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Crise do Petróleo e Estagflação
A década de 1970 foi um período turbulento na história econômica dos Estados Unidos, marcado pela 
combinação devastadora da crise do petróleo e da estagflação. Em 1973, a Guerra do Yom Kippur no 
Oriente Médio desencadeou um embargo de petróleo por parte dos países da OPEP, causando uma abrupta 
escassez e elevação dos preços do combustível. Isso levou a uma recessão econômica, com taxas de 
desemprego e inflação disparando.
A combinação de baixo crescimento econômico, alta inflação e altas taxas de juros ficou conhecida como 
"estagflação", uma situação econômica sem precedentes. As empresas enfrentavam margens apertadas e 
reduziam investimentos, enquanto os consumidores viam seu poder de compra ser drasticamente corroído 
pela inflação. Além disso, a dependência dos EUA do petróleo importado deixou o país vulnerável a 
choques externos, evidenciando a necessidade urgente de investir em fontes de energia alternativas e 
independência energética.
Para enfrentar essa crise, o governo dos EUA adotou medidas como controles de preços e racionamento de 
combustível, mas estas se mostraram insuficientes e até contraproducentes. Somente após a eleição do 
presidente Ronald Reagan, em 1980, que uma nova abordagem pró-mercado e de desregulamentação 
econômica começou a surtir efeitos positivos, embora os efeitos da crise do petróleo e da estagflação 
tenham se estendido por toda a década de 1970 e início dos anos 80.
Reaganomics e Queda do Muro de 
Berlim
A década de 1980 nos Estados Unidos foi marcada pela ascensão do presidente Ronald Reagan e pela 
implementação de suas políticas econômicas, conhecidas como "Reaganomics". Reagan defendia a redução 
de impostos, a desregulamentação e a diminuição do papel do governo na economia. Essa abordagem, 
combinada com uma política externa mais agressiva, ajudou a acelerar o colapso do sistema comunista na 
Europa Oriental.
Um momento emblemático desse período foi a queda do Muro de Berlim, em 1989. Após décadas de 
divisão, a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental se reunificaram, simbolizando o fim da Guerra Fria 
entre os Estados Unidos e a União Soviética. Esse evento marcou uma profunda transformação geopolítica, 
com o recuo da influência soviética e a ascensão dos Estados Unidos como a única superpotência mundial.
A combinação das políticas econômicas de Reagan e o fim da Guerra Fria tiveram um impacto significativo 
na sociedade americana. A confiança no país foi restaurada, e os anos 1980 ficaram conhecidos como uma 
época de prosperidade, consumismo e otimismo. Entretanto, essa prosperidade também foi acompanhada 
por um aumento da desigualdade social e da dívida pública, deixando um legado complexo que ainda é 
debatido hoje.

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