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O EXTRATIVISMO E O MEIO AMBIENTE 
O extrativismo pode ser considerado umas das atividades humanas mais antigas. Antes 
de conhecerem a agricultura e a pecuária, os seres humanos coletavam alimentos e outros 
recursos diretamente da natureza.
Quando precisavam de alimentos, por exemplo, retiravam sementes, frutos e raízes 
encontrados no lugar em que viviam. Além disso, os seres humanos caçavam, pescavam 
e, com isso, extraíam também peles e couros de animais para a confecção de vestimentas.
Atualmente, o extrativismo é uma atividade de extrema importância. Os povos originá-
rios praticam o extrativismo de forma sustentável, com base em conhecimentos ancestrais. 
Eles dependem dos recursos da floresta para manterem seus modos de vida e contribuem 
para a sua preservação também. 
Por sua vez, muitas empresas praticam o extrativismo de maneira predatória, muitas 
vezes de forma ilegal. Assim, impactam o meio físico, com o corte de vegetação natural, 
a retirada de camadas de solo, a contaminação e o assoreamento dos cursos-d'água, a 
redução da biodiversidade etc.
 Vista aérea de Cerrado preservado e de área desmatada, em Nova Ubiratã (MT), 2021. 
 A extração ilegal de madeira, por exemplo, gera diversos impactos ambientais. 
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ENCAMINHAMENTO
Nesta página, tratamos do 
extrativismo vegetal como 
uma prática que está relacio-
nada às atividades econômicas 
e desenvolvemos a habilidade 
EF06GE11. A prática de extra-
tivismo é comumente vinculada 
aos seringueiros ou a outros 
povos que vivem na Região 
Amazônica e que realizam a 
extração de castanhas e de 
coco-babaçu, por exemplo. 
Sugira aos estudantes que 
realizem uma pesquisa a fim 
de tratar sobre o extrativismo 
vegetal. A proposta pode ser 
feita junto ao componente 
curricular História, associando 
as habilidades EF06GE02, de 
Geografia, e EF06HI05, de 
História. O intuito é aprofundar 
conhecimentos sobre a dimen-
são técnica do extrativismo 
vegetal (condição histórica das 
sociedades humanas em distin-
tas civilizações). 
1. Peça aos estudantes que se 
organizem em pequenos 
grupos e escolham uma 
civilização originária de 
qualquer região do mundo. 
Em seguida, promova um 
debate sobre as atividades 
extrativistas desses povos, 
pedindo aos estudantes que 
expliquem as suas hipóteses. 
Pergunte-lhes sobre ele-
mentos como os artefatos 
utilizados, os ambientes em 
que viviam, entre outros. 
2. Peça-lhes que pesquisem em 
sites, revistas, jornais, livros, 
entre outras fontes e que 
identifiquem os artefatos 
relacionados à vida do povo 
em questão, que dependia 
de práticas de extrativismo 
(por exemplo: argilominerais 
usados em cerâmicas; madei-
ras e fibras, em habitações; 
e metais, na construção de 
lanças e de espadas). 
3. Oriente-os a utilizar imagens 
e a explicar, com base em 
mapas e em fotografias, as características 
do ambiente que favorecem a formação de 
espécies vegetais, animais e minerais. 
 Outra opção, a depender da disponibilidade 
e das condições dos estudantes, é estimular 
a criação de vídeos e gameplays que repre-
sentem os modos de vida dos povos e os 
biomas nos quais eles se desenvolveram. É 
pertinente discutir o papel das populações 
tradicionais no processo de aproveitamento 
sustentável dos recursos locais, pois isso 
contribui para que os estudantes enten-
dam que, mesmo que ocorra a extração 
de recursos para atividades econômicas, é 
importante e possível garantir o equilíbrio 
da biodiversidade, comprometendo-se 
com práticas de baixo impacto ambiental e 
apoiando a conservação do meio ambiente. 
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