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Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado Apresentação A releitura é a busca de inspiração em algo que já foi feito para criar uma nova arquitetura. É ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizem um projeto no espaço e no tempo em que se encontre. Já o retrofit é o processo de revitalização de edifícios. Mais do que uma simples reforma, o retrofit envolve uma série de ações de modernização e readequação de instalações, preservando o que há de bom no existente. Para ambos os processos de projeto, é necessária uma análise criteriosa de exemplos arquitetônicos existentes. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender o que significam a releitura e o retrofit em arquitetura e as diferenças entre esses modos de projetar. A partir desses conceitos, aprenda a listar critérios para a interpretação plástica de uma arquitetura. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir releitura na arquitetura. • Identificar o termo retrofit. • Realizar a interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado. • Desafio O objetivo da arquitetura é atender às necessidades humanas. A interpretação plástica de uma arquitetura deve sempre começar e estar apoiada na observação e na análise de seus desenhos técnicos; estes comparados com a obra já edificada e com as relações que as pessoas estabelecem com ela, traduzidas nas ambiências que ali acontecem. Toda modificação ou construção de uma arquitetura deve respeitar os mesmos critérios. Tendo isso em mente, analise a seguinte situação: Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/f856bb3c-1df1-4715-895b-29a59b58307d/f3af38e9-f650-4451-984d-53c44f82613b.jpg Como você explicaria para seu cliente: a) Quais são as três diferenças básicas entre as duas opções: retrofit e releitura? b) Quais os principais fatores que devem ser avaliados para a escolha da melhor estratégia para o cliente? c) Quais fatores básicos devem ser levados em conta para fazer uma avaliação correta da arquitetura existente? Infográfico Para Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica ajuda o arquiteto a entender e avaliar o que aconteceu, levando em conta o modo como a arquitetura foi constituída e estabelecendo uma observação criteriosa. Tal conhecimento deve servir de base para novas ações criativas. Veja, no Infográfico, alguns aspectos que envolvem esse processo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9ac09dc9-033e-404e-b320-1912e6381737/59a12f2b-d367-4b71-8c81-54d558c8d8fe.jpg Conteúdo do livro A releitura é a busca de inspiração em algo que já foi feito para criar o novo. Não é uma cópia, e sim uma maneira de criar uma nova arquitetura. O retrofit é um processo de revitalização de edifícios, envolvendo uma série de ações de modernização e readequação de instalações. Para aplicarmos essas estratégias, é necessário saber analisar a arquitetura. A análise ou a interpretação plástica de arquitetura é entender seus componentes e os funcionamentos fundamentais de sua estrutura formal, a fim de aprender com eles. No capítulo Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado, da obra Maquetes, aprofunde seus conhecimentos sobre tais assuntos. MAQUETES Celma Paese Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Definir releitura na arquitetura. � Identificar o termo retrofit. � Realizar a interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado. Introdução Neste capítulo, você vai estudar o que significam a releitura e o retrofit em arquitetura. Também vai ver as diferenças entre esses modos de projetar. Enquanto a releitura se inspira no passado para criar o novo, o retrofit casa o passado com a tecnologia contemporânea, renovando edifícios antigos. A partir desses conceitos, você vai conhecer os critérios para a interpretação plástica de uma arquitetura. A releitura em arquitetura A releitura é a busca de inspiração em algo que já foi feito para criar o novo. Não é uma cópia, e sim uma maneira de criar uma nova arquitetura. A partir de uma nova leitura do conhecido, o arquiteto apropria-se de elementos e/ou tipologias consagrados do passado como ponto de partida para elaborar uma nova arquitetura. Assim, a releitura sempre carrega em si a referência ao seu U N I D A D E 4 precedente, e é impossível separá-los na imagem transmitida ao observador: a obra nova remete à imagem relida. Toda residência unifamiliar é a releitura dessa tipologia arquitetônica. Na arquitetura, reler