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Tabagismo: Gênero e Saúde Mental

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Gênero e diferenças psicológicas no 
tabagismo
 O tabagismo apresenta diferenças significativas entre gêneros, tanto no que diz respeito aos padrões 
de consumo quanto aos aspectos psicológicos envolvidos. Dados mostram que os homens iniciam o 
hábito de fumar mais cedo e consomem mais cigarros por dia, em comparação com as mulheres. 
Contudo, as mulheres fumantes tendem a apresentar uma maior dependência nicotínica e maior 
dificuldade em parar de fumar. Isso se deve, em parte, a fatores hormonais e psicológicos específicos do 
gênero feminino, como a flutuação dos níveis de estrogênio e os sintomas da síndrome pré-menstrual, 
que podem intensificar a fissura e os efeitos da abstinência. Além disso, aspectos socioculturais e de 
imagem corporal também impactam diferentemente homens e mulheres no que diz respeito ao 
tabagismo. As mulheres relatam com mais frequência que utilizam o cigarro como forma de controle de 
peso e de lidar com a ansiedade e o estresse. Por outro lado, os homens tendem a associar o ato de 
fumar a uma imagem de masculinidade e independência.
Impacto do tabagismo na saúde mental
O tabagismo não é apenas um problema de saúde física, mas também tem um impacto significativo na 
saúde mental dos indivíduos. Estudos demonstram que o consumo de cigarros está intimamente ligado 
a diversas condições psicológicas, como a ansiedade, a depressão e até mesmo o risco aumentado de 
desenvolver esquizofrenia.
Fumantes têm maior probabilidade de apresentar sintomas de ansiedade e depressão, além de uma pior 
qualidade de vida no geral. Isso se deve em parte à dependência química provocada pela nicotina, mas 
também à forma como o ato de fumar se torna uma estratégia de enfrentamento para lidar com o 
estresse e os desafios emocionais do dia a dia.
Além disso, pesquisas indicam que o tabagismo pode afetar negativamente a cognição, a memória e a 
função executiva, prejudicando o desempenho intelectual e a capacidade de tomar decisões. Isso pode 
ter um impacto devastador na vida pessoal, profissional e social dos fumantes.
Outro ponto preocupante é a relação entre o tabagismo e o risco aumentado de desenvolver doenças 
mentais graves, como a esquizofrenia. Acredita-se que a nicotina possa interferir em sistemas 
neurobiológicos complexos, contribuindo para o agravamento de quadros psiquiátricos já existentes.

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