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NESTA EDIÇ ÃO Redação Isadora Oliveira Julio Fernandes de Jesus Luiz Scola Yuri Franco Seleção e Revisão Yuri Rafael Franco Editoria e Design Jennifer Santos https://www.instagram.com/iooliveira/ https://www.instagram.com/luizscola/ https://www.instagram.com/jf_fisio/ https://www.instagram.com/yurifranco/ Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 4 Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 5 Ainda não está claro qual das várias modalidades eletrofísicas utilizadas na prática clínica é a que contribui mais positivamente quando adicionado a um programa de exercícios em pacientes com osteoartrite de joelho (OA). De acordo com a gravidade e o nível de deficiência, estratégias para intervenções relacionadas à OA do joelho incluem abordagens cirúrgicas e não cirúrgicas. Entre as não cirúrgicas, tem uso clínico frequente as intervenções farmacológicas, que em geral, não promovem efeitos clinicamente importantes em longo prazo, especialmente em relação a melhorias na dor e função. Apoiado por evidências de alta qualidade de efeitos benéficos a médio e longo prazo, a terapia por exercícios é atualmente indicada como a principal intervenção para os indivíduos com OA de joelho. Como OA é uma condição clínica globalmente prevalente e complexa, quanto Estratégias para intervenções relacionadas à OA do joelho incluem abordagens cirúrgicas e não cirúrgicas. Estratégias não cirúrgicas Uso clínico frequente as intervenções farmacológicas, que em geral, não promovem efeitos clinicamente importantes em longo prazo, especialmente em relação a melhorias na dor e função. Terapia por exercícios Indicada como a principal intervenção para os indivíduos com OA de joelho. Vários estudos publicados recentemente investigaram diferentes terapias para o tratamento da OA do joelho, porém ainda não se sabe quais recursos físicos, dentre os usados rotineiramente na prática clínica, promovem os melhores desfechos nas variáveis clínicas quando associados a uma terapia por exercício. Objetivo Ensaio clínico randomizado e controlado por placebo cujo objetivo do foi analisar os efeitos clínicos da inclusão da terapia por corrente interferencial (ICT), terapia de diatermia por ondas curtas (SDT) e fotobiomodulação (PHOTO) em um programa de exercícios em pacientes com OA de joelho. V I S ÃO G E R A L mais recursos terapêuticos forem considerados eficazes para complementar os efeitos da terapia com exercícios, mais aprimoradas estarão as estratégias de tomada de decisão clínica para resolver ou reduzir os sinais e sintomas de OA de joelho. Vários estudos publicados recentemente investigaram diferentes terapias para o tratamento da OA do joelho, porém ainda não se sabe quais recursos físicos, dentre os usados rotineiramente na prática clínica, promovem os melhores desfechos nas variáveis clínicas quando associados a uma terapia por exercício. O artigo que discutiremos hoje é um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo cujo objetivo do foi analisar os efeitos clínicos da inclusão da terapia por corrente interferencial (ICT), terapia de diatermia por ondas curtas (SDT) e fotobiomodulação (PHOTO) em um programa de exercícios em pacientes com OA de joelho. Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 6 Exercício Exercício + FOTOExercício + SDT Exercício + ICTExercício + placebo Resultado incluiu o questionário Western Ontario e McMaster Universities (WOMAC), escala numérica de dor (NRPS), limiar de dor por pressão (LDP), fadiga auto relatada pelo paciente e o teste sentar para e levantar (STST) Estudo prospectivo, de cinco braços, randomizado e controlado por placebo foi realizado com participantes e examinadores cegos. 100 voluntários com idade entre 40 e 80 anos e diagnóstico de OA de joelho. Desfecho Foram avaliados antes e depois de 24 sessões de tratamento com uma frequência de três sessões por semana. 