consiste em ler novamente com o olhar do contem- porâneo, criando significados que contextualizam um projeto no espaço e no tempo em que se encontra. Na releitura, o arquiteto lê os elementos da estrutura formal do edifício em suas individualidades — composição, vo- lumetria, cores, materiais construtivos e assim por diante. Contudo, ele não deve perder a noção do todo, fundamental para que o resultado não seja um amontoado de elementos sem identidade própria, um pastiche. Para Gislon (2015), a releitura é um método de projeto, uma postura que deve ter um caráter inovador e, ao mesmo tempo, conservador. A releitura arquitetônica retoma o passado sem se perder nele, usando a memória como ponto de partida para um novo projeto no presente. A releitura de chalés é bastante usual. Essa arquitetura alpina tradicional é um tema popular entre os arquitetos em todo o mundo. O retrofit na arquitetura O conceito de retrofit surgiu nos Estados Unidos. Esse termo significa “co- locar o antigo em forma” (retro vem do latim “movimentar-se para trás” e fit vem do inglês “adaptação”, “ajuste”). Assim, o retrofit não é uma reforma ou uma restauração. O termo designa o processo de revitalização de edifícios. Mais do que uma simples reforma, o retrofit envolve uma série de ações de modernização e readequação de instalações. Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado2 O objetivo é preservar o que há de bom na construção existente, bem como adequá-la às normas vigentes e às exigências tecnológicas contemporâneas. Além disso, a ideia é aplicar soluções técnicas para facilitar a manutenção do edifício. Um clássico do retrofit em arquitetura é o projeto para o Sesc Pompeia de Lina Bo Bardi. Saiba mais no link a seguir. https://goo.gl/jBRC4A Marques (2018) comenta que, antes de decidir-se pelo retrofit de uma edificação, é aconselhável fazer um estudo de viabilidade. Uma vez que a principal preocupação do método é manter as características originais do objeto arquitetônico, o processo pode ser bem mais caro do que uma reforma convencional e até mesmo do que a construção de uma nova edificação. É necessária, portanto, uma avaliação criteriosa baseada nas expectativas do cliente, uma análise profunda de estimativa de custos e de viabilidade logística para a execução. Tanto a estrutura quanto o espaço são meios da arquitetura (UNWIN, 2013). Em um retrofit, é importante prestar atenção a esses meios na revisão da organização espacial de arquiteturas. Afinal, essas arquiteturas atenderão a novas demandas, advindas de um programa de necessidades diferente do proposto no projeto original. Segundo Unwin (2013), existem três categorias amplas de relação entre espaço e estrutura: a ordem estrutural dominante, a ordem espacial dominante e a relação harmônica entre elas. Esta última deve ser estabelecida de modo que ambas as ordens possam concordar; ou ainda, no caso da planta livre, de modo que ambas possam coexistir obedecendo às suas lógicas individuais. 3Releitura e interpretação plásticade um modelo arquitetônico consagrado Interpretação plástica de uma arquitetura Segundo Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica da arquitetura consiste em entender os seus componentes e os funcionamentos fundamentais de sua estrutura formal, a fim de aprender com eles. Como você pode ima- ginar, observar a obra de outros arquitetos por meio dos seus desenhos e do redesenho do objeto de estudo auxilia no aprendizado da linguagem comum da arquitetura. Assim, a interpretação plástica de uma arquitetura é a interpretação da sua estrutura formal. Ela deve partir da percepção das ambiências que o objeto arquitetônico gerou e dos critérios de projeto aplicados para a construção de sua materialidade. Para isso, é necessário levar em conta o modo como a arquitetura é constituída e estabelecer uma observação criteriosa. A compre- ensão possível de um projeto envolve boas doses de imaginação e criatividade. Você não precisa ter uma fórmula rígida para a análise, e sim utilizar critérios básicos e bom senso. Esses critérios básicos são os seguintes: � atender o programa de necessidades; � relacionar a edificação com o entorno; � aplicar materiais e técnicas construtivas; � analisar escalas e proporções da forma — relação entre planos verticais e horizontais. Como esses elementos podem ser analisados? Em primeiro lugar, o modo como o programa de necessidades é atendido se reflete na estratégia de or- ganização espacial que o arquiteto