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1 1 Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado

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Releitura e interpretação plástica de um 
modelo arquitetônico consagrado
Apresentação
A releitura é a busca de inspiração em algo que já foi feito para criar uma nova arquitetura. É ler 
novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizem um projeto no 
espaço e no tempo em que se encontre. Já o retrofit é o processo de revitalização de edifícios. Mais 
do que uma simples reforma, o retrofit envolve uma série de ações de modernização e readequação 
de instalações, preservando o que há de bom no existente. Para ambos os processos de projeto, é 
necessária uma análise criteriosa de exemplos arquitetônicos existentes.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender o que significam a releitura e o retrofit em 
arquitetura e as diferenças entre esses modos de projetar. A partir desses conceitos, aprenda a 
listar critérios para a interpretação plástica de uma arquitetura.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir releitura na arquitetura. •
Identificar o termo retrofit. •
Realizar a interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado. •
Desafio
O objetivo da arquitetura é atender às necessidades humanas. A interpretação plástica de uma 
arquitetura deve sempre começar e estar apoiada na observação e na análise de seus desenhos 
técnicos; estes comparados com a obra já edificada e com as relações que as pessoas estabelecem 
com ela, traduzidas nas ambiências que ali acontecem. Toda modificação ou construção de uma 
arquitetura deve respeitar os mesmos critérios.
Tendo isso em mente, analise a seguinte situação:
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f856bb3c-1df1-4715-895b-29a59b58307d/f3af38e9-f650-4451-984d-53c44f82613b.jpg
Como você explicaria para seu cliente: 
a) Quais são as três diferenças básicas entre as duas opções: retrofit e releitura?
b) Quais os principais fatores que devem ser avaliados para a escolha da melhor estratégia para o 
cliente?
c) Quais fatores básicos devem ser levados em conta para fazer uma avaliação correta da 
arquitetura existente?
Infográfico
Para Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica ajuda o arquiteto a entender e avaliar o que 
aconteceu, levando em conta o modo como a arquitetura foi constituída e estabelecendo uma 
observação criteriosa. Tal conhecimento deve servir de base para novas ações criativas.
Veja, no Infográfico, alguns aspectos que envolvem esse processo. 
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9ac09dc9-033e-404e-b320-1912e6381737/59a12f2b-d367-4b71-8c81-54d558c8d8fe.jpg
Conteúdo do livro
A releitura é a busca de inspiração em algo que já foi feito para criar o novo. Não é uma cópia, e sim 
uma maneira de criar uma nova arquitetura. O retrofit é um processo de revitalização de edifícios, 
envolvendo uma série de ações de modernização e readequação de instalações. Para aplicarmos 
essas estratégias, é necessário saber analisar a arquitetura. A análise ou a interpretação plástica de 
arquitetura é entender seus componentes e os funcionamentos fundamentais de sua estrutura 
formal, a fim de aprender com eles.
No capítulo Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado, da obra 
Maquetes, aprofunde seus conhecimentos sobre tais assuntos.
MAQUETES
Celma Paese
Releitura e interpretação 
plástica de um modelo 
arquitetônico consagrado
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Definir releitura na arquitetura.
 � Identificar o termo retrofit.
 � Realizar a interpretação plástica de um modelo arquitetônico 
consagrado.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar o que significam a releitura e o retrofit em 
arquitetura. Também vai ver as diferenças entre esses modos de projetar. 
Enquanto a releitura se inspira no passado para criar o novo, o retrofit 
casa o passado com a tecnologia contemporânea, renovando edifícios 
antigos. A partir desses conceitos, você vai conhecer os critérios para a 
interpretação plástica de uma arquitetura.
A releitura em arquitetura
A releitura é a busca de inspiração em algo que já foi feito para criar o novo. 
Não é uma cópia, e sim uma maneira de criar uma nova arquitetura. A partir 
de uma nova leitura do conhecido, o arquiteto apropria-se de elementos e/ou 
tipologias consagrados do passado como ponto de partida para elaborar uma 
nova arquitetura. Assim, a releitura sempre carrega em si a referência ao seu 
U N I D A D E 4
precedente, e é impossível separá-los na imagem transmitida ao observador: 
a obra nova remete à imagem relida. 
