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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FÁRMACOLOGIA CLÍNICA DISCIPLINA DE FARMACOLOGIA 1 CURSO DE MEDICINA - UFPEL FARMACOVIGILÂNCIA Marysabel Pinto Telis Silveira FARMACOLOGIA CLÍNICA � Compreende todos os aspectos do uso de medicamentos em seres humanos. � DIFERENÇA ENTRE FARMACOEPIDEMIOLOGIA E FARMACOLOGÍA CLÍNICA Farmacoepidemiologia é o estudo da utilização e dos efeitos de fármacos em um grande número de pessoas. (POPULAÇÃO) Farmacología clínica: INDIVÍDUO FARMACOLOGIA CLÍNICA � FASE PRÉ-CLÍNICA: estudos moleculares, celulares e em animais ________________________________________________________ � FASE CLÍNICA � FASE I: Primeira administração em seres humanos � FASE II: A – Determinação da utilidade � B – Determinação da posologia � FASE III: Estudo clínico amplo � FASE IV: Aprovação e introdução para uso clínico � FASE V: Vigilância epidemiológica FARMACOLOGIA CLÍNICA FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE PRÉ-CLÍNICA: estudos moleculares, celulares e em animais � Informações preliminares sobre atividade farmacológica e segurança � Mais de 90% das substâncias estudadas nesta fase, são eliminadas: não demonstram suficiente atividade farmacológica/terapêutica ou demasiadamente tóxicas em humanos � Atividade farmacológica específica e perfil de toxicidade aceitável = passam à fase seguinte FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE CLÍNICA � FASE I: Primeira administração em seres humanos Tolerância em voluntários saudáveis: � Maior dose tolerável � Menor dose efetiva � Relação dose/efeito � Duração do efeito � Efeitos colaterais Farmacocinética no ser humano (metabolismo e biodisponibilidade) Como proceder na primeira administração do fármaco em teste em seres humanos? Lembre: não se conhecem os efeitos em seres humanos. Caso: Um medicamento sendo desenvolvido por uma companhia alemã foi testado em 2006 em uma unidade fase I em Londres. Os dados pré-clínicos incluindo estudos com altas doses em primatas não indicaram nenhuma preocupação em relação à segurança, mas o medicamento em teste estava agindo sobre o sistema imunológico, o que deve ter suscitado preocupações. Então, neste primeiro estudo em humanos, seis voluntários saudáveis receberam simultaneamente a dose do medicamento em estudo e dentro de alguns minutos todos eles apresentaram respostas inflamatórias. Todos sofreram falência múltipla dos órgãos e necessitaram do apoio de aparelhos. Felizmente, todos se recuperaram, ou se recuperaram com sequelas, depois de semanas de cuidado no hospital. APÓS ESTE CASO, FOI DETERMINADA A ADMINISTRAÇÃO SEQUENCIAL DURANTE A FASE I FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE CLÍNICA � FASE II: A – Determinação da utilidade B – Determinação da posologia � Indicação da eficácia � Confirmação da segurança � Biodisponibilidade e bioequivalência de diferentes formulações � http://www.rcmpharma.com/actualidade/industria-farmaceutica/19- 12-13/msd-e-glaxosmithkline-em-colaboracao-para-testar-medicam FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE CLÍNICA � FASE III: Estudo clínico amplo � Conhecimento do produto � Estabelecimento do perfil terapêutico: ¡ Indicações ¡ Dose e via de administração ¡ Contra-indicações ¡ Efeitos colaterais ¡ Medidas de precaução � Demonstração de vantagem terapêutica (ex: comparação com competidores) � Farmacoeconomia e qualidade de vida � Estratégia de publicação e comunicação (ex: congressos e workshops) FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE CLÍNICA � FASE III: Estudo clínico amplo Principais objetivos: Determinar � o resultado do risco/benefício a curto e longo prazos das formulações do princípio ativo. � de maneira global (geral) o valor terapêutico