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OS USOS ECONÔMICOS DAS ESPÉCIES VEGETAIS
A exploração econômica das florestas pode atender a diversas finalidades. No entanto, 
nem sempre essa exploração é realizada de forma sustentável, o que provoca alterações 
nas dinâmicas climáticas, no solo e no hábitat de diversas espécies, comprometendo sua 
sobrevivência. Nas Florestas Temperadas, por exemplo, a madeira é explorada para abas-
tecer, sobretudo, as indústrias de papel e de móveis. Empresas que atuam nesses setores 
costumam plantar espécies como o pínus e o eucalipto, que crescem em um curto período. 
No entanto, essas espécies não são nativas do Brasil e, por isso, podem prejudicar a 
biodiversidade local.
Outro exemplo é a atuação de diversas empresas nacionais e 
estrangeiras na Floresta Amazônica, muitas vezes feita de forma 
ilegal, em terras devolutas e indígenas. As espécies vegetais são 
utilizadas para a fabricação de produtos farmacêuticos e cosméti-
cos. Nesse processo, é comum as empresas utilizarem patentes, 
que interditam os usos econômicos e culturais que os povos tradi-
cionais fazem das plantas medicinais.
Em contrapartida, é possível obter usos econômicos das espécies vegetais, conci-
liando as características naturais das florestas com as demandas da população local. Um 
exemplo são os cultivos agroflorestais, que integram plantas de uso econômico à floresta, 
de modo a promover a recuperação do solo; e os cultivos agroecológicos, que não utilizam 
agrotóxicos, transgênicos e fertilizantes industriais. As reservas extrativistas também são 
essenciais para a retirada sustentável de produtos da floresta. Nelas as populações tradi-
cionais conseguem manter seus modos de vida e auxiliam na proteção da biodiversidade 
ao retirar borracha, açaí, castanha e outros produtos da floresta de maneira sustentável. 
Terras devolutas: 
terras públicas, que não 
podem ser destinadas 
para uso particular.
Patentes: direitos 
exclusivos para produzir, 
usar, vender ou importar 
determinado produto.
 Torrefação de amêndoas de babaçu por quebradeiras do coco da 
comunidade de Taquaritiua, em Viana (MA), 2019. 
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ENCAMINHAMENTO
Nesta página, o objetivo 
é mostrar como as espécies 
das diferentes regiões são uti-
lizadas e seus impactos na 
economia. Converse com os 
estudantes sobre a importância 
da conservação da biodiver-
sidade associando-a aos usos 
econômicos. As habilidades 
trabalhadas são EF06GE06 e 
EF06GE11; elas tratam do uso 
dos elementos físico-naturais na 
indústria e das transformações 
da biodiversidade, respec-
tivamente. Ainda que não 
integralmente, nesta unidade, 
há possibilidade de aprofundar 
o conhecimento sobre as for-
mações vegetais, de maneira a 
não se limitar às descrições dos 
ecossistemas, avançando para 
o entendimento de seus usos 
para finalidades econômicas. 
Nesse caso, sugerimos que 
peça aos estudantes que pesqui-
sem sobre tipos de sorvetes com 
sabores incomuns. Esses doces 
são feitos com espécies vege-
tais nativas de algumas regiões 
do Brasil, como os biomas 
da Amazônia e do Cerrado. 
Organize-os em duplas ou 
trios e peça-lhes que escolham 
os sabores cujas origens serão 
pesquisadas. A depender da 
localização da espécie vegetal, 
a atividade variará bastante. 
Alguns exemplos são sorvetes 
de frutos como umbu-cajá, cas-
tanha, cupuaçu, guavira, buriti, 
gabiroba, pequi, mangaba, 
cajá-manga, graviola, taperebá, 
tuturubá, fruta do pelo, entre 
outros, típicos do Brasil.
Após a etapa de escolha dos 
sabores, peça-lhes que respon-
dam às perguntas a seguir.
1. Em que tipo de formação 
vegetal o fruto é encontrado?
2. Esses frutos são típicos de 
quais áreas do Brasil?
3. Como é o processo de 
preparo do sorvete, desde a 
extração do fruto?
4. Onde podemos encontrar esses sabores de 
sorvete?
O objetivo dessa atividade é estudar os 
usos econômicos da atividade de extrati-
vismo vegetal e, ao mesmo tempo, valorizar a 
biodiversidade de espécies no Brasil. Ao apre-
sentar-lhes essa diversidade, explique-lhes que 
esse pode ser um indicador de riqueza dife-
rente dos econômicos comumente utilizados. 
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