Toda residência unifamiliar é a releitura dessa tipologia arquitetônica.
Na arquitetura, reler consiste em ler novamente com o olhar do contem-
porâneo, criando significados que contextualizam um projeto no espaço e 
no tempo em que se encontra. Na releitura, o arquiteto lê os elementos da 
estrutura formal do edifício em suas individualidades — composição, vo-
lumetria, cores, materiais construtivos e assim por diante. Contudo, ele não 
deve perder a noção do todo, fundamental para que o resultado não seja um 
amontoado de elementos sem identidade própria, um pastiche. Para Gislon 
(2015), a releitura é um método de projeto, uma postura que deve ter um caráter 
inovador e, ao mesmo tempo, conservador. A releitura arquitetônica retoma 
o passado sem se perder nele, usando a memória como ponto de partida para 
um novo projeto no presente.
A releitura de chalés é bastante usual. Essa arquitetura alpina tradicional é um tema 
popular entre os arquitetos em todo o mundo.
O retrofit na arquitetura
O conceito de retrofit surgiu nos Estados Unidos. Esse termo significa “co-
locar o antigo em forma” (retro vem do latim “movimentar-se para trás” e fit 
vem do inglês “adaptação”, “ajuste”). Assim, o retrofit não é uma reforma ou 
uma restauração. O termo designa o processo de revitalização de edifícios. 
Mais do que uma simples reforma, o retrofit envolve uma série de ações de 
modernização e readequação de instalações. 
Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado2
O objetivo é preservar o que há de bom na construção existente, bem como 
adequá-la às normas vigentes e às exigências tecnológicas contemporâneas. 
Além disso, a ideia é aplicar soluções técnicas para facilitar a manutenção 
do edifício.
Um clássico do retrofit em arquitetura é o projeto para o Sesc Pompeia de Lina Bo 
Bardi. Saiba mais no link a seguir.
https://goo.gl/jBRC4A
Marques (2018) comenta que, antes de decidir-se pelo retrofit de uma 
edificação, é aconselhável fazer um estudo de viabilidade. Uma vez que a 
principal preocupação do método é manter as características originais do 
objeto arquitetônico, o processo pode ser bem mais caro do que uma reforma 
convencional e até mesmo do que a construção de uma nova edificação. É 
necessária, portanto, uma avaliação criteriosa baseada nas expectativas do 
cliente, uma análise profunda de estimativa de custos e de viabilidade logística 
para a execução.
Tanto a estrutura quanto o espaço são meios da arquitetura (UNWIN, 2013). Em um 
retrofit, é importante prestar atenção a esses meios na revisão da organização espacial 
de arquiteturas. Afinal, essas arquiteturas atenderão a novas demandas, advindas de 
um programa de necessidades diferente do proposto no projeto original.
Segundo Unwin (2013), existem três categorias amplas de relação entre espaço e 
estrutura: a ordem estrutural dominante, a ordem espacial dominante e a relação 
harmônica entre elas. Esta última deve ser estabelecida de modo que ambas as ordens 
possam concordar; ou ainda, no caso da planta livre, de modo que ambas possam 
coexistir obedecendo às suas lógicas individuais.
3Releitura e interpretação plásticade um modelo arquitetônico consagrado
Interpretação plástica de uma arquitetura
Segundo Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica da arquitetura 
consiste em entender os seus componentes e os funcionamentos fundamentais 
de sua estrutura formal, a fim de aprender com eles. Como você pode ima-
ginar, observar a obra de outros arquitetos por meio dos seus desenhos e do 
redesenho do objeto de estudo auxilia no aprendizado da linguagem comum 
da arquitetura. 
Assim, a interpretação plástica de uma arquitetura é a interpretação da sua 
estrutura formal. Ela deve partir da percepção das ambiências que o objeto 
arquitetônico gerou e dos critérios de projeto aplicados para a construção 
de sua materialidade. Para isso, é necessário levar em conta o modo como a 
arquitetura é constituída e estabelecer uma observação criteriosa. A compre-
ensão possível de um projeto envolve boas doses de imaginação e criatividade. 
