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UDF – Centro Universitário Curso: Psicologia Disciplina: Estágio Supervisionado Específico em Processos Grupais Professora: Luiza Mariana Brito Soares MODELO DE RELATÓRIO Modelo de relatório, adaptado com base na Resolução Nº 6, de 29 de março de 2019, do Conselho Federal de Psicologia. 1. Identificação; -Autores/RGM: Ana Paula Fernandes Prudente (30332800) e Caroline Gomes da Silva Luciano (26406098) -Interessado: Luíza Mariana Brito Soares CRP 01/18380 -Finalidade (assunto): Estágio Processos Grupais 2. Descrição da demanda; O Instituto EVA é uma entidade comunitária de natureza privada, sem fins lucrativos, localizada no Recanto das Emas/DF, onde são realizadas ações que promovem o bem-estar social feminino. Além disso, busca uma melhor qualidade de vida para as pessoas que vivem em estado de vulnerabilidade social, especialmente vítimas de violência (inclusive doméstica), bem como a negação de direitos. O Instituto oferece ações voltadas para acolhimento, saúde física e mental, acesso a políticas públicas, assessoria jurídica, cursos, oficinas e rodas de conversa. As mulheres que frequentam o Instituto EVA são, em geral, mulheres acima de 50 anos com dificuldade de entrar no mercado de trabalho, pouca autonomia emocional e financeira. O público vigente da institução são mulheres e a grande maioria com filhos e casadas que por si já passou por diversas dificuldades no âmbito familiar. Algumas relatam a relação com marido pode ser um pouco complicada. Algumas mulheres preferiram não ter um cônjuge por ter que ter essa demanda de responsabilidade. A vida solitaria acaba sendo prazeroza por aproveitar suas vontades do que quer fazer. Grande porcentagem das mulheres do instuto apresenta uma vulnerabilidade maior. 3. Procedimento; Tendo em vista a baixa de autonomia destas mulheres, este encontro teve por objetivo levar as participantes a refletir sobre o que é importante para o grupo e, sobretudo, para si. Compartilhar experiências e abrir novas linhas de pensamentos foi essencial para dar início ao nosso debate com mulheres que vivenciam semelhante ao mesmo. O procedimento envolveu as seguintes etapas: - Breve apresentação - Dinâmica: Digamos que você vai passar 5 anos em uma ilha deserta. Considere que lá tem água potável e uma casa com camas. Você poderia levar apenas 10 itens (pessoas/objetos), o que você levaria? (Escrever em uma folha de papel). Nada pode estar no coletivo, como “família”, por exemplo. É necessário listar pessoa por pessoa. Agora, imagine que você vai passar 5 anos em uma ilha deserta com este grupo. Considere ainda que lá tem água potável e uma casa com camas. O que vocês levariam? As participantes fazer uma lista única, com 10 itens. Com esta dinâmica, foi possível pensar sobre o que é importante para cada membro e para o grupo (prioridades). Além disso, na segunda lista elas precisaram fazer acordos para chegar a um resultado mais favorável à maioria. Por fim, instigar as participantes a falar sobre como foi participar desta dinâmica. Refletir sobre os seguintes pontos: Sua lista individual ficou muito diferente da lista coletiva? O que era importante para você que ficou fora da lista? O que não era importante para você, mas você aceitou que estivesse na lista para atender à maioria? Falar sobre o equilíbrio entre pertencer a um grupo, mas sem perder sua identidade. Além desse encontro, fez parte das práticas desenvolvidas nesse estágio a observação das atividades desenvolvidas pelos colegas de turma, que tiveram como objetivos: orientar as participantes sobre seus direitos frente as Secretarias de apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade social e aceitação do corpo frente às dinâmicas vivenciadas, seja por violência, doença ou má formação. 4. Análise; Sobretudo, a análise realizada com estas práticas que a baixa autonomia dessas mulheres passa por questões como não conseguirem identificar o que consideram importante para si e não conhecerem seus direitos. Além disso, algumas não sabem ler e escrever. Foi essencial escutar sobre suas vidas e experiencias vigentes sobre o seu cotidiano de vida. A experiência de ouvir o outro, como descrito por BENEVIDES (1997), “irradia uma experimentação de ouvir outros modos de existencialização, outros contextos de produção de subjetividades, outras línguas para outros afetos, outros modos de experimentar” (p.103). É de grande importância se colocar no lugar do outro e visar pela sua visão de mundo. Com as observações e debates que realizamos para acolher e permitir que essas mulheres contarem experiências de violência física e psicológica que sofreram, especialmente de maridos e ex-maridos. Falaram ainda sobre a falta de apoio no atendimento público (em delegacias e Ministério Público, entre outros) e a dificuldade de sair do relacionamento por depender financeiramente do parceiro. Essa troca de experiência pode gerar uma reflexão sobre a vida, bem como encorajar o indivíduo a realizar mudanças. Os grupos permitem trocas de experiências e diálogos que traz inúmeras possibilidades, como melhorar o modo de vida do sujeito e forma como ele socializa com o outro. Dessa forma o sujeito pode compreender a si mesmo, permitindo que ele conheça seu próprio sofrimento, facilitando e contribuindo para uma nova perspectiva do tratamento. (AZEVEDO, 2011). 5. Conclusão; Brasília, ______ de____________________ de 2023 ___________________________ Ana Paula Fernandes Prudente 30332800 ___________________________ Caroline Gomes da Silva Luciano 26406098 ______________________________________________ Prof. Luiza Mariana Brito Soares CRP 01/18380 6. Referências Bibliográficas BENEVIDES de BARROS, Regina D. (1997). Dispositivos em ação: o grupo. Saúde Loucura. São Paulo: Hucitec. AZEVEDO, Dulcian Medeiros de; MIRANDA, Francisco Arnoldo Nunes de. (2011). Oficinas terapêuticas como instrumento de reabilitação psicossocial: percepção de familiares. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2. p. 339-345. 7. Anexos image1.png
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