adotou. Isso pode ser analisado pelo or- ganograma construído, ou seja, pelo conjunto de cômodos e pelas relações estabelecidas entre eles pelo arquiteto para atender ao cliente. Os usos que os habitantes fazem dos cômodos também revelam dados importantes sobre como a arquitetura atende aos desejos daqueles que a utilizam. Em segundo lugar, o vínculo da edificação com o entorno pode ser observado pelo nível de permeabilidade que ela tem em relação ao terreno e ao meio ambiente. Essas relações aparecem na planta e no edifício quando você analisa as aberturas para o exterior, a luz que penetra nos ambientes internos e o nível de conforto da edificação. Um aspecto básico é o modo como o jardim e o quintal se relacionam com o interior da residência, por exemplo. Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado4 Em terceiro lugar, materiais e técnicas construtivas são determinados pelo programa de necessidades e pelas relações que o cliente e o arquiteto desejam estabelecer com a edificação e entre ela e seu entorno. Por fim, as escalas e proporções devem ser analisadas com base nos elementos anteriores. A ideia é verificar os motivos que levaram o arquiteto a esta- belecer as relações entre os elementos nos planos horizontais e verticais da arquitetura em questão. Interpretação plástica de um modelo clássico Para Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica ajuda o arquiteto a entender e avaliar o que aconteceu antes. Isso deve servir de base para novas ações criativas. Porém, a interpretação sozinha não basta. Ela se torna produtiva quando aliada à exploração e ao experimento, levando o arquiteto a brincar com ideias por meio da criação. Unwin (2013) afirma que a única maneira de se definir uma ideia em arquitetura é por meio de exemplos. Ainda assim, se corre o risco de limitar a continuidade da reinvenção e a releitura. O autor ainda salienta que, para analisar uma arquitetura, é preferível aprender com os clássicos. A seguir, você vai ver como analisar uma arquitetura por meio de um exemplo clássico utilizado por Unwin (2013): o templo grego. O modo como o programa de necessidades é atendido reflete a estratégia de organização espacial: o típico templo grego era construído para os deuses. Por esse motivo, era elaborado em pedra e implantado sempre no ponto mais alto da cidade, no sentido leste-oeste. Dessa maneira, a posição em relação à luz do sol e a altura do edifício em relação à polis reforçavam a sua monu- mentalidade e o seu caráter sagrado. Quem habitava o templo era o deus ou a deusa à qual o edifício era con- sagrado. Tal divindade era representada pela estátua monumental colocada estrategicamente em frente à porta da sala principal. As únicas pessoas que entravam na sala principal eram os sacerdotes. Os demais circulavam na galeria externa que circundava as paredes da sala principal, demarcada por colunas. Observe agora a Figura 1. Nela, você pode ver um templo grego na planta. 5Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado Figura 1. Planta de um templo grego. Fonte: Unwin (2013, p. 34). A seguir, veja como analisar os elementos da arquitetura de um templo. � Materiais e técnicas construtivas: a edificação construída em pedra se apoia em um plano horizontal, que por sua vez apoia os planos verticais. Estes configuram as paredes da sala principal, onde a divindade habita. A sala é circundada em seu exterior por uma galeria de colunas. As colunas configuram a galeria externa e suportam a cobertura, protegendo as pessoas que circulam no entorno externo do templo. Em frente ao templo, há um plano horizontal alto em forma de altar. Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado6 � Relação da edificação com o entorno e caráter monumental das proporções: o acesso à sala ou à câmara principal é pela porta, em frente à qual há uma estátua. Essa é a única abertura do edifício para o exterior, o que reforça o seu caráter sagrado. No plano horizontal elevado, no interior do templo, está simetricamente colocada a estátua da deidade em escala monumental, olhando para a cidade e para o altar externo através da porta, como você pode observar na perspectiva axonométrica (Figura 2) e na maquete (Figura 3). Figura 2. Perspectiva axonométrica de um templo grego. Fonte: Unwin (2013, p. 34). 7Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado Figura 3. Maquete de um templo grego. Fonte: The Runoman/Shutterstock.com. Construir uma maquete é um excelente exercício de aprendizado e análise de uma estrutura formal. Agora, observe os elementos arquitetônicos de um templo grego na Figura 4. Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado8 Figura 4. Elementos arquitetônicos de um templo grego. Fonte: Unwin (2013, p. 34). 9Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado A seguir, você pode ver como se constitui cada um dos elementos. � Entablamento: em pedra e decorado com motivos sobre a história da deidade, o elemento faz a transição entre as colunas e a cobertura propriamente dita. � Colunas: são planos verticais estruturais em pedra que sustentam a cobertura. A coluna tem basicamente a altura de 12 vezes a medida do raio da base do fuste (diâmetro inicial do corpo da coluna), pois ela sofre um ligeiro estreitamento da base até o topo. É na coluna que está escrita a proporção dos demais elementos de projeto do templo. Essa medida pode variar conforme a ordem: dórica, jônica ou coríntia. � Planos verticais: em pedra na mesma altura que as colunas configuram as paredes da sala principal do templo. � Altar externo defronte à porta de entrada do templo: plano hori- zontal elevado. � Pódio: plano horizontal elevado, configurando a escadaria de acesso ao templo. � Plano horizontal do piso: no nível do solo, em pedra. � Plano horizontal do terreno: nivelado para a implantação do templo no ponto mais alto da cidade. O complexo habitacional popular Karl Marx Hof, projetado pelo arquiteto Karl Ehn e construído entre 1927 e 1930 no 19° distrito de Viena, Áustria, tem uma extensão de mais de 1 km. Ele é considerado o edifício mais comprido do mundo e foi desenhado para abrigar uma população de 5 mil pessoas. O complexo foi alvo de um retrofit na última década do século XX, financiado pela prefeitura da cidade de Viena, que investiu mais de 30 milhões de dólares no ícone da arquitetura socialista. Releiturae interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado10 1. Para Gislon (2015), a releitura é um método de projeto, uma postura que deve ter um caráter inovador e, ao mesmo tempo, conservador. A releitura, portanto: a) consiste em ler novamente uma construção existente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizam um projeto no espaço e no tempo em que se encontra. b) implica retomar o passado sem se perder nele, utilizando a memória do edifício existente como ponto de partida para o novo uso proposto. c) carrega em si a lembrança do seu precedente, tornando impossível separá-lo da nova imagem transmitida ao observador. d) preserva o que há de bom na construção existente, adequando-a às normas vigentes e às exigências tecnológicas contemporâneas. e) lê os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em um todo a fim de respeitar a preexistência. 2. O conceito de retrofit surgiu nos Estados Unidos. O termo significa “colocar o antigo em forma”. Mais do que uma simples reforma, o retrofit envolve: a) uma maneira de projetar criando o inédito a partir da modificação do conhecido, apropriando-se de elementos consagrados do passado. b) retomar o passado sem se perder nele, usando a memória como ponto de partida para o projeto de um novo edifício. c) uma série de ações de modernização e readequação de instalações que preservam o que há de bom no existente para adequar o edifício às necessidades e normas contemporâneas. d) ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizam o projeto de um novo edifício no espaço e no tempo em que ele se encontra. e) ler os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em suas individualidades, criando um novo objeto arquitetônico. 3. Segundo Unwin (2013), a análise ou interpretação plástica da obra de outros arquitetos por meio do desenho auxilia no aprendizado da linguagem comum da arquitetura. O que é a interpretação plástica de uma arquitetura? a) É a interpretação dos componentes e funcionamentos fundamentais da sua estrutura formal, a fim de aprender com eles. b) Consiste em definir como foi constituído o edifício, sem levar em conta o seu entorno e a sua função. c) É a percepção das ambiências que o objeto arquitetônico gerou, sem levar em conta o edifício em si. 11Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado d) É a definição de uma nova ideia de tipologia arquitetônica por meio de exemplos. e) É a observação e a análise de seus desenhos técnicos, sem levar em conta os elementos de análise do todo. 4. O modo como o programa de necessidades é atendido se reflete na estratégia da organização espacial. Com base nessa noção, como é possível chegar à conclusão de que um templo grego não era construído para os homens? a) A partir das estátuas. b) Pelo fato de que o templo grego era um lugar de oração. c) Porque era construído em pedra e implantado sempre no ponto mais alto da cidade, no sentido leste-oeste. d) Pelas festas de confraternização das pessoas com os deuses, que aconteciam dentro do templo. e) Pelo plano horizontal da cobertura, sustentado pelas colunas. 