Você não precisa ter uma fórmula rígida para a análise, e sim utilizar critérios 
básicos e bom senso. Esses critérios básicos são os seguintes:
 � atender o programa de necessidades;
 � relacionar a edificação com o entorno;
 � aplicar materiais e técnicas construtivas;
 � analisar escalas e proporções da forma — relação entre planos verticais 
e horizontais.
Como esses elementos podem ser analisados? Em primeiro lugar, o modo 
como o programa de necessidades é atendido se reflete na estratégia de or-
ganização espacial que o arquiteto adotou. Isso pode ser analisado pelo or-
ganograma construído, ou seja, pelo conjunto de cômodos e pelas relações 
estabelecidas entre eles pelo arquiteto para atender ao cliente. Os usos que 
os habitantes fazem dos cômodos também revelam dados importantes sobre 
como a arquitetura atende aos desejos daqueles que a utilizam.
Em segundo lugar, o vínculo da edificação com o entorno pode ser 
observado pelo nível de permeabilidade que ela tem em relação ao terreno e 
ao meio ambiente. Essas relações aparecem na planta e no edifício quando 
você analisa as aberturas para o exterior, a luz que penetra nos ambientes 
internos e o nível de conforto da edificação. Um aspecto básico é o modo 
como o jardim e o quintal se relacionam com o interior da residência, por 
exemplo.
Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado4
Em terceiro lugar, materiais e técnicas construtivas são determinados 
pelo programa de necessidades e pelas relações que o cliente e o arquiteto 
desejam estabelecer com a edificação e entre ela e seu entorno. Por fim, 
as escalas e proporções devem ser analisadas com base nos elementos 
anteriores. A ideia é verificar os motivos que levaram o arquiteto a esta-
belecer as relações entre os elementos nos planos horizontais e verticais 
da arquitetura em questão. 
Interpretação plástica de um modelo clássico
Para Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica ajuda o arquiteto a 
entender e avaliar o que aconteceu antes. Isso deve servir de base para novas 
ações criativas. Porém, a interpretação sozinha não basta. Ela se torna produtiva 
quando aliada à exploração e ao experimento, levando o arquiteto a brincar 
com ideias por meio da criação. Unwin (2013) afirma que a única maneira de 
se definir uma ideia em arquitetura é por meio de exemplos. Ainda assim, se 
corre o risco de limitar a continuidade da reinvenção e a releitura. O autor 
ainda salienta que, para analisar uma arquitetura, é preferível aprender com 
os clássicos. A seguir, você vai ver como analisar uma arquitetura por meio 
de um exemplo clássico utilizado por Unwin (2013): o templo grego.
O modo como o programa de necessidades é atendido reflete a estratégia 
de organização espacial: o típico templo grego era construído para os deuses. 
Por esse motivo, era elaborado em pedra e implantado sempre no ponto mais 
alto da cidade, no sentido leste-oeste. Dessa maneira, a posição em relação 
à luz do sol e a altura do edifício em relação à polis reforçavam a sua monu-
mentalidade e o seu caráter sagrado. 
Quem habitava o templo era o deus ou a deusa à qual o edifício era con-
sagrado. Tal divindade era representada pela estátua monumental colocada 
estrategicamente em frente à porta da sala principal. As únicas pessoas que 
entravam na sala principal eram os sacerdotes. Os demais circulavam na 
galeria externa que circundava as paredes da sala principal, demarcada por 
colunas. Observe agora a Figura 1. Nela, você pode ver um templo grego 
na planta.
5Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado
Figura 1. Planta de um templo grego.
Fonte: Unwin (2013, p. 34).
A seguir, veja como analisar os elementos da arquitetura de um templo.
 � Materiais e técnicas construtivas: a edificação construída em pedra se 
apoia em um plano horizontal, que por sua vez apoia os planos verticais. 
Estes configuram as paredes da sala principal, onde a divindade habita. 
A sala é circundada em seu exterior por uma galeria de colunas. As 
colunas configuram a galeria externa e suportam a cobertura, protegendo 
as pessoas que circulam no entorno externo do templo. Em frente ao 
templo, há um plano horizontal alto em forma de altar. 
Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado6
 � Relação da edificação com o entorno e caráter monumental das 
proporções: o acesso à sala ou à câmara principal é pela porta, em 
frente à qual há uma estátua. Essa é a única abertura do edifício para 
o exterior, o que reforça o seu caráter sagrado. No plano horizontal 
elevado, no interior do templo, está simetricamente colocada a estátua 
da deidade em escala monumental, olhando para a cidade e para o 
altar externo através da porta, como você pode observar na perspectiva 
axonométrica (Figura 2) e na maquete (Figura 3). 
Figura 2. Perspectiva axonométrica de um templo grego.
Fonte: Unwin (2013, p. 34).
7Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado
Figura 3. Maquete de um templo grego.
Fonte: The Runoman/Shutterstock.com.
Construir uma maquete é um excelente exercício de aprendizado e análise de uma 
estrutura formal.
Agora, observe os elementos arquitetônicos de um templo grego na Figura 4.
Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado8
Figura 4. Elementos arquitetônicos de um templo grego.
Fonte: Unwin (2013, p. 34).
9Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado
A seguir, você pode ver como se constitui cada um dos elementos.
 � Entablamento: em pedra e decorado com motivos sobre a história 
da deidade, o elemento faz a transição entre as colunas e a cobertura 
propriamente dita.
 � Colunas: são planos verticais estruturais em pedra que sustentam a 
cobertura. A coluna tem basicamente a altura de 12 vezes a medida 
do raio da base do fuste (diâmetro inicial do corpo da coluna), pois 
ela sofre um ligeiro estreitamento da base até o topo. É na coluna 
que está escrita a proporção dos demais elementos de projeto do 
templo. Essa medida pode variar conforme a ordem: dórica, jônica 
ou coríntia.
 � Planos verticais: em pedra na mesma altura que as colunas configuram 
as paredes da sala principal do templo. 
 � Altar externo defronte à porta de entrada do templo: plano hori-
zontal elevado.
 � Pódio: plano horizontal elevado, configurando a escadaria de acesso 
ao templo.
 � Plano horizontal do piso: no nível do solo, em pedra.
 � Plano horizontal do terreno: nivelado para a implantação do templo 
no ponto mais alto da cidade.
O complexo habitacional popular Karl Marx Hof, projetado pelo arquiteto Karl Ehn e 
construído entre 1927 e 1930 no 19° distrito de Viena, Áustria, tem uma extensão de 
mais de 1 km. Ele é considerado o edifício mais comprido do mundo e foi desenhado 
para abrigar uma população de 5 mil pessoas. O complexo foi alvo de um retrofit na 
última década do século XX, financiado pela prefeitura da cidade de Viena, que investiu 
mais de 30 milhões de dólares no ícone da arquitetura socialista.
Releiturae interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado10
1. Para Gislon (2015), a releitura é 
um método de projeto, uma 
postura que deve ter um caráter 
inovador e, ao mesmo tempo, 
conservador. A releitura, portanto:
a) consiste em ler novamente 
uma construção existente com 
o olhar do contemporâneo, 
criando significados que 
contextualizam um projeto 
no espaço e no tempo 
em que se encontra.
b) implica retomar o passado sem 
se perder nele, utilizando a 
memória do edifício existente 
como ponto de partida para 
o novo uso proposto.
c) carrega em si a lembrança 
do seu precedente, tornando 
impossível separá-lo da 
nova imagem transmitida 
ao observador.
d) preserva o que há de bom 
na construção existente, 
adequando-a às normas 
vigentes e às exigências 
tecnológicas contemporâneas.
e) lê os elementos que compõem 
a estrutura formal do edifício 
em um todo a fim de 
respeitar a preexistência.
2. O conceito de retrofit surgiu 
nos Estados Unidos. O termo 
significa “colocar o antigo em 
forma”. Mais do que uma simples 
reforma, o retrofit envolve:
a) uma maneira de projetar 
criando o inédito a partir da 
modificação do conhecido, 
apropriando-se de elementos 
consagrados do passado.
b) retomar o passado sem se perder 
nele, usando a memória como 
ponto de partida para o projeto 
de um novo edifício. 
c) uma série de ações de 
modernização e readequação 
de instalações que preservam 
o que há de bom no 
existente para adequar o 
edifício às necessidades e 
normas contemporâneas.
d) ler novamente com o olhar 
do contemporâneo, criando 
significados que contextualizam 
o projeto de um novo edifício 
no espaço e no tempo em 
que ele se encontra.
e) ler os elementos que compõem 
a estrutura formal do edifício em 
suas individualidades, criando 
um novo objeto arquitetônico.