5 grupos: Questionário Western Ontario e McMaster Universities (WOMAC) Escala numérica de dor (NRPS) Teste sentar para e levantar (STST) Este estudo prospectivo, de cinco braços, randomizado e controlado por placebo foi realizado com participantes e examinadores cegos. Foram incluídos 100 voluntários com idade entre 40 e 80 anos e diagnóstico de OA de joelho. Os participantes foram alocados em cinco grupos: exercício, exercício + placebo, exercício + ICT, exercício + SDT e exercício + FOTO. O resultado incluiu o questionário Western Ontario e McMaster Universities (WOMAC), escala numérica de dor (NRPS), limiar de dor por pressão (LDP), fadiga auto relatada pelo paciente e o teste sentar para e levantar (STST); todos os desfechos foram avaliados antes e depois de 24 sessões de tratamento com uma frequência de três sessões por semana. M E TO D O LO G I A 100 pacientes https://www.scielo.br/j/spmj/a/89gfzmzyBq5xgSSb3QTCqJD/ https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0304395911004453 https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10094167/#:~:text=The%20Timed%20Up%20and%20Go%20(TUG)%20test%20is%20a%20functional,publication%20%5B8%2C11%5D Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 7 Houve melhora Todos os grupos, houve uma melhora significativa (p <0,05) em todas as variáveis ao longo do tempo, exceto LDP Diferenças significativas Observamos diferenças significativas (p <0,05) entre os grupos para a subescala função do questionário WOMAC e subescala dor do questionário WOMAC, com melhores pontuações alcançadas pelo exercício grupo. A adição de ICT, SDT ou PHOTO em um programa de exercícios para indivíduos com OA de joelho não é superior ao exercício realizado isoladamente em termos de benefício clínico. Relevância clínica Essas diferenças não foram clinicamente relevantes quando se considera a mínima diferença clinicamente importante. Em todos os grupos, houve uma melhora significativa (p <0,05) em todas as variáveis ao longo do tempo, exceto LDP. Observamos diferenças significativas (p <0,05) entre os grupos para a subescala função do questionário WOMAC (exercício vs. exercício + placebo, diferença média [MD] = 5,55, intervalo de confiança de 95% [IC] = 3,63 a 7,46; exercício vs. exercício + ICT, MD = 3,40, IC 95% = 1,46 a 5,33; exercício vs. exercício + SDT, MD = 4,75, IC 95% = 1,85 a 7,64; exercício vs. exercício + FOTO, MD = 5,45, IC 95% = 3,12 a 7,77) e subescala dor do questionário WOMAC, com melhores pontuações alcançadas pelo exercício grupo. No entanto, essas diferenças não foram clinicamente relevantes quando se considera a mínima diferença clinicamente importante. Desta forma, a adição de ICT, SDT ou PHOTO em um programa de exercícios para indivíduos com OA de joelho não é superior ao exercício realizado isoladamente em termos de benefício clínico. R E S U LTA D O S Escala PEDro Um dos pontos fortes do estudo foi a sua alta qualidade metodológica (nota 9/10 na escala PEDro) e o número de sessões de tratamento (24 sessões), além da relevância do tema quanto a sua hipótese e resultados esperados, de complementariedade dos recursos á terapia por exercícios. No entanto, também apresenta algumas limitações, como por exemplo, a ausência do acompanhamento dos pacientes em longo prazo. P O N TO S F O RT E S E L I M I TAÇ Õ E S › Alta qualidade metodológica; › Número de sessões de tratamento; › Relevância do tema quanto a sua hipótese; › Resultados esperados, de complementariedade dos recursos á terapia por exercícios. › Ausência do acompanhamento dos pacientes em longo prazo. http://www.pedro.org.au Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 8 Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 9 Atualmente, a fisioterapia tem ganhado cada vez mais espaço dentro da rotina cotidiana do futebol. Hoje, uma das grandes ferramentas que temos a nosso favor são as avaliações em busca de fatores de risco. Essa busca fica muito focada em achar pequenos “problemas” que podem nos ajudar a minimizar osriscos de lesões mais graves. Dentro do arsenal de testes podemos trazer a relação dos testes funcionais, onde sua aplicação é baseada em achar déficits/desequilíbrios em ações ou momentos mais funcionais do atleta. Um teste que é muito utilizado é a mensuração da dorsiflexão em cadeia cinética fechada, conhecido como Lunge Test. O Lunge Test ganhou uma certa importância devido a sua relação com diversas condições clínicas, principalmente quando ele se apresenta limitado, gerando assim compensações/adaptações em toda a cadeia do membro inferior. Com isso, entender como ele se comporta é de extrema importância para que possamos intervir de maneira muito mais efetiva. Sendo assim, esse artigo investigou as alterações agudas (imediatamente após o jogo e 48 horas após o jogo) e, também, as alterações ao longo da temporada. V I S ÃO G E R A L 40 atletas profissionais de futebol da liga espanhola de futebol de dois times diferentes As avaliações eram feitas em três momentos distintos Lunge Test Foi realizado na plataforma da LegMotion System Mensuração de carga interna de treinamento Feita através da percepção de esforço que foi mensurada até 30 minutos após o treino ou jogo Mensurada através dos desfechos do GPS 1ª antes da partida 2ª logo após a