia.
Não se mostrou benefícios para pacientes com COVID-19 em 
casa. 
Inibidor IL-6 (tocilizumabe).
Inibidor de Janus Kinase (baricitinibe).
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💡 Hoje o ideal é associar 2 drogas = corticoide + um inibidor. Não usa 
dois inibidores (risco de infecção). 
Sintomáticos de alto risco:
Idade avançada.
Doença crônica.
Imunossupressão.
Prevenção trombótica:
Só é feito em pacientes realmente inflamados.
Para quem? Internados (hipoxemia).
 Como?
UTI: heparina em dose profilática (maior risco de complicação hemorrágica, 
por isso pega mais leve).
Fora da UTI: heparina em dose plena.
SIM-P ou MIS-C:
Como o problema é a inflamação excessiva, o pilar do tratamento é reduzir a 
inflamação.
(1) Terapia imunomoduladora (interromper a inflamação):
Corticoide + Imunoglobulina IV.
(2) Terapia antitrombótica.
Todas as crianças irão fazer AAS até normalizar plaquetometria. 
Anticoagulação plena (além do AAS) → se aneurisma gigante de coronária 
ou disfunção grave do VE (maior risco de trombose). 
(3) Terapia antiviral.
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Sem recomendação → o problema não é o vírus e sim o exagero da 
resposta inflamatória. 
PREVENÇÃO (ISOLAMENTO):
Obrigatório: pelo menos ≥ 24h assintomático. 
Se leve (síndrome gripal): até 7 - 10° dia dos sintomas (5º dia se teste negativo). 
Sempre respeitando o período de pelo menos 24h sem sintomas e se protegendo 
nos locais públicos até o 10° dia.
Se grave: até o 20° dia. 
PREVENÇÃO (FARMACOLÓGICA):
Cilgavimabe / Tixagevimabe (Evusheld).
Profilaxia pré-exposição com anticorpos monoclonais. 
Para quem?
Contraindicação a todas as vacinas.
Comprometimento imunológico moderado a grave com chance de resposta 
vacina insatisfatória. 
💡 Não substitui a vacina!!
PREVENÇÃO (VACINAS):
Todas fabricam anticorpos contra a proteína S. 
MRNA Viral: 
Pfizer-BioNTech. 
Crianças ≥ 5 anos (ANVISA em setembro/22 autorizou para ≥ 6 meses → o 
MS ainda não autorizou, então no Brasil até a atual data é para ≥ 5 anos). 
Relatos de miopericardite (homens jovens) → casos tão esporádicos que 
não justificam a não recomendação da vacina. 
Vetores virais (não replicantes):
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AstraZeneca-Oxford / Janssen.
≥ 18 anos (exceto gestantes e puérperas → evita, mas não há proibição 
industrial).
Relatos de eventos trombóticos.
Vírus inativado:
Coronavac.
≥ 3 anos.

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