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Antibióticos Beta-Lactâmicos

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ANTIBACTERIANOS
ATB BETA-LACTÂMICOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CURSO DE MEDICINA
DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA 1
Marysabel Pinto Telis Silveira
2020
ATB BETA-LACTÂMICOS
EXEMPLOS: Penicilinas, Cefalosporinas e 
Cefamicinas, Carbapenens e Monobactâmicos
QUÍMICA
ATB BETA-LACTÂMICOS
MECANISMO DE 
AÇÃO
ATB BETA-LACTÂMICOS
RESISTÊNCIA:
- PRODUÇÃO DE BETA-LACTAMASES
- REDUÇÃO DA PERMEABILIDADE DA 
MEMBRANA EXTERNA
- MODIFICAÇÃO DOS SÍTIOS DE LIGAÇÃO
ATB BETA-LACTÂMICOS
ESTRATÉGIAS PARA NEUTRALIZAR AS 
BETALACTAMASES:
-COMBINAR bLACTÂMICOS COM INIBIDOR DAS 
bLACTAMASES - EXEMPLOS:
Cefoperazona/ sulbactam
Amoxicilina/ clavulanato
Ticarcilina/ clavulanato
Piperacilina/ tazobactam
ATB BETA-LACTÂMICOS
ESTRATÉGIAS PARA NEUTRALIZAR AS 
BETALACTAMASES:
-CRIAR bLACTÂMICOS QUE SEJAM ESTÁVEIS ÀS 
bLACTAMASES 
Meticilina
Oxacilina
Cloxacilina
Cefalosporinas de espectro espandido
Carbapenens
ATB BETA-LACTÂMICOS
PENICILINAS
CLASSIFICAÇÃO , FARMACOCINÉTICA E
ESPECTRO DE AÇÃO
PENICILINAS 
-BENZILPENICILINAS OU PENICILINAS 
NATURAIS: 
Benzilpenicilina (PenicilinaG)
Fenoximetilpenicilina (PenicilinaV)
OBTIDAS POR FERMENTAÇÃO
A PARTIR DE CULTURAS DE
FUNGOS DO GÊNERO PENICILLIUM
PENICILINA G
Vantagens:
■ eficácia
■ baixo custo
■ baixa toxicidade
É o fármaco de escolha para
mais infecções do que
qualquer outro antibiótico
“First is the best”
ALGUNS MICROORGANISMOS PARA OS QUAIS A 
PENICILINA G É O ANTIBIÓTICO DE ESCOLHA
■ Estreptococos dos grupos A,B,C,D,G; do grupo viridans
■ Streptococcus pneumoniae
■ Neisseria meningitidis
■ Neisseria gonorrhoeae (cepas não produtoras de b-
lactamases)
■ Treponema pallidum
■ Leptospira sp
■ Bacillus anthracis
■ Clostridium spp
■ Corynebacterium diphteriae
SAIS DA PENICILINA G
PENICILINA G CRISTALINA
FARMACOCINÉTICA
■ Vias de administração: IV (preferencial) e IM
■ tmax: 30 min (VIM) ; 10 min (VIV)
■ Ligação às proteínas plasmáticas: 60%
■ Distribuição: ampla: atinge concentrações elevadas na 
urina e na bile; no líquor, humor aquoso e próstata as 
concentrações são baixas, mas podem aumentar nos estados 
inflamatórios
PENICILINA G CRISTALINA
FARMACOCINÉTICA
■ metabolização: hepática (20%)Þ ácido penicilóico 
(inativo)
■ excreção: renal: 
■ t1/2: 0,5 a 0,7 h (aumenta nos pacientes com IR e idosos)
Penicilina usada quando se quer
efeito rápido ou
alta concentração sérica
da droga
PENICILINA G PROCAÍNA
FARMACOCINÉTICA
■ Vias de administração: IM
■ tmax: 1 a 4 h
produz concentrações séricas mais baixas (10 a 30% do pico 
obtido com a penicilina cristalina)
■ t1/2: 6 h : administrada 1 X/dia ou de 12/12 h
■ 60-90% da dose são eliminados pela urina dentro de 24-36 h
■ parte de uma dose persiste no soro por 5-7 dias após a 
injeção
PENICILINA G BENZATINA
FARMACOCINÉTICA
■ Vias de administração: IM
■ tmax: 24 h
produz concentrações séricas mais baixas (1 a 2% do pico 
obtido com a penicilina cristalina)
■ administrada em dose única ou em outros esquemas 
posológicos
■ parte de uma dose persiste no soro por 30 dias após a 
injeção
PENICILINA G
Desvantagens:
■ instabilidade em meio ácido
■ absorção oral pobre
■ alergenicidade
■ sensibilidade às b-lactamases
■ espectro de ação estreito (microorganismos gram-
positivos e neisserias)
Desenvolvimento das 
penicilinas semi-sintéticas
PENICILINAS 
-PENICILINAS BETA-LACTAMASES RESISTENTES
Oxacilina-Meticilina-Cloxacilina -Flucloxacilina-
Nafcilina
PENICILINAS 
- PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO
Ampicilina - Amoxicilina- Pivampicilina- Bacampicilina
AMINOPENICILINAS
AMPICILINA E AMOXICILINA
■ Grupo amino Þ estabilidade em meio ácido
Þ adm VO
■ ampicilina: ¯ BD (35-50%)
■ amoxicilina: > BD (75-90%)
PENICILINAS
-PENICILINAS DE ESPECTRO AMPLIADO:
Carbenicilina- Ticarcilina - Azlocilina- Piperacilina
- PENICILINAS DE ESPECTRO INVERSO OU 
ANDINOPENICILINAS
Andinocilina- Mecilinam
PENICILINAS
USOS CLÍNICOS
Meningite- Endocardite- Otites - Sífilis
Infecções respiratórias- Infecções graves
(cocos ou Pseudomonas)- Gonorréia-
Infecções ósseas, articulares, cutâneas, 
urinária.