5. Marques (2018) comenta que, antes de decidir-se pelo retrofit de uma edificação, é aconselhável fazer um estudo de viabilidade. Por quê? a) Porque o retrofit é uma restauração. b) Porque a releitura em arquitetura consiste em ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizam um projeto no espaço e no tempo em que ele se encontra. c) Porque a principal preocupação do método é manter as características originais do objeto arquitetônico, portanto o processo pode ser bem mais caro do que uma reforma ou um novo edifício. d) Porque na releitura o arquiteto lê os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em suas individualidades. e) Porque a estrutura do edifício e seus espaços são vistos de forma independente, não precisando “conversar” entre si. GISLON, J. M. O conceito de releitura em arquitetura. Arquitetura, História, Patrimônio: diálogos e reflexões, 25 maio 2015. Disponível em: <https://arquiteturahistoriaepatri- monio.wordpress.com/2015/05/25/o-conceito-de-releitura-na-arquitetura/>. Acesso em: 1 out. 2018. MARQUES, R. Retrofit é recurso para adaptar edifícios às exigências da arquitetura. AECweb, 2018. Disponível em: <https://www.aecweb.com.br/cont/a/retrofit-e-recurso- -para-adaptar-edificios-as-exigencias-da-arquitetura_9755>. Acesso em: 1 out. 2018. UNWIN, S. A análise da arquitetura. Porto Alegre: Bookman, 2013. Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado12 Leituras recomendadas CHING, F. D. K. Arquitetura: forma, espaço e ordem. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. FRACASSOLI, I. Clássicos da Arquitetura: SESC Pompéia / Lina Bo Bardi. ArchDaily Brasil, 5 nov. 2015. Disponível em: <https//www.archdaily.com.br/br/01-153205/classicos-da- -arquitetura-sesc-pompeia-slash-lina-bo-bardi>. Acesso em: 1 out. 2018. KARL EHN. Infopédia, 2018. Disponível em: <https://www.infopedia.pt/$karl-ehn>. Acesso em: 1 out. 2018. MILLS, C. B. Projetando com maquetes: um guia de como fazer e usar maquetes de projeto de arquitetura. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007. 13Releitura e interpretação plástica de um modelo arquitetônico consagrado Conteúdo: Dica do professor Quando a preexistência é a estrela. O termo retrofit surgiu nos Estados Unidos, significando “colocar o antigo em forma” (retro vem do latim “movimentar-se para trás” e fit vem do inglês “encaixar”). Confira a Dica do Professor para conhecer um exemplo real do retrofit aplicado em um castelo medieval italiano. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/aa458ec88874570f3f148be4ee9c28db Exercícios 1) Para Gislon (2015), a releitura é um método de projeto, uma postura que deve ter caráter inovador e, ao mesmo tempo, conservador. A releitura, portanto, é: A) ler novamente uma construção existente com o olhar do contemporâneo, criando significados que a contextualizem no espaço e no tempo em que se encontra. B) retomar o passado sem se perder nele, usando a memória do edifício existente como ponto de partida para o novo uso proposto. C) carregar em si a lembrança do seu precedente, tornando impossível separá-los na imagem transmitida ao observador. D) preservar o que há de bom na construção existente, adequando-a às normas vigentes e às exigências tecnológicas contemporâneas. E) ler os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em seu todo, a fim de respeitar o existente. 2) O conceito de retrofit surgiu nos Estados Unidos e significa "colocar o antigo em forma". Mais do que uma simples reforma, o retrofit envolve: A) uma maneira de projetar, criando o inédito a partir da modificação do conhecido, apropriando-se de elementos do consagrados do passado. B) retomar o passado sem se perder nele, usando a memória como ponto de partida para um projeto de um novo edifício. C) uma série de ações de modernização e readequação de instalações, que preservem o que há de bom no existente, para adequar o edifício às necessidades e às normas contemporâneas. D) ler os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em suas individualidades, criando um novo objeto arquitetônico. E) ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizem um projeto de um novo edifício no espaço e no tempo em que se encontra. 