3. Segundo Unwin (2013), a análise 
ou interpretação plástica da obra 
de outros arquitetos por meio do 
desenho auxilia no aprendizado 
da linguagem comum da 
arquitetura. O que é a interpretação 
plástica de uma arquitetura?
a) É a interpretação dos 
componentes e funcionamentos 
fundamentais da sua 
estrutura formal, a fim de 
aprender com eles.
b) Consiste em definir como 
foi constituído o edifício, 
sem levar em conta o seu 
entorno e a sua função.
c) É a percepção das ambiências 
que o objeto arquitetônico 
gerou, sem levar em 
conta o edifício em si.
11Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado
d) É a definição de uma nova 
ideia de tipologia arquitetônica 
por meio de exemplos.
e) É a observação e a análise de 
seus desenhos técnicos, sem 
levar em conta os elementos 
de análise do todo.
4. O modo como o programa 
de necessidades é atendido 
se reflete na estratégia da 
organização espacial. Com 
base nessa noção, como é 
possível chegar à conclusão de 
que um templo grego não era 
construído para os homens?
a) A partir das estátuas.
b) Pelo fato de que o templo 
grego era um lugar de oração.
c) Porque era construído em 
pedra e implantado sempre 
no ponto mais alto da cidade, 
no sentido leste-oeste.
d) Pelas festas de confraternização 
das pessoas com os deuses, que 
aconteciam dentro do templo.
e) Pelo plano horizontal da 
cobertura, sustentado 
pelas colunas.
5. Marques (2018) comenta que, antes 
de decidir-se pelo retrofit de uma 
edificação, é aconselhável fazer um 
estudo de viabilidade. Por quê?
a) Porque o retrofit é 
uma restauração.
b) Porque a releitura em arquitetura 
consiste em ler novamente com 
o olhar do contemporâneo, 
criando significados que 
contextualizam um projeto 
no espaço e no tempo em 
que ele se encontra.
c) Porque a principal preocupação 
do método é manter as 
características originais do 
objeto arquitetônico, portanto 
o processo pode ser bem mais 
caro do que uma reforma 
ou um novo edifício.
d) Porque na releitura o arquiteto 
lê os elementos que compõem 
a estrutura formal do edifício 
em suas individualidades.
e) Porque a estrutura do edifício 
e seus espaços são vistos de 
forma independente, não 
precisando “conversar” entre si.
GISLON, J. M. O conceito de releitura em arquitetura. Arquitetura, História, Patrimônio: 
diálogos e reflexões, 25 maio 2015. Disponível em: <https://arquiteturahistoriaepatri-
monio.wordpress.com/2015/05/25/o-conceito-de-releitura-na-arquitetura/>. Acesso 
em: 1 out. 2018.
MARQUES, R. Retrofit é recurso para adaptar edifícios às exigências da arquitetura. 
AECweb, 2018. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/a/retrofit-e-recurso-
-para-adaptar-edificios-as-exigencias-da-arquitetura_9755>. Acesso em: 1 out. 2018.
UNWIN, S. A análise da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado12
Leituras recomendadas
CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. 
FRACASSOLI, I. Clássicos da Arquitetura: SESC Pompéia / Lina Bo Bardi. ArchDaily Brasil, 
5 nov. 2015. Disponível em: <https//www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da-
-arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi>. Acesso em: 1 out. 2018.
KARL EHN. Infopédia, 2018. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/$karl-ehn>. 
Acesso em: 1 out. 2018.
MILLS, C. B. Projetando com maquetes: um guia de como fazer e usar maquetes de 
projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 
13Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado
Conteúdo:
Dica do professor
Quando a preexistência é a estrela.