relativo. FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE CLÍNICA FASE IV: Aprovação e introdução para uso clínico FASE V: Vigilância epidemiológica FARMACOLOGIA CLÍNICA FASE CLÍNICA FASE IV: * Detectar eventos adversos pouco frequentes ou não esperados (vigilância pós-comercialização) * Estudos de suporte ao marketing * Estudos adicionais comparativos com produtos competidores * Novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão) FARMACOVIGILÂNCIA � NOTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA � Explorar a página da anvisa � https://www.gov.br/anvisa/pt-br � A incerteza se a reação foi causada pelo medicamento � Achar que a reação adversa já é bem conhecida ou muito trivial � Desconhecimento sobre como e para quem relatar � Notificar uma reação adversa toma tempo Por que não notificar Erro de Medicação Qualquer incidente evitável relacionado ao uso de medicamento que pode causar dano ou dar lugar ao uso inadequado dos medicamentos, quando estes estão sob o controle de profissionais da saúde ou pacientes. Eventos Adversos Relacionados a Medicamentos Qualquer lesão leve ou grave, não intencional, que ocorre na assistência ao paciente relacionada ao uso (ou falta) de medicamento. FONTE: American Society of Health System Pharm., 1998. Efeito Adverso Produzido por Medicamento Qualquer efeito prejudicial ou indesejado que ocorra após a administração de doses normalmente usadas no homem para profilaxia, diagnóstico ou tratamento de uma enfermidade FONTE: OMS Fatores que aumentam a incidência ou gravidade da RAM: Relacionados ao paciente: Ø Idade: mais comum em pacientes idosos ou muito jovens Ø Sexo: mais comum em mulheres que homens Ø Patologias associadas: mais comum para algumas drogas em determinados estados de doença. Ex.: SMZ + TMP em HIV(+). Ø História passada de reação com medicamentos Ø Terapia com múltiplos fármacos: aumenta o sinergismo com o aumento de fármacos associados. Ø Predisposição genética: paciente com deficiência genética. Ex.:hiperpirexia maligna x anestésicos gerais Fatores que aumentam a incidência ou gravidade da RAM: Relacionados ao medicamento: ØTipo de droga ØFormulação ØDuração da terapia ØFarmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) Classificação das RAM : Segundo Rawlins e Thompson: Tipos de efeitos adversos TIPO A TIPO B Mecanismo Conhecido Desconhecido Farmacologicamente previsível Sim Não Dose dependente Incidência e morbidade Mortalidade Tratamento Sim Alta Baixa Ajustar a dose Não Baixa Alta Suspender o fármaco Conseqüências das RAM: � Dano direto ao paciente: letalidade, morbidade, desgaste emocional � Dano à sociedade: diminuição da produtividade, desvio de recursos � Dano ao Sistema de Saúde: perda de confiança � Dano ao profissional da saúde: redução na credibilidade e frustração � https://pebmed.com.br/montelucaste-e-eventos- neuropsiquiatricos-em-criancas-com- asma/?utm_source=facebook&utm_medium=post � � https://www.drugs.com/pregnancy-categories.html � https://www.fda.gov/drugs/labeling/pregnancy-and- lactation-labeling-drugs-final-rule � https://pebmed.com.br/montelucaste-e-eventos-neuropsiquiatricos-em-criancas-com-asma/?utm_source=facebook&utm_medium=post https://pebmed.com.br/montelucaste-e-eventos-neuropsiquiatricos-em-criancas-com-asma/?utm_source=facebook&utm_medium=post https://pebmed.com.br/montelucaste-e-eventos-neuropsiquiatricos-em-criancas-com-asma/?utm_source=facebook&utm_medium=post https://www.drugs.com/pregnancy-categories.html https://www.fda.gov/drugs/labeling/pregnancy-and-lactation-labeling-drugs-final-rule https://www.fda.gov/drugs/labeling/pregnancy-and-lactation-labeling-drugs-final-rule https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/873-ondansetrona-no- tratamento-das-nauseas-e-vomitos-na-gravidez
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