EFEITOS INDESEJADOS
INTERAÇÕES
PENICILINAS
REAÇÕES ALÉRGICAS CUTÂNEAS
IMEDIATAS:
■ minutos ou primeiras horas após a adm 
do medicamento: 
■ urticária acompanhada ou não de prurido 
generalizado, 
■ edema generalizado ou localizado- face e 
pescoço (edema de Quincke) ou glote (risco de 
asfixia)
PENICILINAS
REAÇÕES ALÉRGICAS CUTÂNEAS
ACELERADAS
■ 2 a 4 h após a adm do medicamento: 
mesmo tipo que as anteriores, mais 
atenuadas
PENICILINAS
REAÇÕES ALÉRGICAS CUTÂNEAS
TARDIAS
■ a partir do 3o dia após a adm do medicamento:
■ urticária, rashes eritematosos seguidamente
maculopapulosos, eritema difuso (semelhante às
erupções da escarlatina)
■ erupções bolhosas (síndromes de Lyell e de Stevens-
Johnson) , angeíte necrosante e eritema nodoso- mais
raras
PENICILINAS
REAÇÕES ALÉRGICAS GENERALIZADAS
CHOQUE ANAFILÁTICO:
■ ocorre nos minutos seguintes à adm, 
principalmente por VP
■ é relativamente raro (1- 4:10.000)
■ mortalidade: 10%
PENICILINAS
REAÇÕES ALÉRGICAS GENERALIZADAS
SÍNDROME PSEUDO-INFECCIOSA
■ ocorre após vários dias de tratamento
■ febre, calafrios, neutrofilia
■ a suspensão do tratamento por um curto 
período permite fazer o diagnóstico Þ
supressão da hipertermia
PENICILINAS
REAÇÕES ALÉRGICAS GENERALIZADAS
DOENÇA SÉRICA
■ febre moderada com dores articulares 
difusas
■ urticária moderada
■ problemas digestivos e respiratórios
Aparecem 1 a 2 semanas com o início da cura
REAÇÕES ALÉRGICAS
PREVENÇÃO
■ Injeção intradérmica de pequena 
quantidade de benzilpenicilina Þ perigoso 
e não confiável
■ anamnese cuidadosa do paciente: 
pesquisa de antecedentes de incidentes 
alérgicos
CEFALOSPORINAS E 
CEFAMICINAS
CLASSIFICAÇÃO, FARMACOCINÉTICA e 
ESPECTRO BACTERIANO
Primeira Geração: Cefalexina, Cefadroxil, 
Cefalotina, Cefradina, etc.
Segunda Geração: Cefamandol, Cefaclor, 
Cefuroxima,Cefoxitina, etc.
Terceira Geração: Cefixima, Cefotaxima, 
Ceftriaxona,Cefoperazona, Ceftazidima, Cefaloridina
Quarta Geração:Cefpiroma, Cefepima, etc.
CEFALOSPORINAS E 
CEFAMICINAS
Principais cefalosporinas usadas por VO:
Cefalexina, Cefradina, Cefadroxil, Cefaclor, Cefuroxima.
FARMACOCINÉTICA
Cefazolina e Cefalotina: principais usadas por via parenteral
2a Geração: Cefoxitina administrada a cada 6 a 8 horas
Cefotetano: 12 horas
Cefonicida, ceforanida: 12-24 horas 
3a Geração: Cefixima: VO
Cefoperazona e ceftriaxona: excreção biliar
CEFALOSPORINAS E 
CEFAMICINAS
EFEITOS COLATERAIS
Reações de hipersensibilidade
Nefrotoxicidade (principalmente Cefradina)
Intolerância ao álcool
Superinfecção (Uso oral)
Cefamandol, Moxalactama, Cefmetazol, Cefotetano, 
Cefoperazona hipoprotrombinemia
CEFALOSPORINAS E 
CEFAMICINAS
USOS CLÍNICOS
OUTROS ATB BETA-LACTÂMICOS
CARBAPENENS E MONOBACTÂMICOS 
MEROPENEM
IMIPENEM/CILASTATINA
G - e pseudomonas
ERTAPENEM
AZTREONAM – menor espectro, G- aeróbios e 
pseudomonas
G+ e anaeróbios são resistentes

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