partida 3ª 48 horas após a partida Foi um estudo feito com 40 atletas profissionais de futebol da liga espanhola de futebol de dois times diferentes, onde as avaliações eram feitas em três momentos distintos sendo a primeira antes da partida, a segundo logo após a partida e a terceira com 48 horas após a partida. O Lunge Test ele foi realizado na plataforma da LegMotion System, onde foi capturado a maior distância dentro de três tentativas possíveis, sempre mantendo o pé totalmente apoiado no chão. Outra ferramenta que foi utilizada foi a mensuração de carga interna de treinamento, através da percepção de esforço que foi mensurada até 30 minutos após o treino ou jogo. E por fim, a carga externa foi mensurada através dos desfechos do GPS ( volume total, high speed running e aceleração e desaceleração). M E TO D O LO G I A 40 atletas Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 10 Nesse estudo foi possível perceber que os atletas têm comportamentos diferentes no agudo, onde inicialmente ele ganha amplitude ao final da partida, porém após 48 horas esse valor retrai ficando menor do que o valor basal. Durante a análise ao longo prazo, podemos perceber que existem diminuições das amplitudes no decorrer da temporada, sendo o final da temporada com menor valor. O que interessante de ver é que o membro dominante sofre mais com essas alterações do que o membro não-dominante, mostrando que as alterações acontecem com maior força nos membros dominantes desses atletas. R E S U LTA D O S Existe um ponto que devemos levar em consideração, a primeira está voltada a amostra que utilizou somente atletas profissionais masculinos e jogadores de linha, não considerando os goleiros. Dessa forma, especular esses dados para atletas mulheres e população no geral não é devido. P O N TO S F O RT E S E L I M I TAÇ Õ E S Comportamento diferente Os atletas têm comportamentos diferentes no agudo, onde inicialmente ele ganha amplitude ao final da partida, porém após 48 horas esse valor retrai ficando menor do que o valor basal. O tempo de análise Análise ao longo prazo, podemos perceber que existem diminuições das amplitudes no decorrer da temporada, sendo o final da temporada com menor valor. Vale ressaltar O membro dominante sofre mais com essas alterações do que o membro não-dominante, mostrando que as alterações acontecem com maior força nos membros dominantes desses atletas. Leve em consideração A amostra que utilizou somente atletas profissionais masculinos e jogadores de linha, não considerando os goleiros. Dessa forma, especular esses dados para atletas mulheres e população no geral não é devido. Prevenção de lesões agudas dos isquiotibiais no futebol masculino A incidência de lesões agudas dos isquiotibiais é alta em vários esportes, incluindo as diferentes formas de futebol. O exercício nórdico dos isquiotibiais é uma forma de trabalhar a musculatura da região, para prevenção e tratamento das lesões. Lembrando que nada substitui a leitura do artigo completo. doi: 10.1177/0363546511419277 Material selecionado e produzido pelos queridos @luizscola e @iooliveira. Para mais mais conteúdos como esse acesse o nosso Instagram @fisioemortopedia FIC A A DIC A PARA CONSULTAR https://www.instagram.com/p/ClRIdPVLplh/?utm_source=ig_web_copy_link Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 11 Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 12 As tendinopatias são condições clínicas altamente prevalentes, afetam (principalmente) os tendões de Aquiles, do manguito rotador, da região lateral do cotovelo, patelar e dos quadris; podendo acometer as populações atlética e não-atlética. Além disso, a apresentação clínica dessa condição costuma estar atrelada a presença de dor persistente/recalcitrante, edema e perda/déficit funcional relevante. O exercício terapêutico é a principal forma de abordagem clínica para as tendinopatias, sendo os exercícios resistidos os mais promissores para o controle do quadro clínico dos indivíduos com essa condição. Entretanto, embora essa estratégia seja relevante, pouco se sabe sobre diferentes fatores e componentes da dosagem dos exercícios resistidos no tratamento das tendinopatias. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo investigar potenciais efeitos modulatórios dos componentes da dosagem dos exercícios resistidos (intensidade, volume e frequência) no tratamento das tendinopatias. V I S ÃO G E R A L M E TO D O LO G I A Essa foi uma revisão sistemática da literatura com meta-análise que incluiu ensaios clínicos aleatorizados e não-aleatorizados que contivessem exercícios terapêuticos resistidos – pelo menos um dos braços comparativos dos estudos – e sem associação com outras abordagens para o tratamento das tendinopatias (de qualquer tipo e gravidade dos sintomas) de Aquiles, patelar, do ombro, manguito rotador, lateral do cotovelo e glútea. Foram rastreados estudos nas seguintes bases de dados: MEDILINE, CINAHL, AMED, Embase, SPORTDiscuss, Cochrane library, JBI Evidence Synthesis, PEDro e Epistemonikos. Após esta etapa, foram incluídos os estudos de interesse e consequentemente qualificados (risco de viéses) com a ferramenta avaliativa Cochrane risk of bias e por fim, realizada a extração dos dados de interesse. Tendinopatia patelar São condições clínicas altamente prevalentes, afetam (principalmente) os tendões de Aquiles, do manguito rotador, da região lateral do cotovelo, patelar e dos quadris; podendo acometer as populações atlética e não-atlética Prevalência A apresentação clínica dessa condição costuma estar atrelada a presença de dor persistente/ recalcitrante, edema e perda/déficit funcional Abordagem O exercício terapêutico é a principal forma de abordagem clínica para as tendinopatias Objetivo Investigar potenciais efeitos modulatórios dos componentes da dosagem dos exercícios resistidos (intensidade, volume e frequência) no tratamento das tendinopatias Revisão sistemática da literatura com meta-análise Inclui no estudo Ensaios clínicos aleatorizados e não-aleatorizados que contivessem exercícios terapêuticos resistidos sem associação com outras abordagens para o tratamento das tendinopatias de Aquiles, patelar, do ombro, manguito rotador, lateral do cotovelo e glútea Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 13 Bases de dados: MEDILINE Embase JBI Evidence Synthesis CINAHL SPORTDiscuss PEDro AMED Cochrane library Epistemonikos https://bvsms.saude.gov.br/minibanners/medline/ https://www.embase.com/landing?status=grey https://jbi-global-wiki.refined.site/space/MANUAL https://www.ebsco.com/pt/produtos/bases-de-dados/cinahl-completehttps://www.ebsco.com/pt/produtos/bases-de-dados/sportdiscus http://www.pedro.org.au https://www.ebsco.com/products/research-databases/allied-and-complementary-medicine-database-amed https://www.cochranelibrary.com/ https://www.epistemonikos.org/ Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 14 Foram incluídos e analisados (meta-análise) 110 estudos (n=3.953 participantes), relacionados com as seguintes tendinopatias: 32% ombro, 29% Aquiles, 20% lateral do cotovelo, 16% patelar e 3% glútea. A maior quantidade dos estudos utilizou os exercícios excêntricos como abordagem de escolha, entretanto também foram incluídos e analisados exercícios concêntricos, isométricos e isocinéticos. As meta-regressões realizadas apresentaram as seguintes evidências consistentes: exercícios resistidos com alta intensidade (adição de carga externa) se mostraram superiores do que exercícios realizados somente com o peso corporal (grande tamanho de efeito: β Peso Corporal: Carga Externa = 0,50 (95% CI: 0,15 – 0,84; p=0,998), sendo que esse achado se mostrou verdadeiro para as análises generalizadas e assim como para as tendinopatias específicas. Por fim, as análises também demonstraram efeitos positivos para frequências menores de exposição aos exercícios resistidos quando comparados com altas frequências (diárias ou de mais de uma vez ao dia), sendo que esse achado também se mostrou verdadeiro para as análises generalizadas e assim como para as tendinopatias específicas (p≥0,976). Entretanto, as evidências geradas mediante as análises realizadas com os dados relacionados com ao volume dos exercícios resistidos se mostraram tamanhos de efeitos mínimos e inconsistentes. R E S U LTA D O S Esse estudo apresentou metodologia muito bem elaborada o que lhe confere alta validade interna. Entretanto e devido a alta variabilidade das características dos sintomas e dos tipos de tendinopatias – inclusive, variabilidade da forma de diagnóstico das mesmas – há de se ter cautela com a extrapolação dos dados e resultados (validade externa). Uma vez que, a maioria dos estudos incluídos (principalmente os não-aleatorizados) apresentaram alto risco de viés, especialmente com relação ao não cegamento dos participantes/sujeitos de pesquisa – característica que pode influenciar diretamente nos resultados obtidos. P O N TO S F O RT E S E L I M I TAÇ Õ E S E tem mais Foram incluídos os estudos de interesse e consequentemente qualificados (risco de viéses) com a ferramenta avaliativa realizada a extração dos dados de interesse. Cochrane library https://www.cochranelibrary.com/ Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 