3) Segundo Unwin (2013), a análise da obra de outros arquitetos por meio do desenho auxilia no aprendizado da linguagem comum da arquitetura. O que é a interpretação plástica de uma arquitetura? A) É a interpretação plástica dos componentes e dos funcionamentos fundamentais da sua estrutura formal, a fim de aprendercom eles. B) É definir como foi constituído o edifício, sem levar em conta o seu entorno e a sua função. C) É a percepção das ambiências que o objeto arquitetônico gerou, sem levar em conta o edifício em si. D) É a definição de uma nova ideia de uma tipologia arquitetônica por meio de exemplos. E) É a observação e a análise de seus desenhos técnicos, sem levar em conta os elementos de análise do todo. 4) O modo que o programa de necessidades foi atendido reflete a estratégia da organização espacial. Um templo grego era uma arquitetura que não era construída para os homens. Como essa afirmação pode ser inicialmente observada do exterior do templo, observada no exemplo de sua análise plástica? A) Pelas estátuas em seu exterior. B) Por ser o templo grego um lugar de oração. C) Por ser construído em pedra e implantado sempre no ponto mais alto da cidade, no sentido leste-oeste. D) Pelas festas de confraternização das pessoas com os deuses que aconteciam dentro do templo. E) Pelo plano horizontal da cobertura sustentado pelas colunas. 5) Marques (2018) comenta que, antes de se decidir pelo retrofit de uma edificação, é aconselhável fazer um estudo de viabilidade. Por que essa afirmação é verdadeira? A) Porque o retrofit é uma restauração. B) Porque é necessário ler novamente com o olhar do contemporâneo, criando significados que contextualizem um projeto no espaço e no tempo em que se encontra. C) A principal preocupação do método é manter as características originais do objeto arquitetônico, portanto, o processo pode ser bem mais caro que uma reforma ou um novo edifício. D) Na releitura, o arquiteto lê os elementos que compõem a estrutura formal do edifício em suas individualidades. E) A estrutura do edifício e seus espaços são vistos de forma independente, não precisando ‘conversar’ entre si. Na prática O edifício mais famoso do mundo já é sustentável. Veja como retrofit foi aplicado, Na Prática, no Empire State Building, em busca da viabilidade energética. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/87f039d6-a8ff-43c9-9ba1-9ff786dc344e/435a5567-cbaa-4d46-abde-07429c2059ca.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Redesenho: conceitos gerais para compreender uma prática de pesquisa histórica em arquitetura Nesse texto do arquiteto Fernando Vazquéz Ramos, são analisados os conceitos gerais de redesenho para compreendê-lo como prática de pesquisa histórica em arquitetura. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O novo edifício do Instituto Moreira Sales na Avenida Paulista Confira uma análise do novo edifício do Instituto Moreira Sales em São Paulo, pelo arquiteto Pedro da Luz Moretti. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Habitação de interesse social em áreas centrais Entre a intenção e a prática, particularidades do caso Pilar III, Taboão, Salvador, BA. Texto de Catharina Christina Teixeira. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.195/6181 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/17.202/6740 http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.214/6928 As formas de representação em arquitetura: os arquitetos da família Bratke Nesse relatório de pesquisa científica sobre as formas de representação em arquitetura exemplificadas pela análise dos projetos da família Bratke, podemos aprender como a maquete física e digital - juntamente com os demais elementos de representação - são importantes instrumentos de análise de projeto. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O uso do modelo físico e digital nos processos de projeto da arquitetura contemporânea Aprenda sobre o uso do modelo físico e digital nos processos de projetos contemporâneos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/nelac/wp-content/uploads/2015/01/RAGONHA_FAPESP_relat%C3%B3rio-final.pdf https://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos/nelac/wp-content/uploads/2015/01/Relatorio_final_JSalmaso.pdf
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