O termo retrofit surgiu nos Estados Unidos, significando “colocar o antigo em forma” (retro vem do 
latim “movimentar-se para trás” e fit vem do inglês “encaixar”).
Confira a Dica do Professor para conhecer um exemplo real do retrofit aplicado em um castelo 
medieval italiano.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/aa458ec88874570f3f148be4ee9c28db
Exercícios
1) Para Gislon (2015), a releitura é um método de projeto, uma postura que deve ter caráter 
inovador e, ao mesmo tempo, conservador. A releitura, portanto, é:
A) ler novamente uma construção existente com o olhar do contemporâneo, criando significados 
que a contextualizem no espaço e no tempo em que se encontra.
B) retomar o passado sem se perder nele, usando a memória do edifício existente como ponto 
de partida para o novo uso proposto.
C) carregar em si a lembrança do seu precedente, tornando impossível separá-los na imagem 
transmitida ao observador.
D) preservar o que há de bom na construção existente, adequando-a às normas vigentes e às 
exigências tecnológicas contemporâneas.
E) ler os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em seu todo, a fim de respeitar 
o existente.
2) O conceito de retrofit surgiu nos Estados Unidos e significa "colocar o antigo em forma". 
Mais do que uma simples reforma, o retrofit envolve: 
A) uma maneira de projetar, criando o inédito a partir da modificação do conhecido, 
apropriando-se de elementos do consagrados do passado.
B) retomar o passado sem se perder nele, usando a memória como ponto de partida para um 
projeto de um novo edifício.
C) uma série de ações de modernização e readequação de instalações, que preservem o que há 
de bom no existente, para adequar o edifício às necessidades e às normas contemporâneas.
D) ler os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em suas individualidades, 
criando um novo objeto arquitetônico.
E) ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizem um 
projeto de um novo edifício no espaço e no tempo em que se encontra.
3) 
Segundo Unwin (2013), a análise da obra de outros arquitetos por meio do desenho auxilia 
no aprendizado da linguagem comum da arquitetura. O que é a interpretação plástica de 
uma arquitetura? 
A) É a interpretação plástica dos componentes e dos funcionamentos fundamentais da sua 
estrutura formal, a fim de aprendercom eles. 
B) É definir como foi constituído o edifício, sem levar em conta o seu entorno e a sua função. 
C) É a percepção das ambiências que o objeto arquitetônico gerou, sem levar em conta o edifício 
em si. 
D) É a definição de uma nova ideia de uma tipologia arquitetônica por meio de exemplos. 
E) É a observação e a análise de seus desenhos técnicos, sem levar em conta os elementos de 
análise do todo. 
4) O modo que o programa de necessidades foi atendido reflete a estratégia da organização 
espacial. Um templo grego era uma arquitetura que não era construída para os homens. 
Como essa afirmação pode ser inicialmente observada do exterior do templo, observada no 
exemplo de sua análise plástica?
A) Pelas estátuas em seu exterior. 
B) Por ser o templo grego um lugar de oração. 
C) Por ser construído em pedra e implantado sempre no ponto mais alto da cidade, no sentido 
leste-oeste. 
D) Pelas festas de confraternização das pessoas com os deuses que aconteciam dentro do 
templo. 
E) Pelo plano horizontal da cobertura sustentado pelas colunas. 
5) Marques (2018) comenta que, antes de se decidir pelo retrofit de uma edificação, é 
aconselhável fazer um estudo de viabilidade. Por que essa afirmação é verdadeira?
A) Porque o retrofit é uma restauração. 
B) Porque é necessário ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que 
contextualizem um projeto no espaço e no tempo em que se encontra.
C) A principal preocupação do método é manter as características originais do objeto 
arquitetônico, portanto, o processo pode ser bem mais caro que uma reforma ou um novo 
edifício. 
D) Na releitura, o arquiteto lê os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em suas 
individualidades. 
E) A estrutura do edifício e seus espaços são vistos de forma independente, não precisando 
‘conversar’ entre si. 
Na prática
O edifício mais famoso do mundo já é sustentável.
Veja como retrofit foi aplicado, Na Prática, no Empire State Building, em busca da viabilidade 
energética.
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Saiba +
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da Luz Moretti.
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