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Psicologia do Testemunho: Fatores 
que Influenciam a Memória
A precisão do testemunho em um processo jurídico é fundamental para a justiça, mas diversos 
fatores psicológicos podem afetar a memória de uma testemunha. Compreender esses fatores é 
crucial para avaliar corretamente a confiabilidade de um depoimento.
Um dos principais elementos que influenciam a memória é o estado emocional da testemunha no 
momento do evento. O estresse, medo ou ansiedade intensos podem distorcer a percepção e 
prejudicar a codificação e o armazenamento da informação na memória. Outro fator relevante é a 
atenção da pessoa - quanto mais focada e concentrada ela estiver, melhores as chances de 
lembrar detalhes importantes.
Além disso, a memória pode ser influenciada por informações posteriores ao evento, como 
perguntas sugestivas durante o interrogatório ou a exposição a notícias e rumores. Esses fatores 
externos podem gerar falsas memórias, levando a testemunha a acreditar em detalhes que não 
correspondem à realidade.
Portanto, é fundamental que profissionais da Justiça compreendam esses mecanismos 
psicológicos para avaliar com cautela o testemunho e evitar condenações baseadas em memórias 
distorcidas ou falsas. Somente dessa forma será possível assegurar a integridade do sistema 
judicial e garantir a justiça e a verdade nos processos.
Psicologia do réu: avaliação da 
capacidade mental
Na interação entre a psicologia e o sistema legal, a avaliação da capacidade mental do réu é um 
aspecto crucial. Essa análise busca compreender a saúde mental do indivíduo acusado de um 
crime, investigando fatores como sua competência para responder aos procedimentos judiciais, 
sua compreensão dos fatos e sua capacidade de distinguir o certo do errado no momento do 
delito.
O processo de avaliação da capacidade mental envolve uma abordagem multidisciplinar, com a 
participação de psicólogos forenses e outros profissionais da saúde mental. Eles utilizam uma 
variedade de técnicas, como entrevistas, testes psicológicos e análise de histórico clínico, para 
determinar se o réu apresenta algum transtorno mental, deficiência intelectual ou outros fatores 
que possam afetar sua capacidade de responder adequadamente ao processo legal.
Essa avaliação é fundamental para garantir que o sistema de justiça criminal trate os réus de 
forma justa e adequada às suas necessidades específicas. Caso seja constatada uma 
incapacidade mental, o réu pode ser encaminhado para tratamento psiquiátrico ou outras 
medidas alternativas, evitando que seja penalizado de forma desproporcional.

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