15 Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 1615 A crise dos opioides é um sério desafio de saúde pública em países desenvolvidos, com quase 500.000 mortes nos últimos 20 anos nos EUA e Canadá. Além das overdoses fatais, o transtorno de uso de opioides gera impactos sociais e econômicos. Globalmente, a crise é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, com mais de 8.000 mortes por overdose de opioides na Europa em 2017. Apesar das variações de consumo entre países de alta e baixa renda, dados recentes mostram um aumento significativo em países de baixa e média renda, incluindo um aumento de 465% no consumo de opioides no Brasil de 2009 a 2015. O objetivo do presente estudo é discutir o aumento no consumo de opioides em países de baixa e média renda, fornecendo uma atualização sobre a perspectiva dos opioides no Brasil de 2015 a 2020. Este estudo foi conduzido de maneira transversal e analisou as vendas de opioides no banco de dados público da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil de 2015 a 2020. Os dados foram coletados por dois autores independentemente e incluíram informações sobre vendas, número de unidades, profissões de saúde responsáveis pelas prescrições e substâncias vendidas ao longo dos anos. Os dados foram armazenados em uma planilha do Excel e processados usando a linguagem Python. A análise dos dados foi descritiva. Para tornar os dados comparáveis com estudos anteriores, as prescrições de opioides vendidas por 1.000 habitantes foram ajustadas usando estimativas anuais do tamanho da população. Este estudo foi conduzido de maneira transversal e analisou as vendas de opioides no banco de dados público da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) do Brasil de 2015 a 2020. Os dados foram coletados por dois autores independentemente e incluíram informações sobre vendas, número de unidades, profissões de saúde responsáveis pelas prescrições e substâncias vendidas ao longo dos anos. Os dados foram armazenados em uma planilha do Excel e processados usando a linguagem Python. A análise dos dados foi descritiva. Para tornar os dados comparáveis com estudos anteriores, as prescrições de opioides vendidas por 1.000 habitantes foram ajustadas usando estimativas anuais do tamanho da população. Algumas limitações deste estudo incluem a falta de informações sobre a duração do uso de opioides e a quantidade de comprimidos prescritos, a falta de dados sobre transtornos relacionados ao uso de opioides ou overdoses no banco de dados da ANVISA, a falta de atualização do banco de dados desde 2020 e a falta de informações sobre o perfil dos pacientes e fatores de risco para transtornos relacionados ao uso de opioides. Além disso, os resultados deste estudo devem ser interpretados com cautela, pois pode haver discrepâncias entre os opioides vendidos para uso ambulatorial e aqueles administrados no sistema público de saúde e hospitais, o que pode levar a uma subestimação dos resultados relatados. V I S ÃO G E R A L M E TO D O LO G I A R E S U LTA D O L I M I TAÇ Õ E S D O E S T U D O REFERÊNCIAS Programa de exercícios combinado com modalidades eletrofísicas em sujeitos com osteoartrite de joelho: um ensaio clínico randomizado e controlado por placebo Referência: Gomes CAFP, et al. Exercise program combined with electrophysical modalities in subjects with knee osteoarthritis: a randomised, placebo-controlled clinical trial. BMC Musculoskelet Disord. 2020 Apr 20;21(1):258. doi: 10.1186/s12891-020-03293-3 Efeitos agudos e crônicos da competição na adm de dorsiflexão do tornozelo em jogadores profissionais de futebol Referência: Moreno-Pérez V. et al. Acute and chronic effects of competition on ankle dorsiflexion ROM in professional football players, European Journal of Sport Science. doi 10.1080/17461391.2019.1611930 Efeito dos componentes de dosagem de exercícios resistidos para o manejo da tendinopatia: revisão sistemática com meta-análise Referência: Pavlova AV, et al. Effect of resistance exercise dose components for tendinopathy management: a systematic review with meta-analysis. Br J Sports Med 2023;0:1–9. doi:10.1136/bjsports-2022-105754 Iremos sentir falta do consumo de opioides em países de média e baixa renda? Referência: Saragiotto Correia I, et al. Are we missing the opioid consumption in low- and middle-income countries? Scand J Pain. 2023 Nov 13;24(1). doi: 10.1515/ sjpain-2023-0086. PMID: 38126164. doi: 10.1515/sjpain-2023-0086 Revista Fisio em Evidência Fevereiro | 2024 18
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